Passou há pouco na tv a informação de uma intervenção - que rejeito poder ser apelidada de entrevista por fugir a essa figura que impõe confronto directo e encadeamento de perguntas na base 1x1 - de Vi-te ó Pereira logo à noite no Trio de Ataque, da RTPN. Poderia ser apelativa, mas não vou ver porque não acredito que dali saia alguma coisa de novo, de importante e, acima de tudo, de verdadeiro.
O presidente dos árbitros da Liga já fez o suficiente para não merecer credibilidade ao longo do seu mandato renovado com as eleições do Verão passado, e logo o único sector que, além de não apresentar novidades e mudanças de vulto, não foi mexido nos órgãos essenciais da Liga para o futebol profissional.
Não vejo porque os intervenientes, a começar pelo moderador que tem responsabilidades acrescidas se assumir algumas na condução do programa, não o merecem e está tudo inquinado à partida. Porque fala-se muito mas mostra-se pouco e, para a pedagogia alguma vez assentar arraiais no País em vez de dar palco aos fala-barato e microfones a vendedores de banha de cobra, era importante mostrar lances concretos e não os que, enviesadamente, o presidente dos árbitros se habituou a mostrar, os que lhe conviria, nas estapafúrdias sessões de esclarecimento a que se propôs, e fez duas. Parece que a prometida "actualização" ao final da 1ª volta é estrategicamente antecipada antes mesmo da 15ª jornada para o que se adivinha como "show-off" de igual (e nulo) valor ao das arbitragens que se vão vendo.
Apesar de se falar muito de penáltis a favor do FC Porto nesta época, como se na época passada os mesmos interessados falassem nos que eram apitados a favor do Benfica, a verdade é que para os portistas não houve penáltis-fantasma como os da época passada em Leiria ou frente ao Nacional, ambos com o Caimar.
Mas depois de ter-se esclarecido, com números incontestáveis mas que muitos preferiram fazer de conta não existirem, sobre a superioridade portista bem mais vincada do que a celebrada para o Benfica no mesmo período da época passada, chegará ao final da 1ª volta, após o próximo fim-de-semana, o tempo em que outros números reveladores do que são as tendências e os favoritismos das arbitragens serão aqui respigados. E saber-se-á, afinal, quem ajuda quem ou como os árbitros ajudam ou desajudam uns e outros.
Era importante, se alguém puder intervir nessa matéria, confrontar o presidente dos árbitros com imagens dos últimos quatro jogos do Benfica para saber-se como continuam impunes Maxi Pereira, sempre à biqueirada - da mais indecente à mais notória - e que nem faz por camuflar, e de David Luiz, que fala pelos... cotovelos e atinge adversários como quem muda de camisa.
Como não acredito que, na sua peregrina ideia de fazer pedagogia, Vi-te ó Pereira jamais traria às suas sessões reservadas de esclarecimento público, de resto mal traduzidas precisamente para os adeptos e os leitores de jornais ou telespectadores, as sessões contínuas de pancadaria nos jogos do Benfica, também não será de esperar que a tv lhe mostre precisamente essas agressões permanentemente praticadas por esses defesas da virilidade consentida dos encarnados. Mas se alguém puder levantar as questões...
É que têm-se replicado em quase todos os jogos as mesmas cenas de violência não punidas com Maxi e David, como ainda no último jogo se viu. O uruguaio deu cacetada de criar bicho a Marquinho e quem pelo seu corredor lhe apareceu pela frente. Chegou a rir-se para o árbitro, o inefável João "Pode vir o João" Ferreira... E, a propósito, dado o exemplo gritante e acabrunhante da Supertaça, com a complacência do árbitro sadino para com os vermelhos que o adoram, como é possível nomear este típico árbitro de fretes ao Benfica quando se vê um proteccionismo descarado à violência dos mais recalcitrantes jogadores do Benfica?...
David Luiz, por seu lado, lá mandou mais uma vez o seu braço, normalmente o esquerdo, contra a cara de um opositor, no caso Tchô, o que ainda há dois ou três jogos atrás se viu, da mesma forma e sempre impune.
Não há exemplos iguais em qualquer das outras equipas da I Liga. Uns podem agarrar mais do que outros, há quem "baixe o pau" com frequência e se for contra as pernas de um jogador do FC Porto tem a mesma complacência de um defesa caceteiro do Benfica. Ainda agora se viu os do Nacional fazerem faltas das mais variadas, repetidamente, sem cartão, algumas até feias, especialmente sobre Hulk.
Como ligo pouco à Taça da Liga, e ligo tanto quanto a importância que o presidente dos árbitros lhe reconhece passa por não nomear observadores dos árbitros nesta competição, não faço o habitual elencar de situações em cada jogo para atribuir o Nobel da Paz ou apelidar um árbitro de Bin Laden, consoante prejudique o FC Porto ou venha a beneficiá-lo. Os pacóvios que achavam todos os penáltis do Benfica, há um ano, indiscutíveis, são os mesmos que querem negar a justeza dos penáltis que agora são marcados a favor do FC Porto. São os mesmos pacóvios, começando pelo seu presidente-bronco, que ainda devem estar à espera da explicação directa, sigilosa e a dar em sua casa dos túneis de todas as manobras, de Vi-te ó Pereira por não ter mandado Paulo Costa dirigir qualquer jogo do Benfica na época passada...
Estas coisas de arbitragem têm sempre muito que se lhes diga. Por exemplo, ontem vi a 2ª parte do Getafe-Real Madrid, pela net, e o árbitro Undiano Mallenco apitou, nos primeiros 10 minutos após o intervalo, cinco faltas consecutivas dos merengues, dando um amarelo a Khedira na primeira falta que este fez (entrara precisamente ao intervalo a substituir Lassana Diarra). Não há árbitro nenhum em Portugal que se atrevesse a fazer isso ao Benfica. Nenhum.
Curiosamente, Undiano Mallenco foi nomeado para o Barça-Real Madrid, o da "manita". Antes do jogo, na manobra costumeira, Mourinho afirmou que Undiano favorecia sempre o Barça. Ora, esquecidos os 5-0 de 29 de Novembro, ontem o Real começou a ganhar com um penálti duvidoso. E dos quatro penáltis assinalados por Undiano esta época, em todos os seus jogos, não é que o beneficiário de todos eles tem sido o Real Madrid?...
Isto é como achar que Jorge Rouba é "portista" e os mostrengos vermelhos dizem que ele chegou a filiar-se nos SuperDragões. Ou dizer que Bruno Paixão favorece o FC Porto e que Lucílio Baptista não lhes ofereceu uma taça vergonhosa. É que o discurso vermelho dos árbitros não desvia as atenções, antes alerta para os favorecimentos de que são alvo e, normalmente, são silenciados pelos capatazes e os paineleiros do regime. Parece já ter surgido um bate-boca a respeito de Vi-te ó Pereira alertar para os efeitos contrários que às vezes certas declarações podem ter, se repetidas à exaustão e, além disso, serem falsas como Judas como falsa ficou, na história, a ideia de ter sido ele a "condenar" Jesus...
E é por isto, ou pela falta de questões deste teor, que os esclarecimentos de Vi-te ó Pereira caem logo em saco roto e não vou ver em directo. Mas quem quiser, faça o favor de tocar o assunto.
gostei da simulação de penaltie do Fraco Jarra do benfas neste ultimo jogo contra o Maritimo...
ResponderEliminarEstá praticamente tudo dito do que se pode dizer sobre a arbitragem e a sua liderança.
ResponderEliminarA evidência da impunidade de que goza David Luiz, face ao seu comportamento de violência em cada jogo que disputa, sobretudo na Luz, deveria envergonhar um qualquer dirigente sério e imparcial e dos respectivos árbitros que o consentem. Quem se lembra da perseguição movida contra Paulinho Santos, pelos árbitros e pela comunicação social, poderá avaliar o que é o proteccionismo e o favorecimento de que goz o clube da dona Victória.
O Hulk que se ponha a pau. Temos Xistrema no sábado no Dragão.... Mesmo depois da polémica em Guimarães.
ResponderEliminarE que dizer ao Duarte Gomes em Leiria, após a merda toda que fez segunda feira na Taça Lucilio no derby minhoto?
Um abraço