27 fevereiro 2015

Ó Torres vê se voltas depressa

Cada vez que vejo Quintero jogar perco a vontade. Este está cá há 3 anos e não aprendeu nada, o puto
campeão espanhol pelo Atl. Madrid - 1 golo ao Bétis em 2 jogos de titular e 5 como suplente utilizado - é mais pequeno, um pouco mais jovem mas muito mais maduro a assumir o jogo, está lesionado e já fez muita falta face ao escondido colombiano que raramente se vê onde devia andar.
Não sei como o FC Porto vai superar esta fase difícil de jogos, com Sporting, Braga e Basileia, mas confirmei o que escrevi depois do descalabro da Madeira: Quintero pode ir abanar o que tem sobre o pescoço a balançar para outro lado. Nem mentalidade tem, por isso aquilo ali em cima dos ombros abana muito e deve ser só pelo vento que estremece um pouco.
E ainda me arrepio quando no início das muitas experiências o Lopetegui punha os dois em simultâneo: um não subia e os dois ficavam em baixo.
Ontem, O Jogo já preparava a mudança.
Onde Quintero nunca aparecia, como destaquei na análise ao derby, Brahimi surgiu e incomodou a zona central defensiva do Boavista pois faltava apoio a Jackson nas costas. E ainda marcou um golo. 

Difícil é o Benfica queixar-se das arbitragens...

26 fevereiro 2015

O que é que eu disse de o Sporting preparar o clássico?

"O apuramento não é uma impossibilidade, mas atendendo à capacidade ofensiva do adversário, à necessidade que teremos em correr mais riscos do que hoje e ao fraco momento de forma de alguns jogadores chave, só mesmo um jogo perfeito do Sporting poderá permitir-nos dar a volta à eliminatória. Não gosto de atirar a toalha ao chão, mas confesso que não me chatearia se decidíssemos poupar alguns jogadores na próxima quinta-feira, de forma a irmos nas melhores condições possíveis ao Dragão".
 
 

Ainda bem que mais ninguém tem nada a ver com isto. Eu, pelo menos, nem sabia.

E ainda há aquelas coisas impagáveis, mas é preconceito de alemão de certeza...

25 fevereiro 2015

Três expulsões dos "B" no Oriental...

eh, eh, eh, vi apenas isso no "livescore", o site do clube nem tuge nem muge, em Lisboa devem rir-se à brava, logo o Oriental que levara domingo 3 do benfas e em que todos se deslumbraram com um meco qualquer que fez 2 golos. Maravilha a forma como isto corre, nem o site da Liga abri para ver o árbitro de turno...

ACT.: ouvi na rádio do carro que o ladrão tem credenciais, é o Tiago Martins novo internacional nomeado interinamente por Lisboa, ninguém o conhecia, mas é uma "aposta" já vista no Dragão a negar um penálti na taça da treta e amarelo a O. Torres por alegada simulação. Isto vai bem ou está boa a massa, como dizia um amigo meu aqui há tempos...

E como é o futebol tuga hoje?

O Jesus leva castigo igual ao treinador do Moreirense: ou têm o mesmo registo criminal ou algum bate em toda a gente, de adversários a polícias, e nunca é reincidente. Deve pensar como o Sócrates quanto a impunidade.
Já o grunho de Alvalade, agora mete-se com roupeiros de clubes como o Gil Vicente. Nem sei como homem tão nobre comerá os rissóis no Dragão, já que não pode ir para o banco talvez meter-se com o motorista do FC Porto. Vai ser lindo os chapeiros da bola fixarem-se na tribuna a ver onde deixam bócelência ver o clássico à vontade sem importunar quem seja e com o coro de meninos de bem que o rodeiam e invectivam os que vão à tribuna do Alvaláxia...

24 fevereiro 2015

Eu disse que o Boavista era uma equipa da Idade da Pedra?

Para reflexão

Já lá vão 24 horas e não foi ainda quebrado o segredo de justiça

Mas o Sócrates continua preso ou não?

A malta anda muito calada ou os advogados que sopram pelas suas conveniências não nos brindaram ainda com mais "breaking news" para agitar os parvinhos das pantalhas tugas?
Custa muito dizer o simples e óbvio ou fazemos disto um segredo de Estado?
De certeza que não querem abrir outra investigação à mafia tuga?

23 fevereiro 2015

Jogar a brincar com -10 e ganhar com os suficientes

Quebrou-se o gelo a 10 minutos do fim, Jackson molhou a sopa com o Boavista que faltava na caderneta, Brahimi sentenciou o que estava decidido, Tello abriu as comportas como raramente se viu e o FC Porto teve os seus quatro avançados (mais Quaresma) em campo para vencer no Bessa uma das mais afamadas retrancas da estúpida bola tuga, com o Petit nom de treinador sem a bravata, em casa, de jogar aberto, "para surpreender", como na Luz.
 
Mas foi um 10 ou mais propriamente a falta dele que pairou mais de uma hora porque o FC Porto tem um bom treinador mas Lopetegui não é Jesualdo ou Vítor Pereira para ensinar jovens com potencial a jogar futebol de competição. Mais um miserável Quintero, que nunca jogou a 10 e só fez um passe para a frente em toda a 1ª parte mas que Jackson, isolado, desperdiçou, demonstra que nunca será mais do que um habilidoso, um jogador apenas e não um futebolista de corpo inteiro. Vou precisar ainda: o FC Porto não jogou sempre só com menos um; na frente sentia-se a falta de mais do que um e, tudo somado, eram uns 10 que faltavam mesmo. De facto, havia extremos (Quaresma e Hernâni, a surpresa que de repente percebeu o que é jogar no FC Porto e levar porrada de criar bicho sem suscitar amarelos aos caceteiros, algo que no V. Guimarães ele percebia perfeitamente) e Jackson sozinho na área, ao melhor pior exemplo da época passada. Com Ruben Neves e Herrera muito lado a lado e Quintero estupidamente a recuar até eles com medo de assumir o jogo que se percebia na renitência em subir e na sua cara de assustado como o Capuchinho Vermelho na floresta dos lobos maus, a 1ª parte foi execrável e tanto como os quatro dianteiros na parte final nunca o quarteto atrasado portista jogou tanto a bola para o lado e para trás.
 
Ah, mas Lopetegui pretendeu desgastar o Boavista incapaz de jogar com mais de dois jogadores do meio-campo para a frente. Era uma equipa do século XIX, diria Mourinho, a do FC Porto, improfícua,  contra outra ainda da Idade da Pedra, com camisolas axadrezadas que os portistas entendem como remendadas - e que é o estádio de desenvolvimento serôdio do futebol tuga neste momento e com correspondência na mediocridade de árbitros, sejam os Ferreiras desta vida ou os internacionais que se sonegam aos jogos do benfas.
 
E se era recorde mundial o FC Porto jogar com -10, pois só a Fabiano não era possível exigir mais, passar 28 minutos, para mais num derby, sem uma falta assinalada deve ser mesmo recorde mundial. Isto porque, já não sendo isso novidade, o chico-esperto de Lisboa com um apito na boca e uma camisola vermelha com risco ao meio nas costas bem até ao seu fundo em que se lhe vê o cu, aos 14 minutos sem faltas também fez por não as marcar quando Hernâni foi derrubado na área. Siga a rusga.
 
Mas não houve festa na 1ª parte: Boavista na sua área, FC Porto a trocar a bola na defesa, grande circulo sem ninguém, nem Quintero, balizas fora de vista e daí quase sem faltas. Incrível, nunca presenciara nada igual.
 
Acabaram por entrar Tello e Brahimi para acabarem o trabalho de sapa, e de sofrer nos calcanhares, de Quaresma e Hernâni. Jackson marcou, Brahimi ampliou e tudo parece bem neste futebol de merda onde um empate portista faria escrever-se muita coisa mas descurar o essencial. Siga a rusga.
 
E já nem se fala dos roubos escandalosos a favor do benfas, como mais uma vez se viu no sábado, sendo cada vez mais notável o FC Porto ganhar um jogo sem casos, olvidando que mais um penálti sonegado também pouco alarido fará agora. Siga a arusga.
 
Ganhou a um Boavista vergonhoso e não fica para a história desta maneira. De nenhuma maneira.
 
Ganhou mudando 6 peças na engrenagem face ao jogo de Basileia, mas isso foi só a respeitar as leis da estupidez humana e pôr o FC Porto a jogar ao pior estilo do Boavista, à Boavista, sem dispensar-se das asneiras repetidas e sempre mal sucedidas de diagonais da bola interceptadas por defesas de frente para a mesma e plantados lá atrás a pé fixo mas algo solto para bater no que mexia.
 
Ganhou enganando o adversário? Ludibriando toda a gente. Mas sem benefícios de arbitragem.
 
Nos dias que correm é um recorde. Dos bons.
 
Quanto a Hernâni, bem-vindo ao clube, já sabe o que a casa sofre. Parece que temos uma alternativa a... Tello. Ou o inverso. Mas um jogo destes não dá para manter coerência e disciplinar o espírito. É tudo muito Petit. Sem nível para além de cuspir e babar-se. Um nojo.

22 fevereiro 2015

Fabiano, lento ou precipitado

Considero-o um excelente guarda-redes, ainda não um grande guarda-redes que é, para mim, um patamar superior e indiscutível. Não se põe em causa no FC Porto actual, mas Fabiano já devia ter moldado certas deficiências no seu jogo, porque afecta o jogo da equipa do qual o g.r. faz parte de forma inelutável no futebol moderno. Mas apostava nele e achei uma óptima contratação, de futuro, como se tem provado.
 
Achei que o golo do Basileia foi mais culpa de Fabiano do que de Alex Sandro, a primeira tentação de muitos mas não de António Sousa na coluna sobre o jogo em O Jogo. Só de Fabiano, numa saída extemporânea quando o adversário estava apertado e já com pouco conforto para rematar bem e acabou a fazê-lo algo à sorte para o que contribuiu a saída indevida de Fabiano.
 
Ou seja, volta e meia o g.r. tem saídas que já devia ter aprendido a moderar: no Estoril fez gp desnecessária, se nos lembrarmos de uma marcante.
 
O jogo de pés continua a não ser famoso e dificilmente melhorará porque ele não tem com a bola o conforto que sentia Helton - e eu dizia que Helton jogava melhor com os pés do que vários jogadores na época passada.
 
Mas é preocupante ver a indecisão de Fabiano a lançar o jogo com as mãos, demorando a repor a bola e atrasando a saída da equipa que tendencialmente é ofensiva e parte para o ataque rápido mesmo que assediada circunstancialmente na sua área. Em Basileia até numa ou outra ocasião pôs a bola num colega com as mãos de forma mais expedita do que o normal de ver no campeonato, mas esta pecha retira fluidez e celeridade da saída da equipa de situação defensiva para contra-ataque desde a área com os jogadores rápidos que tem na frente e nas alas em particular. Como também coloca mal a bola com os pés à distância, para não falar do jogo curto, as coisas não saem.
 
É dos poucos detalhes que ainda falta limar numa equipa sempre a crescer e que joga um futebol de convicção por saber o que fazer, como e quando. É aqui, até pelo modelo "à Barcelona", que o jogo do g.r. tem de contribuir até decisivamente.

21 fevereiro 2015

Danilo denuncia os penáltis

Tremo ao ver Danilo avançar para marcar um penálti. Não, exagero, fico apenas desconfiado. Vá lá, receoso. E se teve êxito, batendo a bola contra a rede lateral da baliza sinal de que ela foi a fugir do g.r. e, portanto, bem batida, vir dizer que "tem trabalhado muito" não me tranquiliza.
 
Porque ele bate sempre da mesma maneira, à padeiro, parte interior do pé direito, normalmente para dentro, isto é na direcção natural do movimento da perna direita e apontando para onde a parte de dentro do pé indica: a direita do g.r.. Temi que falhasse. Porquê?
 
Porque denuncia para onde vai chutar, a posição corporal e a tendência para olhar ao chutar e ele olhou, claramente, para aquele lado da baliza. Repete isso e vai voltar a falhar.
 
O jogador tem de decidir mentalmente antes para onde vai chutar. Tem a conceptualização da baliza na mente. Não precisa olhar a partir do momento em que arranca para o remate. Danilo olhou e muito.
 
Era de ter sempre Evandro de prevenção e entrar para marcar. Esse marca sempre bem, raramente falhará, mentalmente sabe o que vai fazer e não se denuncia, além de escolher vários lados da baliza. Já o provou. Danilo vai reprovar.

20 fevereiro 2015

Do Celtic-Inter e a casa a vir abaixo

Calhou ver num café o Celtic-Inter de ontem à noite. Jogo trepidante do início ao fim (3-3), podia ter acabado 6-6. Uma das eliminatórias à moda antiga, dos tempos em que o Celtic ganhava ao Inter no Jamor a Taça dos Campeões (2-1 em 1967) e perdia em Milão outra final em 1970 (1-2 com Feyenoord).
Para minha surpresa, não só era proibido fumar no café, algo que apesar da proibição em vigor não vejo respeitado em lado algum, como apanhei 3 homens e uma mulher em acesa discussão, creio que eram os restantes clientes à hora da 2ª parte.
Para cá, para lá, um par de homens mais empenhados na discussão, o casal (mesmo casado) distante entre si e pouco interventivo com os outros dois engalfinhados no meio, ali à minha frente. Desconfiei do teor da conversa, algo críptico, mas foi demorada e deu para perceber que falavam da Casa do Putedo.
 
Nunca assisti a um episódio daquela treta, mas pela primeira vez apanhei alguém a discutir sobre moral humana e acesa disputa sobre quem tinha razão sobre algum concorrente, "mesmo sendo todos lixo", e amiúde engalfinhados a discutirem que cada um "tem a sua opinião". Bolas fora.

19 fevereiro 2015

Sporting já está a treinar para o Porto

Fechadinhos ao ataque era esta a táctica (o)usada para o Sporting discutir o jogo em Wolfsburgo, junto dos "bávaros" como ouvi duas vezes, casualmente, na rádio nos últimos dias. Ou seja, à Estoril. Mas equipa curta atrás, de espaços fechados entrelinhas, ou raramente ataca ou se não mantiver a disciplina no resto do tempo pode chegar ao intervalo com 0-0 mas tem tendência a distrair-se. Sofreu 2 golos, um logo a recomeçar a partida, e podia ter sofrido mais 3 ou 4, sem exagero, embora João Mário tenha falhado um cabeceamento fácil perto do fim que podia dar esperança.
 
A eliminatória está decidida, o Sporting não bate os alemães por 3 golos em Alvalade, nem por 2-0 para ir a gp. Como o jogo de hoje mostrou, e a eliminatória já sentenciada antevê, a 2ª mão será para poupar jogadores, não para arriscar a bravata, isso é só com o presidente que, entretanto, preferiu ficar a mudar as fraldas. Talvez depois atire o bebé pela janela com a água do banho, mas até lá o Sporting prosseguirá a preparação para o jogo no Dragão, 3 dias após a 2ª mão, isto é, dia 26 em casa e dia 1 de Março no Dragão.
 
Não só tem de jogar fechadinho ao ataque no regresso ao local onde foi feliz sem saber bem como, como aspirar ao 2º lugar, não permitir que o 4º se aproxime e além de confirmar a vitória da Taça poder ganhar um jogo de campeonato importante com os rivais maiores.
 
Mas provavelmente o mais certo é já haver comunicado, preferencialmente na SIC idiota, a lamentar mais um penálti casual na Alemanha. Sempre tem de haver folclore e o benfas já decidiu deixar os verdinhos a miar sozinhos...

RI...CORD - lembro-me de uma rubrica com cartoon, em tempos em que o jornal se tornou uma referência no panorama dos diários desportivos com vendas acima dos 100 mil exemplares e que hoje pouco passam dos 40 mil. Já esta manhã, vi a capa do pasquim que detinha um estatuto e agora definha, só faz rir de patético, reagindo - lá vem o "roubo" na capa... - como o cão de Pavlov: uma mão na área a favor do Sporting é penálti com destaque não dado ao de Maurício no Sporting-Porto e de J. Silva no Porto-Sporting. Vai vender mais 500 exemplares aos calimeros a moda do "roubado na Alemanha" e dá para rir com a saliva solta dos animais quando estimulados por um evento como dar comida ou mesmo pérolas a porcos. Fica para o anedotário a caminho da catacumba mas não digno de a publicar aqui.
O Rascord também treina isto intensamente. Regionalmente. Saloio.

Clattenburg da Pasteleira e derby pior que o soneto

Mais uma arbitragem nefasta para o FC Porto não logrou impor uma derrota que seria tremendamente imerecida mas mais uma vez possível consequência de deslize defensivo (não isento Fabiano, com saída extemporânea quando Alex Sandro apertava Derli Gonzalez) e novas falhas na finalização. Entretanto, um penálti por marcar (Jackson na 1ª parte), um golo polémico mas bem anulado, ainda que demoradamente enrolado por incompetência dos árbitros, um penálti nítido que não deu 2º amarelo a Samuel num jogo de quase sentido único em que, além do período pós-golo em lapso de cobertura zonal, o FC Porto só jogou pior depois de... empatar.
 
Tivemos um árbitro inglês que pode juntar-se ao rol dos da AF Porto de tão má memória, contemporizando com faltas sucessivas e algumas bem duras dos suíços numa antevisão do que será outro jogo com o V. Guimarães no derby do Bessa 2ª feira, Hugo Miguel permitindo, mais um árbitro internacional para o jogo do FC Porto enquanto o Benfica leva o bracarense Jorge Ferreira até M. Cónegos, o do vermelho a Maicon no derby do Dragão...
 
Tem sido esta a cantilena impressionante de más arbitragens, mas já em Inglaterra o Clattenburg é algo mal visto, muito parvinho mesmo. Mas o FC Porto, apesar dos derrubes constantes e uma defesa helvética baixa e jogo longo aos móveis homens da frente, teve ocasiões para ganhar. Não ganhou e não vale a pena comentar mais: a superioridade táctica e técnica, além de individual matizada pela mobilidade e agressividade acima do normal dos atacantes do Basileia, tem de ser confirmada com uma vitória no Dragão, embora o 0-0 sirva e o 1-1 não estrague tudo, mas é proibitivo sofrer um golo e não dar espaços para os suíços se movimentarem entrelinhas como ontem.

Um jogo que fez lembrar muito, precisamente, a final de 1984, uma equipa do FC Porto jovem, empreendedora, sem medo de assumir o jogo contra opositor matreiro, bloco baixo e movimento à frente a explorar falhas de posicionamento que então renderam golos a Vignola e Boniek, este sentenciando numa saída disparatada de Zé Beto depois de Sousa ter empatado. Também na 2ª parte houve um FC Porto avassalador e um g.r. contrário a defender tudo. Desta vez deu empate e há promessa de seguir em frente. Mas a 10 de Março, aniversário do golo de Costinha em Old Trafrord, o Basileia já deve ter pilhas mais carregadas, ontem não aguentou a intensidade portista nem a cavalgada e a convicção do 2º tempo de conquistador.

18 fevereiro 2015

Um exclusivo sem denúncia na capa

Vi agora, por acaso, em O Jogo Pinto da Costa acusar o árbitro portuense Vasco Santos, 4º árbitro do jogo com o V. Guimarães da última jornada, de ser o responsável por Cafú não ter visto o vermelho pela entrada "de sola" sobre Casemiro, o que todo o banco portista contestou. A acusação é forte e é grave. Obviamente, como a capa não traz uma alusão mínima que fosse não tem interesse reproduzi-la.
 
Sobre o árbitro em causa, há anos que assinalo a sua mediocridade, creio que comecei a vê-lo num Porto-Leixões do tempo do Jesualdo. Nunca mais lhe vi nada de jeito, pelo contrário sempre o achei uma desgraça. Entretanto, no rol, alinhei todos os árbitros da AF Porto como os piores em geral, enquanto colectivo e comparativamente com outas associações de árbitros.
 
O que é forte é o dedo acusatório que não sei que implicações terá, se o FC Porto fez queixa a quem de direito, se o presidente poderá ser castigado. Mas é este tipo de denúncias que tem faltado no Dragão.
 
O que é grave não é a acção do árbitro, mesmo fora das quatro linhas e mesmo que lhe compita ajudar o chefe de equipa de alguma maneira: amiúde " desajudam". Nem é a reiterada posição dos árbitros da AF Porto em contemporizarem com o Benfica - de que Vasco Santos é precisamente um bom exemplo, ainda que repugnante - e por norma tomarem o FC Porto como vítima preferencial.
 
Não percebo como o Jogo tem um exclusivo, anunciado de forma visível na capa, e dedica-o quase em exclusivo à banalidade histórica do evento circunstancial em Basileia, onde em 1984 o FC Porto disputou a sua primeira final europeia.
 
A acusação do presidente deveria ter uma chamada na capa. E das grandes, mesmo que não merecesse o título principal. Que jogo faz O Jogo nunca se percebeu. Nem O Jogo propriamente.
 
Gostava de dossiers de arbitragem deslindados pela intelligentsia das Antas que muito deve saber dos meandros da arbitragem, em particular o "ao deus dará" na AF Porto.
 
Por mim é só a chamada "oficial" para o que eu, de longe, pressentia. Mas é forte e é grave, porque dito assim tem o peso institucional que merece - e o jornal desbaratou, incompreensivelmente.
 
Um rival lisboeta teria feito delícias. Depois queixem-se...

17 fevereiro 2015

Champions I: Bayern igual a FC Porto e Mourinho igiual a ele mesmo

Volta a Champions sem razões para animar o Portugalório com o clube do regime de fora. Dois empates no primeiro dia dos 1/8 final. Que conclusões?
Só agora soube o resultado do Bayern: 0-0 na Ucrânia com o Shakhtar quer dizer que uma das mais fortes equipas da Europa, sem deixar de sê-lo, não conseguiu mais do que o FC Porto frente aos "mineiros" deslocados para Lviv. O FC Porto fez dois empates (2-2 e 1-1) com o Shakhtar e em ambos teve de recuperar dos golos (0-2 e 0-1) do adversário. Contudo, não foi muito valorizado o 1º lugar do grupo por parte dos Dragões, a quem era fatalmente atribuído o favoritismo e, daí, não ser surpresa. Mas o Shakhtar está na pausa de Inverno, o Bayern também mas já recomeçou a Bundesliga e o Bayern é sempre o Bayern, até a brincar...
 
Vi o PSG-Chelsea, que mais me interessava mas também o que fui obrigado a ver num café ocasional. Mourinho na retranca, igual a ele mesmo, assassino do futebol, reduzindo à vulgaridade, tal como na Liga inglesa, uma equipa cheia de grandes jogadores que raramente ganham um jogo verdadeiramente de titãs (já o disse na fortuita vitória com o Liverpool na Taça da Liga inglesa). PSG mais forte e infeliz na finalização devia ter vencido mas também teve um árbitro disciplinarmente sempre a favor dos londrinos: Çakir, que uma vez ajudou o Madrid de Mourinho a escapar vivo de Old Trafford ao expulsar abruptamente Nani, deve ser um santinho devoto de Mourinho ou é incompreensível o seu critério na partida de Paris.
 
Tal como na Liga inglesa, também desta vez o Chelsea não segurou o 1-0 da praxe com que se coloca, num raro remate à baliza, à frente do marcador e nem a porfiada toada defensiva impede sofrer um golito e desfazer a vitoriazinha que Mourinho sempre procura - assassinando o futebol e menorizando a sua equipa.
 
Tem sido assim e por esse lado os tugas também não têm muito que se alegrar.
 
Do FC Porto amanhã, em Basileia, não sei, estive ocupado, fora, apenas ouvi à noite na rádio que estava frio na Suíça. Há 30 ou 40 anos que as antevisões dos jogos na rádio falam sempre do frio e das condições atmosféricas, como se, há mais de 20 anos com jogos quase sempre à noite e amiúde com frio, o FC Porto, e outras equipas por todo o lado, não joguem nestas condições, especialmente na Europa. Há tempos que nunca mudam, a Rádio comemorou o seu Dia Mundial por estes dias mas realmente continua muito igual a si mesma, pelo menos em Portugal. Não sei se há muito com que se alegrar cá pela parvónia.

Finalmente uma coisa que pode alegrar o Povo: só de madrugada li isto no site da UEFA, o FC Porto segue na Youth Cup à custa do Real Madrid. E esta, hein?!

Charlies e Charlots em Lisboa

Depois dos despiques presidenciais, a saudação de marca cervejeira a Rui Patrício deve certamente levar a mais do que um motim de cachecóis junto à estátua de Eusébio, se não lhe cortarem a cabeça, como retaliação e mau perder.
 
Agora, se algum sportinguista trouxer da Alemanha, da visita ao Wolfsburgo, um VW TIR carregado de SuperBock em Leça do Bailio para barricar a saída das mercadorias da Sagres não chegarão repórteres de televisão para cobrir o horror do terrorismo com que Lisboa continua a brindar o País.
 
Dizem que querem campeonatos mais reduzidos - lembro sempre esta!... - para as equipas jogarem até 4 vezes entre si. Livra!
 
Certo é que de tantas bazucas a largar, com aquela gente toda Charlie para a fotografia e Charlot o resto do tempo vago, pelo menos não se poderia culpar o Costa pelos buracos na capital e as ruínas por todo o lado. Bem, se esquecerem o perdão ao clube do coração e o Benfica não se mostrar esta semana em que a Europa volta a jogar a sério - como uma vez se mostrou antes de um FC Porto-D. Chaves na final da Taça em Oeiras com um comunicado clamando para haver desportivismo no Jamor.
 
Como esta gente não se enxerga, devem ter falado bué nas pantalhas da parvónia com as coisas lindas da bola tuga sempre edificante e com os baluartes do "desportivo" e do "recreativo" a mostrarem de que raça são para a nação se orgulhar.

15 fevereiro 2015

Cardabal... caralhal... cardinal... carvanal... carnaval...

Como o Tiririca, pior do que está não fica e é de rir às lágrimas o despique entre o presidente do "desportivo" e o do "recreativo".
 
 
Mais verde ou menos vermelho na bandeira? Bah, isto é Portugal, dizem um e outro, ambos os dois.

14 fevereiro 2015

Lopetegui, aqui não sabem o que é "proteger o jogo": "falo mesmo tendo ganho"

Raramente sigo e já nem no dia seguinte leio as conferências de Imprensa pós-jogos, e muito menos antes porque desprovidas de "mind games" inteligentes tão necessários nos dias que correm mas para os quais é precisa preparação especial e, especialmente, um departamento de comunicação eficaz e eficiente (são coisas diferentes). Quando muito apanho uns flashes na rádio ou na tv, esta normalmente no dia seguinte porque também fujo dos estafados especialistas de ocasião sempre escolhidos a dedo mas nunca com senso e menos ainda conhecimento acima das tricas clubísticas e da chafurdice comunicacional do estupidamente chamado "espectáculo da informação".
 
Ou seja, já hoje, por acaso, via tv, percebi o que quis Lopetegui dizer com o que ontem chamava "patadas" e falta de acção disciplinar correspondente.
 
Como o FC Porto é permanentemente vilipendiado pelos árbitros em campo mas não reage, o espanhol já se deixou de ser bom rapaz e discursou forte e feio, depois de jogos em que pedia, candidamente, numa fé inocente e pueril em terra de diabos à solta, apenas bom senso aos árbitros e que, ternurento e compreensivo, achava serem capazes de ao menos distribuir os seus erros e males pelas aldeias das várias equipas. Lopetegui diz que os árbitros, sim, os árbitros têm de "proteger o jogo", atacar a violência e não fazer com que o crime compense, o de sucessivamente ser permitido jogo violento, ou no mínimo persistentemente faltoso, como foi o caso dos selváticos de Guimarães saídos à contenda na 2ª parte. Na 2ª parte? Sim, porque embora na 1ª parte se tenham remetido a defender o pontito, enquanto não sofreram o golo da praxe habitual em que só porfia na defesa da sua área, certo é que já havia faltas que o árbitro não marcava: vide um encosto de João Afonso a Jackson que no ar tentava controlar uma bola com o peito, em cima da área. Ora, esse tipo de jogadas passou a ser castigado pelo árbitro, o inenarrável Nuno Almeida, especialmente quando Maicon saltava da mesma forma com Bernard, por exemplo, um jovem fogoso com tanta queda para o teatro como para fazer faltas repetidamente sem ver cartão - e ainda se queixam os pequenos de que são desfavorecidos em relação aos grandes, como demonstrou o infame jogo de Guimarães com o Paulo Vigarista y sus muchachos de metralhadora em punho contra o FC Porto.
 
De resto, a impunidade de "não proteger o jogo" começa nos críticos e espalha-se aos jornaleiros de serviço sem noção da sua incapacidade de traduzir o que se passa realmente no futebol, dentro e fora do campo, uma incapacidade tolhida pelo politicamente correcto que, por sua vez, responde aos anseios negociais dos patrões de Imprensa e fica escarrapachada nas capas dos pasquins, mesmo que a politiquice barata saia caro à sobrevivência futura ameaçada com a rejeição incondicional dos adeptos leitores.
 
Lopetegui não pede que sejam amigos dos seus jogadores, mas pelo menos que as faltas assinaladas tenham correspondência nos cartões. Os jogadores podem sempre fazer faltas, os árbitros marcá-las e tudo está nos parâmetros do jogo, mas há limites e há regras claras e Leis do Jogo que não podem ser escamoteadas e em Portugal, com o silêncio atroz de quase todos, é um fartar vilanagem.
 
Eu já cansei de dizer isto, de enumerar casos e apontar os bodes expiatórios.
 
Podia pedir aos jornaleiros de serviço que vejam que tipo de árbitros são nomeados para os jogos do FC Porto e os do Benfica, contando apenas as insígnias da FIFA.
 
Ou, nos jogos propriamente ditos, quantas vezes é um jogador do FC Porto o primeiro em campo a ser assinalado com amarelo (ontem foi Alex Sandro); no Benfica, ao invés, tantas vezes devia surgir um segundo amarelo mas nunca sucede uma expulsão e quando tal raro acontece devia ser capa de jornal. Ooooops, não pode ser. Isso seria "proteger o jogo".
 
Como proteger o jogo?
 
Por exemplo, os 3 desportivos meterem na capa o castigo a Lisandro Lopez por simulação de uma gp "ganha à simpatia" do árbitro. Quando, na mesma época, meses depois, Aimar teve o mesmo tratamento disciplinar em "sumaríssimo, o tema desapareceu das capas.
 
Não dou mais para o peditório e não tenho pejo em castigar os árbitros severamente, porque são o cancro do futebol e as metástases estão espalhadas: os auxiliares, ontem, no Dragão, voltaram a errar em praticamente todos os lances de jogador em linha, tendendo para marcar fora-de-jogo quando nunca existiram (numa delas também a penalizar o V. Guimarães), quando a regra manda, impõe mesmo, que se deixe seguir a jogada (de novo lembrar o golo do Rio Ave anulado de forma discricionária na Luz).
 
Em vão. Os árbitros são os maiores causadores da violência no futebol. Quando não têm que atacar o mais pequeno agarrão se o ofendido for um benfiquista, lembre-se o de Tony a Jonas em Penafiel. É surreal mas é em Portugal.
 
Ninguém defende o jogo e já é realmente pré-histórico o histérico protesto "defendam os talentos" ou "deixem jogar o Mantorras". Não há pachorra, o FC Porto tem culpa e Lopetegui, como os antecessores, percebe que está também ele sozinho.
 
É inesquecível para o anedotário tuga a perseguição feroz e animalesca a Hulk permitida por Carlos Xistra precisamente num Guimarães-Porto, no tempo de Jesualdo.
 
"Falo mesmo tendo ganho", que é o que o FC Porto devia ter feito há muitos anos como sempre aqui defendi.
 
Parabéns a Lopetegui, um gajo que tem uma cultura "do jogo" que por cá não assiste. Ainda há semanas perguntava-me que cultura tinha o espanhol para se integrar no terrorismo tuga do chico-espertismo da bola, do desenrascanço à José Soares - "o árbitro não via/assinalava", sobre a porrada em Jardel com Bruno Paixão sempre alheio em Campo Maior, faz agora 15 anos a 19 de Fevereiro!!!

13 fevereiro 2015

FC Porto teve sorte e até tremeu com cacetada do adversário e árbitro "rigoroso" só no contra

Este sujo campeonato da bola tuga teve mais um episódio azedo que faz, de novo, desviar o foco do essencial que é o jogo em si e o futebol praticado. O FC Porto-V. Guimarães foi uma vergonha de despautério disciplinar do sonso algarvio Nuno Almeida, de novo apanhado com o "rigor" habitual contra o FC Porto, uma "nuance" extensiva a praticamente todos os árbitros tugas mancomunados com o Benfica. E se os árbitros são cordeirinhos nos jogos dos encarnados, permitindo toda a violência e um sem número de faltas além de pouparem nos cartões, também os vimaranenses, degolados inocentemente na Luz há poucas semanas, mostraram os dentes e os pitons com a complacência do miserável árbitro que já desceu duas ou três vezes de categoria mas continua, obviamente, a mesma merda que sempre foi.
 
O amarelo a Cafú, por entrada de sola violenta sobre Casemiro, é sintomático da pusilanimidade arbitral, ao contrário da selecção criteriosa dos cartões aos portistas Danilo, Casemiro e Alex Sandro que estavam à bica e vão falhar a visita ao Bessa. Cirúrgico, da mesma forma que múltiplas faltas vimaranenses passaram sem cartão e só por uma vez, Jonathan Alvez, o árbitro puniu as faltas reiteradas do mesmo jogador. Contudo, Bernard, talvez o mais faltoso em campo, escapou sem cartolina.
 
A lealdade na sua missão e coerência na aplicação das Leis do Jogo é maltratada por qualquer árbitro tuga, demonizado numa espiral que não evita a pena capital a qualquer um. Ou é nos penáltis soft assinalados ao Benfica, em contraste com os portistas que mesmo carregados na área são admoestados por alegada simulação (dois anteriores jogos em casa). Ou é na acção disciplinar.
 
E se o V. Guimarães na 1ª parte se limitou a defender junto à área, mal passando do meio-campo, quando subiu linhas e se atreveu, mais por jogo directo e físico abusivo perante árbitro contemporizador, o futebol aos repelões, procurando o choque e os favores arbitrais, ia ganhando metros de campo, mas não oportunidades de golo aos minhotos. Futebol da idade da pedra, diria Mourinho, mas conseguindo enervar os portistas que se encolhem cada vez que um adversário mete o pé e o árbitro garante protecção aos caceteiros.
 
Não por acaso, Lopetegui dizia no final haver patadas a mais e cartões a menos. Como não consegui apanhar uma ficha de jogo decente nas edições online dos pasquins cá da parvónia, não sei o total de faltas, mas os cartões pareceram repartidos (3-4), ainda que mais penalizadores para os portistas que voltaram a ter uma arbitragem severa para os seus e amigável para os adversários, uma tónica de toda a época.
 
Como praticamente não houve futebol de jeito, neste tom trauliteiro de ser do V. Guimarães com uma redescoberta agressividade que noutros campos tem faltado e nalguns é exponenciado se não for travado por arbitragens mais severas, pouco há a dizer de um jogo feio, com resultado enganador e uma profusão de cacetadas não punidas aos minhotos, mas cirurgicamente assestadas nos dragões.
 
No Bessa, de resto, haverá mais do mesmo. O Boavista de linhas subidas na Luz mostrará os dentes do derby tripeiro, resta saber o comportamento do miserável árbitro de serviço.
 
Não há coincidências e é por isto, além de agora se juntar a sobrecarga europeia de que o Benfica está aliviado, que o FC Porto não poderá ser campeão: árbitros sempre no contra, benevolentes com os adversários, seja nos penáltis seja nos cartões. Pode-se dizer que o FC Porto acabou por ter sorte, estes jogos costumam tirar pontos precisamente com árbitros sem estirpe moral e técnica, como sucedeu na 1ª volta com este e o próximo adversários.

Como um jornalista-director espanhol vê a Liga inglesa exponenciada

En la Premier se ven campos llenos, céspedes bonitos, horarios sensatos, lucha generalmente noble... Es una Liga al servicio de la sociedad, que juega durante las Navidades. Aquí el fútbol piensa que es la sociedad la que está a su servicio y algún gobierno hasta se lo hizo creer con aquello del ‘partido de interés general’, que ha acabado en Energy porque hundía las audiencias de Cuatro. Llevamos muchos años haciendo el tonto. - Alfredo Relaño, director de As, Madrid.
 
É preciso ter olhos, sensibilidade para ver e não só olhar que é o que fazem os tugas de merda da estrumeira informativa. Gostar, divulgar, pensar, realizar não é connosco.
 
Por cá, ficam-se pelos "estádios cheios", "relvados bonitos", "horários sensatos", quando muito.
 
Mas um espanhol ver na Premiserhip uma "luta geralmente nobre" já foge do paradigma ibérico, normalmente aquele que se identifica com a Grécia, a pulhice, o vieirismo, a saloiice da capital que é o pantomineiro portuga.
 
E a diferença entre uma "Liga ao serviço da sociedade", atrevendo-se a jogar no Natal, e um "futebol que pensa que a sociedade está ao seu serviço" - até metendo perdões de dívida, isenção de taxas, reclamando IVA a 6% nos bilhetes como se fossem pão e água - e mete os governos ao barulho, diria que o Relaño, um verdadeiro, conhecedor, real apreciador de futebol que escreve em jornais e até os dirige sem espaventos, é um Shakespeare, mais do que um Cervantes. Isto, ainda, com referência ao "cavalo a trote inglês" e a marcha lenta da "burra manchega" (de La Mancha, para quem não souber).
 
Em termos de futebol pensado, dirigido, comentado e apreciado, diria que não são os Pirenéus que nos separam do resto da Europa, como os carris anti-TGV; Badajoz já fica tão longe como fronteira, mesmo que ex-governantes serôdios e já com caruncho da prisão, ou mesmo um edil fresquinho da Costa, lá vão fazer revisões ao automóvel, confiando mais ou menos nos seus motoristas.
 
A puta da vida é fodida em Portugal

12 fevereiro 2015

Enquanto em Espanha gritam a pedir "colhões" a Ronaldo... os penáltis do benfas em "fellatio" de árbitro

 
Vale que, sem pantominices de empresário serôdio que vende jogadores e até Jesus como outros promovem presidentes de República das bananas, tudo em volta de Messi é natural, espontâneo, motivando reacções genuínas de pessoas comuns que inventam elas mesmas marketing para um mísero prémio.
imagem tirada do Mundo Deportivo
 
Podia ter pegado na capa paneleira da bolha de hoje, mas há que ter Gonçalo e Paciência, que não se pode ter tudo. Um tipo capa de jornal por ter sido, alegadamente, agarrado e "cavado" um penálti sem mais nada  - vi esta noite, por acaso, os dois e ambos são de outro planeta embora já mapeado e divulgado abundantemente como a Terra de Ninguém -, além de uma expulsão, é digno da barbárie e da paneleirice caseiras. No que vai de encontro ao estilo gay do árbitro do Porto, mais um, baixando as calças assustado com a catedral vazia e indiferente.
 
Por alguma razão o presidente das barracadas ilegais à volta do pardieiro, graças ao edil bronzeado da Costa, perguntava ao vi-te ó Pereira, aqui há uns anos, em directo nas tv's da parvalheira, "por que não nomeia Paulo Costa para os jogos do Benfica" (sic).O irmão Rui cumpre na perfeição o fellatio público, mesmo a quem não tem "cojones".
 
A puta da vida é fodida em Portugal.

UEFA premeia votos na Champions pelo Melhor Lendário Momento

Foi num tweet do site do Liverpool que dei conta da iniciativa da UEFA, já com o regresso da Champions no horizonte (jogos a 17 e 18, já na próxima semana, o FC Porto em Basileia na 4ª feira), a sujeitar a votos no seu site os 60 melhores momentos da história da prova-rainha de clubes a nível mundial que começou em 1954-55, há 60 anos.
 
É claro que o destaque começou a ser dado pelo Liverpool devido a uma das suas cinco conquistas e que já leva destacado nº de votantes pelo Milagre de Istambul, quando recuperou de 0-3 ao intervalo para igualar 2-2 em 6 minutos com o Milan, ganhando nas gp, em 2005. Será difícil igualar esse feito, mas nem só de finais ganhas é feita a história da competição.
 
No que a Portugal diz respeito, está lá a conquista de 1987 pelo FC Porto em Viena, mas por causa do lendário calcanhar de Madjer. Já o êxito de 2004, por incrível que pareça, não é o brilharete de Gelsenkirchen que conta, mas dois momentos ao longo da competição e que, por acaso, tive a felicidade de assistir ao vivo e a cores:
- o empate de Costinha em Old Trafford, que levou Mourinho a correr de sobretudo a linha lateral do Teatro dos Sonhos;
- a reviravolta do SuperDepor impondo 4-0 ao Milan (3-0 ao intervalo), após o 1-4 de Milão, apurando os galegos para a semifinal com o FC Porto.
 
Da mesma forma, das duas vitórias do Benfica em 1961 e 62, a coroação de Eusébio frente ao Real Madrid nessa última ocasião é que tem destaque.
 
No tocante à classificação actual, obviamente os momentos recentes estão a contar mais, especialmente nas duas últimas épocas, à parte o já longínquo e lendário triunfo do Liverpool na Turquia. Valem ainda proezas individuais como os 4 golos de Lewandowski ao Real Madrid pelo Bor. Dortmund, em 2013, à frente dos 5 golos de Messi ao Bayer Leverkusen que ainda é recorde individual da prova num só jogo, em 2012.
 
Só depois vem a 10ª do Real Madrid em Lisboa no ano passado.
 
Há um prémio para quem acabar por votar no que for eleito o melhor momento de todos: dois bilhetes, co viagens e alojamento, para a final de Berlim. Não só os alemães podem ser nossos amigos, como só quem lá está a competir pode olhar para cima, sonhando com a final no Olímpico, a 6 de Junho, data para a história por ser a mais tardia de sempre para entregar o troféu.
 
Faites vos jeux!

11 fevereiro 2015

(Whitney) Houston, we have a problem (Kelvin)

Passam 3 anos da morte da mais fantástica e premiada cantora de sempre. Das suas inúmeras canções "hits", dediquei uma, em especial, ao Kelvin pelo golo de 11 de Maio de 2013, pouco mais de um ano após a morte de Whitney Houston (tinha escrito isto e deixado no congelador há 15 dias e a filha tee um fim igualmente trágico; e entretanto chegou Hernâni para um lugar que nunca foi de Kelvin). Podia ter sido um trabalho do Torto Canal, mas não seria a mesma coisa era capaz...

O tributo a ela e ao jovem brasileiro que teve de voltar às origens, restando-lhe apenas o lugar no Museu.
 
Como não tenho jeito para sobrepor, ficam em separado as homenagens dos momentos mais marcantes dos últimos tempos na minha memória. E One Moment in Time consagra os grandes campeões a quem a música, e muitos vídeos montados a propósito, é dedicada.

Do 11 de Fevereiro ao 11 de Maio, esperemos que termine igual mesmo que nos faltem a diva e o Kelvin. Se lá chegarmos, o FC Porto receberá o Gil Vicente na 32ª jornada, um dia antes.

10 fevereiro 2015

Salvadores da Liga: o futebol em Inglaterra

Enquanto por cá, como tenho denunciado, nem se sabe os horários dos jogos com uma semana de antecedência, pois só pode servir adeptos interessados mas eles vão-se afastando, noutras paragens os salvadores da Liga - assim, enfática mas macarronicamente, tratados pelos propagandistas tugas - tratam de coisas mesmo importantes, eles e não NOS. Ah, e pode saber-se os horários de todos os jogos até 22 de Março, antes da paragem dos campeonatos para as selecções!

Mas isso é o que se admitia antes, de um dia para o outro o negócio tornou-se oficial: mais de 70% de aumento de receitas dos direitos tv porque há mais concorrência e não faz baixar o preço, como os saloios de cá julgam e o futebol de lá avaliza-se acima do preço de mercado.
 
Dá para perceber as diferenças e entender os números envolvidos, há muito conhecidos. O 20º classificado da Liga inglesa ganha mais numa época do que a equipa que vença a Champions, seja Real Madrid ou Chelsea.

Afinal, o profissionalismo em Inglaterra começou em 1887; por cá ainda se brinca aos cóbois mesmo que vamos exportando um Mourinho ou outro Ronaldo armados em vedetas perante a Imprensa e condicionando a Informação que vende e justifica os biliões pagos em direitos que até os obriga a falar!

Que dizer, não dos números, mas do que vemos semanalmente em Inglaterra?

O futebol, mesmo com bilhetes caros mas que tendem também a baixar por imposição aos clubes em virtude da subida de receitas via TV, vale muito e é bem vendido por ser bem tratado, bem comercializado, bem relatado, bem descrito e melhor televisionado.

Por lá ainda é sempre tratado como futebol, por cá fala-se cada vez mais em negócio e cada vez menos é bem trabalhado e rentabilizado.

Em Inglaterra as TV's sempre venderam bem o produto, equivalendo ao preço elevado pago por ele.

Em Portugal as TV's tratam o futebol aos pontapés, literalmente, além de maltratar a bola e a própria Língua Portuguesa.

Em Inglaterra vê-se futebol em todas as dimensões: já há o "Olho de Falcão" para ajuizar as bolas dentro ou fora da baliza (algumas vezes já esta época) e não é preciso mandar linhas exdrúxulas até às bancadas em pantominices geométricas para marcar uma linha de fora-de-jogo sem artifícios patetas.

Não ajuda a evitar os erros de arbitragem, essencialmente os erros de apreciação: esta noite, o Tottenham fez 2-2 em Liverpool num lance livre em que não foi falta (Gerrard até viu o amarelo e acabou lesionado) defensiva e do remate (Eriksen) saiu o golo em ressalto em fora-de-jogo (Kane) com recarga em cima da baliza (Dembélé). O Liverpool acabou por ganhar com Balotelli a estrear-se na Liga a marcar!, ele que desde o inicio de Novembro não é titular.

Em Portugal as TV's complicam os lances, mesmo repetindo-os até à exaustão e pondo, mais tarde, parlapatões a palrar e depois se possível os grunhos de casa a atazanar num circuito fechado de insanidade e estupidez naturais de gente mal (in)formada, doente do clube mas patego de bola, com gente alegadamente profissional percebendo ainda amenos do que a turba ignara.

Em Inglaterra, o telespectador é informado dos minutos de compensação, ou mesmo por inserção de pequena imagem ou se tal não existe, o que é raro pois mesmo a posteriori pode aparecer a informação crucial, não passa despercebido ao relatador e/ou comentador.

Em Portugal não se transmite um jogo em condições, ou porque se queixam de não as ter em Penafiel ou Estoril ou não as criando nos estádios que são 5 estrelas para a UEFA e onde faltam as câmaras para ver os fora-de-jogo sem as patetices alegadamente geométricas e trigonométricas da profundidade e da irracionalidade e faltam câmaras não com o "Olho de Falcão" mas pelo menos posicionadas nas linhas de fundo para alinharem o ângulo com os postes e, daí, a linha de baliza.

Em Portugal podia ser igual, podia ser copiado, mas seguramente não seria a mesma coisa.

É o dinheiro, ou a falta dele, mas é a incapacidade geral que ressalta e manda bolas fora.

Taça da treta a 2 de Abril?

Não sei se é possível entender o adiamento para 2 de Abril, a meio da Semana Santa, do Marítimo-FC Porto da taça da treta. Temos que o campeonato deve parar em final de Março por um jogo da selecção e a jornada de campeonato anterior a Abril é a 22 de Março, com o Porto a visitar a Madeira mas na Choupana, com o Nacional.
 
Esta semana seria a das meias-finais, o Setúbal vai à Luz, mas o FC Porto que estava a habituar-se a jogar 2 vezes por semana nesta altura decide parar e retomar a competição após o campeonato parar.
 
Se já é incompreensível seguir com razoabilidade a taça da treta, este golpe de calendário dá o nó cego completo. Mas é apenas mais uma curiosidade. Vá lá que não interfere com a Champions, que seguirá apenas na semana seguinte à da Páscoa: nem se percebe se o FC Porto pensa passar o Basileia para jogar os 1/4 final ou se quer aquecer com o Marítimo para a fase seguinte na Europa.
 
Não dá para entender, mas parece que ninguém se importa ou questione isto que não parece fazer sentido.

09 fevereiro 2015

Atsu eleito melhor da CAN que o Gana perdeu de novo

A meio da prova, com um golo monumental à Guiné nos 1/4 final e também considerado o melhor do torneio, já falara de Atsu, cuja saída do FC Porto foi atribuída a pressões do ganês para jogar no Liverpool. Andou emprestado na Holanda (Vitesse) e ao terminar o contrato no Dragão ainda foi vendido há um ano ao Chelsea, que o emprestou ao Everton onde pouco joga.
Incompreendido ou incompreensível?
Sempre lhe vi um potencial enorme e sempre desaproveitado no FC Porto.
Quanto ao Gana, perdeu o troféu outra vez, quando o dominava nos anos 60 pelos inícios da prova. Tal como em 1992, de novo por gp (8-9), ainda frente à C. Marfim e com nova maratona de penáltis: 22 (24 em 92 que me lembro de assistir na TV, salvo erro 9-10).

08 fevereiro 2015

Ponto da situação

O Benfica não joga a ponta de um corno. Mais uma vez teve sorte, evitou perder em Alvalade nos descontos; no Dragão correu melhor ainda, logrou ganhar (?), inaugurando o massacre do futebol defensivo visto de novo esta noite: não marcou num lançamento de linha lateral, mas tentou quase ao fim da 1ª parte. E jogou com Lima e Jonas na frente, Lima esteve só no Dragão mas nem sempre corre bem a "táctica". 
 
Na realidade, já perdeu em 3 jornadas da 2ª volta os pontos perdidos (5) nos 17 jogos da 1ª volta, onde foi levado ao colo dos árbitros tugas, algo não visto na Europa por onde saíram pela porta do cavalo e dos burros.
 
Apesar do andor, a procissão ainda vai no adro. Mas também só confirma o que se tornou consensual na 1ª volta: este campeonato é um tributo dos árbitros ao Benfica. Consegue, mesmo assim, estar 4 pontos à frente do 2º e 5 do 3º.
 
O resto são peaners...

07 fevereiro 2015

Não chegou a 3

Estas vitórias dão pouco a ganhar, além dos 3 pontos. Há sempre mais a perder. Por exemplo, a tendência de marcar 3 golos perdeu-se. A equipa nem se esforçou na parte final, apesar de ter tentado o golo desde o início e podia tê-los marcado ao longo do jogo. Vamos ver se dá para ganhar mais do que 2 pontos do derby entre o "desportivo" e o "recreativo" (caso empatem).
 
Lopetegui repetiu equipa, Brahimi e Aboubakar já entraram mas era escusado tirar Tello para meter Evandro e depois Oliver para entrar Brahimi, não faz sentido.
 
Mas fica pouco do jogo, além de mais um de Jackson, mais um penálti por marcar e mais um punhado de bolas falhadas pelo Tello.
 
Estão a ver, há sempre mais a perder. É sempre preferível uma grande vitória a uma vitória grande e a equipa ainda deve isso na Liga. Mas se achar que só cumpre calendário o entusiasmo não pode crescer.

02 fevereiro 2015

A pescadinha de Hernâni na boca

Hernâni tem-se revelado um bom jogador, veloz e percutante já incomodou o FC Porto esta época, o Sporting também e o Benfica não deixaram...
 
Mas se é basicamente um flanqueador, ou extremo, ou até médio-ala se quiserem com boa vontade, não é muito mais do que Quaresma, Tello, mesmo Brahimi, até Ricardo que foi atrasado para defesa-direito.
 
Ou seja, um jovem com potencial, aposta de futuro. Tudo bem. Esta época será difícil fazer diferença, aqueles lugares estão bem preenchidos e Brahimi já cá estará por estes dias.
 
Mas numa altura em que se dispensa Kelvin que joga basicamente nas mesmas zonas do campo que Hernâni e se quisermos recuar até outros homens para tais lugares temos o sempre badalado Atsu, isto parece um eterno faux-pas do FC Porto, porque não guarda o que tem, jovem com valor, embora não o desvalorize, vá lá.
 
Assistimos à pescadinha de rabo na boca, fruto do que não é tanto a busca de reforços, mas um contínuo vaivém na porta rotativa do Dragão de quem faz, e lamentavelmente vai desfazendo sem prestar contas, um plantel aos bocadinhos, aos papéis verdadeiramente.
 
Acontece que Quaresma não durará muito. Eu que o dava como dispensável na semana passada e ele marca dois golos, um penálti e uma trivela ao seu jeito? Pois, mas se nunca foi veloz, agora muito menos: Quaresma quase já não salta o adversário, mas tem o saber estar e fazer dos experientes. Só que continua inconstante e o jogo de domingo não garante a continuidade da sua intensidade que deixou a desejar na Madeira.
 
 
Hernâni assina até 2019, Quaresma já não estará por cá, Tello muito menos que cá não tem muito a cabeça e Brahimi é o vendável por natureza e proeza.
 
Mas já que tantos se perderam pelo caminho, até Sami que vai junto com Ivo e Otávio para Guimarães, um Sami que deu boas indicações na pré-época mas no Dragão este é do tipo carta fora do baralho e só deu para enfurecer o Marítimo, Hernâni é uma boa aposta. Pena as que se têm perdido e que começam a passar factura.
 
Entretanto, depois de tanta coisa, Rolando no Anderlecht já praticamente afastado do título belga é um retrocesso. Outro caso perdido. Há muitos casos perdidos no FC Porto ultimamente. Esperemos que Hernâni não seja outro. Se for ninguém prestará contas. E virá outro para esquecer os anteriores, sem nenhum agarrar o lugar. A não ser como Kelvin fortuitamente no Museu porque ainda não tinha sido fundado ou já não teria espaço. No FC Porto falta espaço e tenta-se ocupar espaços. O desatino é evidente, mas, lá está, Hernâni vem tapar um buraco, pontual. E um buraco também é um espaço. Um desatino, insisto.

01 fevereiro 2015

Tudo bem, mas... é preciso mudar o chip!

O FC Porto voltou a fazer um bom jogo, voltou à chapa 5 (3ª vez) depois da média de 3 desde o início do ano, mas mesmo reagindo bem à derrota no Marítimo a verdade é que tem de se habituar a jogar bem e ganhar os jogos mais complicados. Pode-se dizer que com o Benfica merecia muito mais do que aquela desfeita e mesmo na Madeira foi infeliz, mas em ambas as derrotas a tónica foram deslizes defensivos inadmissíveis, aliado a crónica inépcia diante da baliza contrária.
 
Isto tanto pode resumir o que tem sido a temporada, como pedir que as coisas mudem. Jogar menos bem e ganhar estes jogos e jogar melhor e ganhar os jogos mais importantes. Até por vir aí a Champions daqui a uma semana e pouco. E a aproximação ao 1º lugar poder ocorrer na próxima jornada.
 
Se a equipa fizer isso dará um passo de gigante na sua evolução. Até lá estes pequenos grandes jogos com equipas com as quais se podem perder pontos mas às quais ganhar não é nada de mais não adiantam grande coisa. Podem dar confiança, Quaresma já recuperou a Trivela e Brahimi está de volta da CAN.
 
Espera-se o passo em frente num terreno ainda desconhecido. O mercado de Inverno fechou e é só concentrar tudo no que resta da época para ganhar, ganhar a sério. Até lá sabe sempre a pouco.

O corajoso cobarde

O larápio Benquerença armou-se em corajoso falando de campanhas e intimidação e dizendo que os árbitros não têm medo. Ele não é exemplo para ninguém e sempre ficou perturbado, a invectivado, por um golo que não foi e também não foi validado e nem era da sua responsabilidade: o alegado "golo" de Petit a Vítor Baía.
 
Uma óptima oportunidade, em tempo de roubos permanentes da parte da maioria dos árbitros tugas, para lembrar os tempos em que o conhecido árbitro de Leiria pedia escusa, na sua valentia, de dirigir jogos grandes. Foi assim durante anos, ou estava doente ou doía-lhe a barriga. Quando apitava era capaz de transformar um penálti sobre Fucile num 2º amarelo por alegada simulação - uma coragem muito em voga que até dois colegas de apito fraudulento repetiram recentemente e no Dragão, para amplificar mais ainda essa valentia extensiva da classe e exclusiva contra o FC Porto - num jogo em que empatar bastava ao Benfica para ser campeão no Porto mas nem assim (foi o 3-1 em Dia da Mãe, até para os nomes dedicados à progenitora do patego árbitro dito do Centro).
 
Benquerença, finalmente, deixou as insígnias da FIFA e um lugar no grupo de elite da UEFA embora este o tenha perdido, para muitos efeitos, ao roubar indecentemente o Barcelona na visita ao Inter (3-1), negando um penálti - é sempre assim, não é? - que poderia dar o 2-2 para a seguir a equipa de Mourinho marcar o 3-1 em fora-de-jogo. A partir daí (2010) não apitou mais nenhum jogo de jeito na Champions, embora estivesse por lá mas muito pouco requisitado.
 
São estes exemplos em que os árbitros tugas se revêem e o delfim, que herdou sem mérito e só por compadrio a insígnia, Tiago Martins, acabou de mostrar o que vale no recente jogo da taça da treta - essa prova de cobaias de lances inusitados de arbitragem digna dessa corja toda - entre Porto e Académica.

É costume, nestas ocasiões, tecer loas aos laureados e ser politicamente correcto, mesmo que um dia se fala em caos na arbitragem e no dia seguinte dizer que está tudo bem, como reconhecia Pimenta Machado e nem falava dos árbitros mas sabia o que os movia e (des)promovia.

Estes palermas, que nunca se assumem nas horas quentes, julgam poder enganar toda a gente o tempo todo. Por isso os árbitros nunca foram considerados e olhados a bem. Com o caldinho de cultura, a cultura desportiva que um ex-jogador e hoje dirigente Rui Costa dizia não haver em Portugal, nunca serão bem vistos. E há razões abundantes para tal. Tantas como os valentes cobardes que um dia, precisamente a propósito de Benquerença, Paulo Bento disse, em Alvalade, que são incompetentes mesmo que sejam pagos, tornando-se profissionais incompetentes.

É isto. E a 2ª volta só agora começa.