12 janeiro 2011

Pinto da Costa anda mesmo glorigozo


Há quem leia as recentes palavras de Pinto da Costa na festa da casa do FC Porto de Espinho, já um clássico nesta altura do ano, como o tocar a (re)unir as hostes portistas com vista à 2ª volta e a metade que falta na época. O líder portista, além de falar de galinhas e urubus que viu numa praia em Fortaleza (Brasil), dizem que apelou aos adeptos, como se não fosse preciso apelar à equipa e ao staff técnico, alertando para os ataques que supostamente o FC Porto receberá - como se isso fosse novidade.
Dizer que "querem-nos dividir" ou "tudo farão para nos criar dúvidas" e, ainda, que pretendem desviar o FC Porto "da rota do título", quanto a mim, não é um alarme.
É um gozo. Simplesmente um glorigozo. Há um ano, por esta altura, Filipe Vieira apelava nesses termos aos benfiquistas. Fazia manchetes de jornais e pedia mesmo para "deixarem-nos ganhar no campo" enquanto nos lembrávamos do mesmo em 2004-2005... Logo nos tempos seguintes às peripécias do túnel da Luz, uma vitória irregular sobre o FC Porto antes do Natal e o proteccionismo de Bruno Paixão a fechar a 1ª volta na visita ao Rio Ave que foi espoliado do empate.
Pinto da Costa limitou-se a repisar as palavras de LFV. Mais nada. Não deu tom dramático ao discurso. Não enfatizou a cruzada do inimigo. Não empolou a circunstância, natural, de os rivais lutarem pelo título e desejarem afastar o líder do topo da tabela. Mais, ao aludir às dúvidas, PdC goza com recente declaração de Javi Garcia, que alimentou a expectativa de o plantel dos dragões "ficar com dúvidas" sobre a sua capacidade após a primeira derrota da época.
Quem não percebeu isto continua a não entender o tom e a ironia mordaz de Pinto da Costa.
O que faz dele, não o tipo da ironia fácil que agora disfarça muito bem, segundo o perfil consabido que lhe dedicaram há muitos anos quem não muda o seu discurso e sentimento para com o presidente do FC Porto, uma figura inimitável. Para o qual também nunca haverá... clones.
E diverte-se à brava, como sempre. Agora até sem que quem o ame ou odeie o detectar. Sublime.

Sem comentários:

Enviar um comentário