07 janeiro 2010

Futebol Clube do Pedroto

Faleceu há 25 anos. As suas “tiradas” ainda são actuais. Por muito que firam os melindrosos caciques lisbonenses, que ele tanto atacou nos seus tempos áureos em que conduziu o FC Porto não só a uma conquista da Taça de Portugal (1977) como a dois títulos nacionais (78 e 79) e, acima de tudo, para bradar contra o centralismo, o poder do futebol submisso aos clubes da capital, o jornalismo faccioso e vícios atávicos do futebol e dos portugueses. Cada vez mais uma saudade

Quando José Maria Pedroto faleceu, em 1985, já tinha “lançado” Artur Jorge que, como previu, guindaria o FC Porto ao topo europeu dois anos depois. A ironia é que com o popular Zé do Boné ao leme do futebol portista, o Benfica obteve o seu último bicampeonato (83 e 84) desde então. Incluindo (mais) uma final ganha no Jamor ao FC Porto (83). Suspenso de funções por doença crónica (cancro) praticamente desde um ano antes da sua morte, Pedroto mal viu o FC Porto ganhar a Taça ao Rio Ave e perder a final da Taça das Taças com a Juventus em Basileia uns dias depois (84). António Morais (também já falecido) substituiu-o, até chegar na época seguinte Artur Jorge para se iniciar a fase decisiva, crucial, histórica de viragem no futebol em Portugal. Artur Jorge: O delfim de Pedroto, que com ele privou em Guimarães. Hoje, de há uns tempos, delfim de Pedroto na argúcia, mediatismo e contundência é Mourinho, com quem tende a comparar-se na discussão pública os dois fenómenos entre os técnicos portugueses. Mas Pedroto esteve sempre à frente do seu tempo, Mourinho simplesmente desafia o tempo presente.

Pedroto era um cidadão de corpo inteiro, Mourinho tem mais espírito de mercenário. Tão iguais e tão diferentes e falamos das três maiores figuras de sempre do FC Porto que após o 25 de Abril de 74 se refundaria no Futebol Clube de Pedroto e a sua indomável vontade de superar o destino, à excepção da morte, já ele era um “enfant terrible” no tempo do obscurantismo da ditadura que, infelizmente, se reveste de cariz aparentemente democrático nos dias de hoje que reclamam um outro Pedroto. Muitos nunca o conheceram, dos adeptos mais novos que só viram o FC Porto hegemónico nos últimos 25 anos. A esses, ávidos de saber como era dantes, aconselho a leitura do extenso (mas algo “embrulhado” e menos “aliviada” densidade de factos, datas e histórias descritas) “Pedroto, o Mestre”, publicado em 1998.

É preciso, de facto, um livro para falar de Pedroto. Dá gosto ler um livro quando o personagem é tão fascinante como era Pedroto, natural de Lamego e que, morando episodicamente perto do campo da Constituição, chegou aos infantis do FC Porto mas só nos juvenis do Leixões obteve a sua primeira inscrição como jogador no único clube onde, como técnico, não chegou depois a acabar o contrato de trabalho. Não foi um estudante profícuo, mas leu os clássicos de Eça, Camilo, Júlio Diniz, era leitor inveterado e, por isso, culto, aprendendo a mestria das palavras como a arte do bilhar e da sueca nas tertúlias pela noite dentro na zona da Boavista.

Seria extensíssimo falar do que fez, do que instruiu, do que ganhou. Mas do seu legado desportivo ímpar, para os dias de hoje, nada como tentar resumir nalgumas das suas notáveis tiradas na Imprensa o seu sentir e a “táctica” dada para tornar o FC Porto grande, algo que inspirou gente como Octávio, Oliveira e até Pinto da Costa que o resgatou do Boavista para todos mudarem o rosto do futebol em Portugal hoje em risco de cair no bolorento ambiente que o FC Porto tanto combateu para dar cor, títulos inolvidáveis e brilho ímpar ao jogo em Portugal.

Enquanto jogador, nos anos 50 e 60, foi dos melhores, era interior-direito, jogou em vários clubes e foi bicampeão pelo FC Porto em 1956 (titular indiscutível e esteio da equipa com o famoso Hernâni) e 59 (quase no fim da carreira, aos 30 anos) no ano do Calabote que o fez esperar no Torreense que acabasse na Luz o famigerado Benfica-CUF.

Como treinador, além do curso superior em França (daí o seu segundo idioma) que lhe dava habilitação a treinar a selecção gaulesa, em 1960, dirigiu a selecção de juniores de Portugal campeã europeia (1961) e a equipa de juniores do FC Porto. Já então, o que hoje se chamam de transições rápidas ele incluía no XII dos seus “17 Princípios do Jogo”: “Passar com rapidez dói ataque à defesa e vice-versa”. Orientou, então, Académica, Leixões e Varzim em anos consecutivos (1963 a 66), com a sua única “chicotada” em 1965 no Mar. “Falharam-me com aquilo que não podia dar-me”, explicou. Teve uma outra “chicotada”, especial, no FC Porto a 9/4/69, discordando de opções directivas (frontal como era) num ano em que os portistas perderam o título por culpa própria. Pelo Setúbal (2º em 71-72), Boavista (2º em 75-76, ganhando a Taça) e V. Guimarães (4º em 81-82) obteve as melhores classificações de sempre até então nesses clubes, só melhoradas por Jaime Pacheco com o título no Bessa em 2001 e pelo 3º lugar vimaranense há duas épocas com Cajuda.

Como já confessei aqui, foi o Setúbal dirigido por Pedroto que me encantou primeiro em Portugal, nas suas epopeias na Europa e um futebol de sonho. Vivi intensamente os dois títulos portistas dos anos 78 e 79 e, por isso, nada do que a seguir transcrevo do livro de Alfredo Barbosa é para mim novidade.

Ficam citações, extraídos do livro da autoria de Alfredo Barbosa (ex-jornalista de A Bola, amigo e até cúmplice de Pedroto que lhe concedia entrevistas notáveis de rasgar a eito e sem pejo de identificar os alvos bem definidos na verrinosa mas literária crítica do treinador que fumava o triplo em dias de jogo em relação ao maço diário que, fatalmente, lhe moldou a voz roufenha mas nitidamente audível e, por fim, apressou a sua morte).

E a tantos servirão muitas das carapuças a seguir ditadas:

Por princípios
“Ética e deontologia cabem, inteiras, nos princípios da razão. Não se invocam quando não os temos…”
“Como dizia Eça, “os serventuários das instituições que abdicam da sua personalidade não passam de medíocres que vegetam e aguardam ansiosamente os dias de pagamento”.
“Cito Miguel Torga: “Prefiro mil vezes o ódio dos que estão ao desprezo dos que hão-de vir. Verídico, posso alimentar a esperança da companhia sincera de algum leitor futuro; mentiroso, nem a dos mentirosos de agora”.
“Tenho para mim que, por muitos ginásios e muitos pavilhões que se construam, nada faz mais falta aos jovens do que a alimentação (…) Os mais franzinos são (agora) os mais talentosos. O que não fariam eles se tivessem outros cuidados, nesse sector, desde pequenos? (…) Agora, sucedendo como sucede, verifica-se em Portugal, tal como no Brasil, que menino rico não é bom de bola”
“Sofri influências que não destruíram a minha personalidade nem obliteraram o meu carácter. E o que desejo para o meu país é a social-democracia”
“Escrevo nos momento de ócio, quando estou só. Sensibilizam-me aspectos de ordem humana, como da própria natureza. Sinto-me imbuído de uma ideia e transmito-a para o papel. Mas sem valor literário para serem publicados”.
“Escreveria um manual sobre futebol? Mais do que nunca, por ter acabado o manancial de Angola, Moçambique, Guiné é premente um trabalho de base na formação”.
“O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol”.
Como jogador
“Não me censure, por favor, mas gostava de atingir a categoria de internacional”.
“Há jogadores de fraca estatura moral facilmente manejáveis por alguns dirigentes sem escrúpulos” (isto ainda nos anos 40, do que designavam dos tempos de cavalheirismo)
“Às vezes a boa vontade não chega. E é pena, porque o jogador deveria diariamente estar em contacto com a bola (…) Nos pormenores de execução, pelo menos, conseguiria assim registar progressos, que indubitavelmente se reflectiriam na valorização mais firme do futebol português. O ideal é que os jogadores tivessem modos de vida que permitissem esses regulares exercícios diários”.
(defendendo o profissionalismo, vetado pelo Estado Novo, pouco depois de 0-10 de Portugal com a Inglaterra em 1947 no Jamor)
Em 1952-53, Pedroto trocava o Belenenses pelo FC Porto na mais cara transferência de sempre em Portugal: 335 contos para os azuis e 150 contos nas mãos do jogador (“luvas”).

Como treinador (a partir de 1964, na Académica)
“O futebol reflecte o convívio humano em que germina”.
“Se possuímos uma magnífica elite de jogadores internacionais, dos melhores da Europa, sem qualquer dúvida, que valem os outros? Temos imaginação, ritmo, menos futebol estereotipado que na Europa Central, mas na massa de praticantes existe muita deficiência. Só com escolas e processos novos podemos melhorar”.
“Um futebolista profissional não pode dispor apenas de um par de botas. Pois é o caso do Leixões. Na P. Varzim aconteceu que, num piso encharcado, Narciso e Marçal perderam os pitões, sem hipótese de substituição de calçado (…) E os banhos de imersão não são um luxo, mas uma necessidade”.
“Em princípio, não são as tácticas que ganham os jogos. Nenhum jogador ou equipa podem ser escravos de tácticas (…) uns e outras devem estar aptos a corresponder imediatamente a uma mudança de sistema, num mesmo jogo”.
“De quinta a segunda-feira, os jogadores ficarão concentrados. O após-jogo não é subestimável: o desgaste a que os homens são submetidos exige tratamento cuidado para a recuperação” (já no FC Porto, em 1966).
“Na minha segunda época, com uma equipa recuperada, fizemos miséria. Ganhámos a Taça (2-1 ao Setúbal) e só não vencemos o ‘Nacional’ porque um senhor árbitro, no jogo decisivo contra o Benfica, nos anulou um golo limpíssimo (como toda a crítica o classificou) de Manuel António que poria o marcador em 3-2 a nosso favor. Estávamos a perder por 2-0 e recuperámos até ao 2-2 (…) Perdemos, então, o jogo que tínhamos ganho por direito, por 3-2 com um frango de Américo”.
“Depois, a época seguinte ia ser a da consagração final. Estivemos toda a época à frente. Veio aquele tristíssimo caso do sr. Presidente” (Pinto de Magalhães).
(A escassas jornadas do fim, em 1969, o FC Porto perde com a Académica (0-1) e empata com o U. Tomar (2-2) nas Antas. O Benfica, que empatara um jogo em S. João da Madeira, ganha um protesto e ganha o jogo repetido com a Sanjoanense (golo de… penálti). E só precisa de empatar na última jornada no clássico decisivo na Luz (0-0) para ser campeão com 2 pontos de avanço. Uma intriga palaciana nas Antas fracturou o balneário e Pedroto será excomungado em AG que em 1976 o reabilitaria para regressar e finalmente triunfar)
“É minha obrigação ajudar a desmascarar o bezerro de ouro do FC Porto, um clube que amo no qual vivi os melhores anos da minha vida” (aludindo ao presidente Pinto de Magalhães).
(De quase ganhar o campeonato, em 1969, à pior classificação de sempre: 9º em 1970, o FC Porto passou de habituado a ganhar ao V. Setúbal a perder 5-0 e 3-0 nas Antas com a equipa sadina orientada por Pedroto. Um tal Tommy Docherty, ex-M. United, afundava os dragões).
“Treinadores ingleses?... Uma ofensa à inteligência das pessoas”.
(no regresso, desde o Bessa, às Antas, Mortimore treinava o Benfica e Ronnie Allen o Sporting. Em 76-77 começou a época dos “roubos de igreja”, segundo um título enorme em A Bola)
“Só a vitória final é objectivo. Não importa que nos apodem de obcecados, de fanatizados e doutros termos semelhantes”.
“Parece-me de grande importância na conquista de campeonatos nacionais que os clubes pertençam à cidade onde o poder desportivo se concentra em todos os seus órgãos de cúpula”.
“Parece que muita gente está interessada em que a arbitragem continue a funcionar nos mesmos moldes de antes do 25 de Abril”.
“No FC Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam porque nunca chegam a existir”.
No Verão quente das Antas (1980) confronta o presidente
“Américo de Sá traiu os interesses do FC Porto desde o momento em que aceitou ser deputado. Sacrificou o clube e dirigentes à política. Foi miserável ao não aceitar a recondução de Pinto da Costa” (então chefe de
departamento de futebol)
“Chegar a ministro à sombra do FC Porto parece ser a ambição de Américo de Sá. Nunca o conseguirá, porém, à custa dos profissionais de futebol e os jogadores do FC Porto dir-lhe-ão na cara que não querem trabalhar com ele como presidente”.
“Os jogadores do FC Porto são uma força e, entre eles, não há traidores como o presidente”.
“Eu sou militante do PSD e, em obediência à disciplina partidária, irei votar no dr. Américo (candidato à AR pela AD) que não tem categoria para ser deputado. O mundo tem destas incongruências. O FC Porto foi bicampeão e isso levou-o à Assembleia da República onde, se calhar, vai continuar ensonado a responder presente. E apenas isso, pois ninguém o ouviu ainda levantar a voz para defender os interesses da cidade que o elegeu”.
“Foi pelos seus actos e pela sua conduta vertical que Pinto da Costa se impôs a tudo e a todos. Foi ele quem revolucionou o futebol do clube"
“Conheço o Artur Jorge desde a sua infância (natural de Cedofeita) (…) tive alguma influência para que ele se tivesse tornado o grande jogador que foi e o extraordinário treinador que pode vir a ser, pelo que o recomendei ao FC Porto (…) Acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por se revelar como um homem predestinado pata a direcção de equipas de futebol”.
“Chalana e Jordão poderiam ter sido do FC Porto”.
“Walsh (irlandês do FC Porto depois de Pedroto sair em 1980) veio demonstrar as carências do futebol português no jogo por alto. Até por parte dos nossos defesas. Precisamos de gente que salte dentro da grande área, mas cabeceie”.
Contra a Imprensa centralista
“Uma guerra fria cuidadosamente desenvolvida contra o FC Porto pelos meios de comunicação social de Lisboa (jornais, rádio e RTP) e alguns jornalistas influentes em jornais do Porto”.
“Denunciaremos a todo o momento as anomalias que influenciem os resultados dos jogos”
“É tempo de acabar com a centralização de todos os poderes na capital”
“Verifica-se um estado de espírito geral de apoio incondicional ao Benfica”
(Pedroto usava A Bola e o amplo espaço que lhe concediam em extensas e profundas entrevistas, daquelas que metiam peças que se desdobravam por duas e três páginas até o final em página anterior aos parágrafos que o precediam. Para Pedroto, o jornal dava “uma protecção indecorosa ao Benfica”)
“O Benfica tem merecido dos Órgãos de Comunicação Social estatizados, concretamente da EDP e da RTP, um tratamento especial, com tempos de antena extraordinários (…) na televisão é raro o domingo onde não aparecem imagens do jogo do Benfica, mesmo não sendo considerado dos mais importantes da jornada”.
”Sabendo todos nós que estes dois órgãos (RDP e RTP) têm as suas sedes em Lisboa e dali emanam instruções para as respectivas filiais no Porto (…) deveriam estender uma maior cobertura aos clubes nortenhos que constituem a maioria de participantes na I Divisão (…) deviam ser criados no Porto programas desportivos (…) para não nos sentirmos como que marginalizados ou diminuídos no apoio que também devemos merecer”.
“Conheço muito bem os jornalistas. Sei quais as suas cores clubistas, ou se cortam a direito, como há vários, e como eles reagem quando a equipa da sua predilecção perde. E sei bem como eles procedem nessas alturas em relação ao FC Porto. Há ocasiões em que não passo do título. Basta-me lê-lo para saber o que o jornalista escreve. Por norma e educação não hostilizo o jornalista que, no meu entender, deturpa a verdade, sonega factos aos leitores, sobrevaloriza o secundário, deixando passar o essencial. Não deixo de alertar os meus jogadores para a subjectividade do jornalista, que é tanto mais desfavorável à equipa quanto maior é a sua predilecção pelo clube de que gosta (…) Eu sei, por exemplo, o que se pretende quando se diz que Frasco está em baixo de forma, Rodolfo está a jogar mal. Eu sei e os meus jogadores também sabem”.
“Não tenho ido à rádio porque de Lisboa estão sempre a interromper”.
Tricas com a selecção (que dirigiu de 75 a 77)
“Assistimos ao principiar de uma guerra fria. Consta-se que o FC Porto tem o melhor plantel, faz as melhores aquisições e tem automaticamente a obrigação de ganhar o campeonato. Vêm de seguida as selecções nacionais e outros clubes fornecem maiores contingentes de jogadores e na selecção actuam em maior número”.
“Mário Wilson só pensa no Benfica que beneficia do apoio dado pelo seleccionador com convocatórias de 20 jogadores benfiquistas para a selecção nacional (…) Estão, agora, criadas as condições para que os treinos e os jogos da selecção se realizem na Luz. Os jogadores e o técnico do Benfica não precisam de sair de casa…”
Sindicalista
“Nós (treinadores com sindicato) gostávamos de ser integrados numa Caixa qualquer para podermos usufruir dos benefícios da previdência, mas nem para a Caixa dos Sapateiros nos mandam”.
“Não vendo a alma por dinheiro. Dirigentes endinheirados pensam que compram tudo. Sou um homem livre e um treinador sem medo”.
“No SINBOL (sindicato) estão filiados quase todos os treinadores portugueses das três divisões nacionais. Da I Divisão falta Pavic (sérvio do Benfica), cuja filiação espero se por cá continuar. Falta, também, Mário Wilson, que não se encontra filiado em nenhum sindicato, tomando atitude a carácter consigo próprio. Se todos fossem como ele, Moçambique (de onde era natural) não seria independente. É uma filosofia de vida, são os equilibrismos de não se ser carne nem peixe, a que se chama bom-senso”.
Hoje em dia, no País e no FC Porto, uma tremenda saudade da frontalidade e argúcia de José Maria Pedroto, nascido a 21/10/1929 em Lamego, falecido a 7/1/1985 no Porto.

12 comentários:

  1. tinha 3 anos quando Pedroto faleceu, mas respeito e curvo-me perante a sua memória, memória essa transmitida quer pelo meu pai, que como adepto viveu grandes momentos proporcionados por ele, quer pelo meu padrinho que conviveu, orgulhosamente, e como seu adversário, com o Mestre. Aliás o meu tio tem grandes histórias e continua a dizer que o que lhe faltou na carreira foi mesmo ter sido treinado por ele.No entanto, procurando saber mais dessa grande figura comprei o livro, já à algum tempo, que o Zé Luis aconselha e claro subscrevo o conselho do Zé Luís, para que todos os jovens aprendam de que massa é feita os grandes Homens . Por último, gostava que o FCPorto não se esquecesse de Pedroto no próximo Domingo, e antes do jogo, fizesse alguma menção a esse facto nos ecrãs para que o público proporcionasse a sua homenagem sentida a quem tanto nos deu.

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  2. O meu muito obrigado ao Zé Luíz, o post explica o porquê da dimensão que o Mister PEDROTO teve no PORTO, quem como eu vivi o antes e depois dos 19 anos de jejum, tenho 54 anos, todas as homenagens que forem feitas serão poucas para agradecer quanto ele fez pelo clube.

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  3. Magnífico post(mais um)em que se relembra o Homem a gerações que com Ele,não privaram.Eu tive o privilégio de no café Velasquez,o conhecer e ouvir ás tardinhas,cá fora na mesa em frente do então quiosque interno do café e virado para a sua vivenda.Para a sua filha,mais tarde, distinta colega,as minhas gratas recordações do Senhor seu Pai.Até sempre AMIGO.

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  4. Um livro imperdível e um Homem que foi muito mais do que um treinador. Foi o verdadeiro simbolo do que é ser portista. Como todos os herois tragicos teve de nos deixar antes de ver os frutos de todo o seu trabalho. Um genio!

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  5. A Taça de 1983, não foi no Jamor...
    ...foi nas Antas, já no início da época seguinte...
    ....que polémica, meus amigos!!!

    Com ameaças de falta de comparência...

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  6. Tive o prazer de conhecer o Mestre no Velasquez e de sentir e ouvir o seu Amor pelo nosso Clube!Actualmente com o nosso presidente tão calado tenho ainda mais saudades do Mestre!
    Mestre,neste dia deixi-lhe aqui um Forte Abraço e Viva o Nosso F.C.Porto!

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  7. O JM Pedroto foi tão grande, que PdC (só) conseguiu arranjar uma "sala" com o seu nome acompanhado de um género de logótipo em que se destaca o boné, os óculos e imagine-se, as fossas nasais.

    A inauguração da "sala" - pode-se dizer, dos fundos - foi seguida de um jantar com música de Vivaldi.


    Vá lá...só demorou 25 anos...


    Ainda assim, triste, muito triste - a cerimónia entenda-se, porque Pedroto esse foi grande e ainda o é para memória futura.

    Para memória futura fica também a evidência que o FCP só pode ter um "deus" - JN PdC. Os outros ficam à porta ou então na melhor das hipóteses....numa salinha dos fundos.

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  8. dj duck e Miguel Teixeira,

    tiraram-me as palavras do teclado...

    pelas saudades, sem ninguém para "compensar" como era hábito.

    pela "relativa" importância do espaço consagrado a um Mestre.

    Antes ainda havia um busto, nas Antas...

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  9. Pauolp, temos a mesma idade e corroboro inteiramente o que diz.
    Grande Pedroto.

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  10. Do que já ouvi, parece-me que apesar de talvez sere escassa a dimensão da homenagem (embora seja melhor do que nada e até teve alguma mediatização), penso que foi um momento positivo.

    Há anos que não me lembro de ver uma peça como a que passou na SIC onde o comentador se referiu aos célebres roubos de igreja. Homenagenar (nem que seja por 4min) alguém que esteve ligado ao nosso clube e que foi um dos principais responsáveis por lancar o FCPorto numa órbita de sucessos e não branquear aquilo que ele defendia é muito bom.

    E se é verdade que o que era bom mesmo era a equipa jogar melhor, acho que faz falta alguma presença nos órgãos da CS para pelo menos dar voz ao que todos nós achamos e pensamos do que se passa.

    Por falar nisso, é uma das coisas que me deixa perplexo: sempre que falo com um lampião, ele faz questão de dizer que o PdC só foi absolvido na justiça porque as escutas não foram consideradas válidas.
    Para mim, esta é claramente uma situação onde uma mentira repetida ad nauseum se tornou numa verdade absoluta. E, para isto, só há uma forma de combate.

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  11. "sempre que falo com um lampião, ele faz questão de dizer que o PdC só foi absolvido na justiça porque as escutas não foram consideradas válidas".

    Santos,

    1) não se deve falar com um lampião, a não ser numa comédia de cinema como o Vasco Santana em "A Canção de Lisboa" (salvo erro)
    2) sociologicamente, Portugal é um país de analfabetos, com elevada percentagem de iliteracia.
    3) o defeito não é da CS, ainda que muitos tenham transmitido mal as notícias mas isso é o seu mal geral, é de quem não sabe ler, ouvir e entender - o tal problema da iliteracia.

    As escutas foram sempre consideradas válidas. Não cabiam, ao contrário, no crime catalogado no CPP que proprondo, no caso em apreço, pena máxima até 3 anos de prisão invalidaria o recurso a esse sistema de usar as escutas. Isso é da Lei geral do País para todos os cidadãos e a que a Liga julga estar acima.

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  12. SÓ A VITÓRIA FINAL É OBJECTIVO. NÃO IMPORTA QUE NOS APODEM DE FANATIZADOS OU DOUTROS TERMOS SEMELHANTES! PEDROTO 1978

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