28 fevereiro 2008

Resgatar a história da censura do regime

Como na Espanha franquista se adulterou o golo mais importante da selecção
para que um jogador de Madrid fosse preponderante em vez de um de Barcelona. É como se Maradona não marcásse à Inglaterra e atirásse ao poste...

A edição das imagens televisivas, nos jogos em directo e nos resumos posteriores, tem estado na ordem do dia em consequência da irresponsabilidade (inimputabilidade?) dos seus responsáveis. Quanto mais jogos, mais broncas: não chegam os comentários distorcidos e falaciosos, há sonegação de imagens, branqueamento de acções com relatos a contradizer o que se vê e, com tantos meios técnicos, não faltará quem suspeite que muitas imagens são adulteradas. As televisões fazem orelhas moucas, mas não evitam o achincalhamento do seu trabalho jornalístico.

Pense-se agora o que é o tratamento da informação, e das imagens, num regime ditatorial. Temos o exemplo do salazarismo e há aquele sentimento de protecção do antigo regime ao clube preferencial, aquele de quem se transmitia mais jogos entre os raros visualizados em directo.

A Espanha não tem medo do passado. A transferência de di Stéfano, desviado do Barcelona rumo a Chamartin, não tem mais dogmas, nem brumas. Por decreto, o maior jogador de sempre, segundo alguns, reforçou o Real Madrid projectando-o para o colosso que é ainda hoje.

Mas no país vizinho foi-se mais longe. A provar como o regime protegia o Real Madrid, um simples cruzamento para o golo vitorioso de Marcelino na final com a URSS no Europeu-64, no então Santiago Bernabéu, está devidamente actualizado: não foi o madridista Amâncio, mas o culé Pereda a cruzar para o 2-1 final no prolongamento.

Basta respigar o que o site Maisfutebol escreveu ontem para se perceber a história e a vergonha que o esclarecimento actual não apagará nunca!


«O golo que mudou 44 anos depois
O golo da vitória da Espanha na final do Euro-64 continha um erro histórico que foi agora finalmente corrigido pela TVE, 44 anos depois. O autor da assistência para o golo decisivo foi deturpado pelo montador, pelo que as imagens transmitidas pelo NO-DO, um noticiário documental do regime que era projectado no cinema antes do filme em si, foram manipuladas.

As imagens do golo de Marcelino, que valeu o título europeu à selecção espanhola, eram precedidas de uma assistência de Amancio, quando foi Chus Pereda a fazer o passe decisivo. Assim, e depois de o Canal + e a Tele 5 terem levantado a questão, a TVE admitiu o erro e acabou por revelar outras imagens da altura, em que é possível confirmar, de outro ângulo, que a assistência é de Pereda.

Antonio Garcia Valcárcel, o próprio montador do vídeo, prestou-se a explicar o que realmente se passou: «O golo de Marcelino tinha falhas. O operador que filmou o jogo não podia gravar todas as jogadas porque era impossível na altura. E o que se passou? Escolhemos uma jogada em que não se tinha passado nada de especial e colámos a imagem ao plano onde Marcelino marcava o golo.»

Um dado que pressupõe ainda a existência de um dedo do regime na história do golo mais importante de sempre do futebol espanhol é o facto de Amancio ser jogador do Real Madrid e de Pereda defender as cores do rival Barcelona. O jogador do Barça teria sido, desta forma, o grande herói da final, uma vez que fez o primeiro golo da Espanha e, afinal, assistiu Marcelino para o segundo golo.

Hoje, os dois envolvidos brincam com a situação. Pereda diz que já lhe tinham explicado por que tinha sido feita a confusão e não lhe dá muita importância. «O mérito não é de Amancio, nem meu. É de Marcelino, veja-se o cabeceamento. E o meu cruzamento foi uma lástima! Na verdade, o passe bom foi o falso, o de Amâncio», disse o antigo jogador, numa entrevista ao jornal As.»
In MaisFutebol

Assista ao vídeo que explica toda a confusão.

27 fevereiro 2008

Nas meias, a meio gás

Equipa: Nuno, Bosingwa, Stepanov, J. Paulo, Lino, P. Assunção, Kazmierczak, Mariano G., Tarik (Lucho 45'), E. Farias (Adriano 72') e H. Barbosa (Lisandro 57')

12.117 espectadores

A economia de um Dragão que não confundiu superioridade com altivez, foi suficiente para garantir um triunfo que assegura a presença no lote dos últimos quatro clubes em prova na Taça de Portugal, como fruto primordial de uma exibição que teve tanto de segura, como de tranquila. Bastou a inspiração magrebina de Tarik, que soube inventar o espaço privilegiado para consumar o sucesso azul e branco, para que fosse escrito um novo capítulo de sucesso na caminhada portista na competição.

Uma entrada que de gestão teve muito pouco, revelou os primeiros ensejos de um F.C. Porto com vontade de resolver de pronto uma partida com contornos decisivos. Face a um oponente que construiu o seu roteiro defensivo cimentado em linhas absolutamente recuadas, o Dragão foi compelido a procurar as aberturas que permitissem uma aproximação convincente à zona de perigo contrária.

Foi Tarik quem assumiu em pleno o papel de responsável pela teimosia azul e branca, achando-se em foco em duas ocasiões quase consecutivas. Primeiro, aos 17 minutos, surgiu em de Mariano, chegando em perfeitas condições ao marroquino, para um remate que excedeu na altura as medidas da baliza. Mas o extremo portista não se satisfez com o desperdício inicial e passou da advertência à execução pouco depois, quando, solicitado por Mariano, foi capaz de deslindar o espaço necessário para, de um ângulo inesperado, mas invariavelmente bem sucedido, atirar a contar. boa posição para emendar um excelente lance colectivo que havia passado pelos pés de Kazmierczak e

Estava lançada a liderança azul e branca, com requinte como virtude e sem sobranceria como defeito, num remate certeiro que acabaria por selar a qualificação. Mas se a virtude portista se revelava no ataque, também a defender o Dragão apresentou argumentos. Nuno foi, então, a figura em plano de destaque, já que, quando chamado a intervir, soube responder com absoluta classe e em dose dupla, evitando o sorriso irónico dos visitantes.

Após o descanso e já com intérpretes mudados, voltou a ser da formação de Jesualdo Ferreira a iniciativa junto da área contrária. Nove minutos depois do reatamento, a linha argentina do ataque portista arquitectou uma jogada de desenho perfeito, com Lucho e Mariano a servirem a sentença de Farías, que por muito pouco não aplicou a solicitação. Não chegou, neste instante, o desfecho final do duelo entre Dragões e gilistas, mas percebeu-se por inteiro que a gestão cuidada, quando feita com discernimento, pode render um desenlace de sucesso.

Antes ainda do apito final, o F.C. Porto voltou a dispor de situações privilegiadas para alargar os números da vantagem, mas nem Lisandro, nem Lucho, já em período de descontos, foram capazes de dar outra expressão à quarta vitória portista em outros tantos encontros com a formação de Barcelos, a contar para a Taça de Portugal. O triunfo, no entanto, mantém inalterado o pleno na caminhada azul e branca, que prossegue agora rumo às derradeiras etapas da competição.

In
FCPorto.pt

PS: O título é da minha responsabilidade.

PS2: Devido ao horário do jogo foi-me completamente impossível vê-lo ao vivo. O mesmo se passou com o resto dos colegas do blog. Assim, espero que compreendam que não exista crónica, tendo-me de socorrer do texto do site do FCPorto. Por razões óbvias, também não existirá Round de Jogador da Bancada.

PS3: Relembro que a votação para o jogo FCPorto 3-0 Paços de Ferreira para eleição do Jogador da Bancada 2007/08 relativo ao 8º Round foi colocada ontem e está ainda em aberta aos comentadores do blog. Quem quiser votar pode ainda fazê-lo na caixa de comentários do respectivo post ou indo directamente aqui.

Hoje a prioridade é a Taça...

Vou ser desta vez do "contra", na minha estreia a lançar jogos. Proponho a equipa que Jesualdo não vai apresentar. Mas devia fazê-lo. Hoje a prioridade é a Taça, daqui a uma semana a Champions. Boas hipóteses de seguir em frente em ambas as competições. Por isso, concentração total e a melhor equipa precisam-se.

O dérbi de sábado não interessa para a Liga que tem noutro dérbi um interesse menor, por muito que o inflaccionem. E tal como Pacheco poupou jogadores à bica de cartões para sábado, metendo só Marcelão de início com a Académica e deixando Diakité no banco com Gilberto (entrou a meio da segunda parte), Jesualdo devia poupar os seus melhores para as grandes decisões.

Não se percebeu se, na luta pela permanência, Pacheco devia apostar no confronto directo com um candidato à manutenção como a Académica, ou meter as fichas todas num combate directo frente ao FC Porto no sábado no Bessa.

Parece que o Boavista é que vai jogar a decisão do título e, assim, o FC Porto fazer figura de sparring-partner. Por isso, não deve arriscar-se a integridade física dos portistas, com Quaresma à cabeça já que foi posto na redoma. Lisandro tem também vantagem suficiente para ser o melhor marcador que até final ninguém mais marcará os golos que já marcou. Lucho merece igualmente um fim-de-semana, ele que está sempre a procurar os melhores passes para os compatriotas marcarem e a tentar vislumbrar o filho na bancada quando não se entretém em minhoquices com os argentinos a festejar golos e golos e golos.

Foliões os argentinos? Não tanto quanto Jaime Pacheco, mas o melhor é deixarem-no fazer a festa para a qual o Boavista, num face-lift simpático de Álvaro Braga Júnior a ceder milhares de bilhetes a 5 euros para portistas como para boavisteiros, merece uma boa audiência. Só as incríveis narrações de jogos na TVI é que podem deitar tudo a perder.

Mas esse jogo de menor importância vem longe e, claro, não tem relevância.

Hoje ao fim da tarde é que tem de ser: o FC Porto com tudo na mão para chegar às meias-finais que a FPF não quer perder com os melhores dos semifinalistas e para o que não poupa nos árbitros certos para o interesse desportivo não sair defraudado, que a verdade nunca pode estragar uma boa história.

Já a ingénua Liga não acautelou na trôpega Carlsberg Cup (prefiro a Superbock, Cristal ou até sem álcool).

Obrigava o Quaresma a aguentar outro jogo a ver como se joga a sério e tinha-o fresco que nem uma alface contra os chalkes que todos temos atravessados na garganta e olhem que muito berram eles na sua arena e por aí mereciam golear.

Pronto, podem dizer cobras e lagartos do onze menos provável, mas não neguem que tem lógica.

... na semana bexiguenta

(continuação do título de cima)

Uma semana bem preenchida no campo e fora do calendário de competições. Tudo porque, como era previsível, as sequências das bexigas dos últimos dias deram volta às cabecinhas de muita gente que têm ligação directa ao intestino: tudo o que pensam sai m...

Tivemos as contradições das contraindicações de Ricardo Bexiga. Não bastavam as sentenças de idoneidade carolíngia, semana sim, semana não. As diatribes do DIAP do Porto tinham razão de ser, mas Lisboa não se rende e tem correios interesseiros de manhas do velho regime.

A descredibilização do novo director da PJ do Porto, a indigitar, mereceu a saga persecutória óbvia. Parecia a Ana Salgado a contradiar a irmã impoluta (corrijo?, não, está bem impoluta).

O homem era culpado de pedir protecção policial para Ana Salgado, imagine-se o dolo ao erário público! E queria prender a Carol, não por um número impróprio de table dance porque sabemos como a PJ contemporiza com alternes e tráficos diversos no Porto! Foi pago pelo FC Porto para conhecer Sevilha de azul e branco, o que só era admitido ao general Eanes e ao presidente da AR. Pior: Almeida Pereira, o novo homem agoirento para o sistema, estivera perto de arranjar um cargo no futebol e logo no CJ da FPF de que foi presidente o próprio PGR Pinto Monteiro, imagine-se a desfaçatez!

Não, o correio interesseiro das manhas do regime até alvitrou que pretendiam assassinar o PGR que deixou a Carolina publicitar um livro e a Morgado iniciar uma investigação com tudo para ser bem sucedida.

Nesta semana de "morte à oposição" que queiram fazer ao rumo justiceiro do Apito Dourado, até uma agressão a um jornalista sucedeu. Habito banal noutra era do futebol nacional que Rui Santos teimava em bem denunciar, o palco era sempre na terra dos mafiosos. Mudou-se o cenário mas alvitrou-se que o cacete dado seria igual ao que agrediu Bexiga, entretanto mudado para a capital civilizacional e com cargo a condizer Politicamente Sadio.

Uma semana de gritos e histeria como nos tempos aúreos do Apito Dourado em livro. Evocou-se a invasão de um programa televisivo em directo por Vieira himself, o Sportem quis tentar entrar no Guiness da pimbalada e o dérbi capitulado entre o desportivo e o recreativo tem tudo para ser um sucesso com tamanho corrupio de mitómanos e lêndias.

O futebol português segue dentro de momentos.

Eleição do Jogador da Bancada 07/08 - 8º Round


PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo. Só necessitam de copiá-los, colá-los na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

26 fevereiro 2008

Quem não chora não mama

Devido ao castigo do treinador do Paços de Ferreira, o adjunto Jorge Mendonça assumiu o “protagonismo” de dirigir a equipa, via instruções de telemóvel, e teve também direito aos seus cinco minutos de glória, ficando encarregue das declarações no final do jogo.

Primeiro, no flash interview, perante as câmaras da SportTV, começou por afirmar o seguinte:

«No futebol não há momentos bons para sofrer golos, mas aquela altura, quando sofremos o primeiro, foi mesmo muito má. Depois, logo a abrir a segunda parte, sofremos o segundo. Dizem-me que era fora-de-jogo e complicou muito para nós. (...) O Paços de Ferreira esticou-se, correu riscos e o FC Porto, naturalmente, aproveitou. Marcou outra vez e podia ter marcado mais golos...»

Entretanto, alguém lhe deve ter dito que tinha “chorado pouco” e que na situação periclitante em que está o Paços de Ferreira tinha de berrar muito mais. Assim, chegado à sala de imprensa o tom já foi outro e afirmou o seguinte:

«Tivemos o azar de todos os foras-de-jogo mal assinalados terem sido fundamentais. Em foras-de-jogo mal assinalados também perdemos seis ou sete a um, mas tivemos azar sobretudo no fora-de-jogo mal assinalado que dá o segundo golo do F.C. Porto. Naturalmente acontecem erros, mas esse foi um grande azar».

A gente ouve uma mentira destas e até duvida se ouviu bem. Mais. O pobre adjunto disse esta enormidade sem se rir, como se estivesse a falar a sério (até me fez lembrar as entrevistas que o Vale e Azevedo dava à SIC...).

De facto, na jogada que antecede o segundo golo de Lisandro, Farias quando recebe a bola está milimetricamente adiantado em relação ao último defesa do Paços de Ferreira.
Mas se alguém se queixa desta jogada, como pode ignorar três outros lances semelhantes, em que foi erradamente assinalado fora-de-jogo ao ataque portista (uma vez a Tarik e duas a Lisandro), em situações em que os avançados do FC Porto estavam claramente em jogo (mais de um metro)?

E o que dizer da impune agressão de Furtado a Raul Meireles, aos 73’, quando o jogador pacense atingiu deliberadamente o médio portista com o cotovelo?

Percebe-se a intenção do Paços de Ferreira – quem não chora, não mama – mas é inconcebível vir queixar-se da arbitragem num jogo em que foi claramente beneficiado.

Cavalgando em cima destas declarações, alguma comunicação social optou por ignorar todos os lances em que os árbitros ajuizaram em prejuízo do FC Porto, fazendo de conta que nunca existiram (veja-se a forma como foram seleccionadas e comentadas as imagens dos resumos do jogo) e repetindo 33 vezes as declarações do adjunto do Paços de Ferreira...

Assim se explica a vantagem do FC Porto no campeonato português...
José Correia in Reflexão Portista

PS: É com imenso prazer que vos informo que, finalmente, a longa entrevista que dei ao jornalista João Queroz para o Jornal de Notícias, há cerca de um mês atrás, irá ser publicada hoje. Tal como para vocês, para mim será uma enorme surpresa a forma como ela será publicada. Não sei se será em forma de texto, se será apresentada a entrevista completa, pergunta por pergunta, resposta por resposta, apenas sei que se insere na temática de blogs desportivos de futebol em que foi escolhido para ser entrevistado o administrador de um blog de cada dos três grandes clubes e em que o representante do FCPorto foi precisamente o Portistas de Bancada. Não quero deixar de agradecer publicamente ao João Queiroz por ter escolhido o Portistas de Bancada e espero não desapontar com as minhas palavras todos os que tem feito crescer o blog, fazendo-o alcançar o sucesso que hoje tem. Pela minha parte e apesar de estar sufocado no trabalho de tal forma que nem tempo quase tenho para ler os comentários aqui colocados, pedindo desde já as minhas desculpas por tal, só tenho de agradecer mais uma vez a todos os Portistas que enchem esta Bancada. O sucesso é vosso também.

23 fevereiro 2008

Passos seguros rumo ao tri

Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, M. Cech, P. Assunção, R. Meireles (M. Gonzalez 77'), Lucho, Lisandro (H.Barbosa 79'), E. Farias e Tarik (Kazmierczak 87')

31.209 espectadores

Jogo de total e absoluto controlo portista, na “ressaca” a um dissabor europeu. Repetiu-se a chapa 3 em jogos de cariz interno, repetindo-se igualmente a boa exibição essencialmente no segundo tempo. Esta equipa sente-se muito perto do tri-campeonato, e a forma como as coisas saem são o exemplo de uma equipa segura, com qualidade, e com níveis motivacionais bem elevados. Lucho - Lisandro, para não variar as estrelas da companhia.

A primeira grande surpresa deste Porto havia sido a não convocação de Quaresma. O extremo portista encontrava-se limitado fisicamente, mas o que é facto é que recuperou a tempo da partida - restará saber as razões que levaram Jesualdo Ferreira a preterir o jogador, sendo mais provável que tenha sido numa óptica de gestão de esforços. Muito bem a meu ver, já que o Porto havia de começar a partida sem nenhum elemento de “puro egoísmo táctico” como o é Ricardo Quaresma, com Tarik bem encostado à ala, e Farias com Lisandro a deambular pelo ataque de forma sempre aguerrida e colectivista. Curiosamente, e apesar da péssima posição que ocupa na classificativa, os pacenses até entraram bem na partida, tentando a todo o custo “quebrar” a capacidade de construção ofensiva do Porto. Bastante subida no terreno, com uma primeira linha que era tanto de curiosa como de suicida, a ideia seria colocar os avançados portistas em fora-de-jogo, unindo mais rapidamente os sectores e chegando mais vezes perto da baliza de Hélton. Isso até acabou por ser conseguido durante o primeiro-tempo (com um punhado de oportunidades, todas elas partindo de remates de meia distância), altura em que o Porto também se encontrava macio, suave, procurando um golo que lhe concedesse motivação e libertação de movimentos.

Quando já se esperava o intervalo, a arte de Lisandro Lopez a vir (novamente) ao de cima. O jogador “que nunca desiste”, a aceder a um mágico lançamento aéreo de Lucho, e Lisandro com uma simplicidade assustadora a parar a bola e a rematar rasteiro para o fundo da baliza de Peçanha. Estavam percorridos 45 minutos, e o Porto a atingir o objectivo principal: chegar a intervalo a vencer.

Num primeiro tempo de muitos fora-de-jogo portistas - como aliás já se esperaria, tal o figurino táctico pacense - o auxiliar de Paulo Costa assinalou um total de 7, sendo apenas um deles mal interpretado, numa jogada em que Lisandro se encontrava totalmente isolado frente a Peçanha. O segundo tempo iria ser bem distinto neste particular.

O início da segunda-parte coincidia com uma entrada à Dragão. Pelo chão, pelo ar, curto ou comprido, esta equipa agradava de ver jogar e mostrava uma integração entre as partes no mínimo notável. Sem a presença de Quaresma (que actualmente não só não resolve como atrapalha, insisto) era Tarik a fazer as delícias dos adeptos portistas, que o aplaudiam qualquer que fosse o resultado das suas investidas. Aos 51′, o marroquino literalmente comeu a relva depois de um remate que passou a centímetros do poste. Levantando-se do relvado, a imagem de Sektioui a “cuspir” um pedaço de relva é demonstrativa da entrega que o extremo concede ao jogo. Impossível não gostar!

Um minuto depois, surgia justificadamente o 2×0 portista. Numa jogada em que Farias parte em ligeiro fora-de-jogo, este correu até à linha de fundo para depois assistir o imparável Lisandro Lopez. Não há adjectivos para caracterizar o pequeno argentino, tal a sua versatilidade e objectividade no jogo de ataque portista. No lance seguinte era Lisandro a isolar-se novamente para um novo erro no fora-de-jogo. O argentino havia mesmo de alcançar o “hat-trick” dos fora-de-jogo aos 73 minutos, ao ser impedido de fazer aí sim o “hat-trick” dos golos, depois de mais um erro de arbitragem. O Porto geria os acontecimentos, os pupilos da «capital do móvel» vergavam-se ao domínio portista, e o terceiro golo haveria de surgir quando já poucos o esperavam - sublime o passe de Lucho para Mariano Gonzalez se estrear a marcar. O argentino emprestado pelo Inter não convence certamente os portistas (eu incluído), mas a conseguir um golo de belo efeito, isto depois de uma desmarcação de qualidade. Palavra para Lucho Gonzalez, “El Comandante” portista, que mesmo jogando pausado, lento até, a revelar-se vital em 2 golos portistas.

Não haverá muito mais a fazer senão elogiar este Porto de Jesualdo Ferreira, que vence e convence. Frente a uma turma que facilmente se poderia ter tornado num problema, o FC Porto a “descomplicar” e a mostrar o porquê de ser a melhor equipa portuguesa da actualidade.
RZamith in Jogo de Área

Sem marcar "paço"

Na ressaca da derrota europeia, o FCPorto entrará para este jogo como líder incontestável do campeonato e com um futebol que tem sido na sua generalidade mais que convincente para enfrentar os adversários do mercado interno. Surpreendentemente, ou talvez não, Ricardo Quaresma ficará, finalmente, a “descansar”, talvez para que, de uma vez por todas, reflicta sobre o seu momento de forma e para que pense que a equipa merece receber bem mais do que aquilo que ele lhe tem dado, principalmente em entrega, querer e entreajuda para com os seus companheiros, isto apesar da versão oficial dizer que será apenas gestão de esforço.

Pela frente, hoje, o FCPorto tem o Paços de Ferreira de José Mota que este ano, ao contrário do que aconteceu na época anterior em que chegou pela primeira vez na sua história à Taça UEFA, vai lutando por sair dos lugares de descida, estando no penúltimo lugar da tabela, algo que não corresponde, de todo, ao potencial desta aguerrida equipa que é praticamente a mesma que fez história e que hoje frente ao bi-campeão nacional encontra a motivação extra para tentar dar o passo necessário para sair da sua crise, o que poderá tornar assim a missão do Dragão verdadeiramente difícil.

Sem o “mustang” na equipa, poderá abrir-se uma oportunidade a Hélder Barbosa para fazer o seu lugar, apesar de existir também a hipótese de o professor lançar um novo trio no ataque composto por Tarik numa das alas, Farias ao centro e Lisandro a ocupar a outra ala do ataque. Ainda assim acredito que Lisandro renderá mais ao centro, como ficou provado na Madeira, ficando assim de fora Farias. Bosingwa deverá voltar ao onze o que poderia fazer voltar Fucile à esquerda, mas dado o desgaste físico deste é bem possível que fique a descansar no banco, continuando João Paulo na esquerda como fez na Alemanha e em que até nem se terá dado mal, embora se perca alguma qualidade atacante. Não sendo também de descurar a hipótese de Jesualdo experimentar um 4-4-2, aqui vai meu onze para esta noite:

Jesualdo continua a dizer que acha dez pontos de distância para o segundo classificado ainda é uma diferença pequena. Gosto do seu modo ambicioso de pensar, já que transmite confiança na sua equipa e coloca as tropas em alerta para o que ainda aí poderá vir, mas por mim é o suficiente e o importante é não ser pelo próprio FCPorto que a distância diminua e para isso será necessária igual concentração seja em que jogo for para assim não se marcar “paço”.

FCPorto - Paços de Ferreira, 20H15 - SportTv1

Entrevista de Pinto da Costa à SIC
Para quem não viu aqui ficam os videos retirados do Youtube com a entrevista de Pinto da Costa dada ontem ao Jornal da Noite da SIC. Os videos estão por ordem e são quatro para a entrevista completa.

Parte 1/4

Parte 2/4

Parte 3/4

Parte 4/4

22 fevereiro 2008

A Europa dos ricos


Acaba de ser publicado o ranking de receitas orgânicas dos clubes europeus para a época 06/07 (Deloitte Football Money League). Antes de mais convém assinalar que este ranking de receitas exclui receitas com jogadores (i.e. transferências). Dois factos saltam à vista:

1) As receitas dos maiores clubes europeus continuam em forte crescimento: os 20 clubes mais ricos viram em média um aumento de 15% em relação à época anterior.

2) A diferença entre eles e... nós, FCP. Principalmente entre os clubes do top10 e nós (que não entramos sequer no top20).
O Real Madrid lidera a lista com receitas de 350 milhões de euros; no 9o lugar temos o Inter com 195 milhões - compare-se isso com os 55 milhões da FCP SAD. Dito de outra forma, o Real tem receitas orgânicas cerca de 6x superiores às nossas, o Inter 3,5x.

Alguns olharão para estes números e encolherão os ombros, dizendo que no futebol a "lógica é uma batata". Pois bem, desde que a Lei Bosman impera que não é bem assim: nas últimas 3 épocas os clubes do top10 de receitas açambarcaram 71% dos lugares nos 1/4 de final da Liga dos Campeões. Se a isto juntarmos outros clubes um pouco mais abaixo, temos que em média 7 das 8 vagas nos 1/4 final são preenchidas pelos 20 clubes mais ricos da Europa.

Será pois a nossa sina ficar para trás? Penso que "nim". Em média sim, teremos cada vez menos sucesso comparativo em relação ao top10; mas penso ao mesmo tempo que podemos ir sistematicamente aos 1/8 final e fazer "umas flores" de vez em quando, indo mais longe - vencer a Liga dos Campeões é um sonho, mas não impossível.

Que fazer? Muita coisa poderia ser dita sobre isto, mas resumidamente: penso que as receitas podem ser esticadas, em particular as receitas televisivas. Mas acima de tudo penso que temos que apostar na nossa grande vantagem competitiva: o mercado português, começando pela formação (e passando pelos estrangeiros que jogam em Portugal).

Mercado português onde ainda por cima há pouca rivalidade financeira, o que leva a que a pressão a nível de salários e passes seja mais baixa do que em Inglaterra, Espanha ou Itália.

O objectivo será pois conter as despesas o melhor possível (contendo as despesas em passes e salários) potencializando as mais-valias financeiras de futuras vendas (não esquecendo no entanto que nem todas as compras devem ser na perspectiva de vender mais tarde), sem comprometer a valia desportiva do plantel. Sem se gerar mais-valias financeiras consideráveis não teremos hipóteses de discutir taco-a-taco, ano após ano.

Isto não invalida naturalmente que se explorem outros nichos (ultimamente tem sido o argentino) - mas que ninguém se ilude que o FCP vá conseguir sistematicamente comprar jogadores argentinos com cartaz (como era o caso de um Lucho ou Lisandro) a preços acessíveis. Isto pode parecer um paradoxo mas quanto maior sucesso tiverem Lucho e Lisandro no FCP, menor a probabilidade de que façamos negócios idênticos no futuro (já que cada vez mais os clubes europeus ricos irão directos à "fonte"...).

A médio e longo prazo, o nosso futuro na Europa passa pela aposta no mercado português: repare-se que as grandes mais-valias geradas nos últimos anos foram todas oriundas do mercado português: R Carvalho, Pepe, Deco, P Ferreira. Anderson foi vendido por valores elevados, mas com mais-valias mais baixas (já que foi bastante mais caro - tal como um Lucho, já agora).
José Rodrigues in Reflexão Portista (18/02/2008)

21 fevereiro 2008

Eleição do Jogador da Bancada 07/08 - 7º Round


PS: Mais uma vez, coloco em comentário os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo. Só necessitam de copiá-los, colá-los na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10). Qualquer jogador que não tenha votação ou que achem que não conseguem atribuir uma votação, será considerada com valor igual a zero.

Liga Portistas de Bancada - TopTen


Equipa da 1ª mão dos 8ºs de final -
FC Spartak Areosa (Diogo David) - 58pt

19 fevereiro 2008

Tudo ainda em aberto

Equipa: Helton, J. Paulo, P. Emanuel, B. Alves, Fucile (M. Gonzalez86'), P. Assunção, R. Meireles, Lucho, Lisandro, Farias (Tarik 58') e Quaresma

O FCPorto não conseguiu ser, novamente, feliz no regresso a um estádio recheado de recordações gloriosas, mas deixa a Alemanha com a sensação de que reúne todas as condições para poder virar a eliminatória a seu favor em sua casa, isto se conseguir concretizar o seu domínio na partida em golos, o que, apesar de ser dificil, está ao seu alcance.

A equipa portista entrou com João Paulo, adaptado ao lado direito da defesa, como maior novidade no onze inicial, mantendo o sistema habitual de 4x3x3, e com Farias a ponta de lança, coadjuvado por Lisandro e Quaresma para o ataque à baliza adversária, mas não foi o suficiente para parar a entrada muito forte dos germânicos.

A equipa de Gelsenkirchen, entrou, de facto, muito poderosa, dominando em todas as vertentes, deixando um pouco atónita a equipa portista que, à medida que via o tempo a passar, não se conseguía encontrar a si própria. Até que, num momento de desconcentração colectiva e de sucessivas falhas de marcação, Kuranyi, de longe o jogador sempre mais perigoso dos germânicos, logo aos 4 minutos, inaugurava o marcador, que depois se iria verificar ser o golo que iria determinar o desfecho da partida.

A equipa portista sentiu, e de que maneira, o golo do Schalke 04 mostrando-se pouco capaz de mudar o rumo dos acontecimentos, Fucile estava com imensas dificuldades de estancar o ritmo atacante imposto pelo adversário, as compensações não estavam a ser feitas da melhor maneira, a equipa estava totalmente desiquilibrada, sentia-se a falta de Bosingwa e os germânicos aproveitavam para tentar avolumar o resultado através de sucessivas oportunidades de golo.

Mas, a partir do meio da primeira parte, o FCPorto começava a chamar para si o domínio da partida, não mais o vendo fugir até ao intervalo, o meio campo, comandado por um Lucho muito lutador, começava a acertar as marcações, as trocas de bola já saíam com maior fluidez, e já se tentava aproximar à baliza adversária procurando criar oportunidades de golo com uma maior tranquilidade, mas nem sempre com maior sucesso.

O FCPorto entraria para a segunda parte na tentativa de prolongar, e fortalecer, esse domínio conquistado, sendo a única equipa que quis jogar futebol, encontrando um Schalke com muito respeito pela equipa portista, defendendo muito atrás e com muitos homens, de todas as maneiras possíveís, usando e abusando do anti-jogo, fazendo até recordar algumas equipas portuguesas.

Mas, a bem da verdade, esse domínio foi apenas sobre o tempo de posse de bola, não sendo materializado em claras oportunidades de golo, o FCPorto teve, quando muito, duas ou três oportunidades para tentar chegar ao empate, quase todas elas saídas sempre da garra e do querer de Lisandro Lopez, mas de resto as suas iniciativas atacantes esbarravam quase sempre no muro ultra-defensivo do Schalke .

Jesualdo Ferreira tentaria alargar a frente de ataque com a entrada de Tarik, passando Lisandro a jogar no meio, mas essa mudança não teve o resultado pretendido, todas as iniciativas atacantes se perdiam facilmente na defesa germânica, sempre muito poderosa fisicamente e muito aguerrida.

Por fim, Mariano Gonzalez entrava para substituir Fucile, mas também não foi uma aposta com muito sucesso, apesar de ter mostrado uma outra atitude diferente daquilo que é seu hábito, não acrescentou nada de novo àquilo que a equipa tinha demonstrado até ao momento.

Mesmo no final da partida, Lisandro voltaria a ter nos seus pés, e por duas vezes, a oportunidade de empatar a partida, e conseguir assim um resultado mais positivo, e também diga-se mais condizente do que se estava a passar em campo, mas todas elas sem o sucesso que nos tem habituado, numa delas teve um falhanço quase inacreditável, e noutra conseguiu se deixar antecipar pelo defesa adversário.

De destaque, pela positiva, o enorme jogo do único sobrevivente da noite gloriosa de 2004 naquele mesmo estádio, Pedro Emanuel
realizou uma partida notável, mostrando sempre uma garra enorme e, acima de tudo, uma liderança forte

O FCPorto não poderá ficar satisfeito com o resultado, a derrota nunca foi, nunca é e nunca será motivos de contentamento para um clube com a história e ambição portista, mas deverá sentir-se orgulhoso pelo que fez na Alemanha, contudo, no Dragão o FCPorto necessita de arriscar mais um bocado para tentar levar vencida uma equipa germânica que irá tentar defender o resultado com todas as forças que tem.

Só um golo bastará para igualar a eliminatória, a atitude vencedora terá que nascer logo com o apito de saída, até lá teremos tempo para rever erros e montarmos uma estratégia vencedora para o jogo da 2ª mão, porque, apesar de tudo, parece-me que o Schalke 04 será uma equipa acessível para ser levada de vencida.

Já foi o céu, hoje é apenas um passo para lá chegar

São apenas três os jogadores que permanecem hoje no plantel e que estiveram na memorável vitória, no então auf Schalke Arena, de há quatro anos. O FCPorto volta ao palco, hoje chamado de Veltins Arena, onde conquistou a sua última e talvez mais importante taça europeia. Dos três “sobreviventes” do plantel campeão europeu, Pedro Emanuel foi o único que entrou em campo nessa inesquecível noite, já que Bosingwa na altura era apenas um suplente raramente utilizado, tal como Nuno que na altura era o natural suplente de Vítor Baía. O agora capitão sabe melhor que ninguém a grande alegria que foi vivida naquele dia e é a pessoa indicada para transmitir aos elementos do actual plantel, se necessário for, a gloriosa noite que o FCPorto viveu em 2004 e assim tentar fazer ver a todos o grande orgulho que devem ter em envergar a camisola com o símbolo do Dragão ao peito.

O FC Schalke 04 é a equipa que normalmente joga neste tão querido estádio onde decorrerá o jogo desta noite e será, desta feita, o difícil adversário desta jornada da Liga dos Campeões. Aquando do sorteio foi talvez o adversário mais desejado por todos e com alguma razão, tendo em vista outros grandes clubes que estavam no sorteio, mas a realidade é que estes alemães são, por exemplo, uma das equipas que luta pelo título do seu país e se mais provas faltariam do seu valor, a sua presença nesta fase da competição diz muito das dificuldades que o FCPorto poderá ter.

Infelizmente Bosingwa continua ausente da convocatória e, tal como há quatro anos, não saberá o que é jogar em Gelsenkirchen e será a ausência mais notada da equipa na qual é uma das peças chave, com as suas arrancadas rápidas para o ataque, surpreendendo os adversário. Assim, acredito que o professor manterá a defesa que jogou na Madeira e, tendo ainda a ver com a falta de Bosingwa, espero que seja Tarik o escolhido para o ataque em detrimento de Farias, já que o marroquino dará mais amplitude à ala direita, podendo Fucile preocupar-se mais com a defesa desse flanco. Espero que o professor não volte a mudar para um jogo importante o que tão bons resultados tem dado e espero então que a equipa seja esta:

Pinto da Costa disse, e muito bem, que “não vivemos no passado e não viemos cá para recordar o que de bom conseguimos há quatro anos, mas sim projectar o futuro e o futuro passa por ganhar o jogo e ultrapassar esta eliminatória”. Sábias palavras do nosso presidente e que correspondem exactamente à mentalidade que deve ter um Dragão. Como li algures, Gelsenkirshen há quatro anos foi o céu, mas hoje é apenas uma etapa para lá chegar.

SChalk04 - FCporto, 19H45 - RTP1

PS: Com a Liga dos Campeões está de volta o UEFA Fantasy Football e com ele a Liga da Bancada. Por isso não se esqueçam de actualizar as vossas equipas até hoje às 19H30.

18 fevereiro 2008

Eleição do Jogador da Bancada 07/08 - 6º Round

Lisandro Lopez bisou mais uma vez no campeonato e mais uma vez venceu um round do Jogador da Bancada, foi o 4º round vencido pelo argentino. O nº 9 portista foi o primeiro jogador a ultrapassar a barreira dos 300 pontos nesta "prova", destacando-se a cada jornada que passa, tal como na lista dos melhores marcadores onde já leva 16 golos e faz jus ao número que enverga nas costas, mostrando ser mesmo o melhor jogador desta época. A maior luta parece ser pelo segundo lugar onde Lucho e Paulo Assunção vão disputando a posição taco a taco. De qualquer forma ainda faltam muitos Round's e o próximo é já no jogo da Champions de amanhã.

PS: Mais uma vez, coloco em comentário os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo. Só necessitam de copiá-los, colá-los na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10). Qualquer jogador que não tenha votação ou que achem que não conseguem atribuir uma votação, será considerada com valor igual a zero. Qualquer dúvida sobre o funcionamento desta eleição, podem esclarecê-la aqui ou então coloquem as vossas questões na caixa de comentários.

15 fevereiro 2008

Entrar de fato-macaco, sair de fato de gala

Equipa: Helton, Fucile (J. Paulo 70'), P.Emanuel, B. Alves, M. Cech, P. Assunção, R. Meireles (Kazmierczak 72'), Lucho, Quaresma, E. Farias (Tarik 65') e Lisandro

No dia em que foi divulgada a noticia em que era o clube com melhor desempenho desportivo no mundo nos últimos anos, o FCPorto deu mais um passo de gigante para acrescentar mais um título ao seu rico palmarés, rubricando uma exibição avassaladora, muito segura e eficaz, principalmente na segunda parte, mostrando, mais uma vez, imensos argumentos porque é a melhor equipa a praticar futebol em Portugal, mesmo que isso faça muita confusão a muita gente.

O FCPorto conquistou uma vitória importantíssima mas, para isso, teve necessidade de ultrapassar várias dificuldades que lhe foram impostas, ao longo da partida, quer por parte do adversário, quer por parte do arbitro, provando, de uma vez por todas, que contra a classe e contra à qualidade da equipa portista muito dificilmente alguém a conseguirá derrubar.

O jogo começou muito confuso, a equipa madeirense vestiu, como tinha avisado anteriormente o seu treinador, o fato-macaco mostrando-se aguerrida na procura de fechar todos os caminhos possíveis à sua baliza, garra essa que se confundia, por vezes, com agressividade à margem das leis, com o árbitro a ser benemérito a algumas entradas faltosas da equipa maritimista.

E com essas duas contigências do jogo, a agressividade do Maritimo e essa benemerência toda de Pedro Henriques, com destaque a mais um penalty por marcar sobre Farías e a um critério incompreensível, quer na amostragem de amarelos, quer na marcação das faltas, o FCPorto parecia algo desconcentrado, irritado consigo próprio, à medida que o tempo passava sentia-se que as jogadas de ataque não fluíam com a naturalidade de uma equipa com a qualidade já comprovada em outros jogos nesta época.

Fucile bem tentava remar contra a maré, o meio campo portista bem procurava melhorar a qualidade de passe, mas o Marítimo lutava muito, aproveitando essa desconcentração e irritação portista para dominar a partida e para tentar chegar, uma vez por outra, à baliza portista, rematando muito, e quase sempre de longe, mas nada de muito perigoso para a baliza defendida por Helton.

Mas, aos 45 minutos, depois de um livre marcado por Quaresma, o, inevitável, Lisandro Lopez aproveitou uma sobra da bola e inaugurou o marcador, foi como um verdadeiro grito de revolta, como se quisesse chamar a equipa à terra, deixando ir a equipa mais tranquila para os balneários .

A história do jogo, na segunda parte, desenrolou-se duma forma diferente, viu-se, desde o inicio até ao fim, um FCPorto a dominar totalmente a partida, impondo o ritmo como bem quis, sendo eficaz nas alturas quando deveria de ser, boas, e rápidas, trocas de bola, um pressão sobre a equipa adversária mais certeira, e menos atabalhoada, muita tranquilidade e um espírito de união e de sacrifício que são quase imagem de marca de um grupo de trabalho, verdadeiramente campeão, quer dentro do campo, quer fora, espelhado no modo como encara, com naturalidade e sem euforia, as suas vitórias.

O FCPorto, aos 60 minutos, viria a ficar com o caminho mais facilitado com a expulsão de Djalma, a partir daí a equipa portista conseguía ter mais espaços, jogou sempre mais à vontade, e foi, sem surpresa, que numa boa jogada de envolvimento do ataque portista, e depois de Pedro Henriques, mais uma vez, fazer vista grossa a um penalty sobre Lisandro que deveria ser marcado, Tarik, regressado do CAN parecendo disposto a dar continuidade ao seu bom momento demonstrado nesta época, viria a marcar o golo da tranquilidade.

Tudo estava definido, a melhor equipa estava a caminho de mais uma vitória, os 3 pontos estavam cada vez mais perto, o FCPorto acelerava o ritmo, pressionando fortemente o seu adversário, as transições fluíam de forma naturais,Jesualdo Ferreira aproveitava para fazer descansar dois elementos muito utilizados, Fucile e Raúl Meireles, e optava para rodar dois outros jogadores dizendo que conta com eles até ao final da época, João Paulo e Kaz.

Mas a partida não iria terminar ainda sem mais um golo de Lisandro, golo esse que apareceu, mais uma vez, no culminar duma jogada de ataque simples, rápida e eficaz, fechando um resultado, embora talvez tenha números exagerados, mas justíssimo pela maneira que a equipa bicampeã nacional se apresentou num campo, tradicionalmente, dificil.

Por último, não deverá ser deixado de ser dado destaque à verborreia verbal e à incompetência, quer por parte dos comentadores da Sportv que mais pareciam estarem numa conversa de facciosos num café e a verem outro jogo, que nos meios de "meas-culpas" e de pedidos de desculpas se contradiziam facilmente, quer por parte do entrevistador no " flash-interview"sendo cómico ver naquele " diálogo de surdos " entre o jornalista e Lazaroni, com os dois a tentarem ver quem teria afirmado primeiro, quem seria que estava a fazer a melhor figura de ridículo, assim vai o jornalismo na medida do país que temos.

Próxima paragem: Gelsenkirchen para tentar concretizar sonhos e esperanças que só uma grande equipa, como é a do FCPorto, consegue criar aos seus adeptos.

A barreira dos Barreiros

Na primeira liga portuguesa existem, como é natural, para o FCPorto, tal como para os seus principais rivais, estádios onde os adversários são sempre um “osso duro de roer”. São equipas, quer estejam bem ou mal no campeonato, que representam sempre grandes dificuldades para os Dragões e os jogos da Madeira, mas principalmente os do Estádio dos Barreiros, são dos mais complicados de toda a época, não me recordando de qualquer jogo que o FCPorto lá tenha feito ao longo do tempo em que tenha vencido sem passar por grandes dificuldades, sendo que o equilíbrio, seja qual for o desfecho, é sempre a nota dominante e esta é talvez uma das maiores barreiras que os azuis e brancos têm de ultrapassar neste rumo ao tri.

O adversário desta noite, o Marítimo, ocupa o 5º lugar da liga, tem uma equipa com grandes ambições no campeonato e os lugares “Uefeiros” são o seu grande objectivo. Tem feito um campeonato muito regular e a tranquilidade de que goza por esta altura da época pode trazer ainda maiores dificuldades à equipa bi-campeã nacional, embora nos últimos jogos não se esteja a apresentar ao seu melhor nível.

A ausência de Bosingwa da convocatória por lesão é o maior ponto de destaque para este jogo no que respeita aos jogadores que viajaram para a Madeira. Essa ausência faz com que Fucile seja escolhido para fazer o lado direito da defesa, entrando para o lado oposto uma de duas opções, ou Marek Cech, normalmente usado quando Fucile não está disponível para o lugar, ou Lino que tem estado a um nível razoável quando tem sido chamado, como aconteceu no último jogo. Na minha opinião o jogo é demasiado complicado para arriscar Lino, que será melhor a atacar mas que a defender não será tão certo como Marek Cech e que deixado no mesmo corredor de Quaresma poderá fazer com que a ala esquerda esteja demasiado à mercê dos maritimistas. Já o regresso de Tarik da CAN, faz apenas com que o banco de suplentes tenha mais uma óptima opção para a frente de ataque, já que este, e com Farias em grande, não deverá ter oportunidade de ser titular. O resto da equipa deverá ser a habitual:

«Gosto muito da Madeira. Quanto ao senhor Pedro Henriques, não tenho nenhuma crítica a fazer nem nada a apontar. Só peço que nos marque uma grande penalidade, se ela existir. Estamos à 19ª jornada e parece que os jogadores do F.C. Porto são tratados de forma diferente» Estas são palavras de Jesualdo Ferreira aludindo a outras barreiras que têm aparecido ao longo deste caminho em busca do tri. Esperemos que tenham servido de alerta para que a única barreira no Estádio dos Barreiros seja apenas, e como deve ser, a equipa local.

Marítimo - FCPorto, 20H30, SportTv1

14 fevereiro 2008

Quem não tem cão caça com gato

Gato. Quando pensamos nisso aqui em Portugal, pensamos num ser felpudo de andar por casa. No Brasil não. No Brasil pode ter além desse significado dois totalmente distintos.

Se uma brasileira nos diz que somos gatos devemos sentir-nos lisonjeados e pensar que estamos num dia de sorte. Agora se no mundo do futebol alguém diz que somos gatos, é motivo de preocupação uma vez que significa que forjamos a nossa data de nascimento para subir na vida.

Foi o que aconteceu com Leandro Lima…Não é um caso único…Infelizmente é uma prova da miséria em que vive a sociedade brasileira, que obriga a que jovens como Leandro lima forjem a sua idade para terem chances de ter uma vida melhor…

No Brasil a concorrência é enorme, aparecem jogadores de toda a parte e por isso não faltam empresários que se queiram aproveitar de jovens como Leandro Lima.

Por isso, espero que neste caso a culpa não morra apenas com Leandro Lima…

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O Porto vendo-se privado de Anderson quis á falta de melhor caçar com gato esperando que dali saísse uma surpresa como o craque ex-grémio. Não esperava era que lhe saísse um gato destes…Aí parece-me que foi um erro de casting.

A direcção do Porto pensou que um raio podia cair 2 vezes no mesmo lugar. Se Anderson saiu duma selecção brasileira , o mais fácil para encontrar um sucessor é ir á mesma fonte…

O problema é que um Anderson aparece de muito em muito tempo. E quando se procura um jogador com características para se fazer a mesma posição e quando se pretende investir uma boa quantia nesse jogador convém que as observações sejam completas e não com base numa única competição….

Leandro Lima foi apresentado ao professor Jesualdo e aos portistas como um nº 10 de futuro para substituir Anderson.

O problema é que quem o observou observou-o mal.

Eu acompanho com relativa atenção ao campeonato brasileiro, e leio bastante sobre o futebol brasileiro tentando-me manter informado sobre os possíveis craques a sair de lá.

Leandro Lima era vendido na nossa imprensa como um dos craques da seleção sub-20 brasileira…

Puro engano, Leandro Lima era bastante criticado pelos jornalistas e pelos adeptos brasileiros que exigiam no seu lugar jogadores mais consagrados no Brasil como Willian ex-corinthians ou Carlos Eduardo do Grémio de Porto Alegre.

Leandro Lima era considerado pelos próprios brasileiros como um “brinca na areia”. Essa classificação preocupou-me vindo de quem vinha… O brasileiros que veneram jogadores como Robinho que têm como arma o drible e que mesmo por vezes exagerando nunca são acusados de falta de objectividade classificavam o nosso Leandrinho de “brinca na areia”…

Não podia vir coisa boa…O tempo foi passando e os meus amigos brasileiros sempre me diziam, o Leandro não é jogador para o Porto… Eu então tentei informar-me sobre o que havia feito Leandro no seu anterior clube o São Caetano e o que descobri foi que ele nos últimos jogos nem titular vinha sendo e que nunca foi o craque da equipa.

O mais grave não foi isso, o mais grave foi que aquele jogador que vinha jogar para nº 10 mesmo no são Caetano e no campeonato brasileiro que se pauta pela fraca marcação e ritmo de jogo lento era considerado demasiado franzino e com pouca cultura táctica para jogar no meio campo. Como tal jogava ou solto no ataque atrás de um jogador mais fixo ou então encostado a uma ala…

Depois de saber isso fez para mim total sentido o porquê de Leandro Lima parecer sempre perdido no meio campo, não saber defender e não primar pela visão de jogo.

Uma prenda envenenada para Jesualdo Ferreira que assim teve que planear uma época sem um nº 10 ficando assim Lucho adaptado a essa função e sem substituto á altura.

Um erro depois gera outro erro. Se Leandro Lima não pode substituir Lucho temos que encontrar alguém,e assim se queima Mariano Gonzalez que sempre foi jogador de ala e assim teve que pisar outros terrenos nuns quantos jogos para desenrascar numa posição que não é a dele e que lhe custou muito caro em termos de confiança.

Que solução para Leandro Lima? Rescindir o seu contrato e tentado apagar assim um erro do departamento de prospecção? Ou apoiar o jogador, admitir o erro e tentar reconverte-lo num elemento útil para o clube?

Eu acho que devemos mante-lo uma vez que não temos nenhum jogador que possa substituir Lucho. Leandro não é um 10, falta-lhe qualidade táctica, envergadura e mais uma série de coisas mas na verdade é aquele que numa situação limite mais pode trazer criatividade ao meio campo mesmo que se perca consistência…

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Perder um cão e caçar com gato nem sempre é desvantajoso…Significa adaptação e quando nos adaptamos acabamos sempre por ficar mais fortes.

Foi o que aconteceu com a ida de Tarik á Can.

Na altura não faltou quem lamentasse a sua falta (eu incluído) mas analisando bem foi a melhor coisa que podia ter acontecido a Jesualdo Ferreira e ao Porto.

A falta de Tarik obrigou Jesualdo a encontrar soluções e assim se ganharam dois reforços que o Porto não tinha e que com a saída de Tarik provavelmente não teria…

1º Hélder Barbosa, um jovem talentoso que regressou a casa mais cedo só porque se temia que a ausência de Tarik pudesse ser prolongada.

Tenho a séria impressão que Jesualdo não mexeria no plantel se Tarik não tivesse sido chamado para Can e com isso o Porto perderia um reforço importante para as alas.

2º foi Farias. Com Lisandro a ter que voltar a uma posição mais próxima da ala isso permitiu que o mal amado Farias tivesse espaço e acima de tudo tranquilidade para assumir a titularidade e mostrar serviço e assim ganhamos um ponta de lança. De um peso morto no plantel e um emprestado fizemos 2 reforços importantíssimos para o que resta do campeonato, champions e taça de Portugal.

Uma das críticas que fazia a este Porto e na qual me baseava para não acreditar que pudéssemos sonhar na champions era exactamente por não termos banco. Tínhamos um excelente onze mas faltava-nos opções credíveis no banco.

Tarik regressa e parece que o mundo mudou… Quando saiu ele era titularíssimo e uma da figuras da equipa, Farias era uma nulidade e não havia séria concorrência para jogar na ala. Agora já se discute se Tarik que até há um mes atrás era indiscutível se deverá entrar na equipa…

Jesualdo ganhou opções…Agora vejo um banco capaz de ser não apenas um banco de suplentes mas um banco de reforço no decorrer dos jogos..Nuno para a baliza, João Paulo para o centro da defesa, Cech para defesa esquerdo, Bolatti para trinco, Barbosa para a ala e dois pontas de lança: Adriano e Farias.

O professor pode variar, pode jogar com o trio do costume cheio de velocidade técnica e criatividade com Tarik, Quaresma e Lisandro. Ou ter um jogador de área fixo, capaz de segurar os defesas e de finalizar o caudal ofensivo criado pelas alas.

13 fevereiro 2008

LOL para um apontamento (muito) breve.

As arbitragens do último fim de semana foram absolutamente escandalosas. Tudo e nada foi dissecado pela imprensa. Existe a imprensa que nada vê, nada ouve, nada escreve. Existe outra que faz o trabalho de certas agências de comunicação - entenda-se as bem sucedidas e não se equivoquem com a que prestou serviços ao nosso FC Porto, que de bem sucedida na Capital, depressa passou a ser alvo da ira da malta do apito encarnado. Ameaçou-se com quebra de contratos camarários, fundos públicos e contas institucionais e rapidamente abafaram a estratégia de comunicação azul. Os tipos do "lobbie" da Assembleia da Republica fugiram de encontro às mãos que lhes dão de comer.

A agência - note-se, a bem sucedida - consegue através de um vão de escada, manipular a imprensa ligada umbilicalmente a determinados grupos económicos que envolvem o universo dos clubes da 2ª Circular. O mercado dos 6 milhões, mais 2 (porque não 10, 15 ou 20 milhões? Se isto é só pedir...), é motivo suficientemente animador para não recusarem auxílio na árdua tarefa que é intoxicar a opinião pública de reticências, acusações e especulações.

Os "Marinhos" que escreveram o guião de Dias da Cunha em "O Sistema" são os mesmos que escrevem com afinco e de forma diária as "historietas" do Apito Dourado de Luís Filipe Vieira. Escrevem nos jornais e complementam os ataques nos seus blogues. Não faltam guionistas e não parece que para estes lados aconteça greve como a que ocorreu nos Estados Unidos da América.

Registei com humor a preocupação da imprensa e desses (alguns) dejectos que escreveram na blogosfera sobre eventuais sanções desportivas no "caso" do Leandro Lima. Três vezes três, nove, mais dois, onze... Onze, podem ser onze pontos subtraídos! - Escreveram alguns com total confiança e entusiasmo.

Gosto particularmente de comentar nesses blogues com um robusto LOL. Apenas isso, um solitário mas imponente LOL.

Ora vejamos alguns exemplos de boa disposição e ampla criatividade merecedoras do carimbo LOL...

"FC Porto e Sporting metidos em mais uma embrulhada" ndr. sobre a eventual acusação de que o FC Porto era detentor de percentagem dos passes de João Moutinho, Djaló e outros através de uma empresa com o nome First Portuguesse Football Player Fund. in Blogue da Bola

"Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, volta a colocar o dedo na ferida em relação à má prestação dos árbitros e tem alguma razão." in Blogue da Bola

"Durante o jogo de ontem esse tal Augusto Duarte assinalou duas grandes penalidades a favor do Benfica. Obviamente que os comentadores nacionais não discutem se foram justas ou se foram duvidosas. Discute-se que foram duas. E marcar duas grandes penalidades a favor do Benfica é coisa rara e que a muitos convém que assim continue, independentemente da justiça da marcação das mesmas." in Tertúlia Benfiquista

"As críticas à arbitragem são surreais (ndr. sobre o Benfica- Paços). Com que então um árbitro é criticado por assinalar bem dois penalties?" in Tertúlia Benfiquista

"Christian Rodriguez, tocado no pé, dentro da área do Paços de Ferreira. Penálti claro e bem assinalado. Uma fotografia, que não precisa de mais palavras. Certo?" in Inferno Vermelho

Depois existem uma aves raras que nem LOL merecem, como a colocação de uma fotografia onde aparece um narcotraficante brasileiro detido pela polícia federal brasileira e que o Eugénio do Bola na Área, talvez numa forma de ilustrar o seu recente livro (?) sobre o Apito Dourado. A sua opinião sobre o tema. Estamos conversados.

O Eugénio na mesma semana em que enche os olhos dos leitores do Rascord com argumentos baratos e que ferem o bom nome do FC Porto, publica no seu blogue uma imagem que de bem humorada não tem nada. Propaganda meus caros, porque a lição tem de estar bem estudada por todos os pacóvios e hipocritas, tudo para que em nenhuma taberna deste país falte alguém que saiba dar a missa. Qualquer duvida, mesmo que surja no meio de um jogo de dominó, sobre os fracassos desportivos dos encarnados, é de imediato solucionada com o livro do Eugénio. Os papalvos, com a ajuda destes jornalistas de serventia vão arranjando desculpas para os seus insucessos desportivos e assim vão à 2ª-feira trabalhar convencidos que são os "maiores do Mundo e talvez da Europa.." O anafado jornalista de pasquim de esquina nem esconder o seu anti-portismo sabe. Um bom jornalista sabe conviver com a paixão do futebol. Um bom jornalista escreve, documenta, informa com rigor. O Eugénio não é jornalista. O Eugénio não merece um LOL.

Só faltava agora alguem vir dizer que o processo em que a Carolina confessou ser a mandante da agressão ao Bexiga foi arquivado. A colaboradora da Leonor Pinhão chegou a afirmar que as suas ordens foram para limpar o Bexiga, portanto, tentativa de homicídio. Quer dizer que a sua palavra numas coisas serve para reabrir processos caducos enquanto noutros não tem peso suficiente para ser considerado elemento de prova. Confusos? Também eu!

(LOL)

Porra para os lol's. Tanto lol também enjoa.

PS: Taça de Portugal - Sorteio para os quartos-de-final

FCPorto - Gil Vicente