Sp. Braga 0-2 FCPorto
C. Rodriguez 20' e Lisandro 31'Equipa: Helton, Fucile, B. Alves, Rolando, Cissokho, Fernando, R. Meireles, (Guarin 77') Lucho, C. Rodriguez (T. Costa 40'), Lisandro e Hulk (M. Gonzalez 85')E mais uma vez a liderança do campeonato voltou a quem de direito a merece, o FCPorto termina a primeira volta no primeiro lugar, isoladissímo, esperando-se agora que à 3ª seja de vez e não volte a deixá-la escapar entre mãos.
Apesar de não ter rubricado uma exibição isenta de coisas negativas, e de ter começado a partida com imensas dificuldades, o FCPorto conquistou uma vitória muito importante, frente a uma grande equipa, mostrando atitude de uma verdadeira equipa campeã, sofrendo quando tinha de sofrer, mas que conseguiu dar a volta por cima, sacudir toda a pressão e quando, menos se esperava, deu a verdadeira estocada. Com um pouco mais de frieza na finalização e menos ansiedade no último passe, a exibição poderia ter sido bem melhor, e o resultado até mais dilatado, mas o FCPorto acabou por ser qb para levar de vencida a equipa bracarense que jogou o jogo pelo jogo, o que beneficia a equipa portista que não tem um autocarro em frente da baliza para derrubar.
Jesualdo Ferreira escalou a equipa titular habitual, excepção à inclusão do reforço de Inverno, Cissokho, que se estreou com a camisola portista em jogos de campeonato, o lateral francês foi a “vitima” preferencial para o Braga na primeira parte, mas, com o passar do tempo, acabou por rubricar uma exibição mais segura e até efectuou uma jogada brilhante que Lisandro desperdiçou.
Parecendo embalados pela força do vento, o Sp. Braga entrou na partida muito bem, com um ritmo muito forte e rápido, querendo, e de certa forma conseguindo, empurrar a equipa portista para a sua baliza. O FCPorto tinha imensas dificuldades de controlar o ímpeto ofensivo bracarense, não conseguindo construir jogadas, e a solução do “pontapé para a frente” foi a mais utilizada para tentar afastar o seu adversário.
O FCPorto , um pouco atarantado, com a “surpresa” que a equipa da casa lhe tinha colocado, ao ponto de em 10 minutos ter conquistado 5 cantos, tentava pausar o jogo, impor um ritmo mais lento, mas a pressão alta do Braga era grande e criava dificuldades, embora sem nenhuma oportunidade de golo clara, os tricampeões mostravam também capazes de saber sofrer se assim fosse necessário.
Até que, Hulk tentou puxar a equipa para a frente e conquistou o primeiro canto para a equipa portista. Esse lance pareceu ser quase como o lance que viria dar a volta ao rumo do jogo. O FCPorto começou a “respirar” melhor, e a aligeirar a pressão arsenalista. Aos 20 minutos, Hulk, nas suas já famosas arrancadas, consegue passar por Frechaut cruza a bola para Fucile, que volta a cruzar para Hulk que, apesar de estar em fora de jogo, consegue nas alturas assistir Rodriguez que, sem hipótese para o guarda-redes arsenalista, inaugura o marcador.
A partir daí, o FCPorto começou a apoderar-se do domínio da partida, as suas linhas adiantaram-se e o Braga já tinha dificuldades em se organizar convenientemente, num desses lances, um jogador arsenalista deu a bola para trás, Moisés deixa-se bater pela velocidade de Lisandro que, cara a cara com Eduardo, não perdoou e alargava a vantagem portista.
Já com a partida devidamente controlada e com um ritmo imposto ao seu bel-prazer, Rodriguez lesionado deu o lugar a Tomás Costa, que logo na sua primeira intervenção marcou um golo, completamente legal, e que deixou bem atrapalhados, e por momentos silenciosos de tal forma que estavam comprometidos, os comentadores da partida por Paulo Costa ter anulado um golo sem justificação.
Na segunda parte, o Braga mexeu na sua estrutura, realizando duas substituições, mas o FCPorto manteve o seu domínio, logo no primeiro minuto Tomás Costa falha o golo quando tinha tudo para alargar, ainda mais, a sua vantagem.
A partir daí, o FCPorto geriu a sua vantagem, e o tempo, da forma mais inteligente possível, deu a bola ao adversário, mas tapou-lhe sempre os caminhos da sua baliza, procurando, de vez em quando, sempre ir à baliza adversário.
Com o decorrer do tempo, a equipa começou a sentir-se, inexplicavelmente, demasiada ansiosa baixando as linhas convidando o Braga a atacar. Aí surge a única oportunidade de golo do Braga, durante toda a partida, Orlando Sá teve uma grande cabeçada que Heltón respondeu com uma defesa espectacular. Além disso, os arsenalistas queixam-se de um mão de Guarin na grande área, embora as imagens não sejam muito esclarecedoras. O FCPorto quando sentiu o perigo a crescer, voltou novamente à liderança da partida e controlou as operações até ao final, até falhando algumas oportunidades para ampliar o marcador.
Com os empates dos seus adversarios directos e com esta vitória, o FCPorto passa, novamente, para o primeiro lugar, apesar de ter vivido momentos complicados, apesar de ainda estar a construir uma equipa, apesar de já ter visitado os estádios dos seus adversários directos, e apesar de outros factores estranhos, ou não, que se tem vindo a passar noutros campos, o FCPorto, está a provar, que não perdeu a sua identidade vencedora e que tem um plantel, perfeitamente capaz, para o que der e vier.