29 outubro 2017

Três pontos ganhos!

O FC Porto venceu por 3-0 no Bessa e, por isso, não precisou de recuperar de desvantagem. Quer dizer, quem ouvisse o treinador e o seu adjunto a comentarem, em directo, o jogo na SportTV, em vez de estarem no banco a testemunharem a derrota da sua equipa, poderia pensar que o Boavista estaria a ganhar por 3-0 e ainda na 1ª parte; faroleiro da sua estirpe, bajulado ainda tão novo, Jorge Simão, desta vez, com a lógica da batata comum a Jorge Jesus e uma ameba em vez de massa cinzenta a partilhar também entre eles, foi capaz de dizer que podiam ter ido para o intervalo a vencer - lógica que não colheria na partida com o Benfica, quando não dava jeito dizer que quem começou a vencer é que deveria vencer no final.
 
Treinadores da treta são assim e Sérgio Conceição confirma ser diferente - e por isso vai à frente. É difícil enfrentar um dia como o de hoje, com 25 horas e o FC Porto ter dormido mais 1h na liderança, embora os 28 pontos em 30 possíveis sejam ainda mais difíceis de engolir...
 
Mas convém, e deixar assentar. Foi o que o FC Porto fez: deixou o Boavista empolgar-se, como era previsto numa batalha, física, que se previa também com o moral dos últimos resultados, o Boavista duro e truculento, a jogar muito na barafunda e pouco no jogo em que raras ou até inexistentes foram as ocasiões de golo até ao descanso. Era preciso descanso, porque estes jogos de trepidação constante e nenhum esclarecimento servem a quem deixa o adversário esgotar energias, à falta de lucidez, para desferir golpes definitivos. Estão a ver um a pavonear-se à volta do ringue no 1º assalto e depois levar KO?. Foi o que se viu e o possível 3-0 para os visitados que se anteviam nos comentários parciais e nada parcimoniosos na televisão foi uma treta difícil de engolir ante o resultado final.
 
De repente, sem o FC Porto mudar muito a não ser subir um pouco a agressividade para se equivaler nas disputas de bola, o Boavista recomeçou lânguido e tosco e viu-se a perder 1-0. É difícil, para mais, ver isto assim, porque Aboubakar começou com um túnel e em lançar Corona na direita e este cruzar para Brahimi na esquerda, parecia uma autoestrada desconhecida o caminho do goleador portista até uma baliza... deserta!
 
Mas não foi o pior, porque nos comentários o Boavista era uma máquina. Estava a perder 1-0 e até devia logo começar a ficar com -1, porque aquele irrequieto pretinho na esquerda, já com um ca, barafustou o suficiente com o árbitro e pediu um ca para Felipe que, num tipo decente e fazendo jus a insígnias da FIFA, devia levar um segundo ca. Pior ainda, aquela entrada sem poder nem em sonhos jogar à bola e indo direitinho aos pés do Corona era para vermelho directo, mas não para um árbitro dos padres que não só ajoelham nas missas encomendadas como escreve no Facebook e esconde a mão e a mensagem.
 
A equipa que quase estava a vencer por 3-0, se considerarmos só as ocasiões dela e não o remate do Corona antes do intervalo e a perdida de Herrera logo após o 1-0, continuou a merecer os favores dos comentadores que se ausentaram do banco boavisteiro. Foi chato que a realidade do jogo tivesse virado o tabuleiro ao contrário, porque os golos escorriam noutro fluxo e com limpidez desarmante. Tanto que Marega, solto por Herrera, também voltou a fazer o gosto ao pé, tosco que seja, em mais uma autoestrada aberta quando o FC Porto, depois de deixar o adversário saltar e esbaforir-se, tocou a bola, subiu no campo, fez uns movimentos simples e mostrou que jogar é assim.
 
O comentador, com o seu adjunto, baixou do camarote da SportTV para o banco e foi substituir jogadores. Contentara-se, babara-se, com a táctica e o frenesim danado mas inóquo. Falou para as televisões, pródigas em acolher fala-baratos... Ao fazer as substituições, foi como se não as tivesse feito, porque autoestradas continuaram abertas e Brahimi, lançado por André André, foi assinar o ponto também, sem portageiro a barrar-lhe o caminho. Estava o Boavista a jogar com -1, com -2 como deveria? Não, gozou da bazófia costumeira, do parlapiú para as televisões, encantou parolos e deslumbrou basbaques. No fim, do 3-0 virtual, viu-se ante o 0-3 real. É do caralho, senhores ouvintes, diria o outro...
 
Então, depois das exibições de sonho do Benfica e do Sporting na véspera, uma semana depois do 5-1 do Sporting ao Chaves (um dia depois do 6-1 portista ao PF) que exaltou o pé-de-microfone da SportTV, extasiado e reverente perante Jesus no fim da partida, ao ponto de o menino do coro dizer que o Sporting assustava os adversários, temos visto quem anda assustado, quem faz pantomina e quem joga à bola. Jesus, livre do banho de humildade no confronto directo de Alvalade, julga fazer parte do lote. E o FC Porto ganhou 3 pontos mesmo, porque o Benfica os perdeu no Bessa, mantendo o 11 da goleada ao Paços e o passo certo que ninguém, até agora, acompanha. Nem os alambuzados das tv´s da parvalheira que julgam ser o trólóró capaz de vingar nas pantalhas onde a bola pincha...
 
E é isto que faz a diferença! O resto, é deixá-los pousar. 
 
nota: hoje escrevi num PC, o que faz também muita diferença...

24 outubro 2017

Greve à taça da treta

Aproveitando o golpe saloio dos árbitros tugas, grupo organizado de mafiosos que não gostam de ver revelados os seus conluios com outras associações de malfeitores, reforço a minha aversão a esta competição ridícula que esta época logrou retirar a única coisa positiva que lhe reconhecia: fazer os jogos de grupos em Janeiro, um período competitivo mortiço,  na sua maioria...
Assim, voto pela greve da esperteza saloia, ditada pelo órgão de classe de um grupelho com benefícios acima até das mordomias com que o governo serve os votos da Função Pública e mantém o cidadão, mais de 50% da populaça dependente directa ou indirectamente do Estado, acorrentado a quem lhe serve as migalhas levando o bolo todo.
Para mais padronizada por esse líder de indelével lambe-botismo que é o próprio presidente da APAF sem vergonha de mendigar uns bilhetezinhos e direito a entrar pela porta 18, a greve corajosa dos associados malfeitores do futebol mentiroso é digna de gente sem classe para o proverbial murro na mesa a dirigir aos jogos do campeonato.
Isto na altura em que se chateiam por lhes chamarem padres e devotos de missais vários só mesmo por paródia de não ser a Justiça a impedir a divulgação de informações que os incriminam dolosamente, enquanto atalhos bíblicos são versados contra dupla decisão da mesma Justiça em tema  de faca e alguidar, como se relatar a delapidação que o Corão impõe ao adultério fosse melhor solução.
Esse moço de recados Gonçalves, se não erro o nome, é tão digno de dirigir a classe de árbitros sem classe como o criminoso Costa manter o Governo sob o ladrar furioso da Esquerda acéfala para quem tragédias são manancial de História.
Num aparte, ter André André, Otávio e Oliver juntos é lembrar, fora os episódios dos árbitros mancomunados com o adultério da verdade desportiva, uma outra das razões de o FC Porto não ter sido campeão nos últimos anos.
Havia ladrões a roubar pobre futebol. Como há no Governo de cortes e cativações o crime de deixar morte e miséria à sorte.

21 outubro 2017

Nova vida

Não há qualidade suficiente para a Europa, mas dentro de casa o FC Porto arrasa. Depois de 5-2 ao Portimonense, 6-1 ao P. Ferreira, muito futebol, ataque incessante, espectáculo garantido a prender o adepto até ao fim, mesmo um aficionado simples da bola ficará entusiasmado. E Sérgio Conceição só meteu Corona em vez de Sérgio Oliveira, mudando o chip da equipa, além de Ricardo Pereira mostrar que Layun não tem dimensão para a lateral-direita, sendo até difícil perceber se o figurino é 4x3x3 não geométrico ou puro, se 4x4x2 amiúde ou mesmo 4x2x4 na fase avassaladora.
Significa que a equipa assimilou o pretendido pelo treinador. A equipa parece empenhada em assustar a concorrência doméstica, mesmo sem que pacenses, tal como antes os algarvios, tenham receado enfrentar o jogo com tremeliques.
Muita pressão, velocidade, trocas posicionais, verticalidade, bola tão solta quanto jogadores confiantes nos movimentos e no toque.
Pena Brahimi não ter marcado para todo o ataque ficar registado nos marcadores, mas aquele lance aberto ao findar da 1a parte pedia lucidez no remate para o canto deserto da baliza.

17 outubro 2017

Falharam todos!

Derrota inapelavel na Alemanha num jogo mal gerido desde a montagem do 11: começou no treinador com opções muito inconsistentes, mais do que discutíveis, passando pelos jogadores sem algum se destacar pela positiva, salvo o golo de quem também não o iliba de outras falhas.
De repente, uma mudança na baliza, de súbito a falta de intensidade nas disputas, de repente um frágil Castelo que deu cartas no Mónaco mas foi sem trunfos à Alemanha.
Não cito nomes propositadamente e coincidiu, no intervalo com a comunicação do PR que visou o Governo duramente sem citar nomes, de forma a só Marcelo criticar a Geringonça justamente no seu todo, ia o jogo a meio, respeitou o intervalo da bola, mas justificava a crítica ao FC Porto também.
Fica assim. E o FC Porto obrigado a bater o RB no próximo jogo ou hipoteca logo hipóteses de apuramento.

14 outubro 2017

Bom jogo

O FC Porto defrontou o Lusitano de Evora de forma muito séria e a jogar a sério. Valoriza a competição, respeita o adversário que fica com uma ideia do que é o nível mais alto e estimula os adeptos, que vêem não se tratar de uma brincadeira e que não se joga com o seu espírito desprezando a sua Carteira. Parabéns. Do 6-0 e das incidências pouca relevância terá o que se disser, a não ser que o desfecho é corolário da atitude!

01 outubro 2017

Uma equipa ganha, dois pontos perdidos

O FC Porto perdeu a oportunidade de distanciar-se com autoridade inquestionável na liderança que soube manter firme, sem conseguir ganhar em Alvalade pela primeira vez desde 2008, fruto de muito bom jogo, equipa sólida e competente mas incapaz de finalizar muitas ocasiões de golo.
Na cara de Patrício por 3 vezes, Aboubakar falhou. Fora o resto, de outras falhas em cima, mais uma bola na barra. Desta vez, com o Sporting a fazer o 1° remate aos 44 minutos sem perigo, nem em recargas a bola entrou.
A equipa foi brava e boa, agarrando a partida desde o início e deixando Casillas com o clássico mais sossegado da sua carreira.
Certo que as duas defesas estiveram muito bem, mas perdulário foi o ataque portista numa equipa ciente de todas as tarefas a fazer mas sem golos não se ganham jogos.
Quando, a essa falta de qualidade finalizadora, há que substituir Herrrera por Otávio e Aboubakar por Soares, percebe-se as limitações actuais do FC Porto, mesmo superior em todos os aspectos do jogo.
Soube a pouco e, de resto, numa partida com o árbitro Xistra a roçar a excelência, o que não é só merecedor de destaque, como a única vez em que não apitou para prejudicar o FC Porto.
Liderança firme, equipa ganha e processos consolidados aos quais outra qualidade de definição daria outra dimensão ao seu futebol maduro, sereno e consciente de todos os detalhes que definem as grandes equipas.
Atendendo às limitações conhecidas, o nível vai subindo e a confiança crescendo. Não parece mais a equipa infantil e desatenta dos últimos anos, mas quando jogadores como Corona e Oliver são suplentes não faz propriamente bem esse destaque, antes acentua o défice de reforço que se sabe para esta epoca
Sérgio Conceição meteu mesmo Sérgio Oliveira e só não repetiu a equipa do Mónaco porque Layun, em nível alto e atento, teve de render Ricardo. O treinador repetiu e ganhou. Tem a equipa na mão, o balneário solidário, um campeonato para ganhar a manter esta competência, não aquela do bacoco Jesus que começou a partida em casa em modo defensivo expectante à altura da sua bazófia.
Dois pontos perdidos com alguma frustração, mas muitas coisas ganhas ou pelo menos consolidadas, com créditos e confiança. Foi de líder que merecia mais: o comandante incontestado do campeonato e o treinador que demonstra saber o que fazer. Aplausos na amargura, por fim.