27 abril 2019

FC Porto subjugado de novo pelo 24/4/1974

Costumam encher muito a boca com a Liberdade cerceada, os êxitos pós 25/4/74 que existiram, o Portugal Democrático já defunto. Portistas, ao longo desta minha vivência blogueira que só interrompo agora para dizer adeus quando nem pensava aqui voltar, sem saudades, nunca apreciaram vivamente que já há uma boa dezena de anos eu tenha contestado a tonalidade socialista que varre a Democracia do País e, por arrasto, reergueu o bem fiquismo como modalidade oficial à moda do Estado Novo.
 
Já sob sepultura da maior cáfila, de resto retomada do curso só cretino do socratismo infame, de ladrões, acolitados pelos esqueletos do armário do PCP e os BErloques desaustinados da miséria humana em forma de pretensa intelectualidade, a parolada portista, a começar na SAD tomada também ela pelo socialismo militante de que não conseguem desapegar-se como do velho líder decrépito, os portistas em geral, dizia, já perceberam que o Portugal do antigamente não deixa cumprir interdições (vão sete!) de jogos no antro imundo, muito menos afundar o Benfica na II divisão, ou pior. Temos, aliás, a gritante protecção ministerial e para-lamentar de pulhíticos e deputedo vário de todos os quadrantes. No Benfica-Porto da 1ª volta denunciei no Twitter e expus aqui o badalhoco do Duarte Marques, do PSD, que tanto desapareceu da TL como, creio, do próprio Parlamento, o lupanar a que renego voltar sequer os olhos quanto mais ouvir PM e ministros negarem-se a responder a deputados da Oposição com a mesma naturalidade que outro retirava microfones numa comissão parlamentar e um deputado roubava gravadores a jornalistas numa entrevista na Assembleia.
 
Agora, a pretexto de mais um anódino 25/4 que fez o actual Américo Thomaz, à falta de netinhos para aturar, sair do Parlamento da celebração de Abril e acordar na China onde, ao contrário de Fidel em Cuba, já não foi a tempo de beijar a mão ao Mao, vimos o FC Porto sepultado por uma arbitragem, e um VAR que julgavam trazer verdade ao futebol, na senda, frustrada, da época passada, do tempo do Antigamente.
 
Que o ex-maquinista e pai do sonso Dias, vindo de outro regime também, nos traga isso à memória, de arrasto, graças a esse rapazote que se diz ser engenheiro, é só sal na ferida do insulto gratuito de um roubo premeditado e inacreditável esta noite em Vila do Conde, com dois penalties sonegados de forma tão natural como o golo anulado por fora-de-jogo no Porto-Benfica da época passada. Ninguém é beliscado por favorecer o benfas, quanto mais preso...
 
O FC Porto já não dependia de si próprio para ser campeão, com adversários a oferecerem (ou retirarem-se do campo) os seus préstimos ao Benfica como no Campeonato do Calabote, há 70 anos. Já com 2-0 e possibilidades para mais lhe retirarão o direito de considerar, pelas abéculas avençadas do costume, este resultado falseado por mais uma arbitragem miserável. E, agora no seio próprio, decerto portistas escarnecerão com a frouxidão defensiva que permitiu o 2-2 em 5 minutos, tão alheios a lances infelizes (desvios da bola fortuitos favoráveis ao adversário, no passe para o 1º golo e no ressalto de chouriço do empate) como lestos a criticar Herrera naquele canto consentido de onde uma vez o Benfica logrou empatar no Dragão sem saber como.
 
Temos de tudo, portanto. E, no fundo, não temos nada. Este País retrocede a olhos vistos em todos os vectores, sob a parcimónia me(r)diática, a infantilização jornaleira, a mercantilização avençada, a mecanização da cartilha, a mansidão do corno tuga alarve a esbanjar recursos por lhe venderem o "cresximento" e a "reposição de salários e direitos" enquanto os fodem com o mais alto saque fiscal de sempre abençoado pela "Economia que cresceu" que avança mas deixa este retângulo onde sempre esteve, no cu da Europa e já ultrapassado por tudo o que era, há só 30 anos, a cloaca comunista a Leste. Este País deprime-me, sempre e cada vez mais, embora eu possa usufruir do mecanismo, sem saudade, de fugir daqui nem que seja temporariamente, como em breve acontecerá enquanto a Pátria voltará a calçar as chuteiras na Taça das Nações em casa. Este País vai a votos 3 vezes só este ano para premiar a velhacaria, a sonsice, a vidinha, o passado firme, o futuro hipotecado, o PC (Politicamente Correcto), o Socialismo e o Benfiquismo.
 
O FC Porto, deixado para trás no deserto agreste da indiferença da corrupção benfiquista e no gélido patamar a que alcandoraram a arbitragem tuga, voltou a ser vencido pelo 24/4/74. Ainda pode ser campeão. Mas já não voltará a ser mais o Campeão na Democracia. Só, como na época passada, na Porcaria.  
 
O bardo Alegre volta a cantar a Grândola, o gordo coronel Vasco sentou o cu de novo na AR para o 25/4 de onde desertara na Idade Média (2011-15), até o toureiro Tordo dizem que já voltou do Brasil entre os paneleiros que fugiram do dito país irmão prestes a entrar nos eixos e onde metem presidentes na cadeia. Ah, soube-o no meu exílio na estranja, e aquela recente pérola do "javardo" atirado a Sérgio Conceição pelo jagunço Seixas da Costa, ex-protector de Sócrates em Paris, louvaminheiro-mor no esterco JN que hoje conspurca de lixo opinativo a cidade onde nasceu, no seu estilo trauliteiro-socialista e desvelo literário tão eloquente como o dom difuso mas diplomático do ex-embaixador… Como brilha Portugal no lodo!
 
Até o crápula Sócrates já elogia o "seu" juiz Rosa, decerto esquecendo o amigo Pinto da Costa que o visitou em Évora.
 
Entregues aos bichos, portanto. Boa noite e boa sorte.

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