11 agosto 2010

As súplicas dos portistas e a disponibilidade de Pinto da Costa



Há muito deixei de dar para o peditório, choramingas e patético, de adeptos portistas, com ou sem blogs, para que a SAD reaja, comunique, actue, combata, defenda o clube e tranquilize os adeptos face a tantas porcarias a que se deixa sujeitar o FC Porto. Na bluegosfera continua uma actividade recorrente: ó meu FC Porto, porque não reages?; para quando uma resposta do meu clube?; espero uma reacção célere da SAD do FC Porto; ou a SAD do FC Porto não pode deixar passar em claro o que se passou. E por aí fora, em lamentos e súplicas do género. Nalguns casos bem tentei alertar que estão a chover no molhado. A SAD não os ouve. A SAD não reage. A SAD não combate. A SAD não responde pelos adeptos e estes dizem-se que, assim, não se sentem representados pela clique dirigente do futebol portista. Isto são factos e dispenso-me, porque os envolvidos conhecem esta realidade e a minha intervenção, de enumerar as ocasiões em que tento abrir os olhos a quem espera, paciente e mesmo dolorosamente, que a situação mude.

Ontem, confesso que com surpresa, ouvi Rui Moreira no Trio de Ataque numa súplica do género, pedindo/exigindo uma reacção da SAD ao facto de João "Pode vir o João" e ei-lo em todo o seu esplendor Ferreira, como o cataloguei sem esperar cumplicidade ou duplicidade de crítica da SAD após a Supertaça, ter posto a mão na cara de Álvaro Pereira. Talvez involuntariamente, esquecendo como as súplicas caem em saco roto, Rui Moreira fez um apelo em que denota o seu inconformismo por mais uma actuação aberrante e abjecta do tal árbitro de Setúbal sobejamente conhecido ainda antes da escuta telefónica em que o bronco Vieira se revelou também em todo o seu esplendor de traficante, no mínimo, de influências. Obviamente, terá o silêncio da SAD como resposta, como já hoje se "ouve" e não "houve" (reacção portista).
Sobre a arbitragem do João "Pode vir o João" Ferreira que reapareceu em todo o seu esplendor em Aveiro a beneficiar o Benfica estou certo que ainda esta semana falarei dele. Talvez amanhã mesmo. Para já, o que me motiva é outra coisa e diz bem da incomodidade que isto me provoca e do qual já dei conta da minha total insatisfação como portista e por muito respeito que me mereçam, como merecem, as pessoas dirigentes e quem define a estragégia (o quê?) da Comunicação do FC Porto. Mas não quero, como os outros, chover no molhado e não sigo nem cartilha ideológica e muito menos fico refém de preferências pessoais que me impeçam de criticar o que acho mal, seja quem for envolvido. Da mesma forma, não é qualquer patarata iletrado, vesgo e tonto, nem que veja o FC Porto há mais tempo do que eu, que me limita a capacidade de análise e crítica, porque os repudio como qualquer outro imbecil de outro clube que não aduza motivos e argumente como deve ser.
Pois enquanto se espera que, para lá de uma Labareda invariavelmente pateta e até deslocada e insignificante, ou de uma boca de Pinto da Costa, sem fulgor e raramente com piada, em qualquer festa de casa com fanfarra e foguetes, o FC Porto reaja, aí está o presidente portista totalmente disponível para defender Carlos Queiroz no (subscrevo) "ridículo" processo da treta movido, pela inteligentsia nacional-tuga-de-merda, ao seleccionador nacional.
Não me choca o apoio dado, que me parece normal e até justo. Podia o presidente portista evitar dar "explicações" à maralha dos pés-de-microfone à saída da FPF? Podia e devia. Pinto da Costa expôs-se. Mais uma vez. Indevidamente. Escusadamente. Cumpriria o seu papel e o resto ficaria, como com Figo por exemplo, apenas como "entrou calado e saiu mudo". A qualificação do processo já nem interessa, tão imbecil ele é e chumbado à partida pela mais básica das leis de regulação laboral. O enumerar de exemplos do "discurso do meio futebolístico" nem serve os grunhos das canetas e dos gravadores, que pensam, ainda hoje, viver num mundo de cavalheiros como o que lhes contaram ter existido há 40, 60 e 95 anos no centenário futebol português sempre dividido pelos interesses dos clubes da capital e a intromissão, temida, invejada e repudiada, do FC Porto. Este é o caldo da cultura do futebol tuga e vão para a puta que os pariu que não há volta a dar, nem daqui a mais um século de patifarias, canalhices, merdilhices e pulhices várias em epicentro em Lisboa.
Sem dar resposta aos seus adeptos nas coisas do FC Porto, Pinto da Costa saiu a terreiro defendendo quem muitos em Portugal querem ver pelas costas. Acho sempre honroso e "de homem" defender quem é tão atacado. Mas, politicamente saiu mal. Desportivamente não parece ter calhado melhor e veremos quantos grunhos o Vieira dará a respeito na hora de ir à FPF. Eticamente, pela incursão no vernáculo peculiar que nem é só do futebol mas do português até do mais suave, a coisa soa pior ainda. Numa merda de um processo que só qualifica quem o moveu e desqualifica quem o suporta por forma a despedir o seleccionador, dos manhas aos (Bo)ronhas, passando pelos jaquins e octávios coxos de inteligência ou por deficiência motora, meter-se nisto com estardalhaço é quase replicar uma conversa de putedo em que o presidente portista, infelizmente, não sai incólume pelo passado recente que enlutou o clube. E, puta que pariu, as coisas têm de ser ditas, sendo que, mais uma vez, e por muita liberdade e até libertinagem de linguagem que Pinto da Costa tenha direito inalienável, a forma como se expôs demonstra o descuido do FC Porto com a imagem que o seu presidente deve dar. Uma vez mais, em causa a Comunicação e Imagem do clube.
Para mais quanto está em falta com a devida compensação aos seus adeptos, muitos deles que o idolatram por boas ou más razões.
Sabem que defendo Carlos Queiroz, como defenderia qualquer um sujeito a uma pulhice destas que o atormentam, só pela patifaria que me suscita revolta.
Mas fico estupefacto como Pinto da Costa se expôs, em termos públicos, em defendê-lo. Seguramente teria argumentos mais válidos e verídicos, bem acima do vernáculo que é folclore do mais básico da tugalândia estúpida e vociferante a clamar por ética e responsabilidade quando não reclama por coisas bem mais patrióticas como o destino do próprio cadáver adiado que é este miserável país dominado por corja política e estúpida governança que a idiosincrasia do povo da bola relega para segundo e fatal plano com uma menoridade que diz bem da exigência do eleitor e da intervenção cívica do cidadão comum despido de clubismos.
Só falta mesmo, para completar o ridículo, que se explique como, em Aveiro, Pinto da Costa se sentou ao lado de Vieira, com Madaíl de permeio, uma aproximação que não vi alguém comentar e que, física e literalmente, não tem razão de ser. Nem protocolar. Muito menos para aproveitar-se sequer para a merda da fotografia.
Se não fosse o assunto sério, daria para rir como a reaproximação do saloio Chavez de novo nos braços da querida vizinha Colômbia que há dias pareciam estar em guerra por causa de um acampamento numa franja da floresta da Venezuela. Coisas de selva e de selvagens. Mas para o comportamento animal ou estudo antropológico não perco tempo.
ACT.: amanhã, sábado, sai entrevista aqui http://aeiou.expresso.pt/pinto-da-costa-sem-papas-na-lingua=f598796.
Mas no mesmo Expresso já tem réplica o diálogo da cona ou do putedo http://aeiou.expresso.pt/caso-vagina-a-fraca-defesa-de-carlos-queiroz=f598701

7 comentários:

  1. Concordo com a análise e ontem à noite pensei no mesmo. Então há disponibilidade para defender o CQ e fazer declarações públicas e sobre todas as tropelias cometidas ao clube nem uma palavra?

    Gostava de saber quais os motivos para este silêncio. Puro desleixo? Incompetência? Estratégia? Interesses?

    Eu sinceramente não sei. Sei apenas que sempre vi o Porto a trabalhar a comunicação de outra forma e neste momento já nos perderam o medo...

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  2. Aceito o teu ponto de vista, ja anteriormente falamos sobre isto, no entanto penso que é preferivel, na blogosfera, ou como o caso que apresentaste do senador (RM), falar a calar e a "baixarmos as calças".
    Tenhamos ou não o apoio da sad, temos todo o direito á indignação.
    Independentemente de achares que é "chover no molhado", que é um direito que te assiste (e que subscrevo) de que a sad não dá voz aos adeptos e muito menos defende o clube, como o fazia á anos, nós adeptos temos que nos unir em torno do FC Porto e fazer ouvir a nossa revolta.

    um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/

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  3. FM, o Porto nunca teve "comunicação". Quando muito não se calava e agia espontaneamente, falando em nome dos adeptos também.

    Ungaro, há uma interpretação indevida do que eu digo e já percebi de muitos confrades a quem comento da mesma maneira. Não nos calamos nem devemos calar, mostramos a nossa indignação e comentamos o que temos de comentar, sempre e quando for preciso. O que eu digo ser chover no molhado é apelar a que a SAD fale, reaja, combata. Essa lamúria vem de há bastante tempo e isso sim é chover no molhado e fazer figura de parvo, passe a expressão, porque nós defendemos ao nosso jeito o FC Porto, a SAD tem de o fazer ao seu jeito que é necessariamente diferente e institucional. Agora, ao fim deste tempo todo a suplicar, parece já que de joelhos, e não haver resultados é que acho chover no molhado e até de uma subjugação que não aceito, mas cada um sabe de si.

    Aliás, tal como tento abrir os olhos a quem entra por esse caminho e não percebe a insensibilidade da SAD; tal como alerto para outras situações de protesto de quem gosta de dar na RTP pelo fulano e sicrano, só porque é a estação pública, mas não atacam SIC e TVI, por exemplo, que são iguais ou piores em muitos casos e têm vários portistas na chefia da Informação dessas estações, como é o caso da TVI com vários nomes conhecidos; digo mais que bloggers portistas deviam saber a aproximação feita pelo Vieira aos blogs encarnados, passando-lhes a mão pelo pêlo e acabando com a contestação, confraternizando com eles e recebendo apoio declarado e juramentado para a política benfiquista, coisa que a SAD portista não fez no sentido de manter alguma relação mais estreita no sentido de comunicação e defesa alargada dos interesses, imagem e bom nome do clube.

    Vale a pena pensar nisso, mas é só para quem não anda distraído. O problema é que a "comunicação" do FC Porto é a insignificância que é e nesse campo o Benfica, já o disse, ganha-nos de goleada e tira o proveito que se sabe.

    E não dou mais explicações sobre o assunto, porque por mais motivos de reflexão que eu dê a alguns confrades eles recusam pensar e preferem tagarelar "aereamente".

    A realidade é esta e encaro-a de frente e sem medo, outros preferem ignorar e choramingar.

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  4. Penso interpretar perfeitamente as tuas palavra, as quais subscrevo na maioria, o que acho é que não devemos deixar de pressionar a sad, da forma que nos é possivel, se não existirem vozes subentende-se, na minha opinião que a ausencia de acção da sad é subscrita por nós Portistas.

    Quanto a CS no geral (jornais, tv´s, radios) é tudo uma cambada de anti-portistas. Desde que me conheço, e já la vão uns aninhos, que assim é. e já para não entrar na politica ...

    Isto daria conversa para horas, e não umas parcas linhas no teu blog.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/

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  5. totalmente de acordo com o exposto e já que falou na "comunicação" do FCPorto, desculpem este desabafo, mas os novos cartões de sócio em fundo cinzentão e apenas meio emblema,parecem-me um retrato fiel das "novas" politicas de comunicação.

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  6. De acordo: gostei do João "pode ser" Ferreira. eheheheh

    Novo post no meu blogue, comentem sff ( obrigado )

    http://campeoesfcporto.blogspot.com/2010/08/tentamos.html

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  7. Nao tem nada a ver com o post.
    Ze Luis e Portistas,esta na hora das minhas ferias na santa terrinha,ferias inclui ir ver o Porto.
    Qual e a vossa opiniao sobre a prioridade dos bilhetes serem para o Dragon Seat? Sera isto legal?
    Nao sera descriminacao de socios e adeptos?

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