30 março 2013

Pesos da leveza

Parece que o Levezinho voltou a não entrar. O Porto ganhou folgado com a sensação de, mesmo assim, aquilo tudo parecer curto e não entusiasmar. A equipa está triste e o treinador não pareceu mais alegre, resta saber de quem é a culpa, agora que o só cretino quer convencer os pacóvios de que foi o Cavaco que o lixou, e não a Moção de Censura do BE votada maioritariamente no Parlamento, e de que a farsa do défice (era de 3% no PEC I e passou a 10,2% no PEC IV apresentado como a salvação pelo lunático que voltou à terra e à paródia de periodismo parolo made in RTP) conseguiu ser pior do que a Ferreira Leite no seu tempo de maquilhar as contas para não encobrir rugas nenhumas...
 
Será que Vítor Pereira quer encostar a "estrutura" às cordas ao "mostrar", no banco, a inutilidade de Liedson? Quem se lembrou dessa aventesma que ainda no Sporting só mancava no tempo do seu último extertor? O VP a fazer de Sócrates para apear Seguro? E o VP a continuar a deixar Liedson no banco, quando Jackson mantém a seca e está nas lonas fisicamente, mesmo com 15 mil Kms feitos para não jogar pela Colômbia, é para que alguém saque a comprovação de Liedson ter sido contratado sem o aval de uma boa "nota" no capítulo médico? Bem, VP já avisara, mas parece que ninguém entendeu quando disse que "Liedson precisa de muito trabalho para atingir um nível óptimo" (mais ou menos isto).
 
O Porto lá desbaratou a Académica, mas vi mais jogadores a correrem para trás do que para a frente. Sinceramente, só gostei do Fernando e do Moutinho, o James continua o 10 sem o 1, o Jackson está a 0, hoje não havia extremos e vi o Izmaylov jogar para trás como já era no Sporting e eles pensaram que tínhamos contratado o melhor Izmailov de Alvalade, até o Alex Sandro fez disparates defensivos dignos do Otamendi, o autocarrasco da Madeira poupado pelo treinador. Coisas bizarras de volta à Terra...
 
Pela minha semana e tal de ausência não mudou muita coisa. Messi completou uma volta plena a marcar a todas as equipas em Espanha e agora até os empates do Barça não são aproveitados pelo Madrid. Os paineleiros são os mesmos na futebolice e os políticos pintados das suas cores revezam-se na comentadeirice a que faltava, de facto, o pináculo da estupidez chamado Sótraques.
 
Bem, parece que mudou alguma coisa: agora expulsam jogadores da equipa que vai defrontar o Porto. O Rio Ave perdeu dois de uma assentada, vamos ver o Braga com o novo Sporting, que é como quem diz o caldinho a fazer pelo novo presidente. Entretanto, dei conta que, desta vez, o Vi-te ó Pereira, tão poupado pela Imprensa da especialidade dos fretes a tudo o que é poder lisbonense como as almas sócretinas que ainda pastoreiam o rebanho mediático, nem para o confronto 1º-6º classificados nomeou um internacional.

25 março 2013

Papa Almagro

Pelo menos uma vez dediquei por aí a efabulação do tiki-taka do Barça genial destes tempos modernos com um futebol como o de antigamente à memória de algo que os mais velhos me contaram: a presença arrebatadora do San Lorenzo de Almagro nos anos 40 em Portugal, goleando com números da época a Porto, Académico e até à selecção de Portugal por 8,. 9 e 10 golos.
 
Agora, há dias, a propósito do novo Papa que me impressionou pela forma física e serena tranquilidade quando assomou à varanda do Vaticano, sabendo-se que é "hincha" e sócio do famoso clube de um bairro pobre de Buenos Aires, Almagro precisamente, vem agora um decano do jornalismo que sabe respeitar-se contar mais alguma coisa do famosíssimo San Lorenzo precursor do tiki-taka como Alfredo Relaño conta e que também fez furor em Espanha.
 
Uma benção ler algo assim, com história e memória abençoadas.

Por falar em memórias, nem sei como é que uns verrinosos da Imprensa não evocaram outras estórias de uma Carolina  Cristina Kirchner visitar o Papa... O que dela se disse e como fica tudo bem sob o diáfano manto da fantasia...

 

22 março 2013

Benfica TV vai convidar Vale e Azevedo para comentador

Já assinei a petição contra o regresso de José Sócrates à RTP. Poderia, deveria ter sido entrevistado, se alguém com tomates o ousasse e fosse corajoso para apontar todos os problemas da governação sócretina, mas nunca convidado para comentar. A Benfica TV, detestável sob todos os prismas, nunca convidaria Vale e Azevedo para comentador, tendo deixado o clube à beira da bancarrota.
 
Só ontem muito tarde soube do tema ao voltar a casa. Nem tenho vontade de pegar no bonomia dos que, decerto brincando com a triste situação, pensam ser esta uma boa solução para aliviar a pressão sobre o Governo. Acredito mais, sim, no efeito político que o sócretinismo também deixou no horrendo PS da chulice institucional e do "socialismo" que empobreceu Portugal, como em todos os países onde foi "aplicado". Como apanhei ao mesmo tempo a notícia da "moção de censura ao Governo", facilmente associei as duas coisas. É um assalto ao Poder mas no PS, já tentado com o Costa do Castelo e defraudado para os apaniguados. Deve ser por isto que até o Torto Canal ouve o mastim José Lello...
 
O ex-Primeiro-Sinistro é a cara da maior fraude política e económica que afundou Portugal. Devia ser criminalmente responsável pelo que vez à frente do Governo cujos ministro, secretários e assessores ainda ocupam as bancadas para lamentares do PS. Talvez ainda sonhando com os seus tempos áureos, ainda hoje desligado da realidade sócio-política que trocou por umas vagas e vazias reflexões alegadamente fiulosóficas em Paris para onde foi presumivelmente com a sua "mala de cartão", Só traques pensou que o Zé Alberto Carvalho e a Judite ainda estavam a fazer-lhe fretes na RTP. Talvez alguns amigos lhe lembrem que estão na TVI que Sótraques quis vender sem ser sua, silenciado as vozes incómodas do seu nefasto mandato.
De tantas tristezas do quotidiano português que nos custaram imenso e nos valerão mais uns largos anos de frustrações e pobreza, esta seria a menos expectável de seguir-se a um rol infindável de infelicidades perante as quais encolhemos os ombros com que, pacatamente, enfrentamos quem nos faz mal.
Só ontem à noite, no carro, ouvi a notícia que, pelo visto, era de todo o dia. E ouvi, pasmado, a justificação do director de Informação da RTP para receber Sócrates como um opinador, e não um delinquente, comum.
Se Nuno Santos, sabe-se lá porquê, acabou agora despedido com justa causa e sem indemnização, ao que li, Paulo Ferreira - ex-editor de Economia da RTP que não sabe, nem a RTP ajudou a saber o grande público que paga a sua subsistência infeliz e miserável, a razão que nos trouxe à beira do precipício - devia ser demitido imediatamente. Que tenha as suas opções editoriais num jornal de caserna ou numa tv privada é uma coisa, que o faça impunemente na estação pública que eu pago, a 2,50 euros mensais, por imposição que nenhuma Constituição devia permitir sugar-me, é inadmissível.
 
Já sugeri uma petição para despedimento do director de Informação da RTP.
 
Portugal é o que é e chegou onde chegou por tudo isto que "a Musa antiga canta". Um vómito.

20 março 2013

Um novo patrão de Imprensa

Percebi um inusitado número de visitas ao post anterior sobre Belmiro de Azevedo e a forma como via a Imprensa pelo menos do lado que lhe sai do bolso mas sem mexer uma palha face ao descalabro económico. que reconhece, e editorial, que percebe, do Público. Meramente por acaso, volto ao tema agora acicatado por uma leitura atravessada, via terceiros, de algo muito próximo e que aos portistas diz respeito mais directa e interessadamente. Um post actualizado sucessivamente e que saiu ao engano por umas horas mas fica aí a marinar agora. Apesar das tentativas de uns quantos afoitos que travam a fundo quando batem na ignorância e iliteracia de caso, estes meandros podem ser tão complicados e complexos de entender como os modelos de jogo e a volubilidade dos sistemas que os mesmos afoitos encaram sem temer. Deixo, nesta passagem de testemunho entre patrões de Imprensa, mais uma do Belmiro, o dono do Público a quem deu uma entrevista, portista e que alguns apontam como "Papabile" para a sucessão de Pinto da Costa (mas ele não percebe de futebol, logo não se mete onde não sabe, já lhe basta o jornal falido):
- A Sonae foi excluída dos processos [Portucel e PT] por razões de natureza política?
- Você é que está a dizer isso. A Sonae foi excluída por razões que uma investigação da área jornalística há-de averiguar (risos).
- Está a desafiar-nos?
- Estou a entalar-vos.

Percebi há muito, logo no princípio, e deixei-o claro com todas as letras, que o Torto Canal, como o apelidei e mantenho apesar das críticas resmungos recebidos, ia defraudar os portistas, porque partia de pressuposto errado, afastava-se do core business do clube e, pior, adensaria a irritação de não agradar nem sequer a quem era suposto destinar-se, os adeptos do FC Porto, perdendo de corrida os não aficcionados, de Guimarães e Braga a Viana, Chaves e Mirandela, que não iriam rever-se na travestização de um canal dominado por um clube e não explorado no sentido da defesa dos interesses máximos do clube em contraponto a uma opinião e oposição facciosa, doentia e vermelha realidade antiportista do panorama mediático nacional que muitos dizem ser o que é e não há volta a dar, nem pelo canal que julgavam ser a remissão de todos os pecados, Amén!
 
Não vejo a coisa a não ser nalgum zapping ocasional, nem diário sequer, mas o suficiente, numa visão diagonal mas atenta e abrangente por saber alguma coisa da poda pressentindo a aragem de quem vai na carruagem, para saber que a actual gestão não melhorou por aí além o que já era a marca regional do canal, em planos sociológico, cultural, de divulgação do património arquitectónico e paisagístico, até gastronómico do Norte de Portugal (há até mais inúmeras reportagens de vilas do Sul, em particular do Alentejo!!!), sendo que, na esteira de uma Comunicação institucional do clube invisível para não dizer risível, e um site mudado mas sem evolução na continuidade, antes estática como era, até a roçar a idioticie de não dar informações aos sócios (quem mais se queixa, não sou eu que apenas registo os seus lamentos), algo que cedo também percebi não merecer sequer consulta (que me falha há meses!), iria ser um fracasso. E o fracasso é evidente: não vi ainda alguém falar do canal por factos exteriores ao portismo, o que aponta para a inevitabilidade de o canal só poder ser concebido como exclusivamente do clube e do Desporto, futebol e modalidades. A programação geral actual pouco diverge da anterior à "clubitização" e onde havia rubricas de bom valor regional que agregariam as vontades e interesses das pessoas, dos destinatários. Mas desses programas ninguém fala nem falou. Logo, o foco do canal perdeu-se e falhou o público-alvo.
Por contraposição, a iniciativa do Benfica foi focar os seus adeptos, bem ou mal não interessa, e agora, por motivos irrelevantes, promete não só o essencial (jogos do futebol) como dilatar a oferta com a Liga inglesa. No aspecto de exploração e foco do negócio e do objectivo da iniciativa, é coerente e consequente, goste-se ou não.

 
Não acompanho sequer alguma discussão que por aí vá, porque dali só pode esperar-se mais do mesmo que leva a este desespero, pelo que chego, obviamente, atrasado a algum assunto do dia, que não do meu, percebendo que a ideia é deixar tudo como está e quem quer gosta, quem não quer escusa de lamentar-se. O conteúdo deste post, e o link para um outro na bluegosfera, só me dá vontade de encolher os ombros, não digo rir porque o assunto é sério e grave a suscitar mais pena e alguma lágrima pela ocasião perdida e totalmente falhada, mas é um sinal da realidade que aponta para a superior visão estratégica, fracassada, de quem optou por seguir um caminho que desconhece, não está no sangue do clube e até tem mais almas de vendilhões do templo do que competentes mercadores de feira. Por isso, ao próprio não deixei de registar o que o assunto me merece de reflexão a que poucos agora se votam e, pelo visto, sem um sentido efectivamente crítico e iminentemente conhecedor.
 
É óbvio que a Comunicação do FC Porto é um fracasso e expõe-se em todos os níveis mas é por ordem superior e a quem se sujeita quem está para aí virado, sendo que o sector dotou-se de meios, técnicos, humanos e pelo visto monetários, para ser uma fonta de discórdia, ou até de concordância quanto a vituperar-se o que tão mal se gasta para tão pouco benefício. Eu próprio confessei a minha desilusão um ano depois de ter arvorado a esperança de alguma coisa mudar (só mudar e até pensei ser para melhor) com a nomeação de um certo director de Informação, depois de um director de Comunicação já existente e, agora, com um director de canal que diz como é e deve ser a coisa pois de outra forma não alinharia. O canal fica, então, em circuito fechado, isto depois de alguma entidade ter medido a audiência e de a Benfica TV e o Porto Canal andarem na ordem dos 1400/1500 espectadores diários, foi público.
 
O esclarecimento prestado no post, em resposta ao mail do Miguel, na esteira de outras vozes de protesto mas que parecem ecoar no vazio e terem o feedback de quem os acolhe em silêncio porque a ordem superior não aponta para outra coisa, é sintomático e só me remete para o momento em que, colhendo a informação em fonte fidedigna, até garanti o salário do director da coisa, para quem quis saber.
 
O FC Porto, enfim, na esteira do Belmiro só com o Público, é um novo patrão de Imprensa que não sabe do negócio mas está nele porque sim, enquanto dura e, em vez de prometer, defrauda. Obviamente, não é capaz nem supõe ir por aí percebendo-se só que não vai por ali, poder5ia comprar os penáltis concedidos ao Benfica com os negados ao FC Porto, como no último fds, ou os fora-de-jogo tirados a Jackson (Marítimo) e um que permitiu a Sálvio um golo, mais um, ilegal (Guimarães). Não é por acaso que o Benfica não se queixa nem de penáltis nem de fora-de-jogo...
Não é nada comigo, mas aqui e ali apanho a desilusão de muitos adeptos nesta matéria e estou em crer que este alheamento da realidade e afastamento do sentir do associado está, a par da crise que tem costas largas para tudo, a marcar uma clivagem notável e notória do clube, já nem digo SAD que, como qualquer Governo, passa a corporizar o que está mal e a reforma esperada mas adiada, com adeptos e sobretudo sócios.
 
De facto, ser adepto ou sócio, com "aquela estranha paixão", já não é como antigamente, mas o advento das SAD tinha já deixado claro esse abastardar do "associativismo". E, contudo, muita gente, mesmo que desiludida, continua a achar que "quem lá está é que sabe". Mesmo não gostando, o sentido autocrítico vai assim, torto, pelo mesmo canal de desgosto já incontido.

Direi que o mais dramático de tudo isto não é o conteúdo, a visibilidade, a polémica ou falta dela, o dinheiro, a projecção, o alcance, a difusão, a audiência do canal. Verificando pelas palavras dos "autores do projecto", do patrão e dos assalariados, tal como se confessam com todas as letras, a referência, pasme-se mas não se assustem, é medir a bitola pela Benfica TV, como se fosse referência para alguma coisa que não fugir dessa coisa a sete pés e nem pensar em fazer algo semelhante, como se tal fosse possível, desejável e inevitável. Dizer que nem por sombras se faria algo similar à tv dos bimbos é mostrar não ter estaleca para fazer uma coisa de clube de forma diferente e bem feita. De resto, mostrar nojo como se tal fosse um insulto ou blasfémia, um canal de clube, só diz bem de como é o pensamento prevertido e ineficaz que dá azo precisamente à incompreensao de quem era suposto ser o público-alvo que tem razão de se sentir marginalizado e inconsolável com o rumo, inaudito, mas previsível, que as coisas tomaram. Esta dura realidade é a que mais custa aos contestatários engolirem: barafustam, mas confiam que se tem de ser assim, seja.

É curioso que o paradigma para o "tempo do clube" seja cortar com o que possa assemelhar-se a um "canal de clube", sendo que só há um cá para comparação mas vários lá fora muito bem feitos e... sem nojo de mexer no futebol - o que sucede mais a quem dele menos entende e se habilita a falar. Ou será de ter ou não sapiência, competência e... paixão necessárias, mas que não se compram no supermercado nem os amigos do imediato nasceram fadados para tal?

Não se quer copiar no "clube/futebol", porém a Informação pura e dura, no telejornal da noite e ceia, por exemplo, pelos quais já passei de raspão e também não gostei, oferecem, precisamente, o mesmo que qualquer outro produto do género: mudam só as caras, mas dá-se debate entre forças políticas como em Lisboa e, também, com uma impressionante presença repetitiva e contrária à representatividade parlamentar resultante das eleições democráticas que para muitos custa engolir, das forças da Oposição que saíram minoritárias do sufrágio mas tornam-se absurdamente maioritárias por serem várias e afinarem pelo mesmo diapasão contra o Governo que, pelo seu lado, como já afirmei em tempos, parece o FC Porto com medo de mostrar a sua razão e medo de falar grosso e directo se necessário for.

Ou seja, como é "cultural" no futebol cá da paróquia, ui que queremos ser diferentes, mas na Informação generalizada e avulsa é tal e qual o resto do panorama audiovisual clientelar. Ou seja, a diferenciação não se faz por uma questão negativa no futebol mas também não se faz pelo mesmo defeito de que enfermam as tv's generalistas. É por isso que entre Marketing e Estratégia pareceu-me sempre desadequado o modelo proposto e seguido com a rejeição que se sabe já dos adeptos decididos, de início, a darem tempo (vem aí fulano, isto está a começar, temos de ser diferentes), agora a mostrarem não só desprezo pelo "resto da programação" - e antes já havia divulgação do Norte com alto nível, para quem viu antes da clubetização selectiva -, de que não falam, e irritação indisfarçável pelo que mais lhes diz e cuidam, o futebol que não é só reportagens catitas e pensadas, figuras e histórias, azul e branco catatónico, muito bonito mas sem golos e vitórias que mais importam no presente. Se nem o público-alvo atingem, perdendo um ratio importante de não-portistas para o resto, nem canal de clube nem canal de futuro.

Repisei todos os conceitos que expendi na altura e que muitos entenderam assobiar para o ar mas agora, primeiro aos poucos e agora sem se conterem, não escondem a frustração que ficara atrás do biombo da confiança na "equipa" e o "prestígio" de alguém. Não vale argumentar a insuficiência de meios (quem não tem dinheiro não tem vícios), percebe-se o que está feito e por fazer. Não é caso para falar em talibãs e defensores das mantras do regime, mas serem os mais vorazes nos comentários indignados - ainda que não abordem a totalidade do assunto nem enfrentem as razões visíveis do problema - é sintomático do mal epidémico e da sarna expansiva, sem ofensa.

Tenho isto pronto há vários dias, chegou a estar publicado por horas mas remeti-o para este tempo sem futebol e sem eu poder acrescentar algo por longos dias pois estarei ausente. Entretanto, para desgosto meu e conforto das minhas posições, deparei na última 6ª feira com um certo José Lello também a opinar, o que me causa uma repulsa pelo personagem, o que significa de "socialismo" de encher os bolsos e debitar inanidades em lugares-comuns, além da fácies de mastim de guarda e sempre pronto a rosnar pelos seus interesses e interesses do seu bando ("o PS não pode atacar os funcionários públicos porque os FP votam PS"), precisamente o tipo de gente, de representação e de interesses que nunca admitiria, eu, à minha presença nem entendo que algo de útil pode trazer à sociedade. Esta falta de critério, genérica às tv's, elimina a "diferenciação" pretendida para o canal: reforça a ideia difundida de só mudarem as moscas. Para terminar, o sacrilégio de não transmitir a entronização do Papa, alguém dirá por não ter a benção paal caseira, porventura alheando-se do Norte mais conservador e eminentemente católico que é suposto servir conhecendo-o.

De resto, e por fim, há projectos pindéricos que só sob cobertura de alguma coisa ou marca podem achar, com certa gente, algo inovador, independente e incontestada autoridade mediática. Só falta recuperarem um ou outro badalhoco que vegetou em canais confidenciais nesta hora em que os mutantes variam de poiso e o espectáculo da Informação é equivalente a feira de vaidades. Acho que nem as antigas rádios-pirata fizeram tão mal as coisas. Por muitas sinergias que anunciem as rugas de contaminações transversais são sinal de má higiene sanitária e pior odor corporal. Por falar em mutantes e na prossecução de fins jornalísticos puros, nada como o exemplo de quem foi acossado sócretinamente mas como bom estalinista despachou com um "Estás despedido!" um subdirector do seu jornal, na cara. Quando se multiplicam, como antes com as rádios-pirata, alegados projectos televisivos com uma plataforma que é Meo termo para a PTguesa roubalheira de Estado que já serviu para tudo e mais alguma coisa sócretina de silenciamento mediático de vozes discordantes, era bom que se perguntassem se, além dos canais de clube bem feitos e bem sucedidos na Europa, há muitos jornais com canais próprios de televisão. Devemos, os tugas e a Informação de vão de escada, ser um espectáculo, realmente...

19 março 2013

Os recursos

Uma gestão tem de saber lidar e explorar os recursos à disposição. Em Janeiro abordei o tema do regresso de Fucile e da razoabilidade e o dever de ser aproveitado. Independentemente dos amuos da época passada, tenha sido sabático ou inútil um ano no purgatório mesmo chamado Santos, Fucile além de activo é um jogador com qualidades e conhecedor do FC Porto, multicampeão e com fibra.
 
Tanto incompreendi a sua ostracização após o regresso como nem sabia se ainda por cá andava. Parece que sim. E tem feito falta, no sentido de poder ajudar, sendo claro o desgaste nos defesas-laterais brasileiros e que o uruguaio poderia jogar em qualquer dos corredores.
 
Este é um sinal do reconhecimento do fracasso da gestão, e estruturação, do plantel. Um tiro nos dois pés, considerando o jeito para Fucile jogar à direita ou à esquerda. É esta (i)responsabilidade que deve ser considerada e não o facto, pontual ainda que reincidente em breve tempo, de duas grandes penalidades falhadas terem ditado a distância de quatro pontos para a liderança e que, por si só, nem justificariam tantas críticas que os precipitados e lunáticos do costume vociferam nestas ocasiões, muito menos a recepção ingenuamente calorosa à equipa à chegada da Madeira, obviamente feita por tolinhos que de futebol percebem pouco e de desportistas não têm nada.
 
O episódio-Fucile, na origem do seu afastamento ditatorial decretado há um ano, de resto remete para o murro no banco de Álvaro Pereira na época passada em Braga, ditando depois o seu afastamento cumpulsivo e a saída intempestiva no final da época. Não sei se Varela, com um murro no banco no Marítimo, terá o mesmo destino disciplinar mais do que contratual. Pois por aqui também se vê como se gerem os recursos, com arbitrariedade e discricionariedade, que é a missão da "estrutura" que tem por conta o plantel, do treinador aos jogadores e das opções de vender ou desvalorizar os activos.
 
Só o acerto destas considerações internas permite avaliar se a força moral inerente é suficiente para a remontada tornar-se possível. Este pode ser um primeiro passo. Tardio, mas importante. Se resultar no que todos queremos, contudo, será mais um aspecto negativo a ser deitado para debaixo do tapete em nome do título, que todos desejamos, muitos ainda crêem mas não pode ser o suficiente para voltar a esconder-se os defeitos da "estrutura". Um motivo tanto de incentivo como de reflexão, um e outra sempre importantes de ajuizar no decurso de uma longa época de muitas vicissitudes que os títulos obtidos no final devem evitar servir como biombo.

18 março 2013

Eppur...

... a renovação do título ficou difícil,  repito, mas isto está muito longe de ter acabado. Fiquei admirado com o pico de jogo em Guimarães, do FC Porto, como do afundanço a seguir com o Olhanense. Há um ano, depois da vitória na Luz, uma quase derrota caseira com a Académica. Este jogo com o Marítimo fez-me lembrar o deslize de Paços de Ferreira, também uma partida dominada, ocasiões por converter, pe´náltis por assinalar e um golo oferecido miseravelmente. Não sei se a história está para repetir-se da mesma maneira ou de forma inversa. De momento, há algo na mística que não faz corrente, mas a coisa ainda não acabou, apesar das dificuldades menos previstas para a equipa nesta fase mas que, no fundo, acabam por trazer à tona erros de princípio na estruturação do plantel. Parecia que dava para muito e não dá, a Champions mostrou limitações no ponto certo, a Taça de Portugal foi um desastre como na época passada, e o campeonato um palco de altos e baixos, de novo, que não fazem bem ao moral e à confiança. A equipa, outra vez, baralhou muito os conceitos e as oportunidades entre Campeonato e Champions, sendo que a Taça de Portugal foi simplesmente desprezada nestes dois anos. A outra não serve para nada, seja como for.
 
É claro que, sem olhar friamente para as situações que decorrem numa época, cai-se num extremo ou noutro. É normal, consoante se bajule a SAD ou não. Eu também prefiro pensar assim, sem deixar de apontar os erros nem cair no endeusamento (confessei que o jogo de Guimarães me espantou, foi realmente fora do normal e até parece que o Benfica obtendo o mesmo resultado joga igual mas segue apenas com uma série de estrelinhas que poderão fundir subitamente) nem desesperar e anunciar o cataclismo.
 
A paragem só poderá fazer bem, ainda que na idioticie generalizada há quem equacione que Moutinho possa ser utilizado na selecção. Seria só mais um "Fenómeno do Entroncamento", mas o futebol é uma caixinha de surpresas e reduto de poucas-vergonhas e miserabilismos cobertos do manto diáfano da fantasia. Se Moutinho voltar em força e a ascensão metódica de Maicon for premiada como era suposto depois das melhorias (ao contrário do desconcentrado Otamendi) de quem passou por uma lesão - e as lesões abalaram um plantel com menos opções que o habitual - a retoma pode ser garantida. Ou não. Mas está ainda por ver-se.

17 março 2013

A diferença de falhar penáltis facilmente e ter penáltis generosamente

Um campeão devia superar todas as dificuldades. Mas quando já é uma fatalidade falhar três penáltis em cinco jogos e ceder quatro pontos parece não haver força que erga a equipa acima da mediocridade geral. Ao contrário do mau jogo com o Olhanense, quando mais acreditaram que cedo ou tarde ganhariam, o FC Porto fez muito para vencer o Marítimo mas não conseguiu, porfiando até final mas incapacitado perante tantas contrariedades entre as quais, num jogo amaldiçoado, quase permitiam oferecer a vitória aos madeirenses.
 
A soma de falhas individuais, mais uma vez, penalizou a equipa no campeonato. O FC Porto impôs o seu jogo na Madeira, mas viu outra vez um guarda-redes, como Bracalli com o Olhanense, negar a vitória ao bicampeão. Além de defender bem um penálti que a tremideira de Jackson propiciou - já em corrida para a bola olhou e denunciou o lado para onde ia chutar e o g.r. logo se atirou para a sua esquerda antes do remate -, Salin fez uma das mais espectacular defesas do campeonato, com uma palmada a um cabeceamento de Jackson.
 
Ó JACKSON! Ó TAMENDI! Ó VARELA! Ó CAPELA! 
A súmula de acontecimentos marcantes no 1-1 do Porto no Marítimo é de arrepiar os cabelos:
- uma lesão cedo contraída por Atsu;
- um substituto, Varela, que conseguiu ser substituído por a sua frivolidade ser arrepiante;
- uma escorregadela de Mangala a permitir o empate logo depois de James ter aberto o activo;
- um penálti sobre Lucho transformado em amarelo por simulação quando o argentino foi tocado no joelho;
- o tal penálti falhado por Jackson, depois de Danilo ter sido tocado levando ao tropeção que na sequência deu a si próprio;
- mais um penálti por marcar por gravata de Igor a Jackson;
três entradas de jogadores do Marítimo por trás sem vermelho directo, a primeira nem amarelo a Heldon (sobre Otamendi), Heldon que ainda levaria um amarelo mas podia continuar em campo; outra de Igor a Jackson que deu sururu mas sem expulsão; mais uma de Roberge a Jackson que nem por ser à entrada da área deu sequer amarelo;
- tal como em Málaga, canto do Marítimo para uma defesa posicionada e Roberge a conseguir cabecear (sobre a barra) no único remate de mérito à baliza de Helton (tendo em conta o demérito no 1-1 quando Mangala podia ter cortado a bola e duas bolas oferecidas por Otamendi);
- Otamendi desastrado, depois de Málaga, e a merecer banco, a oferecer por duas vezes o 2-1 que Mangala evitou, já depois de Helton ter evitado outra asneira de Otamendi cujo corte defeituoso isolou Heldon.
- parece não haver quem chute de fora da área: Castro ainda tentou, Salin defendeu, mas põem a marcar o último livre um jogador dextro que marcou dois golos na época de pé esquerdo (três, se considearmos o autogolo em Braga para a Taça), sendo que Danilo não sabe passar quanto mais chutar.
 
Vítor Pereira evitou mexer no esquema - Liedson de novo inútil pela renitência do treinador em mexer no sistema a que fica aprisionado - com a equipa a jogar pressionante mas sem lucidez para melhor concretizar, para mais com um guarda-redes contrário em grande - o único mérito que teve o Marítimo em todo o jogo,além de um proteccionismo absurdo da arbitragem. Trocar um médio de contenção, Defour, por outro, Castro, fazendo ainda trocas directas por duas vezes no extremo esquerdo, uma por lesão (Atsu por Varela) e outra por inacção de Varela (entrou Izmaylov), é desbaratar oportunidades para mudar o figurino do jogo, por muito que o FC Porto tenha feito por vencê-lo apesar de muitas asneiras individuais. Tal não apagou, porém, o facto de o FC Porto ter feito tudo para vencer na Madeira mas a equipa, azarada por lesões e com menos soluções (já tivemos tantos médios e avançados que se desbarataram precipitadamente num saldo que ninguém pede contas à "estrutura" e é agora bem negativo), está ni limite da sua competência e capacidade, já o disse na 4ª feira, além de desacompanhada da sorte.
 
Realmente, falhar golos, oferecer um (tal como com o Olhanense), desperdiçar novo penálti, ter mais dois por marcar a seu favor, três jogadores contrários que deviam ter sido expulsos, é areia a mais para a camioneta do campeão e para não denegrir a imagem da Herdade Desportiva. Mas nada disto foi soprado ao treinador na conferência de Imprensa e Pinto da Costa não teve um site da Liga que zombar por resultado erróneo assinalado.

O penálti com pancada no joelho de Lucho não foi assinalado, um sopro nas costas de Lima deu penálti ao Benfica em Guimarães. Nunca pensei que depois de tanto tempo sem se falar de penáltis o campeonato pudesse ser decidido por tantos penáltis que se assinalam agora, uns falhados e outros convertidos, uns negados e outros concedidos.

O FC Porto foi campeão na época passada ao vencer no Marítimo, por sinal com dois penáltis de Hulk, aproveitando o empate no dia seguinte do Benfica em Vila do Conde. Depois de ter feito um jogo perfeito em Guimarães, com 4-0 que me deixou de boca aberta, o FC Porto decaiu de produção - atingiu o pico, como disse depois do 1-1 com o Olhanense - e agora deixou a renovação do título mais difícil, com os penáltis que falha e os marcados generosamente ao rival. Actualizado: o Benfica do pontapé para a frente, só vi até ao 0-1, surgido de pontapé para a frente e penálti inexistente) também ganha ali 4-0. Vejo os marcadores e as soluções encontradas (como disse sobre o Málaga). Já perceberam?

Claro, daqui a dias alguém vai escrever que se desbaratou um plantel que parecia ter tantos médios que agora fazem falta, tal como já disse sobre os avançados que tínhamos e agora não temos, para além do Liedson imprestável (quando o Benfica comprou Lima em Agosto) a que me referi antes disto tudo suceder.

Ninguém do FC Porto faz pressão sobre o árbitro - nem por entradas violentas na Madeira que mereciam expulsão imediata - e o Benfica andou a fazer pressão para expulsar o jogador vimaranense que supostamente fez penálti sobre Lima com este a afastar-se da frente da baliza para não ser aplicado o vermelho directo. Indevidamente expulso na jornada passada, em Setúbal, o guardião Douglas por um penálti cuja falta não existiu e hoje o Vitória sofreu penálti inexistente e ainda queriam o prevaricador expulso.

Entretanto, (Vilas Boas expulso no Rio Ave) o próximo adversário do Benfica também vai apresentar-se sem um jogador expulso nesta jornada. Coisas extraordinárias acontecem no campeonato português. Herdade Desportiva.

O meu alerta sobre os árbitros, aí em baixo, resultou em efeitos e consequências contrárias às que previa. Mais uma jornada com resultados falseados.

É bem tempo de os adeptos se revoltarem, atacando o treinador e poupando a "estrutura" que cala, consente e deixa andar. Ah, o Torto Canal vai desmascarar tudo, ai vai, vai... Ah, continuam a falar de cansaço quando o que existe, e faltou em Málaga, foi atitude mental, porque a confiança está em baixo, as coisas estão a corrrer mal e bem pior do que correm ou deixam de correr os jogadores. O problema é psicológico, veja-se o Jackson nos penáltis e os passes desastrados e inconvebíveis, mais um Varela a pedir varrela.

Business as usual

Uma jornada delicada com a concessão costumeira da parte do vi-te ó Pereira.
Entre o 1º e o 6º (Guimarães-Benfica), Paulo Baptista.
Entre o 2º e o 7º (Marítimo-Porto), João Capela.
 
Reparem na diferença de estatuto: um é internacional e outro não. Faz sentido que, como se tudo não fosse estranho, o jogo de mais cartaz e melhores classificados seja atribuído ao não internacional?
 
Não, não faz e é tudo feito de forma suspeita e aviltante.
 
O que nem tem nada a ver com os árbitros. Sabem que sou muito crítico e munido de dossiers sobre árbitros, mas estes dois são dos que dão mais garantias hoje em dia e já não é mau. Não é por aí. É pelo que se faz por aí. É a cara de quem faz isto. Uma vergonha.

16 março 2013

pa-pa, pa-pa, pa-pa

Pronto, de tanto papagaiar, como antevi correndo o risco de ser copiado sem menção à fonte como a bluegosfera se habitua a fazer atentando contra os meus direitos de autor, a eliminação do Porto na Champions apressou a Liga, que "pressionou" a FPF,  a resolver o imbróglio da treta e manter o Porto na competição, como quem se deu ao trabalho de ler os regulamentos deduziu mas para os quais não tenho pachorra e não significa que o Porto não se descuidou de todo; verdade é que a Liga pode já mrcar a data para a semifinal com o Rio Ave, possivelmente a 3 de Abril porque só sobra 10 de Abril mas a final é a 14... fruto das datas que o calendário deixa ou teríamos outrto tipo de berbicacho como é de bom tom onde todos ralham e ninguém tem razão.
 
Agora, o V. Setúbal sai a rua, o bispo das Forças Armadas sem alguém explicar a razão da função e mordomias enche a boca com qualquer conversa da treta a propósito, na vez do D. Manuel Martins que no tempo do Mário Soares PM falava da fome à beira do Sado, os sindicatos da zona cantam a Grândola Vila Morena e uma manifestação "espontânea" e "progressita", com a Avoila, o Arménia e o professor sindicalista Nogueira, fala em "fassismo" e "protecção dos mais poderosos", apelando ao Tribunal Constitucional com o argumento de que no tempo de Sócrates Bosta da Liga é que era bom e os castigos desportivos eram aplicados como o ênfase das "investigações rigorosas" do palonço do Rui Pereira no MAI sobre pedradas em autocarros azuis vermelhos...

Como sempre, com o ruído, o essencial já passou vai passar à história sem ser dissecado e a putativa culpa morrer solteira... A Liga, os regulamentos que lavra e os semeadores de ocasião, mais de ventos do que bons casamentos.

Juntando com o que está no fim do texto, por ter sido considerado menos importante, comprova-se como a bufaria tem ganhos consideráveis neste País. Uns bufaram que o Porto jogara de forma irregular e o caso avançou; outros bufaram que um dirigente do Sporting tentou condicionar comprar um árbitro e, além de considerada infracção leve, ainda tinha a atenuante de poder ficar na gaveta e, pum, prescrever para não dar azo a más interpretações.

A Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) decidiu nesta sexta-feira arquivar um processo a Paulo Pereira Cristóvão, por prescrição, uma vez que o antigo vice-presidente do Sporting incorria numa infracção leve.
O inquérito instaurado, na sequência de uma participação disciplinar do Marítimo, em 31 de Maio de 2012 não conclui que Paulo Pereira Cristóvão tenha exercido ou tentado coagir árbitros, apesar de assumir que o antigo dirigente "leonino" possuía “informações reservadas sobre os árbitros da primeira categoria”.
“Tratando-se este ilícito de infracção disciplinar leve, ocorreu a prescrição do procedimento disciplinar ainda antes da instauração do inquérito (e muito antes de a CII se ter tornado competente para a sua direcção)”, pode ler-se na deliberação de arquivamento. - in Público

Nesta Liga de palhaços, parece que, como no País da treta, se preocupam pouco com o andamento dos processos. Ainda dizem que a Mizé Morgado deixou prescrever uma data deles, coincidentemente de "amigos" e "afins". A Liga destes costumes também

15 março 2013

UEFexpectativa

Não sabia disto e dei conta agora que a UEFA aboliu, nesta fase dos sorteios, o alinhamento consecutivo dos jogos até às finais. Era costume dar-se logo o emparelhamento das semifinais e os visitados e visitantes nas finais mas o procedimento foi abandonado (ACT: vi agora no site da UEFA que desde o iníio da época estava agendado um sorteio só para as meias-finais, a 12 de Abril). Não tinha lido nada sobre isso na Imprensa internacional, que é a que consulto por estar lá sempre e saber o que se passa, nem sei se alguém comentará esta alteração ao costumeiro sorteio dos quartos-de-final "e seguintes".
 
Pela surpresa que me causa e sem haver dados em concreto só posso conjecturar que fazia mal a todos, ainda que se poupasse tempo e dinheiro com o que este significava como último sorteio da temporada, antecipar os choques das semifinais e, depois, da potencial final.
 
Pode haver quem pense que a UEFA tirará dividendos económicos num sorteio extra, do que eu duvido muito ser essa a preocupação e menos ainda que rendibilize a imagem dos patrocinadores, embora esta situação seja mais plausível. mas haverá mais ainda quem nem se tenha apercebido nem sequer dê importância a isto.
 
Eu dou e penso que se retira muito do dramatismo que tem marcados os finais de época nos últimos anos. Saber que o Clasico de Espanha vai ser a seguir ou na final, bem na época passada gorou-se tudo nas semifinais e Madrid e Barça não se reencontraram. A gritaria pelos clássicos, dérbies e por aí fora que se anteviam criavam excitação na Imprensa e, por arrasto, em muitos adeptos. Como sempre quis ser equilibrado, e por exemplo Guardiola mostrou o mesmo enfado há dois anos com tantos Clásicos seguidos em Espanha nas várias competições com a histeria e má-criação que deu, prefiro assim. Fiquei decepcionado mas satisfeito. Não me faz falta e por quase um mês esvazia-se muita polémica por antecipação, de tão previsível.
 
Se em Espanha tem sido uma loucura, amiúde em Portugal, ao longe, não se fica atrás e distribuem-se as mais variadas teorias que apontam normalmente para o gosto de ver o Real Madrid ganhar. Ainda agora, de raspão, ouvi o parolo da TVI falar do Madrid-Galatasaray como um dos choques mais importantes dos Quartos, quando havia um PSG-Barça e, melhor, um Bayern-Juventus com cartaz superior, mas infelizmente quando há muita coisa importante a considerar só os estúpidos vislumbram as coisas menos importantes.
 
O Málaga vai ser eliminado pelo B. Dortmund a seguir mesmo tendo melhores jogadores mas não jogadores mais combativos e competitivos do que os alemães que ainda não perderam na Champions e superiorizaram-se ao Real Madrid. Não é por vingança, porque a história do jogo com o Porto foi feita à vista de todos e, claro, com os antecedentes que recomendavam precauções que os adeptos agora frustrados não perceberam por seguirem a mesma linha estúpida que perfilham na absorção de notícias e comentários do dia a dia.
 
Na Liga Europa seguem três equipas inglesas mas ontem vi o Steaua ser eliminado pelo Chelsea com muito bom futebol, como vi na 1ª mão, e óptimos jogadores com sentido colectivo que só não aguentaram o ritmo final do campeão europeu. Não há equipas alemãs pois as melhores são as da Champions e as outras quase vulgares. O Tottenham quis gerir o 3-0 em S. Siro com "equipa B" e quase saía tosquiado, defrontando agora o Basileia que parece um rebuçado mas pode ser complicado. O Rubin Kazan é a grande surpresa da prova e vai defrontar o Chelsea que tem, ainda agora, uma grande força futebolística que deu para chegar aos 52 jogos na temporada até ao momento quando outros se queixam de cansaço. O Benfica recebe o Newcastle, os nordestinos ingleses são capazes do melhor e do pior, ñem carne nem peixe.Um bom sorteio e o resto só vendo como S. Tomé.

NOTA: como também sempre defendi, não gostaria de ver na final da Liga Europa equipas repescadas da Champions porque não há reciprocidade e o inverso não pode acontecer, o que é desonroso e imoral em qualquer circunstância. Sobram Chelsea e Benfica neste particular e se não se cruzaram agora, como sucedeu na Champions da época passada, espero que pelo menos um deles fique pelo caminho nas semifinais, já que são favoritos nesta fase.

14 março 2013

Se a pega não papa a fava a fava não papa a pega

Dizia eu, aí em baixo, que o FC Porto, agora concentrado no campeonato, ajudava a Liga num outro sentido, mais a ver com a instituição e a outra prova, e recurso "judiciário", pendente, a taça da treta. Com o afastamento da Europa, deixa de haver entraves à realização de uma meia-final Porto-Rio Ave, se o FC Porto vir confirmada a sua presença na instância disciplinar da Liga, antes da final prevista para 14 de Abril, salvo erro.
 
Com a paragem do campeonato a partir de domingo, regressando a competição dia 30, havia depois semanas consecutivas de Champions e sem data para a semifinal que falta disputar.
 
O presidente da Liga foi interrogado esta manhã pelos pés-de-microfone, não tanto pela questão das datas que estavam fechadas, porque ninguém olha para factos e calendários, mas por causa da decisão que não surje. Porventura, se surgisse e o FC Porto continuasse na Europa, datas é que não haveria, porque sobrava apenas 27 de Março livre mas Portugal joga no Azerbaijão a 26. É natural, consumado o facto, que o prsidente da Liga diga haver tempo e não ser necessário adiar a final.
 
O FC Porto pondo-se fora da Europa ajudou a Liga, resta saber se esta não irá atraiçoar o FC Porto com uma eliminação na secretaria que se mantém como possível.
 
É claro que os portistas de vitórias também não pensaram nestas coisas, ainda digerem a eliminação em Málaga e com o conforto opinativo dos benfiquistas de que não há melhores do que eles e os nossos são todos bons. Como frisei, não só não percebem a diferença de ter grandes flanqueadores como Isco e Joaquín, talvez por terem sido inconsequentes no Dragão e julgarem que não valem um chavo, e poderem optar entre três avançados para jogarem em 4-4-2 ou 4-2-2-2 escolhendo à vontade entre Saviola, Santa Cruz e Julio Baptista, ex-jogadores de clubes como Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, Roma e Real Madrid...
 
Portanto, os portistas estão descansados nas análises em que só jogam os seus e os dos outros não contam. E, contudo, não viram como eu fiz por ver o Málaga ganhar na Liga espanhola ao Real Madrid por 3-2 com bis de Santa Cruz a entrar por Saviola, e fazer tremer o Barcelona na Taça do Rei, com 2-2 no Camp Nou e 2-4 em casa mas sempre com tudo tremido: estiveram a vencer por 2-1, depois Messi e Cª impuseram a sua ordem como tinham imposto no campeonato (1-3). Isto foi em Janeiro, mas alguém ficou convencido que não davam mais e há cinco jogos não venciam e nem um remate fizeram à baliza no Dragão.
 
Há muitos ditados populares e trocadilhos para explicar esta ausência de razão que as emoções do futebol não justificam tudo. Eu fico pelo enrodilhar da língua como no título e como o FC Porto fez à bola na Rosaleda.

Derrota que custa, complica mas é... natural

Não contava com a eliminação, porventura nenhum portista a antevia, embora desde o início eu previ uma ronda equilibrada e um Málaga com muita gente a desequilibrar. Isco e Joaquín arrasaram a defesa portista pelas laterais, os médios locais bateram forte e feio com a complacência do árbitro italiano com Iturra e Toulalan que não fez menos do que Defour para ser expulso. Depois, não se pode sofrer um golo como o do 1-0, embora antes tenha sido anulado um golo não se sabe porquê a não ser revermos as mãos de manteiga de Helton em cada ano na Champions. E a expulsão de Defour é estúpida, a lembrar a de Fucile em S.Petersburgo, entrou macio e não resolveu à primeira para depois rasteirar Joaquín. Pior, com a defesa posicionada num canto, sofrer o golo de cabeça de Roque Santa Cruz não lembrava ao diabo.
 
Se repararam bem, Jackson foi mal auxiliado no ataque como em Alvalade. Equipa longe dele, sem entrar na área nem subir para a segunda bola. Depois, como há muito escrevi, Liedson pode ter vindo para resolver no campeonato mas não chegou para alguma coisa na Europa. O fracasso está à vista e é por falta de soluções de nível internacional que esta derrota acontece.

Mas do jogo de Alvalade eu disse que a equipa, sem soluções nem sabendo encontrá-las em campo, remetia para Jackson a solução que mais ninguém tinha, sem apoiá-lo. Subitamente, a equipa que passara sem Hulk descobriu-se a depender tanto de Jackson, sem ajudá-lo, como dependia de Hulk. Parece que um director de jornal, que li por acaso, descobriu isso ontem ou anteontem.
 
O FC Porto pode ter o melhor ponta-delança do campeonato, mas o Benfica tem o lote de melhores avançados, por isso vai resistindo melhor também. Comparem com as soluções do Málaga e vejam Saviola, Julio Baptista, Santa Cruz, mais os extremos que são bons que se fartam. Peço perdão, passei uns olhos por alguns blogs e ninguém reparou nisto...
 
O Porto sai da Europa sem soluções, Liedson é imprestável já o escrevi aqui. Foi macio em Málaga e saiu suplantado na vontade de ganhar, apesar da boa primeira meia hora. Pellegrini tinha dito que os seus jogadores deviam saber que o jogo se ganhava em cada lance e eles mostraram isso. Os do Porto embrulharam-se com a bola. Os espanhóis foram não só valentes, mas práticos. Os do Porto não responderam, ou fizeram-no mal. Entretanto, parece que havia mesmo quem pensasse que o Porto era superior mas acaba a dizer que não, o Porto era inferior mas já põe tudo em causa. Se era inferior, não vale a pena bater tanto na equipa, não era expectável mais, a equipa atingiu o seu limite. 
 
O FC Porto tem o flop de 20ME a defesa-direito e viu sair um defesa-esquerdo que estava assediado sem ajuda de Varela, este e Alex Sandro substituídos. Lucho em baixo como se tem notado, James a enredar-se com a bola e sem pé direito. Nem Jackson tinha apoio nem soluções de jeito no banco. Visto assim, passa a melhor equipa e se não quiserem acusar a SAD de falta de soluções que Liedson não supriria - de momento nem no campeonato, era ver a condição física com que voltaria - então encaixem a derrota sem fazer barulho.
 
Isto só vem complicar mais as contas do campeonato, não porque seja impossível mas com a equipa mais pressionada para vencê-lo. Bem, afinal parece que o desejo de muitos foi conseguido, a equipa apeada da Europa para se concentrar na Liga, mas perde uma oportunidade soberana de voltar aos quartos da Champions.
 
Erros intoleráveis nos golos, Helton a ajudar à insegurança com o golo consentido que não valeu, falta de ambição no recrutamento depois do sorteio que não podia ter sido mais favorável. Com tudo a favor, o FC Porto estatela-se na Europa. Se salvar o campeonato não deve haver problema.
 
Para já poderá ter salvo a Liga, numa outra perspectiva que depois explico.

Acho que é isto, o jogo correu mal, passa a melhor equipa, Janeiro não melhorou significativamente as opções e, além de Liedson, Izmaylov nem entrou, devia estar a poupar-se para a 2ª parte mas saiu Moutinho, perdeu-se Defour e por aí fora. Estes jogos são muito difíceis e o Porto não estava preparado. Ponto.

Ah, o Vítor Pereira, claro, é o culpado. Se a equipa não estava preparada, é culpa dele, certo. Mas prever que tanta gente ia andar mal no jogo era difícil. O sucedido com Moutinho influenciou, a expulsão de Defour é inadmissível. Depois disso, VP fez bem com Maicon, Mangala foi para lateral, Alex Sandro subiu (mas estava estourado!) até ter de sair. Era para estabilizar atrás um sector em frangalhos pelo fraco lateral-direito e um filtro do miolo inexistente, com James a perder muita bola e a equipa a perder Moutinho. Final.

13 março 2013

Ciência no futebol é... ter a bola e o jogo todo à frente dela!

A passividade mudou de campo e o visitante voltou a pagar o preço. Um Milan a defender mal e um Messi de volta ao normal deixou a eliminatória empatada (2-0, bis do melhor jogador do mundo) ao intervalo do jogo. Foi mudar aos 2 e acabar aos 4, o Milan a voltar a sofrer como em 2004 na Corunha e a sofrer 4-0 no Camp Nou onde em 1989 também o vi ser campeão europeu com 4-0 ao Steaua! O Barça, devolvendo ainda o 4-0 de Atenas na final de 1994, voltou a tempo ao seu nível estratosférico: bola nos pés, circulação mas sete jogadores à frente dela e todo o jogo para fazer entrelinhas. De tal modo que o ataque costumeiro desta vez pareceu tão suicida que cada vez que o Milan se chegava à área catalã era golo iminente e Niang acertou num poste com 1-0. No minuto seguinte, 2-0 por Messi e o seu imparável canhoto, Villa vergou a eliminatória antes da hora de jogo e quase no final, depois de um golo terrível milanês ter estado de novo iminente com os rossoneri atirados, por sua vez, ao ataque, por duas vezes.

 
Não há dúvida que a melhor equipa de sempre do futebol mundial, como o cronista da Sky italiana e o Vialli comentador enfatizavam perante a vulgarização do Milan, teve a sorte do seu lado desta vez, tambem lutando por ela como o Milan fez na 1ª mão. O jogo de toque seguro e progressão com "rondos" junto à área contrária voltou a surtir efeito e só o 4-0, nos descontos, depois de a eliminatória estar apenas dependente de um golo, com sorte ou sem ela, para os italianos, surgiu em contra-ataque.
 
Não acreditava que o Barça voltasse a recuperar o pedigree, mas para defesas fechadas, ou talvez mesmo abertas,a contundência de Villa é melhor do que a plasticidade de Fàbregas.
 
A tal remontada que faltava a esta equipa lendária está feita e reaberta a disputa pelo título europeu com o Real Madrid. Esperemos que a remontada dos espanhóis fique por aqui e o Porto possa seguir em frente para pegar o Galatasaray, já agora que não é possível acertar contas com o Schalke...
 
Fica mais uma lição de bola da equipa tocada pelo dom divino de transformar o quase impossível em realidade. Quando se ouve profetas que de títulos só têm os de jornais e se vê o que é futebol a sério e não cm equipas B, a música é outra. Celestial de tal modo que a Sky italiana, ao intervalo, passava não o hino da Champions mas uma ária a acompanhar a pub da Gazprom, como a dar também luz e gás ao Barça.
 
Por mim, que vou pouco em periodismo parolos e seguidores de seitas diabólicas sem nada para mostrar a não ser basófia, não só não vi tudo em futebol, do tanto que já levo, como estou aqui para ver mais.
 
Até do Porto em Málaga. Mas, entretanto, isto
 

12 março 2013

Catedral da Cristandade!


Benquerença «Papabile»

Só hoje de manhã vi as incidências e o resumo do Setúbal-Guimarães, de que nem o resultado sabia (2-3). Continuam as epifanias neste tempo de mistério da sede vacante rumo à Quaresma. Mais uma vez, o futuro adversário do benfas vai ter menos um jogador ao serviço, por sinal o g.r. Douglas tem sido dos melhores vimaranenses. Primeiro, tenho dúvidas que Makukula tenha sido derrubado, antes pareceu-me que fez-se ao penálti. Dou de barato, até pode ter sido falta. Mas o avançado sadino desviou-se da zona frontal da baliza, evitando o g.r. e deixando de ficar enquadrado com a baliza: não era de expulsão, salvo quando coisas esquisitas acontecem e se repetem ad nauseum. Mas foi, o Setúbal por acaso falhou o penálti e o resto interessa pouco. Penso que, com benquerença de todas as almas cristãs, o leiriense está na lista dos "papabili" com que agora, como num concurso de misses ou na eleição do mais melhor grande do planeta e arredores, a Imprensa se entretém a mandar bitaites.

Como diria o catedrático da treta, para os saloios graduados da pasquinagem, isto é de ciência exacta.

Vendilhões do templo


11 março 2013

Não são só os portistas que «esperam» o jogo de Málaga

Por lá "calientan" a visita do Porto. Ainda eu não tinha visto esta página do Diário Sur, de Málaga, que traz precisamente a expressão que utilizei:
 
Em Espanha, até os 3,9 milhões de acesso aos quartos da Champions são importantes mesmo para o Barcelona que os tem "porsupuestados"...

Como o realismo espanhol ajuda a ver as coisas na perspectiva correcta.

Até já lembram a eliminatória em que o Corunha virou o 1-4 com o Milan (e depois jogou a semifinal com o Porto em 2004). E isto é de um jornal de Madrid.
 
Ai calientan, calientan...

Patrão de Imprensa

"Hoje, 50% do custo de ter o Público são remunerações dos jornalistas, mas 100% da decisão do Público é dos jornalistas. No projecto inicial que me foi ´vendido`, a Sonae aceitou um modelo, em que se deu importância excessiva ao jornalista. O jornalista que é o dono da peça acha que tem o direito de dizer as asneiras que quer. " . Belmiro de Azevedo, em entrevista ao jornal de que é proprietário.
 
É tão raro ouvir falar um patrão da Imprensa sobre o negócio dos média que vale a pena esta nota. E o registo de "prejuízos de dois/três milhões por ano". Belmiro, em suma, é um mãos largas com essa de manter um alegado "jornal de referência" que o foi sem nunca ter desenvolvido o potencial de Desporto, por exemplo, enquanto "enchouriçava" coisas da Política Internacional que hoje desembocam nos broches a tipos como Chávez, além de pérolas do anedotário nacional-parolo a acompanhar o socialismo caviar tido como muito Seguro em soundbytes.
 
Era giro, mas impossível, ouvir Oliveira sobre o investimento no DN a peso de ouro e a queda para 15 mil diários de vendas ou a regressão estapafúrdia do JN, enquanto a TSF continua gerida por outro tipo de esquerda e ex-assessor de Seguro e O Jogo já não conta para o Totobola por os interesses de Oliveira não precisarem mais de um pára-raios desportivo como há 15 anos e só para defesa do irmão António envolvido em muitas trapalhadas.
 
Balsemão, em vias de bancarrota também, já só embeleza com o seu aspecto cadavérico as galas das suas tv's, a SIC que se afunda e a SICN dos comentadores do regime, político e desportivo, e na deriva esquerdista que a tornaram insuportável, sem que também o patrão dê conta do erro, veja-se o afunilamento em modo de lacinho do Espesso cada vez mais aberrante, sujeito aos "Baptsta da Silva" e em disputa pelo título de jornal jacobino com o Público.
 
A Bola está na fase da "Operação Coração" ao jeito do Benfica de Damásio: apelar à clubite aguda e vender kits em Angola e Moçambique. Palpita que os respectivos campeonatos um dia serão exclusivo do canal do jornal, em honra de Hilário e Eusébio, para repartir as palmas pelas cores.
 
O Correio da Manhã vai avançar também com uma TV. Tomado em conta que, em 10 anos de um director cabotino, passou de 92 mil (2003) para 52 mil (2012) de vendas diárias, o Record está bem metido no fundo de um grupo cuja âncora é o CM, sendo que o cabotino director do desportivo fala do "maior EBITDA de sempre" certamente pelo grupo e não pelo desastre editorial que é o seu e de uma longa série de fracassos profissionais.

E Belmiro nem falou sequer da perda de credibilidade dos média, definitivamente em falta de um verdadeiro patrão da Imprensa que perceba disto como nem o Balsemão percebe.

10 março 2013

Vítor Baía no Barcelona

Há dias completaram-se 15 anos de uma remontada histórica do Barcelona, ainda que tenha sido uma noite de pesadelo de Vítor Baía, objectivamente mal batido em dois dos três golos com que o Atlético de Madrid ganhava em Camp Nou ao intervalo, na Taça do Rei. Quase no fim, outro jogador que jogaria no FC Porto, Pizzi, marcou o 5-4 que deu a qualificação ao Barcelona e lhe permitiu seguir para revalidar o título "de Copa".

Baía chorou e perderia a titularidade na baliza para Ruud Hesp, protegido de van Gaal. Na época anterior o Barça, com Robson ao comando, ganharia tudo, menos o campeonato perdido para o Madrid de Capello que não disputara as provas europeias e descansava todas as semanas. O troféu europeu do Barça foi só a Taça das Taças (1-0 ao PSG), com Baía, Figo e Fernando Couto titulares.
 
Isto para dizer que, passado tanto tempo e ainda que evocado na data pelo Mundo Deportivo, Baía ainda é considerado um guarda-redes lendário do Barcelona. Numa altura em que Valdés anuncia que não renovará, o Barça tem à venda o antigo equipamento do ex-g.r. do FC Porto, da época de todos os títulos menos um, a 1ª de VB em Cap Nou depois da transferências mais cara de sempre para um guarda-redes no futebol mundial, avaliada em 1 milhão de contos.
 
Há coisas que não sucedem por acaso.
 
Messi, entretanto, num mau momento do Barça, acaba de bater mais um recorde mundial. E foi maravilhoso ver a finalização num 1x2 com Tello no 2-0 ao Deportivo Corunha, depois de saltar do banco nos 30' finais, um golo tão simples quanto belo no Messi que vai em 17 jornadas consecutivas a marcar.

08 março 2013

Tranquilos...

... na vitória do Porto, cedo "resolvida" (Maicon 4', Jackson 14'gp), sobre o Estoril sempre a estrebuchar, nunca se rendendo e com boa atitude no jogo. Boa e rápida resposta do bicampeão, desmobiliando qualquer veleidade de o adversário não sair do autocarro, a vincar o estatuto, com Atsu por Varela, James a titular por Izmaylov e Maicon e Defour mantendo-se por Mangala e Moutinho (lesionados). Vamos a Málaga com conforto, até porque a última hora de jogo foi para pastar a bola e esquecer a baliza e o jogo da noite. Embora a mim pareça que se cansam mais andando a correr com o adversário que tem de fazer por isso.

... ou nem por isso

O Benfica também teve com antecedência a sua dose tranquilizante, não fosse o cansaço cada vez mais evidente, só amparado por uma sorte reincidente, fazer tropeçar a recepção ao Gil Vicente. O presidente da Liga parece que não gostou do Roubarte Gomes indicado para a Luz... Se calhar era suposto ir a Guimarães... Ou o árbitro amigo do seu clube era Hugo Almeida que perdou em 5' a expulsão com dois amarelos a Carlitos por duas faltas a Alex Sandro, uma delas nem sequer assinalada.
 

A norte de Londres

Enquanto o Público, definitivamente afundado na porcaria, nos diz que "Blackburn, Wrexham e Chester, a noroeste de Londres", ficando as duas últimas, ambas a sul de Liverpool, a mais de 300 kms da capital inglesa e a primeira, bem a norte de Manchester, a quase 500kms, a norte de Londres o Tottenham arrasava o Inter (3-0) acicatado por Bale que também marca de cabeça.
 
Nunca vi uma equipa italiana defender tão mal e, a respeito de comentadeirice parola e patrioteiros serôdios, nem os ingleses Lee Dixon, ex-Arsenal, e Gareth Southgate, ex-Villa, na ITV, diziam-se horrorizados pela forma como o Inter defendia. Nem sequer cantaram hossanas pelos spurs, enfatizando sempre o estranhamente mau jogo italiano. E Defoe foi muito egoista várias vezes, ou teria sido a maior goleada de um Inter absurdamente passivo.
 
Tão passivo o Inter que adormeceu o Tottenham que se lembrou de recrear-se com a bola, feito o 3-0 antes da hora de jogo. E Palácio teve o 3-1 nos pés, mas foi o pé esquerdo de Friedel que evitou resultado bem mais complicado para S. Siro, daqui a uma semana e onde Bale, por suspensão, vai faltar, fazendo-se à falta na área para ser advertido com amarelo.
 
O futebol, como o jornalismo, às vezes parece uma coisa estranha. Embora o futebol seja de vez em quando, o periodismo ignaro está cada vez mais presente, inútil e imbecil. Embora queira dar um ar - ontem equipou-se toda de vermelho publicitário e não panfletário como é costume - da sua graça...

05 março 2013

Mourinho não tem vergonha!

Dois anos depois de vociferar contra uma inatacável expulsão de Pepe, de sola em riste contra Dani Alves, num Madrid-Barça da Liga dos Campeões, quando Mourinho disse que "o Barcelona devia ter vergonha de passar esta eliminatória", na famosa conferência de Imprensa do "Por qué?; por qué?, por qué?", dirigindo-se ao árbitro alemão Stark como se a falta intencional não tivesse existido, Mourinho acaba de passar uma eliminatória em Old Trafford com uma inacreditável expulsão de Nani, a atingir involuntariamente Arbeloa sem se aperceber de o defesa espanhol surgia a disputar um lance aéreo,  em que não vai vociferar contra o árbitro nem perguntar "why?; why?; why?".
Uma expulsão que marcou o fim do domínio dos ingleses numa partida em que marcaram com um lance infeliz de Sérgio Ramos na própria baliza mas no seguimento de uma jogada em que o golo esteve perto em duas insistências inglesas e quando já podiam ter feito três golos na 1ª parte.
É claro que Mourinho evoca o caso, mas a discussão sobre a entrada de Pepe só existe por os de Madrid dizerem que foi simulação de Dani Alves. O problema foi o muito que depois disse Mourinho. As situações nem são comparáveis, nem as entradas - a de Pepe foi de frente e de pé em riste, a de Nani foi sem ver o adversário que lhe vinha pelas costas - nem as incidências da eliminatória. Este jogo o United perdeu-o e com ele a eliminatória, quando dominava até a partida. Com o Barça, há dois anos, era apenas a 1ª mão que ficou 0-2 e havia ainda a "vuelta" em Camp Nou, onde foi mal anulado um golo aos madrilenos com 0-0 num jogo que ficou 1-1. E o Barça foi superior nos dois jogos, ainda no tempo em que Mourinho punha a sua equipa a defender com todos em casa, tal como o United, que tamém falhou quatro golos claros no Bernabéu, foi melhor equipa. Mas a justiça dos resultados é uma coisa e as influências extraordinárias dos árbitros é outra, como se sabe capaz de desencantar mil cabalas e as mais desvairadas teorias da conspiração como é típico.
 
Perdi o interesse no jogo depois da idiota, e mais insensata decisão do que a entrada involuntária de Nani, opção do turco Çakir que tão certo não voltará ao galarim dos jogos do mais alto gabarito europeu. Aliás, a demora de Çakar em expulsar Nani fez-me muito lembrar o João "Pode vir o João" Ferreira a temporizar e matutar que decisão favorável a uma equipa, e não em consonância com as Leis do Jogo e o bom senso de administrá-las, pode tomar. Foi drástica e absolutamente injustificada a decisão de expulsar Nani, com a ironia de acontecer por acaso e por sinal a um jogador madridista, espécie de Maxi Pereira do Real Madrid e jogador feito cão de fila das ordens do treinador quando manda distribuir cacetada, que é useiro e vezeiro em dar porrada, perseguir jogadores, em especial nos jogos com o Barcelona, e justificar a expulsão que normalmente nunca acontece.
 
São as ironias do futebol tanto quanto as patetices dos pacóvios da TVI, entre a boca de sapo cretinamente bajuladora e o poupinhas songamonga que é do mais básico que há na matéria de lixo televisivo-desportivo cá na paróquia, que passaram sobre o lance como se não tivesse sido determinante além de injusto, além de desapreciar-se o potencial fora-de-jogo de CR7 no 1-2 que as imagens não esclareceram mas em que Ronaldo está sempre adiantado em relação a Rafael e adiantado em relação à linha da bola cruzada por Higuain. De resto, a bacoquice de ser a favor do Madrid porque tem portugueses esbarra contra a presença de Nani no outro lado, para mais com ele mesmo injustiçado. Era como quando o Chelsea abria telejornais se fosse preciso, mas depois ainda lá continuaram Hilário, Paulo Ferreira e ainda se juntou Bosingwa mas já parecia uma equipa desconhecida da comentadeirice tuga e burra. Quando a patrioteirice e a clubite parva entram em campo o futebol perde toda a piada como se não bastasse as falcatruas que os árbitros fazem em campo.
 
Mourinho pode ter ido à linha falar a Alex Ferguson que a expulsão não se justificava, com o inglês compreensivelmente furioso e pressentindo ir perder o controlo absoluto do jogo que até então era totalmente do United a justificar amplo resultado. Mas Mourinho é que passa a ronda com um calamitoso erro de arbitragem, duplo, e no pasa mas nada, a não ser mais alguém lembrar o desabrido comentário de há dois anos após essa eliminatória que deu fastidio a Guardiola.
 
Há dois anos, ainda, Mourinho colérico e idiota clamava contra um favorecimento da UEFA ao Barça por causa de um vice-presidente turco e uma intrincada relação da UNICEF, patrocinadora do Barça, com esse dirigente Senes Erzik.
 
Ora aí está a teoria da cabala do turco no seu melhor.
 
Uma vergonha, claro!

No Portugal onde é difícil, desde a Pax Romana que falava da ingovernabilidade da Lusitânia, ser pior desta paróquia, é claro que qualquer grupo de interesses, da TAP ao Metro e STCP passando pela CP e RTP como tudo o que tresanda a mama do Estado que arruinou o País em que estas clientelas se sustentaram, tem direito a manifestar a sua indignação. Por mais absurda que seja e ninguém tem mais direitos que os outros. É claro que neste país sonso e socialista é uns mais iguais que outros. É por isso que, antes de governabilidade, este paísé irreformável.

Não há nada, de resto, como a manipulação e demagogia que só uma Imprensa livre e independente garante em casa país sendo os países com tal Cidadania cada ez menos. Chávez era dado como de volta à Venezuela, porventura já morto, ou nem uma coisa nem outra, até morrer mesmo, pelo visto em Cuba de onde teria saído dos tratamentos, mas sem que não se armasse a cabala contra o veneno de um inimigo externo. Uma vergonha, claro! E há políticos que se alimentam disto e povos famintos que comem estas porcarias como lorpas.

Efeméride

                                                                       Há 60 anos morreu um dos maiores ditadores da História.
 
 
Descubra as diferenças

04 março 2013

O tal canal pagam os pândegos, como deve ser

Desta forma, não me incomoda nada, porque não tenho de ver tal como não tenho de ver a SportTV, por exemplo. Sempre defendi este tipo de projecto, a pagamento, e não em roda livre como na distribuidora Meo cujos 253 814 assédios ao longo dos últimos anos rejeitem sempre com a mesmíssima explicação: não ser obrigado a ver o que não quero.
A partir daqui, como frisei antes, acho bem que a Benfica TV avance na inovação que entender. A inovação, hoje em dia, que é pagar para transmitir e não receber para ser transmitido. Lá se foi o negócio de 40ME exigidos para comercializar os direitos televisivos dos seus jogos em casa. Uma treta, tal como acredito seja uma treta os números que se falam destes contratos, sempre sujeitos a especulação e até demagogia. De resto, nem me interessa, não me diz respeito e pouco me importa que a subscrição seja metade da da SportTV que eu achava um exagero, porventura mais oneroso que qualquer subscrição semelhante na Europa.

Mas saber que, depois da jinga-joga na PT e as manigâncias só vistas nos tempos sócretinos do regime, o ex-Dragão de Ouro Rui Pedro Soares, hoje dono do Belenenses depois de alinhar com Figo ao lado do ex-Primeiro-Sinistro, está mais uma vez à frente da jogada demonstra um estranho mérito que o seu clube alegadamente do coração não aproveitou para mudar o paradigma do Torto Canal.
 
É bom, apesar de ser negócio só seu e da forma que entende, que um canal concorrente, mesmo que eu não seja sequer potencial aderente nem que seja só para ver à borla ou que lá metessem a Madre Teresa a fechar a emissão, deite abaixo alguns mitos sempre instalados e, aliás, defendidos por quem é pago para tal.
Está claro que o império do Oliveirinha fica comprometido, não só a nível de Imprensa escrita em declínio irreversível e mesmo dramático, enquanto o projecto da SportTV se esvai um bocado. Mas o mercado é assim e claramente o Benfica entrou de forma decisiva no mercado.
Pode parecer um elogio mas é apenas a leitura fria e prática da situação. E neste mesmo sentido, independentemente do que seja o canal do Benfica que eu nunca vi a não ser num café onde uma vez entrei, no Alto MInho, e deparei com uma emissão  estranha e muito mal amanhada, é mesmo um avanço em relação ao que outros clubes poderiam fazer, veja-se o triste caso da descaracterização híbrida do Torto Canal que, no tocante ao FC Porto, deixa muito a desejar, como os mais acérrimos, e acéfalos, defensores já se andam a criticar fortemente com as lamúrias do costume e os apelos pategos a que alguém ponha aquilo a funcionar como seria suposto em relação ao futebol de topo portista.
Estou satisfeito, acima de tudo, por poder continuar tranquilo como assinante da Zon sem ter o risco, que sempre me afligiu, de poder levar com um canal gratuito que não queria ver nem de raspão. A Zon presta-me um serviço que me agrada, passe a publicidade, e foi a única a resistir a esse conteúdo maléfico na origem e acessível a todos, da mesma forma que nunca poderia ter qualquer distribuidor que me impingisse forçosamente um canal indesejado. E os canais da bolha e do lixo da manha lá continuam longe.

03 março 2013

Impressões

Alvalade tornou-se cada vez mais um confronto problemático para o FC Porto, mais do que a Luz já o tinha escrito, por potenciar o confronto do ex-2º grande há 15 anos ultrapassado pelo Dragão e que mostra ressentimento em cada recepção aos portistas. Ao invés, a ida à Luz é uma questão de honra para o FC Porto, de vincar a supremacia no campo do rival. Quando o FC Porto teve de se impor em Alvalade ganhou e na jornada seguinte sagrou-se matematicamente campeão. Foi com Adriaanse, creio, a última vitória lá. Já lá se viu um festival de futebol e ocasiões para golear e... derrota por 2-0, ia já o FC Porto, com Jesualdo, 8 ou 9 pontos à frente dos pupilos de Paulo Bento. Quando o FC Porto precisou de vencer na Luz ou empatar para manter-se na dianteira fê-lo com mais abundância. E quando lá perdeu ou nem valeu para as contas finais (2 derrotas com Adriaanse num título ganho a 2 jornadas do fim, em Penafiel). Ou foi derrotado pelos árbitro: o golo fraudulento com Lucílio Vigarista em 2009-10 ou o golo com bloqueios na taça da treta cortesia de Artur Soares Dias.
 
O empate de sábado em Alvalade acaba por cair na tónica dos jogos lá, com os acossados locais a espevitarem-se ao ponto de ver-se Jesualdo pateticamente a pedir uma expulsão a Otamendi quando Rinaudo fez 3 ou 4 vezes mais faltas.... Ou, pior, noticiar-se que "Godinho agarrou Reinaldo Teles pelo pescoço" (agrediu-o, à primeira, segunda e terceira leituras; ou apaziguou ânimos de gente ressabiada, fica a leitura do crime em pasquins do regime como este, com o ainda presidente a pagar a factura do descontentamento editorial por vendas a pique), que eu não quis apurar o significado concreto e a extensão da questiúncula que o jogo, relativamente calmo e sem casos de arbitragem, não motivaria. A não ser que a excitação se apossasse dos lagartinhos que, passado este hiato, vão voltar a penar para ganhar, pois voltarão a ter de expor-se aos seus erros de jogar no campo adversário e, ante defesas tão cerradas quanto a sua no sábado, bater contra o muro que tem sido a causa de muita ineficiência ofensiva, de resto para rapazinhos tão imberbes como o fraquito holandês que mal pode correr até à área contrária.
 
Enquanto a retranca caseira, à moda Mourinho, dá para chapar com títulos de coragem e por aí ao lado, Jesualdo aspira à Europa sem perceber os alçapões que a chamada ao ataque para ganhar jogos tem à sua frente. Por exemplo, já com a muito defensiva Académica, a seguir. Isto numa altura em que, mesmo perdendo o Rio Ave no 5º lugar, o Marítimo, vencedor em Alvalade, se chegou à frente e o Estoril, há pouco vencedor do Sporting, está a um passo e já tem vantagem directa sobre os leões, que terão de visitar os Barreiros, é de alguém que percebe tanto o seu estado classificativo, num plano idealista, como preconizava que o jogo com o Porto iria fazer crescer a equipa leonina.
 
Uma equipa que "obrigatoriamente" é esperada jogar para ganhar e raros jogos ganhou e, num dado jogo, se posiciona para não perder em casa, usando uma estratégia já gasta mas que vai dando aqui e ali um pontito ou outro, não vejo que lição para o futuro aprendeu. Mas serviu para acalentar os corações despedaçados nalgumas Redacções, fazer Jesualdo sair da casca tão velho e não ficar atrás do leão de gema Oceano nas expulsões para também ficar bem perante o calendário eleitoral em curso, excitar a Tribuna VIP sem motivos alguns para extravasar alegrias, pôr um desconhecido dirigente a clamar, comme d'habitude, contra o árbitro por assuntos de relatório (a expulsão do paupérrimo Rojo, de quem já escrevi há tempos o que vale, é intocável) e, the last but not the least, acicatar o assalto à liderança do Benfica com segunda vitória por penálti milagreiro em três jornadas, fazendo lembrar a ponta final das bolas paradas e a pedido de 2004-2005.
 
É curioso como a jornada termina e foi o Sporting a merecer os destaques, e nem pela razão justa de quase ter ganho sem saber ler nem escrever, conseguindo o mesmo ponto que o Olhanense tendo feito ambas três remates à baliza e Helton.
 
O FC Porto só se pôs a jeito de todas as formas, desconcentrado e lento e previsível ao contrário do pico de génio em Guimarães há exactamente um mês atrás. Nada que não se endireite a tempo.
 
Se as dificuldades costumeiras e históricas, amiúde histéricas dos calimeros em bicos de pés ou apenas com o nariz fora de água para não irem parar ao Tejo ou amnistiados pelo Fisco como teme LVF, voltaram a ser desprezadas pelo FC Porto, o 2 de Março deveria trazer à lembrança a forma destemida e finalmente triunfante da Luz há um ano atrás.
 
Entretanto, o futebol à Barcelona que está a falhar no processo original exactamente pelos mesmos motivos de se enredar na teia alheia e ninguém saber saltar o obstáculo directo para se chegar à área, tem pequena réplica no Dragão em similitude com o colosso catalão que "perdió los papeles" e já cede fácil e até inocentemente com o Real Madrid sobre quem tinha ascendente psicológico.
 
O futebol continua a dar-nos lições, para o bem e o mal, sem apresentar grandes surpresas. Apenas factos que os analistas devem saber interpretar e não ir com a emoção mesmo depois do jogo passado.