13 janeiro 2011

Repetido, mas esquecido (I)

Acabei de ver nos jornais que houve um derrube a Hulk pelo guarda-redes Pedro Alves (8') mas nenhuma tv mostrou o lance. Como não vi a 1ª parte do jogo de ontem, nada posso dizer. É uma situação clássica de penálti, mas os corpos dos jogadores podem perfeitamente encobrir a bola e o árbitro ficar na dúvida e, assim, nada assinalar.


Agora, vi as imagens na tv e aquele penálti sobre James, não assinalado, tem foros de escândalo.
Não sei que raio de justificação algum árbitro pode encontrar para não marcar uma falta daquelas (32' de jogo). Não consigo imaginar o que um árbitro diria para não ver um lance tão evidente. É imperdoável.
Contudo, é repetido. Já na recepção à U. Leiria, a despeito do 5-1 final, há uma falta idêntica na área sobre Varela. O árbitro, Vasco Santos, nada marcou. Quase no final, em lance idêntico, marcou penálti, e bem, contra o FC Porto.
Partanto, fala-se muito de penáltis e vemos lances repetidos e não marcados, em jogos diferentes, por árbitros diferentes. Lances que não suscitam dúvida alguma, que os jornais nem sequer escamotearam.
É muito difícil ser coerente, requer uma força mental e um conhecimento de nós próprios enorme mas que nos identifica com a vida.
É mais difícil ainda, ao que parece, ser honesto e a história contemporânea e política do País comprova-o à saciedade. Requer uma força moral e um nível intelectual que rareiam e, tudo somado, faz descer o País ao nível rasteiro a que chegou.
É também o mal da arbitragem portuguesa. Sem vergonha.
O clamor do "parece proibido marcar penáltis a" ou "é mais fácil marcar penáltis a favor de" uma equipa já resulta, a começar a 2ª metade da época.
No primeiro caso, Maxi Pereira cometeu mais um penálti, mais uma falta das muitas que passam impunes e sem acção disciplinar. Não interessava para a economia do jogo, que podia acabar 5-1 para o Benfica e nada de relevo significaria.
No segundo caso, é mau se se verificar que os árbitros deixam de marcar penáltis a favor do FC Porto. Começam a ser vários os casos gritantes de cegueira, a juntar aos gritos lancinantes de quem gosta de fazer as coisas por outro lado. E pode ter alguma coisa a ver com a outra. Não tarda e saberemos.

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