31 janeiro 2009

Final do "apito final"?

"Apito Final: Escutas são "definitivamente" ilegais, diz Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional rejeitou o recurso do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e considerou definitivamente ilegal a utilização das escutas telefónicas do Apito Dourado no âmbito do processo de corrupção desportiva Apito Final. Com esta decisão, o Boavista pode recorrer da descida de divisão e Pinto da Costa dos dois anos de suspensão a que foi condenado.

Segundo noticiou o Porto Canal, estação de televisão regional do Norte, o Tribunal Constitucional (TC) validou a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de três de Novembro de 2008, que considerou as escutas telefónicas ilegais, possibilitando a João Bartolomeu, presidente da União de Leiria, recorrer do castigo que lhe foi aplicado pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga.

João Bartolomeu foi punido, em Maio de 2008, com um ano de suspensão e multa de quatro mil euros no âmbito do processo Apito Final, em que União de Leiria e o seu presidente foram acusados de corrupção, na forma tentada, no jogo com o Belenenses da época 2003/04. Da decisão, resultou ainda uma multa de 40 mil euros à SAD.

Com esta decisão do TC - de que já não há recurso -, o F. C. Porto e o seu presidente Pinto da Costa, a quem foram aplicados pela justiça desportiva a perda de seis pontos no campeonato de 2007/08 e uma suspensão de dois anos ao dirigente, podem solicitar a anulação dos castigos.

Do mesmo modo, o Boavista, que desceu à Liga de Honra, decisão tomada também com base nas escutas telefónicas, poderá igualmente apelar.

Contactada pela Agência Lusa, fonte ligada ao processo confirmou que no despacho de quarta-feira (28 de Janeiro), o TC "decidiu não tomar conhecimento do objectivo do recurso interposto pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por constatar que o Supremo Tribunal Administrativo não recusou a aplicação de qualquer norma constante de acto legislativo.

De acordo com o acordão do Supremo Tribunal Admnistrativo de 2008, a FPF foi intimada a proceder à devolução das escutas telefónicas a João Bartolomeu.

À FPF resta solicitar uma conferência de juízes do próprio TC para se pronunciar sobre este despacho."

In Jornal de Notícias

E agora? Como poderá O FCPorto ser ressarcido de todo o mal que foi feito ao seu bom nome? Serão devolvidos os 6 pontos retirados na época passada? O Boavista deverá voltar à divisão principal do nosso futebol? E os responsáveis por toda esta fantochada, serão responsabilizados? Terão de indeminizar os clubes prejudicados? Resta-nos aguardar.

30 janeiro 2009

Sorriso amarelo

Lisandro vai aguentar toda a 2ª volta sem o 5º amarelo como aconteceu com Simão? Parece ser a “nova oportunidade” para animar a preparação do Porto-Benfica, depois de nove jornadas sem cartão!

Lisandro não podia ser mais taxativo face à pertinência e insistência da especulação actual no
campeonato: “A Imprensa parece esperar que tome um 5º amarelo. Estou tranquilo”, desabafou quem costuma ser muito parco em palavras e um zero em expressividade comunicativa, após o recente jogo da Taça com o Leixões.

Não é só Lisandro, mas também Hulk à bica para ficarem suspensos frente ao Benfica, se levarem pelo menos mais um amarelo na visita de domingo ao Belenenses. O temor é grande, com um árbitro como Duarte Gomes que, entre outros defeitos de carácter e de capacidade analítica no jogo, tem um certo critério disciplinar difuso, aliás já sentido por jogos do FC Porto em Lisboa.

Ora, à face do sorriso amarelo que à Imprensa Destrutiva causa ver o FC Porto virar o campeonato em primeiro lugar (ver tabela)(clicar para ampliar), ressuscitar a praga dos cartões aumenta a expectativa não para o jogo em Belém a seguir, mas para o vindouro Porto-Benfica.

Não sabemos se Lisandro baterá o recorde de longevidade de um “quatro amarelos” que foi de Simão Sabrosa em toda a segunda volta do penúltimo campeonato, salvo erro, até porque os motivos são vários e discricionários que podem levá-lo, a qualquer momento, a ficar suspenso para o jogo seguinte: Lisandro é um jogador correcto, nunca magoou ninguém, não tem entradas duras como as que recebe, nem é sequer um jogador temperamental que proteste, vocifere e dê cabo de um ambiente de jogo seja em que estádio for, casa ou fora.

Mas Lisandro recebeu quatro cartões, e nas seis primeiras jornadas: à 1ª e 2ª, à 5ª e 6ª. Portanto, já cumpriu mais 50% (9) dos jogos sem cartões, comparativamente a série (6) em que levou quatro admoestações dos árbitros.

É curioso, portanto, este registo, de Lisandro e de Hulk, também com quatro, aliás, ao mesmo tempo que, de fora, se pedem expulsões e mesmo sumaríssimos para Bruno Alves.

Mas não é novo, este estado de espírito e preocupação latentes, porque na época passada ninguém se preocupou por Quaresma, o mais criativo jogador em Portugal, levar porrada e ser travado em faltas pelos defesas quando devia ser protegido pelos árbitros para levar pessoas ao futebol e estas não fugirem dos estádios. É que a Quaresma foram contabilizados 7 amarelos (sete), tornando-o o mais indisciplinado jogador portista. Bruno Alves, entre reprovações de facínoras das tv’s e avaliações sumárias de adeptos imbecis, entretanto levou apenas um amarelo a condizer com a fama internacional de jogar puro e duro mas limpo e leal, com vídeo de promoção até na UEFA.

Mas há mais: tal como não se percebe como a equipa que mais golos marca, mais vitórias obtém, mais títulos conquista tem MENOS PENÁLTIS (ver tabela na coluna da direita deste blog), não se entende como os avançados do FC Porto como Hulk e Lisandro só cumpriram meio campeonato e, a despeito de jogarem na equipa mais concretizadora em que eles são dos melhores marcadores com cinco golos (a par de Rodriguez), estão sob ameaça disciplinar de não fazerem o jogo mais importante a seguir.

Pior: sendo a equipa que mais golos marca, que mais ganha e lidera o campeonato, são os seus avançados os massacrados não só pelos defesas, mas pelos árbitros, sendo o FC Porto das equipas com MENOS CARTÕES no total da 1ª volta e a única que só os tem de uma cor: 35 amarelos, contra 32 de E. Amadora e Naval e 31 do Marítimo, equipas que contabilizam duplos amarelos e até vermelhos.

Mas no futebol português as questões disciplinares escapam à razoabilidade do senso comum, tal e qual os penáltis e os fora-de-jogo.

Eis um outro ângulo de análise que a Imprensa Destrutiva não observa, mas deixará o árbitro Duarte Gomes sob vigilância não vá falhar um cartão a um ou ambos, Lisandro e/ou Hulk.


Para mais, numa jornada em que as nomeações voltaram a não se perceber: pela segunda vez consecutiva, um árbitro não internacional (Rui Costa) para o Benfica (antes foi Elmano Santos), o que significa ser indiferente que os encarnados estejam em 1º ou 2º… Importantes são os jogos Marítimo-Naval, Académica-E. Amadora e Braga-P. Ferreira, numa ronda em que só o jogo entre os Vitórias não tem árbitro internacional, à parte o da Luz, claro…

29 janeiro 2009

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 26º Round

PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

28 janeiro 2009

FCPorto 1-0 Leixões

M. Gonzalez 5'Equipa: Nuno, Fucile, Stepanov, B. Alves, Benitez, R. Meireles, Guarin, Lucho, M. Gonzalez (T. Costa 74'), Lisandro e Hulk (C. Rodriguez 62')

17.611 espectadores

Reacções:
Jesualdo Ferreira
"Defrontámos um grande Leixões. Estávamos à espera de uma equipa mais retraída, mas não. Após o golo o Leixões abriu, jogou olhos nos olhos. Foi um bom jogo. Não tivemos a atitude que devíamos ter, em determinados momentos. Nomeadamente a seguir ao golo. A equipa não manteve o ritmo, provavelmente devido ao último jogo. A conversa ao intervalo foi muito importante, para manter o equilíbrio no segundo tempo. Tivemos as ocasiões mais claras. A arbitragem foi boa. A passagem às meias-finais era o mais importante."

"O Leixões foi bom. Esperava que estivesse menos forte na frente com a saída do Wesley mas estiveram muito bem. O golo madrugador foi um bom interruptor para eles. Fizemos 20 remates e o Leixões 17. Foi um jogo bom e aberto com uma boa arbitragem."

"Foi importante vencer. O jogo foi muito interessante, com um Leixões a estar muito bem. Esta foi a primeira vez que o Leixões perdeu com um dos três grandes este ano. Entrámos bem e fomos perdendo progressivamente o controlo do jogo por duas razões: falta de agressividade na zona do miolo e falta de frescura de alguns atletas. O jogo de Braga foi muito intenso. Mas o mais importante é registar que o F.C. Porto está a cumprir todos os seus objectivos."

"Aqui e ali, quando não somos capazes de manter um rendimento alto, há sempre alguma coisa a sugerir que temos de trabalhar mais. Este é o nosso projecto. A nossa missão é desenvolver jogadores, preparar equipas e ganhar. Estamos nas meias-finais, objectivo cumprido."

"O F.C. Porto não é mais nem menos favorito à conquista da Taça de Portugal. Primeiro temos de passar a meia-final. Pensa-se nisso quando lá chegar."

"Não é fácil gerir este plantel com quatro competições, mas é isso que temos de fazer. A Liga é o principal objectivo. Não conta quem entra em campo. É o F.C. Porto que joga."
Lisandro Lopez
"O objectivo está cumprido, o facto de eu não ter marcado passa para segundo plano porque conseguimos a vitória que nos põe na fase seguinte e estamos contentes por isso. O F.C. Porto é sempre favorito em todas as provas e assumimos isso com tranquilidade. Continuamos a fazê-lo e vamos trabalhar com humildade para tentar vencer esta prova."

"[Sobre a chamada à selecção] como sempre digo, há que aproveitar ao máximo e deixar tudo, quando jogo aqui e lá, para poder ter mais oportunidades."

"[Sobre os quatro cartões amarelos] eu estou muito tranquilo, a imprensa é que me põe um pouco nervoso. Estão sempre a dizer que vou ver o quinto amarelo, parece que é isso que querem. Quando tiver de o ver, assim será, mas até lá estou tranquilo."

Mariano Gonzalez
"Foi um jogo importante para mim, para me dar confiança, para me dar mais ritmo e para me ajudar a ganhar mais minutos nos próximos jogos. A nível colectivo o mais importante é que passámos às meias-finais da Taça de Portugal. Era um jogo de matar ou morrer, matámos e continuamos na competição. O Leixões esteve muito bem, sobretudo na segunda parte quando tinha que empatar, mas defendemos bem, controlámos os últimos metros, o adversário não teve uma ocasião clara de golo e vencemos bem."

"Sim,
o F.C. Porto continua em todas as frentes. Quando há muitas competições é complicado, mas também é bonito para os jogadores quando há muitos jogos. Há mais espaço para poder jogar. O treinador já estará a pensar como enfrentar cada jogo e cabe-nos a nós, jogadores, estar preparados para jogar."
Guarin
"Estou satisfeito por esta vitória. Fizemos uma boa segunda parte, na qual entrámos a defender o resultado e a jogar mais. Curiosamente hoje fizemos o golo na primeira oportunidade que criámos, não tem sido habitual marcarmos tão rapidamente, não é fácil, hoje conseguimos, depois tivemos mais oportunidades para marcar, não o conseguimos, mas mantivemos a vantagem salvaguardada e isso foi o mais importante."

"Dia a dia, jogo a jogo, estou a ganhar confiança, estou a ganhar apoio e tudo isso é muito importante para entrar em campo com segurança."

"Estou contente por continuar a ser chamado à selecção. É um orgulho representar o meu país. Por isso estou muito satisfeito por ter sido chamado e vou dar tudo para ganhar os jogos."

Final antecipada?

Convocados:
Guarda Redes: Nuno e Ventura
Defesas:
Benitez, B. Alves, Fucile, P. Emanuel
, Rolando e Stepanov
Médios: Bolatti, Guarín, Lucho, R. Meireles e T. Costa
Avançados:
C. Rodriguez, E. Farias, Hulk, Lisandro e M. Gonzalez

FCPorto - Leixões, 20h45 - TVI

VEJAM O JOGO EM DIRECTO AQUI NO BLOG A PARTIR DAS 20H45

26 janeiro 2009

Cebola, de chorar por mais…

Para não se perder o essencial: qualidade do jogo e competências individuais. No melhor ataque do campeonato, Rodriguez já fez 5 golos em metade do tempo que precisou para fazer 6 no Benfica

Sabia que a espera seria em vão. Não cansa, nem chateia. Mas é revelador. A indiferença com que o golão de Rodriguez no Nacional foi tratado – numa “bicicleta” menos “ortodoxa”, mais além do improviso que é uma “invenção” acrobática daquele quilate – ao longo da semana, apesar de figurar nos rankings para “golo do ano”, é explícita quanto à falta de qualidade na análise ao jogo que por aí vai.

Estive para dar-lhe o realce merecido, mas naquelas teimosias minhas, dei oportunidade a outros. Sabia, pela demonstração do seu enorme potencial agora finalmente revelado, que o Cebola nos faria chorar por mais golos assim. Primeiro, consolidou em campo a sua importância na equipa que, em remodelação em competição, sofreria a integração dos mais novos que representam metade do 11 titular. Depois, desatou a marcar golos: o que era um deserto de ideias passou a ser um vale fértil a germinar de alegria no jogo e uma fonte de golos imprevista: não só de assistência para golo, mas a marcá-los mesmo.

Para quem duvidava de que, ou era um peixe fora de água no Dragão e desligado da equipa ou, pior ainda, nunca conseguiria ser sequer o jogador que foi apenas mediano na Luz (e com destaque relativo face à mediocridade em que esteve inserido então), Rodriguez era mais um flop; pois aí está com 5 golos no campeonato em metade do tempo que demorou a marcar 6 pelo Benfica na época passada.

Este golo em Braga, de cuja ilegalidade não se duvida pelo fora-de-jogo milimétrico de Hulk (mas perceptível, sem ter o contorno de escandaloso como outros recentes com várias cores) mas a anteceder um golo de Tomás Costa estranhamente avaliado por décimas de milímetro como irregular aos olhos dos mesmos observadores em campo e na tribuna, mostrou do que Rodriguez é capaz.

O trabalho de fina técnica, no domínio da bola, na acção de a manter controlada e fora do alcance de um defesa, a rotação tudo em movimentos sucessivos de levar a bola com a coxa para admiti-la ao jeito do seu pé esquerdo, em rapidez e perícia, no remate perfeito, deu um golo maravilhoso, daqueles que vale a pena chamar gente ao futebol.

E é essa marca que prevalece, para quem estiver vivamente interessado. Os adeptos vão aos estádios para ver os jogadores, não para ver os árbitros.

Podem insistir no argumento da precedência da ilegalidade no lance, que é aceite sem rebuços e de forma unânime. Mas nuns toninhos que comentam apaixonadamente golos irregulares, rebuscando livros de regras, atentos aos erros de arbitragem que lhes escapou noutras partidas de que são relapsos em distracção e silenciamento (quando não branqueamento) em redescobertas funções de avaliação dos árbitros, não se ouviu um murmúrio só sobre a qualidade da execução de Cebola. Helàs!, até se ouviu falar em passividade defensiva bracarense!...


Cristian Rodriguez é uma das fontes diversificadas que alimenta o futebol ofensivo, largo e profundo, que carece ainda um pouco de eficácia por sinal encontrada na Pedreira, do FC Porto. Para mal de muita gente – é dos dragões o ataque mais concretizador do campeonato –, para dor de quem previa que a sua vida corresse mal no Porto e engulhos a quem multiplica adjectivos a uma plêiade de avançados de outras equipas para os quais as defesas contrárias nunca são lentas, as desmarcações dos aríetes de eleição são sempre imparáveis e os méritos cabem por todo a quem marca.


Por isso aqui fica o destaque a quem de direito.

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 25º Round

PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

25 janeiro 2009

Novamente, isolados

Sp. Braga 0-2 FCPorto
C. Rodriguez 20' e Lisandro 31'
Equipa: Helton, Fucile, B. Alves, Rolando, Cissokho, Fernando, R. Meireles, (Guarin 77') Lucho, C. Rodriguez (T. Costa 40'), Lisandro e Hulk (M. Gonzalez 85')

E mais uma vez a liderança do campeonato voltou a quem de direito a merece, o FCPorto termina a primeira volta no primeiro lugar, isoladissímo, esperando-se agora que à 3ª seja de vez e não volte a deixá-la escapar entre mãos.

Apesar de não ter rubricado uma exibição isenta de coisas negativas, e de ter começado a partida com imensas dificuldades, o FCPorto conquistou uma vitória muito importante, frente a uma grande equipa, mostrando atitude de uma verdadeira equipa campeã, sofrendo quando tinha de sofrer, mas que conseguiu dar a volta por cima, sacudir toda a pressão e quando, menos se esperava, deu a verdadeira estocada. Com um pouco mais de frieza na finalização e menos ansiedade no último passe, a exibição poderia ter sido bem melhor, e o resultado até mais dilatado, mas o FCPorto acabou por ser qb para levar de vencida a equipa bracarense que jogou o jogo pelo jogo, o que beneficia a equipa portista que não tem um autocarro em frente da baliza para derrubar.

Jesualdo Ferreira escalou a equipa titular habitual, excepção à inclusão do reforço de Inverno, Cissokho, que se estreou com a camisola portista em jogos de campeonato, o lateral francês foi a “vitima” preferencial para o Braga na primeira parte, mas, com o passar do tempo, acabou por rubricar uma exibição mais segura e até efectuou uma jogada brilhante que Lisandro desperdiçou.

Parecendo embalados pela força do vento, o Sp. Braga entrou na partida muito bem, com um ritmo muito forte e rápido, querendo, e de certa forma conseguindo, empurrar a equipa portista para a sua baliza. O FCPorto tinha imensas dificuldades de controlar o ímpeto ofensivo bracarense, não conseguindo construir jogadas, e a solução do “pontapé para a frente” foi a mais utilizada para tentar afastar o seu adversário.

O FCPorto , um pouco atarantado, com a “surpresa” que a equipa da casa lhe tinha colocado, ao ponto de em 10 minutos ter conquistado 5 cantos, tentava pausar o jogo, impor um ritmo mais lento, mas a pressão alta do Braga era grande e criava dificuldades, embora sem nenhuma oportunidade de golo clara, os tricampeões mostravam também capazes de saber sofrer se assim fosse necessário.

Até que, Hulk tentou puxar a equipa para a frente e conquistou o primeiro canto para a equipa portista. Esse lance pareceu ser quase como o lance que viria dar a volta ao rumo do jogo. O FCPorto começou a “respirar” melhor, e a aligeirar a pressão arsenalista. Aos 20 minutos, Hulk, nas suas já famosas arrancadas, consegue passar por Frechaut cruza a bola para Fucile, que volta a cruzar para Hulk que, apesar de estar em fora de jogo, consegue nas alturas assistir Rodriguez que, sem hipótese para o guarda-redes arsenalista, inaugura o marcador.

A partir daí, o FCPorto começou a apoderar-se do domínio da partida, as suas linhas adiantaram-se e o Braga já tinha dificuldades em se organizar convenientemente, num desses lances, um jogador arsenalista deu a bola para trás, Moisés deixa-se bater pela velocidade de Lisandro que, cara a cara com Eduardo, não perdoou e alargava a vantagem portista.

Já com a partida devidamente controlada e com um ritmo imposto ao seu bel-prazer, Rodriguez lesionado deu o lugar a Tomás Costa, que logo na sua primeira intervenção marcou um golo, completamente legal, e que deixou bem atrapalhados, e por momentos silenciosos de tal forma que estavam comprometidos, os comentadores da partida por Paulo Costa ter anulado um golo sem justificação.

Na segunda parte, o Braga mexeu na sua estrutura, realizando duas substituições, mas o FCPorto manteve o seu domínio, logo no primeiro minuto Tomás Costa falha o golo quando tinha tudo para alargar, ainda mais, a sua vantagem.

A partir daí, o FCPorto geriu a sua vantagem, e o tempo, da forma mais inteligente possível, deu a bola ao adversário, mas tapou-lhe sempre os caminhos da sua baliza, procurando, de vez em quando, sempre ir à baliza adversário.

Com o decorrer do tempo, a equipa começou a sentir-se, inexplicavelmente, demasiada ansiosa baixando as linhas convidando o Braga a atacar. Aí surge a única oportunidade de golo do Braga, durante toda a partida, Orlando Sá teve uma grande cabeçada que Heltón respondeu com uma defesa espectacular. Além disso, os arsenalistas queixam-se de um mão de Guarin na grande área, embora as imagens não sejam muito esclarecedoras. O FCPorto quando sentiu o perigo a crescer, voltou novamente à liderança da partida e controlou as operações até ao final, até falhando algumas oportunidades para ampliar o marcador.

Com os empates dos seus adversarios directos e com esta vitória, o FCPorto passa, novamente, para o primeiro lugar, apesar de ter vivido momentos complicados, apesar de ainda estar a construir uma equipa, apesar de já ter visitado os estádios dos seus adversários directos, e apesar de outros factores estranhos, ou não, que se tem vindo a passar noutros campos, o FCPorto, está a provar, que não perdeu a sua identidade vencedora e que tem um plantel, perfeitamente capaz, para o que der e vier.

24 janeiro 2009

Sp. Braga 0-2 FCPorto

C. Rodriguez 20' e Lisandro 31'Equipa: Helton, Fucile, B. Alves, Rolando, Cissokho, Fernando, R. Meireles, (Guarin 77') Lucho, C. Rodriguez (T. Costa 40'), Lisandro e Hulk (M. Gonzalez 85')

Sempre com o 1º lugar em mente

Convocados:
Guarda Redes: Helton e Nuno
Defesas:
Benitez, B. Alves, Cissokho, Fucile, P. Emanuel
, Rolando e Sapunaru
Médios: Fernando, Guarín, Lucho, M. Gonzalez, R. Meireles e T. Costa
Avançados:
C. Rodriguez, E. Farias, Hulk e Lisandro
Sp. Braga - FCPorto, 20h45 - RTP1

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23 janeiro 2009

Onde pára o troféu ?

A Taça do Tri ainda não foi entregue! Pinto da Costa não calou a sua revolta e, numa entrevista, resolveu quebrar o seu silêncio afirmando que a Taça que visava premiar o Tricampeonato, conquistado sem espinhas pelo FCPorto, ainda não tinha sido entregue pelos senhores organizadores da prova, a direcção da Liga, e vai daí escreveu uma missiva ao Secretário do Desporto, Laurentino Dias (não foi este que recusou dar os parabéns pela conquista do Tri ao FCP?), a fim de intervir neste caso. Já Mourinho se queixou, por uma vez, que tinha sido bicampeão em Portugal e nunca tinha tocado no troféu, por isso nada de admirar deste país das bananas e dos bananeiros.

Uma palavra de apreço à, e chamemos-lhe na dificuldade de uma palavra positiva para definir tão caricata personagem, “capacidade de encaixe” de Gilberto Madaíl que, apesar de ter uma caixa de Rennie tomada e dos apupos/insultos que por norma lhe dedicam os adeptos portistas, cumpre a sua tão aborrecida missão de, em todos os inícios de época, lá vai ao Estádio do Dragão entregar a Taça correspondente a campeão, enquanto na Liga preferem os serviços do CTT, ou de uma qualquer empresa privada de entrega de correspondência, ou então esperam que alguém do FCPorto vá às Assembleias Gerais para levarem o troféu para o escritório.

Se formos vivos, pelo menos espero que vocês que são mais novos, ainda são capazes de ver o Benfica campeão, quando este dia chegar, vocês vão ver se a taça não é entregue logo.( Pinto da Costa)

Nem é preciso esperar por um futuro que, todos desejamos, seja muito longínquo. Basta recordar a época de 2004/2005, época onde ser campeão em Maio tinha maior importância do que o ser em Dezembro, e onde o SLB lá quebrou o seu jejum de 10 anos. Ironias do calendário, o SLB lá conseguiu ser campeão, da forma como todos conhecemos, no Estádio do Bessa, em plena cidade do Porto. A primeira provocação foi fazer um percurso pela cidade do Porto com um autocarro com o tecto aberto e sempre a cantar canções insultuosas para com o clube da cidade, e até com os cidadãos tripeiros. Imaginam só o que não diriam se o FCPorto fizesse isso de cada vez que vai a Lisboa buscar um título de campeão, provavelmente cairia o Carmo, a Trindade, o Terreiro do Paço e os Jerónimos.

No dia seguinte à partida que viria dar o título de campeão ao SLB, a Sporttv organizou a grande gala da Liga em homenagem os novos (falsos) campeões nacionais e a todos os jogadores que estiveram em destaque nessa época. Com uma cerimónia com pompa e circunstância hollywoodesca mas que mais parecia de taberna, transmitida e retransmitida pelo canal desportivo da TVCabo, a festa realizou-se em pleno coração da Invicta. Ficou-me na retinha três imagens: primeiro a “provocação” dos novos campeões nacionais que, em plena escadaria da Casa da Música, não se coibiram em cantarem bem alto, qual Coro de Santo Amaro de Oeiras por alturas do Natal, canções de júbilo benfiquista. Cena essa que ainda viria ser repetida em pleno palco, com o público a bater palmas.

A segunda imagem é o brinde entre Luís Filipe Vieira e António Oliveira, na altura Presidente do Penafiel. Oliveira, que não teve pejo em afirmar que estava disponível para a presidência do FCPorto quando o “rumor” de que Pinto da Costa iria ser detido, por causa do processo “Apito Dourado”, isto sem sequer saber se tal rumor era verdade e se o presidente iria se abandonar a presidência portista. Ou seja, e passe o exagero na comparação, ainda o rei não estava morto e já o seu súbdito queria ocupar-lhe o lugar.

Por fim, a última imagem é mesmo a frase de despedida do apresentador de serviço: um “até para o ano” todo sorridente. 3 anos depois, com 3 anos de conquistas portistas nem a festa foi mais realizada e agora sabemos que até o troféu não chega ao destino. Faz lembrar as grandes galas do Jornal Abol(h)a, uma Gala onde tanto os atletas do FCPorto arrecadavam todos os prémios de jogadores do ano, como os do Benfica arrecadavam os prémios dos jogadores revelação, excepção de um ou outro ano (de cabeça lembro-me de vibrar com a conquista de um dos meus ídolos de adolescência: Sérgio Conceição, de resto eram jogadores do Benfica que lá ganhavam os prémios revelação) como até davam o prémio Fair-play a Weah, um jogador que, meses antes, agrediu cobardemente Jorge Costa, originando que todo o plantel portista, presente na sala, fosse embora em solidariedade com o seu colega.

Pelo menos, nessa Gala, estava sempre Herman José em grande com o seu imparável “Estebes” que gozava com as derrotas de outros. Agora nem são precisas Galas, nem é necessário Herman José fazer de pantomineiro, esse papel cabe a quem governa uma Liga que tem a desfaçatez de ignorar todos os êxitos do clube que representa o seu país sempre ao mais alto nível, mesmo que queiram ignorar e desvalorizar os nossos feitos. Como responder a eles? Da forma como sempre o fizemos, dentro do campo vencendo os jogos, lutando contra tudo e todos. Quanto ao troféu...onde é que ele pára ?

22 janeiro 2009

FC Porto já “pagou” o Dragão com as receitas da “Champions”

"O FC Porto já arrecadou 109 milhões de euros nas 14 presenças na Liga dos Campeões, valor que representa 2,1 por cento do montante total distribuído pela UEFA nas 17 edições (5,065 mil milhões). Além de partilhar com o Manchester United o recorde de presenças na “Champions”, o FC Porto lidera destacado as contas portuguesas e supera mesmo largamente o somatório dos ganhos dos outros três clubes com participações na prova, Sporting (36,7), Benfica (33,9) e Boavista (14,1), que perfazem 84,7 milhões. As contas referem-se aos números totais das primeiras 16 edições (prémios por resultados e verbas referentes às transmissões televisivas), mais os euros distribuídos na presente temporada exclusivamente pelas prestações desportivas, que no caso português renderam 10 milhões a FC Porto e Sporting, ambos qualificados para os oitavos-de-final. Só com as verbas arrecadadas na Liga dos Campeões, o FC Porto, 14º clube com mais rendimentos na prova, conseguiu “pagar” o Estádio do Dragão (98 milhões) e a manutenção do mesmo recinto, inaugurado em Novembro de 2003, durante quase quatro anos (três milhões estimados por cada ano). Se fossem contabilizadas as receitas de bilheteira, então o FC Porto teria conseguido “suportar”, com alguma folga, a polémica construção da Casa da Música, um empreendimento com um orçamento inicial de cerca de 33 milhões de euros e que acabou por custar mais de 111 milhões. Quanto ao Sporting, os 36,7 milhões ganhos até ao momento, num total de cinco presenças, permitiram ao clube de Alvalade “cobrir” 42,6 por cento dos custos do novo estádio (89 milhões), enquanto o Benfica conseguiu “saldar” 21,1 por cento (33,9 milhões) do Estádio da Luz, o mais caro dos três grandes, com um custo total estimado em 160 milhões de euros. Foi também com o FC Porto que Portugal conseguiu o único título na história da Liga dos Campeões, na época 2003/04, um feito que rendeu na altura aos portistas 18,7 milhões de euros. A façanha da equipa orientada, na altura, por José Mourinho compensou, em parte, o registo histórico, pelos piores motivos, da época anterior, a única que, até ao momento, não contou com nenhum representante português na Liga dos Campeões. No sentido inverso ao da temporada 2002/03 ficaram as épocas de 2006/07 e 2007/08, nas quais o futebol português conseguiu o recorde de três representações, nas duas ocasiões a cargo de FC Porto, Sporting e Benfica."
Em "O Jogo"
O FC Porto em Portugal, é inigualável.

Esta é uma noticia que não deve passar em claro, ou cair no esquecimento.

Representa o que deveria ser o jornalismo desportivo. Factual, imparcial, verdadeiro. São factos, indesmentiveis, que demonstram a diferença abismal de qualidade de resultados desportivos e financeiros entre os chamados grandes de Portugal.

Esta noticia demonstra que no momento, apenas existe um grande em Portugal: o FC Porto.

O FC Porto não beneficiou de alterações de PDM's para poder construir integralmente, o seu estádio, com dinheiro dos contribuintes, como é apanágio de muitas "cestas sem tinta" que por aí andam.

O FC Porto não beneficiou para além do que é razoável em situações semelhantes, de ajudas para a construção do Dragão, ao contrário de outros que estão envolvidos em negócios escuros com "empresas de betão armado" que se vangloriam em textos vergonhosos pela ajuda que a que se permitiram prestar a "mui nobre" instituição da capital deste "grande" império da praça do comércio.

O FC Porto não foi multado pela CMVM como uns "Calimeritos" que por aí andam armados em virgens ofendidas, que conquistaram em mais de duas décadas dois míseros campeonatos: um conquistado com muita Paixão em Campomaior e outro com o recorde mundial de penálties assinalados a favor da pleiade de mergulhadores de então. Os dois roubos, alentejano e número de penálties, constam do livro de recordes do Guiness.

O FC Porto, não está envolvido em casos estranhos de financiamento de eleições no clube, discutidas por entre um qualquer copo de Vinho, que permitem a um banco "usurpar" património do clube e tentar obter "voto" nas decisões regadas com azeite de directores desportivos "fabricados a fato Armani" de um dia para o outro.

Enquanto uns se vangloriam com feitos inexistentes, aquisições de "achados coxos" e exemplos ilusórios de gestão desportiva que se diz inovadora e competente, mas que é anedótica e ruinosa, outros preparam projectos reais de vitória, a longo prazo. Coisa rara em Portugal.

O que não é raro na nossa imprensa desportiva e nas correntes de opinião é apresentar uma visão distorcida dos factos para desgraçado ler por entre uns comprimidos de Metalist. Aquilo que é determinante para o sucesso consistente com resultados reais de qualidade, que se prolongam no tempo, não interessa por norma valorizar.

Eu sei que é quase motivo de tristeza, sentir admiração ao ler um texto destes. Mas correndo a nossa imprensa, onde até artigos económicos na actual conjectura, aparecem com falhas graves, ou atrasos de semanas, "isto" tem que ser considerado um verdadeiro "achado".

A situação mundial com que agora nos deparamos, relembra-nos que a factura dos erros comissionistas pode levar ao abismo.

Relembrar que criámos uma estrutura inigualável, ao longo do passado mais recente, permite encarar o futuro sabendo que estamos a investir em projectos de longo prazo, condizentes com a realidade actual e deve ser o mote para entrar no novo ano com a confiança de um campeão.

Para todos os Portistas de Bancada um 2009 repleto de vitórias.

21 janeiro 2009

O FC Porto, o descrédito da Liga e as arbitragens

Sondagem:
  • Deve a SAD fazer o ruído que ensurdece o Vítor Pereira?
  • E ganha ou perde alguma coisa com qualquer das opções?
O inefável Vítor Pereira, mais um artifício que enfeita a Liga da boa Imprensa do regime, acusou o “muito ruído” sobre as arbitragens, lembrando – judiciosamente na sua versão muito desresponsabilizante mas a visão costumeira de quem não sabe mandar nem comandar – que o problema é só haver um lugar que apura para a Liga dos Campeões…

O dirigente máximo dos árbitros da Liga que sonham ganhar dinheiro a vigarizar os jogos de futebol profissional em Portugal podia identificar, já que não detecta as más arbitragens que fazem bem jus ao seu consulado invisível no sector (tanto como dúbio era o seu carácter como árbitro), quem faz o ruído.

Será o Sporting de Braga, espoliado de três pontos na Luz num crime em que se virou o bico ao prego para apontar o denunciante?

Será o Belenenses, eliminado da Taça da Liga em mais um velório com Luz e Bruno Caixão aberto à vista de todos?

Ou o V. Guimarães que comeu e calou um penálti sacrossanto e recebeu do feliz sorteio da Taça da Treta a “hóstia” destinada à “Famiglia” a que os minhotos se associaram, com direito ao beija-mão na capital do Império?

Depois de tantos desmandos arbitrais nos jogos só do FC Porto (Trofense e Setúbal em casa), será que, para distribuir a salomónica moralidade por todos, o FC Porto também está no rol dos que fazem “muito ruído”?

Depois de um dos maiores roubos da história do futebol, no Benfica-Braga, qual negócio de feira em que se anunciam vendas “não de um, nem de dois, nem três, mas quatro” casos de jogo só para um lado, como jogos de cama do feirante de altifalante na mão do alto do seu palanque, coincidindo com o Reforço do Porto-Trofense para subverter completamente a classificação do campeonato numa penada/jornada, criticou-se, como é costume, a SAD portista de não se manifestar.

Jesualdo apontou os erros de Luís Reforço, num registo normal, cordato, a seguir ao jogo, e para o FC Porto o assunto “morreu” ali. Os adeptos esperam mais, gostavam do espectáculo mediático das antigas refregas, mas alguém ficou a falar sozinho.

Sondagem 1
  • Deve o FC Porto falar das arbitragens ?
Há muito se nota que o FC Porto contribui muito pouco, ou nada mesmo, para o ruído que ensurdece Vítor Pereira. Já nas últimas épocas foi assim, nos seus jogos e nos dos outros, até com o risco de perder o campeonato de 2006-07. O silêncio impera no Dragão por estratégia própria e nenhum adepto demove o presidente ou outro alto responsável a sair dessa linha de rumo.

Pessoalmente concordo com a postura, mesmo com o risco de os intoxicadores de opinião enumerarem os seus casos de prejuízo superior aos benefícios de que gozam e todos vêem, sendo esta questão de carácter para julgamento popular – pão e circo – de comentadores encartados e pivots encomendados. Mas a maioria dos adeptos mostra desagrado perante tal “passividade”.

O que me faz questionar é se o FC Porto ganha ou perde com isso. Não sei, mas parece que não ganha. E, assim, deveria falar mais?

Se falar muito, é conotado com os dividendos a tirar da pressão exercida para benefício numa próxima oportunidade. Precisamente o argumento que se nota correr a favor de quem chora e quer mamar: os do costume.

Se não falar, essa simpatia que devia granjear (à parte o público sectário e os interesses capelistas de ocasião) serve-lhe de alguma coisa junto dos árbitros? Estes sentir-se-ão inclinados a prejudicar, como retaliação, quem os maltrata publicamente ou, com medo da persistência das reprimendas mediáticas, vão emendar a mão, nem que seja em três e quatro jogos consecutivos?

Sondagem 2
  • Que ganha o FC Porto em falar ou ficar calado?
Creio que nem a SAD saberá. Limita-se a aguardar, mesmo que os desmandos arbitrais prossigam impunemente para os prevaricadores (árbitros) mas sem prejuízos para quem deles (clubes) beneficia. Pretende só que, com sorte, arte e saber, a equipa prove no campo que ganha contra tudo e contra todos.

Mas 2004-05, que muitos lembram não só pelo infame título do Benfica mas também pelo silêncio da SAD, demonstra que não se pode ficar à espera que só a competência – às vezes algo difusa, ou pouco aplicada, como também foi o caso da equipa campeã europeia reformulada com o risco desportivo inerente nessa época do triunfo dos porcos – triunfe sobre a maledicência.

Há que fazer as coisas por outro lado?

Por isso foi aguçada a curiosidade sobre as nomeações para a próxima jornada, do final da 1ª volta (atenção ao “campeão de Inverno”…). O Vítor, que não recebeu o Braga (mas é cordato para os grandes…) nem castigou o Reforço (amigos para as ocasiões), lá escolheu dois não internacionais para os jogos do Benfica e do Sporting.

p.s. - Vítor Pereira assumiu a ruptura: "Não gostam, não vão ao futebol". Os adeptos têm dado a resposta. Jorge Jesus é que pode continuar a jogar na Playstation...
Mais: argumentar que Portugal está no top-10 mundial é discurso político. Blatter ascendeu à presidência da FIFA com muitas concessões às federações para obter votos: deu um milhão de dólares por ano a cada uma (desde 1998) e aumentou o número de árbitros internacionais, subindo o limite de 7 para 10. Portugal foi um contemplado, mas não merecia nem merece. Está abaixo de zero.
Ainda: quando se vê o Perez Burrull subverter a verdade do Real Madrid-Osasuna (que nunca ganhou fora com este árbitro) convém acrescentar que é considerado mau em Espanha, precisamente o Bruno Caixão lá do sítio, internacional e tudo.
Quando não se tem argumentos, abre-se a boca e ou entra mosca ou sai merda.

PS: Ficam as perguntas para a Opinião da Bancada:
Deve o FCPorto falar das arbitragens?
Sim
Não
Ganha ou perde alguma coisa o FCPorto em ficar calado?
Ganha
Perde
Nem ganha, nem perde

20 janeiro 2009

Sorteio das Meias-Finais da Taça da Liga

e

Benfica - V. Guimarães

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 24º Round


PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

19 janeiro 2009

Jesualdo, é para mudar o “chip”?

O FC Porto pode ter aproveitado estes dias sem campeonato para dar ritmo a quem jogou e o fazia menos e dar força a quem não alinhava: houve cargas de treino mais intensas (não noticiadas)? Mas a equipa tem de usufruir do ataque. Para arrasar de vez

A “xaropada” da Taça da Liga, com um derradeiro sorteio amanhã, tem mais um episódio das semifinais na 4ª-feira seguinte (4 de Fevereiro) à de uma eliminatória importante da Taça de Portugal (1/4 final a 28 de Janeiro). Com jornada de campeonato de permeio (1 de Fevereiro), só Porto e Guimarães jogam a trote nestas competições.

Quando o calendário afunila (mal) estas coisas, é no que dá: congestionamento para uns, relaxamento para outros. Mas o FC Porto, sem dar importância relevante à terceira competição nacional, aproveitou para rodar jogadores (talvez mais do que os adversários), sem sacrificar ambições, embora correndo algum risco desportivo, para pôr ordem na casa, o seu plantel.

Por todas as críticas que faço a esta prova, há uma em que destoo: o momento em que se joga esta fase é o ideal, entre os possíveis para se jogar uma fase de grupos (outra no seu arranque poderia ser feita mais pela pré-época). É a única medida positiva, o que me volta a distinguir dos demais críticos que pensam pouco e mal nos assuntos. Porque o Janeiro requer andamento, competição com datas vagas mas não para quebrar o ritmo indispensável ao interesse do campeonato. A Taça da Liga tem é de “interiorizar” que, a despeito de incentivos monetários, os principais clubes farão a gestão do seu plantel. Quanto a qualificar para a Taça Europa (pedia Jaime Pacheco), podem esperar sentados, porque a UEFA não permitirá, por princípio, um vencedor português qualificar-se mediante pedido da FPF, e justificado, nesse sentido.

Ora, nesta altura da época, com datas livres que deviam restringir-se às quartas-feiras, Jesualdo chamou os menos utilizados e saiu-se bem. Pensou no rendimento que estes jogadores mais envolvidos na Taça da Liga podem retirar numa perspectiva de curto-médio prazo. E as explicações dadas no final do jogo com a Académica, cujo sentido apanhei pela rádio à saída do estádio, só não desvendaram a pontinha do véu que nenhum pé de microfone foi capaz de sugerir para levantar: fez o FC Porto trabalho físico mais intenso com os menos utilizados nestes jogos?

O treinador portista referiu a subida dos índices físicos de vários jogadores e estabeleceu a meta de ter (quase) todos “au point”, à excepção daqueles com lesões como Tarik (que ainda está mesmo mal). Nenhum jornal (creio) explorou a questão, tal como não foi noticiado que tipo de treino andaram a fazer os habituais titulares, mas suspeito do aumento das cargas de trabalho, porventura escondidas nos treinos à porta fechada mas sem espevitarem a curiosidade jornalística…

Ao referir ter “20/22 jogadores” para atacar as diversas frentes competitivas, com adensamento do calendário até Março, Jesualdo confia no trabalho físico nivelado que permita retirar o máximo dos atletas. O jogo com a Académica, também para alguns dos habituais clientes do “onze”, revelou algumas pernas pesadas, primeiro em Rodriguez, ainda em Hulk e sobretudo em Lucho. Meireles, por exemplo, deve estar numa redoma, Lisandro não fez qualquer jogo da Taça da Liga. O treinador geriu, obviamente, com as condicionantes que teve, no contexto competitivo próprio, as situações de todos e de cada um. Fez bem. Esperemos é que resulte. E, pelo menos, que se vejam resultados.

Aceito todas as boas intenções, de fora avalio os resultados e o que foi dado ver, compreendendo e partilhando todas as opções disponíveis, é que a equipa esteve um bocado presa: primeiro, pelo conjunto dos menos rotinados chamados a competir e a sentir a diferença para os mais rodados jogadores do Nacional, por exemplo; depois, por um futebol sem chama que não pode ter a desculpa de a Académica ter-se apresentado fechada no Dragão, pois foi bem mais conservadora no jogo anterior para o campeonato.

É natural os treinadores esconderem o seu “jogo estratégico” e apontar obstáculos para “inglês ver”. A verdade é que era difícil cumprir os dois objectivos propostos: os menos utilizados jogarem como se fossem habituais titulares e com futebol fluído e atraente; os mais “titulares” cumprirem a obrigação de jogar melhor e que seria expectável. Não foi o que se viu com a Académica, com uma hora de jogo miserável, sem chama na alma nem asas nas pernas. A altura não é convidativa para ir à bola, com frio e chuva, paga-se bilhete e o público merece outro respeito.

Pode-se meter as “reservas”, legitimamente, desde que mostrem vontade em campo, dêem o litro e joguem no máximo. O jogo com o Setúbal foi interessante, viram-se jogadores mais desinibidos (Benitez) e novos valores (Rabiola, Diogo Viana). No Nacional foi só para o calendário. Com a Académica exigia-se mais. A vitória foi justa, mas obtida por sorte e imerecida até ali, apesar de justificada plenamente até final.

E, entretanto, se nos abstrairmos da importância, assumida no “staff” técnico, sobre os níveis físicos, que no final prevaleceram como objectivo global e de fundo, quanto a questões técnicas, tácticas e estratégicas, este “hiato” foi preocupante. A equipa atacou pouco, pressionou nada, deixou-se envolver no jogo jogado com qualquer dos adversários como se fosse o menos importante, quando o é para quem vê de fora e espera resultados com exibições condizentes.

Quando vejo a Académica com saída de bola e toda a equipa portista para trás da linha de meio-campo, recuso-me a acreditar que o FC Porto espere que qualquer dos adversários de visita ao Dragão até Maio jogue para dominar e o FC Porto fique retraído para partir de longe em contra-ataque. Nem virá o Leixões, o próximo visitante, nem depois o Benfica e o Sporting (muito menos o Rio Ave, pelo meio), nem sequer o Atlético de Madrid, em Março, para a Champions.

A verdade é que a equipa tem deixado o adversário jogar, não o sufoca como era hábito na época passada. Porquê se o sistema em 4x4x2 adaptável sugere que do meio-campo para a frente a equipa pode subir no terreno e impedir as saídas dos opositores, em comparação com o largo 4x3x3 dos últimos anos?

Esta posição estratégica, nos jogos em casa, é a grande interrogação para o futuro próximo com jogos importantíssimos até Março. O FC Porto não pode dar-se ao luxo de fazer um “jogo de espera” em sua casa, como pareceu com a Académica. E, note-se, no sábado já jogava mais de meia equipa titular habitual, portanto a “vocação” para o jogo teria de ser o ataque deliberado, mas pressionou pouquíssimo e mal, deixou jogar e viu, amiúde, os outros a trocarem a bola de uma área à outra. É deliberado?

Esperemos que os níveis físicos obtenham dividendos em breve, porque as cargas físicas cansam no imediato. Daí o fracasso das primeiras partes, esta não foi excepção, só a regra. Apesar de oito perdidas flagrantes com o Trofense, a equipa não entrou para asfixiar o visitante, perdendo assim entusiasmo próprio (e para as bancadas) enquanto deixa o contrário folgado, a ganhar confiança, em situação mais cómoda.

Será, porventura, tempo de se mudar o “chip” para a máquina funcionar noutro registo competitivo intenso, perfumado e com golos e vitórias. Jesualdo terá programado assim mas há planos que saem furados. O estado de Meireles é uma incógnita, a performance de Lucho deixa a desejar, a inclusão de Guarín tem mostrado alguma lentidão e individualismo na organização ofensiva e a equipa continua muito dependente não de um, felizmente, mas dos três da frente, os repentismos de Rodriguez, Hulk e Lisandro.

Iremos ter o mesmo onze-tipo, haverá melhores alternativas para inserir quando necessário, mas só uma convicta vocação atacante pode trazer aos tricampeões os êxitos para almejar mais títulos, com vários em disputa na época. Venha o “click” que falta para as vitórias serem mais seguidas, o jogo fluído, a pressão constante, que é nesses parâmetros – e não nas intermitências” actuais – que o FC Porto tem de melhorar e superiorizar-se, de vez, aos rivais directos.

18 janeiro 2009

Vencer e esperar pelos outros

FCPorto 1-0 Académica
Luiz Nunes 62' (pb)
Equipa: Ventura, Sapunaru, Stepanov, B. Alves, Cissokho, Fernando, Guarin, Lucho, C. Rodríguez (T. Costa 75'), Tarik (E. Farias 45') e Hulk (D. Viana 84')

17.512 espectadores

Apesar de ter vencido a Académica, e conquistado 6 pontos, o FCPorto ainda não sabe se seguirá em frente na Taça da Liga, estando dependente do outro resultado do seu grupo, para ser primeiro, e dos resultados dos outros grupos, para, caso o Nacional vença, ser o melhor segundo classificado. Tudo isto é ridículo neste país de ridículas personagens, pessoas irresponsáveis, ao nível de amadores, que não conseguem organizar provas em condições. Prova essa que, cada vez mais, surge aos olhos do público como uma prova desacreditada, completamente sem valor e falsa, é só ver a maneira como os árbitros têm dirigido as suas partidas. Desde golos em fora de jogo completamente escandalosos, golos anulados sem razão aparente, pontapés de grande penalidade por marcar, enfim, uma variedade de erros clamorosos que só servem para afastar o público dos estádios e desacreditar, ainda mais, uma prova onde o interesse é nulo para a maior parte dos seus participantes e seus adeptos

No FCPorto, a maior curiosidade era ver a estreia com a camisola do tricampeão de Cissokho, o reforço de Inverno que veio do Vitória de Setúbal, tendo ele realizado uma exibição segura, tranquila e prometedora, se bem que ainda será necessário vê-lo em acção num jogo mais competitivo para que possamos formar uma opinião mais clara do seu valor. Mas foi uma primeira impressão positiva do lateral francês, subindo sempre muito, e bem, forte fisicamente e com boa capacidade de recuperação, aguardemos por aquilo que o futuro nos traz.

Com algumas mexidas na habitual equipa titular, dando algumas oportunidades a jogadores menos utilizados, o FCPorto conquistou uma vitória, embora clara e até lisongeira perante as oportunidades desperdiçadas na segunda parte, mas o resultado acabou por ser melhor do que a exibição, globalmente, fraca.

A primeira parte portista foi paupérrima, lenta, mal jogada, com alguns jogadores a se destacarem pela negativa e pelo quase alheamento do jogo. A Académica aproveitava esse facto para jogar aberta, explanando o seu futebol bem organizado com à-vontade, embora lento, mas agradável encostando a equipa portista atrás, mas com poucas oportunidades de golo. Enquanto o FCPorto passava o tempo a ver se o “frete” terminava, com o meio campo a trocar sempre passes mas falhando sempre o último passe decisivo e com Hulk a não estar bem acompanhado na frente, a Briosa tomava conta do jogo e mostrava condições para surpreender o seu adversário.

O momento de maior perigo do FCPorto acabou por ser mesmo no último minuto, através de um livre directo de Bruno Alves que rematou de forma perigosa, levando a bola passar rente à trave da baliza defendida pelo guarda-redes da Académica.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira mexeu na equipa, tirou um Tarik completamente irreconhecível do Tarik da época passada, neste momento, o marroquino é um jogador perdido, sem alegria e falta de motivação no campo, ainda para mais, sem ritmo devido às lesões que tem tido, dando oportunidade ao argentino Ernesto Farias.

Tudo foi diferente, o FCPorto tomou conta das rédeas do jogo, e começou a empurrar a Académica para a sua defesa tendo esta tido maiores dificuldades em manter a mesma toada ofensiva e aberta que tinha imposto na primeira parte. A equipa de Coimbra começou a jogar mais fechada, tendo sempre dificuldades em sair para o ataque, Fernando dava o mote, e Lucho e Guarin seguiam-no, o último passe ainda não saía na perfeição, mas a equipa portista já mostrava uma outra vontade e garra.

Mas o golo apareceu quando, e da forma que, menos se esperava, aos 63 minutos, depois de um cruzamento de Lucho à procura de Farías, Luis Nunes, pressionado pelo avançado portista, querendo aliviar apressadamente a bola, marcou na sua própria baliza.

O golo despertou a equipa portista, tudo fluía com maior naturalidade, e a partir daí foi um filme já visto várias vezes nesta época, oportunidades claras de golo desperdiçadas, falta de frieza e convicção nos remates, ora faziam remates displicentes ora falhavam golos quase certos por atrapalhação, mostravam uma eficácia nula e um apetite voraz em enviar bolas ao poste ou a fazer os guarda-redes adversários brilharem.

Hulk e Farías bem lutavam na frente, Guarin bem puxava a equipa para o ataque, Fernando controlava as operações, mas quando chegava a altura de rematar a equipa não conseguia ser eficaz. Jesualdo Ferreira mexia na equipa, Tomás Costa entrava para o lugar de Rodriguez, e dava oportunidade ao miúdo Diogo Viana em jogar mais uns minutos com a camisola sénior, mas o resultado não sofria alterações até ao final, apesar da equipa portista ter feito, muito mas quase sempre mal, por isso.

Resta ao FCPorto esperar pelas partidas de Domingo para ver se continua numa prova onde as suas fragilidades na finalização foram ainda mais visíveis. Fragilidade essa que convém melhorar, o mais rapidamente possivel a começar na importante partida do próximo sábado, contra o Sporting de Braga.

17 janeiro 2009

FCPorto 1-0 Académica

Luiz Nunes 62' (pb)Equipa: Ventura, Sapunaru, Stepanov, B. Alves, Cissokho, Fernando, Guarin, Lucho, C. Rodríguez (T. Costa 75'), Tarik (E. Farias 45') e Hulk (D. Viana 84')

17.512 espectadores

Ganhar pode não chegar

Convocados:
Guarda Redes: Nuno e Ventura
Defesas:
B. Alves, Cissokho, Ivo Pinto, P. Emanuel
, Sapunaru e Stepanov
Médios: Bolatti, Fernando, Guarín, Lucho e T. Costa
Avançados:
C. Rodriguez, D. Viana, E. Farias, Hulk e Tarik
FCPorto - Académica, 20h45 - SIC

VEJAM O JOGO EM DIRECTO AQUI NO BLOG A PARTIR DAS 20H45

16 janeiro 2009

Liga atascada na barraca da cerveja

Nove meses para parir o teste à seriedade benfiquista reclamada quando o Porto jogou em Guimarães (5-0 em Abril). O anedótico calendário da Taça da Liga não acertou os horários e pode haver cambalacho: basta o Benfica perder com o Belenenses…

As anedóticas peripécias da desacreditada Taça da Liga mal permitiram que nos pudéssemos recompor
da risota da jornada de meio da semana, com um jogo não visto através do nevoeiro e um golo irregular como não era suposto acontecer nem no sertão nordestino palco das mais bizarras estórias... Algumas das decisões finais quanto aos quatro apurados para as semifinais podem trazer bronca e cambalacho à brasileira, com o FC Porto no fio da navalha e não só por ter obrigatoriamente de vencer a Académica, amanhã no Dragão, para poder seguir em frente mas sem o ter assegurado só pelo triunfo.

Como não há, inexplicavelmente, acerto de horários nos jogos e se deixou ao critério televisivo (SIC), as partidas que podem mexer com o apuramento ou afastamento do FC Porto, a dúvida pode durar de sábado para domingo. É o último ponto ridículo de uma prova aberrante, mas que se antevia com o regulamento e a forma de se qualificar o melhor dos segundos classificados, algo que era bizarro nos Mundiais (82, 86 e 90) mas depressa a FIFA resolveu a questão.

Sem haver ainda qualquer apurado garantido a encerrar a 3ª fase da Taça da Liga, a última jornada desta competição de amadores feita por uma alegada Liga d
e futebol profissional põe ao ridículo quem a pensou e quem a autorizou supõe-se que revendo e avaliando toda a regulamentação (AG de 6 de Junho de 2007).

Mas na tasca da Liga é assim: diz-se pouco, faz-se nada, remenda-se tudo. Uma vergonha, pois, chegarmos a esta fase com possibilidade de arranjo de resultados.

O FC Porto tem de vencer para somar 6 pontos. Caso contrário, não segue na prova. Mas vencer pode não chegar.
1) primeiro, só sabe se fica em 1º lugar no dia seguinte, quando se jogar o Setúbal-Nacional, que não vale nada para os sadinos e que impõe aos madeirenses que vençam ou pelo menos empatem para seguir em frente, mas quando jogarem já saberão o resultado que lhes convém, até em função do Benfica-Belenenses de outro grupo e realizado também um dia antes;

2) segundo, o FC Porto pode ficar em 2º se o Nacional também vencer no dia seguinte e com melhor diferença de golos (factor de desempate).

3) A Liga comunicou ontem alteração do jogo do Bonfim, mas não para decorrer à mesma hora do Porto-Académica, só para jogar-se às 18h de domingo para efeitos de transmissão televisiva.
Mas há mais: se o Benfica, com uma posição confortável pela diferença de golos (factor de desempate para encontrar-se o segundo melhor classificado), perder por exemplo por 1-0, com o Belenenses, pode acontecer que:
a) com os azuis em 1º lugar no grupo (7 pontos se vencerem na Luz), o Benfica em 2º com 6 pontos que tem agora, a questão do 2º lugar “apurável” é jogada horas depois, no Dragão;

b) o jogo da Luz é às 16h e à noite o FC Porto já saberá, no caso das condições verificadas acima (1-0 para o Belém na Luz), que precisa de bater a Académica por 4-0 para superar, nessas condições, o Benfica por melhor diferença de golos (7-3, contra 6-2);

c) isto sem saber-se se os 6 pontos darão para o Porto ficar em 1º no seu grupo ou em 2º, dependendo do Setúbal-Nacional de domingo;
Surreal. Uma ficção no século XXI. É o que dá os borra-botas no futebol.

Ora, em Abril passado, dia 27 precisamente, o Benfica receava que o FC Porto “desse a mão” ao Guimarães para ajudar os minhotos a chegarem ao 3º ou mesmo ao 2º lugar da Liga. O FC Porto, já campeão, foi sujeito a uma prova de profissionalismo, com a suspeita costumeira que lhe assacam de fazer fretes. Esmagou por 5-0, como s
abemos, para perder a seguir, na despedida no Dragão, com o Nacional (0-3).

Os benfiquistas respiraram de alívio, podiam chegar ao 3º lugar de acesso à pré-eliminatória da Champions. Não chegaram, como se sabe, embora tentassem fazer as coisas por outro lado… Rui Costa era jogador e hoje, como
director-desportivo, será chamado a falar em nome da seriedade do seu grupo de trabalho para não “facilitar” com o Belenenses?

O Benfica, afinal, pode ajudar os azuis a qualificarem-se, correndo o risco de também até acabar eliminado, tudo dependendo de uma série de resultados que se podem saber de antemão. Interessa aos encarnados serem primeiros do seu grupo, mas só em tese, porque em teoria podem fazer para perder só para atrapalhar o FC Porto que precisaria de uma goleada aos estudantes.


E ainda temos, teoricamente, o Marítimo e o P. Ferreira com hipóteses de chegarem a 6 pontos, jogando domingo com Rio Ave e Sporting, respectivamente, os madeirenses em casa e os pacenses em Alvalade, mas jogando para o mesmo grupo.


Tudo porque a Liga não sabe a quantas anda. Uns andores, mas sem santinhos nem anjinhos.

Só na barraca da cerveja em que se tornou a Liga.


Para voltar ao português escrito no regulamento, este fala em “campos neutralizados” para as meias-finais, que não quer dizer necessariamente campo neutro, mas sim jogar no seu estádio (os melhores vencedores de grupo, em pontos ou diferença de golos) sem ser “jogar em casa”. Bizarro? Pois…

Alguém acredita nisto?