30 setembro 2010

Mais uma vitória, jogando pouco e a falhar muito

Com a cavalgada de vitórias do FC Porto, a 11ª em outras tantas partidas oficiais esta época, parece que a equipa está satisfeita, sempre dá uma por cada titular. Mas a ganhar sempre, não jogando muito bem, parece também que, a cada jogo que passa, uma não vitória estará ao virar da esquina e chegará decerto quando menos se espera.
Não foi o risco hoje, com o CSKA em Sófia, mas o 1-0 dá para sofrer algum deslize. E, jogando pouco mas falhando muitas ocasiões de golo, a verdade é que vários deslizes defensivos, por vezes com a bola controlada e até no meio-campo contrário, a 2ª parte foi de sustos contínuos e o empate esteve iminente algumas vezes, mesmo que os dragões pudessem reclamar muitos golos falhados.
Não se pode cometer deslizes em posse de bola e a equipa balanceada para a frente, permitindo contra-ataques suicidas ao opositor. Na Champions isto dá golo quase certo, o CSKA é que não é dessa estirpe apesar de muito aguerrido e muito apoiado em casa.
Ficaram inúmeras exibiçõesd a roçar o fraco, Rodriguez a fazer praticamente só asneiras mas a jogar 90' pelo seu 25º aniversário, Belluschi sem entregar uma bola boa na frente apesar de um tiraço à barra, os laterais atacando mal, mesmo Álvaro muito irregular, Souza pouco afoito para a frente; por fim, as substituições já clásscas que nada têm resolvido, mesmo hoje com Varela a entrar por Hulk, Walter continua fora de órbita e jogou para reter a bola e queimar os últimos minutos.
Enquanto dá vitórias ninguém se queixa, mas há pouca evolução da equipa colectivamente e na Liga Europa com adversários menos exigentes isto chega para as encomendas. Até as substituições, já de cardápio fixo, não devem incomodar alguém, fosse com Jesualdo e um resultado negativo traria remoques ao treinador, mas enquanto dura o estado de graça parece ter piada...
Vamos jogar a primazia do grupo, como era previsível, com o Besiktas, mas ao menos a gestão de esforços permite ter pernas frescas para a crucial visita a Guimarães na 2ª feira, o dia da semana a que nos vamos também habituando depois das 5ªs feiras europeias que vão dando para prestígio e alguns euros...

29 setembro 2010

Domingos, não adianta chamar pelo Jesus... a virgem negra tem outros nomes

Estes também são os "enterras" do dia. Um quadro negro com medidas a vários tons.

Não havia altura melhor para passar a austeridade da cigarra que agora quer fazer-se de formiga.

http://economia.publico.pt/Noticia/governo-vai-criar-novo-imposto-sobre-sector-financeiro_1458703
http://economia.publico.pt/Noticia/ministro-das-financas-congela-investimento-do-estado-ate-final-do-ano_1458689

E, por fim, no futebol também a queda nos "mercados".


Dois treinadores portugueses estreantes na Liga dos Campeões sem muitos argumentos para justificarem derrotas claras, o Braga em casa com o Shakhtar (0-3) e o Benfica fora no Schalke a quem o árbitro italiano, mais seduzido pelas sereias de Lisboa do que pelos fumos das minas e siderurgias de Gelsenkirchen, não permitiu fazer jus ao resto do nome que leva a data de fundação do clube germânico e impediu o "nul-fier" (0-4) ao negar um golo limpo a Huntelaar e um penálti do desastroso César Peixoto sobre o gigante Metzelder ambos na 1ª parte.

Domingos ficou encalacrado com o 0-3 que podia ter sido 3-0 na 1ª parte para o bravo Arsenal do Minho. Mas a Liga dos Campeões é mesmo do "outro mundo", como já os minhotos sentiram com o verdadeiro Arsenal londrino. Nada a ver com a Liga portuguesa e muito menos com a Liga Europa, lugar habitual do Braga e até do Benfica.

Na Champions, mesmo com grupos que parecem da Liga Europa, como apontou Mourinho face aos potentados Milan, Madrid e Ajax no mesmo grupo com 20 títulos europeus entre si, até uma equipa mediana é para levar a sério e não se pode desperdiçar os golos como o Braga na 1ª parte.

Faroleiro do costume, ainda que estreante e contra o estreante Hapoel Telavive que apesar de tudo foi "roubado" na Luz, Jorge Jesus tem muita treta de boca mas sabe que o Benfica não tem pedalada física para esta Champions e pouca categoria para se impor ao vice-campeão alemão, sim, mas muito transfigurado e não por acaso em penúltimo lugar da Bundesliga.

A dura realidade da Champions, para a qual muitos adeptos começam a perceber que equipa portuguesa - o FC Porto - tem nível para lá andar e bem, é mesmo assim. Um péssimo Schalke podia ter goleado um pobre Benfica abafado fisicamente e de alma competitiva de trazer por casa.

Por acaso, Benfica-Braga joga-se no domingo, para ver o efeito pós-Champions em ambos e a estaleca para caminhar com ambições em várias frentes exigentes - o que voltou a comprovar-se ser apenas e só apanágio do FC Porto, algo que é tão desprezado quando os dragões lá andam e agora também pouco despertará em consciências pesadas pela palermice e ignorância bacocas incapazes de verem o óbvio que é a lição a tirar de uma história com moral: é preciso estofo!

Essa, pelo menos, o Domingos devia saber, porque a jogou pelo FC Porto e sabe que mesmo nesses tempos era difícil e sobraram mais desilusões do que alegrias enquanto jogador.

Os adeptos, e comentadeiros de ocasião, que gostavam de glosar precalços portistas mesmo que ocasionais, ainda estão por saber, como o Braga já provou, o que é defrontar Arsenal a sério e outros potentados europeus.

Se assim dão fiasco, imagine-se com outros competidores.

O Braga vai disputar, como era óbvio, a presença na Liga Europa na Primavera com o Partizan de Belgrado.

O Benfica, tremelicando, vai disputar com o Lyon a continuidade na Champions com a vantagem de praticamente ter assegurada a presença na Liga Europa na Primavera. Porque, além de o Schalke e o Lyon o confirmarem também, muito menos o Hapoel é das melhores equipas da Europa onde nem todos, de facto, têm capacidade para estar.

Hulk, cuidado com o pilha-galinhas que metem na capoeira...


Carlos Xistra foi nomeado para o Guimarães-FC Porto.
Hulk foi selvática e regularmente agredido na visita portista ao "berço" há duas épocas, foi Xistra o árbitro de serviço.
Hulk foi alvo de faltas permanentes e viu dois amarelos, sendo expulso logo na 1ª jornada da época passada, em P. Ferreira, foi Xistra o árbitro de serviço que lhe deu um amarelo por protestar estar a ser agarrado e travado mais de uma vez de forma irregular por Filipe Anunciação, e outro amarelo por alegada entrada faltosa sobre Danielson sem ter atingido sequer o defesa pacense.
Pelo precedente aberto em Guimarães, antes de ir à Mata Real alertei para o facto de terem metido a a "raposa" na capoeira. Confirmadas as suspeitas em P. Ferreira, defendi que o ladrão, bruxo!, roubou as jóias que um árbitro era suposto proteger.
Se quiserem, consultem o arquivo. Podem ainda pesquisar como na bluegosfera aconselharam Hulk a protestar menos e jogar mais, desprotegendo mais o jogador que ficou "sem jeito" para jogar sendo agredido permanentemente.
Agora que, com ele em campo desde o degredo do Bosta da Liga, o FC Porto vai em 20 vitórias consecutivas internas, vamos ver se há travão à sua incontornável influência que a muitos portistas também vinha passando despercebido.
Para que conste, para quem não anda a dormir.

28 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXXVII): Pontapé de saída dado em O Jogo numa estória do caraças...

Façamos um parêntesis no elaborado Inquérito da ADoP, para contextualizar cronologicamente o pós-Mundial mal este terminou para Portugal.
A Selecção Nacional ainda não tinha levantado voo para Lisboa, mal arrumara as malas em Magaliesburg onde deu uma última conferência de Imprensa no day-after ao jogo com a Espanha, realizado a 29 de Junho na Cidade do Cabo de onde voou pata o seu QG nos arredores de Joanesburgo; dois dias atarefados e daqui viajaria de 30 de Junho para aterrar a 1 de Julho na Portela, e já O Jogo, nesse dia, sussurava uma conspiração para afastar o seleccionador, falando (ler ao lado) em "Pressões na comitiva para a saída de Queiroz".
Não era muito verosímil a estória, claramente com muitas "brancas" e poucos "intérpretes", faltando até as habituais "fontes", ligadas ao processo ou alegadamente bem informadas. Uma encomenda, em suma, era o que se intuía e viria a verificar-se para se confirmar, ou não, a veracidade do relatado, de resto difícil de congeminar in loco com toda a gente a preparar-se para regressar a casa.
Tornou-se difícil acreditar no que se lê em baixo, quando tinha passado um dia após a eliminação do Mundial e outro dia para o "balanço e nova perspectiva" de Queiroz para o futuro, enquanto se preparavam as bagagens para o regresso. E a "notícia" para dar a pequena manchete em "orelha" ao lado do título do jornal era isto a seguir:

"Seleccionador tem contrato por mais dois anos, mas não é certo que continue no cargo. O presidente da FPF mantém o apoio ao treinador, mas… falta a opinião (decisiva) dos restantes elementos da Direcção

Pressão para deixar cair Queiroz

ENVIADOS ESPECIAIS

O futuro de Carlos Queiroz no comando da Selecção Nacional está nas mãos da Direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Embora o seleccionador tenha o apoio do presidente Gilberto Madail, que sempre manifestou que não estava disposto a rasgar contratos, está ainda por saber a opinião dos restantes elementos directivos. Segundo O JOGO apurou, é aí que reside a grande incógnita do momento e que deixa seriamente em dúvida a continuidade de Queiroz no comando técnico.
Carlos Queiroz chegou à Selecção Nacional com plenos poderes para remodelar as equipas nacionais, e os primeiros frutos aconteceram com a qualificação da equipa de sub-17 para a fase final do Campeonato da Europa da categoria, algo que não acontecia há anos. Com contrato de quatro anos, e apenas dois cumpridos, a caminhada ainda vai a meio, mas falta saber até que ponto os elementos da Direcção da FPF estão dispostos a esperar que apareçam os resultados a médio prazo na Selecção. É que depois de um apuramento sofrido e conseguido através do play-off, seguiu-se um Mundial apenas com uma vitória, contra a Coreia do Norte. Pior mesmo só a exibição realizada frente à Espanha, que deixou o País descontente. Depois da Geração de Ouro, criada por Carlos Queiroz, agora a manta é curta, mas ninguém quer correr o risco de falhar a qualificação para o Campeonato da Europa.
Ambiente poluído
Por outro lado, sabe-se que o ambiente entre o seleccionador e alguns jogadores com mais peso na equipa não é o melhor, além de que há pressões para que o seleccionador seja destituído, inclusive por parte de alguns elementos da comitiva que esteve na África do Sul. A relação com Cristiano Ronaldo, por exemplo, não é a melhor, apesar da confiança que Carlos Queiroz sempre lhe deu, entregando-lhe, inclusive, a braçadeira de capitão. Mas o jogador do Real Madrid não tem cumprido. Além de tentar resolver tudo sozinho, tem falhado tacticamente, prejudicando a equipa.
Por tudo isto, o próximo passo será a realização, para breve, de uma reunião entre Madail e os colegas de Direcção, onde será discutido o futuro de Queiroz e dos restantes elementos da equipa técnica. O líder federativo, no rescaldo da eliminação, foi parco em palavras: "A nossa ambição era passar a fase grupos e, depois, ir o mais longe possível. Chegámos onde nos deixaram. Estou resignado, mas não convencido."

Prontos, o rumor cresceu a partir de "há rumores para que o seleccionador seja destituído", note-se, rumores esses "por parte de alguns elementos da comitiva que esteve na África do Sul". Depois, a particularidade de chamar a importância da relação do seleccionador com CR7 - que O Jogo designou, e bem, de CR0 no jogo com a Espanha - a quem se aponta, o jornal, "não tem cumprido. Além de tentar resolver tudo sozinho, tem falhado tacticamente, prejudicando a equipa".
Portanto, a vedeta da equipa, como todos sabem e ninguém comentou devidamente, não jogou um corno em partida alguma. Mas a "culpa" é do relacionamento com Queiroz, o que foi descoberto logo no dia de regresso a Portugal, 25 ou 26 dias após a chegada à Áf. Sul.

Depois, era bom saber que "elementos da comitiva" estariam presentes para se pressentir o "peso" da Direcção da FPF. Estavam lá o presidente Madaíl, o "vice" Amândio de Carvalho e quem mais da Direcção?

É, por isso, a todos os títulos espantosa esta estória. Até porque, 13 dias depois, o plenário da Direcção federativa concluiu, unânime, terem sido alcançados os objectivos principais do biénio: ir ao Mundial e ali passar a fase de grupos. Não havia mais nenhum, como definiu Queiroz na RTP, a não ser que fosse do género do "3º Segredo de Fátima".

Como compaginar, tanto tempo depois, essa "notícia" sem sustentação além de vacuidades e lugares-comuns, com a "orelha" do jornal que fez ficar em alerta quem leu isto assim?

A equipa viajou de 30 de Junho para 1 de Julho, durante a noite, e não foi do avião que se fez o relato acima transcrito, pelo que é mais verosímil que estava feito antecipadamente. Porquê e como?
Sabendo-se o que veio a apurar-se depois, e CQ denunciou Amândio de Carvalho, se alguém abriu a boca, como sucedera antes do jogo com a Bósnia, agora aproveitando a derrota normal com a Espanha, foi o responsável da Selecção e chefe de comitiva (na ausência de Madaíl).
Mas, no dia seguinte, 2 de Julho, iniciou-se, célere e Simplex, o Processo Q aí relatado em baixo, com a "turbulência" da ADoP a que venho fazendo o competente "relatório" circunstanciado.
A marosca, do afastamento iminente do seleccionador que não teve seguimento no conclave da FPF de 14 de Julho deitando por terra as "aspirações" da "notícia" de O Jogo e o "sentir colectivo" da Direcção cuja maioria de elementos não esteve presente no Mundial, teria a ver, antes disso, com uma comitiva para-oficial que não chegou a ver o Portugal-Espanha?
É que, para os jogos com a Coreia do Norte, a 21 de Junho, e o Brasil, a 25, seguiu de Lisboa um lote de personalidades "fortes", viu os dois jogos e veio embora antes mesmo do embate com a Espanha. Não tinham fé no apuramento no grupo? Lá estavam, já se adivinha, o ministro da Presidência Silva Pereira, o sec. Estado do Desporto, Laurentino Dias, e VIP que viajaram com a Cosmos do "patrão" Joaquim Oliveira também presente.
Não ficaram, depois do embate com o Brasil, mais 4 dias para o duelo ibérico e no regresso nem todos vieram no mesmo avião digamos "presidencial". O filho de Queiroz, que foi com os VIP e veio num outro avião com adeptos indistintos, acabou afastado do digamos 1º avião de distintos adeptos...
Acabado o Mundial, com responsáveis políticos em Portugal a verem na tv o jogo com a Espanha, iniciou-se, então, aquele que seria um processo infame e que querem fazer crer não se desenharia se Portugal tivesse sido... campeão mundial, garantiu Laurentino Dias, desvalorizando a teoria de Mourinho de que tal nunca seria possível nem com "Ronaldo a mil à hora".
O falso pontapé de saída da mirabolante marosca para pôr fora o seleccionador teve o desenvolvimento que se sabe e começou assim a modos que uma estória mal contada; e feita de tal forma que a quem a descreveu não seria possível conhecer os "bastidores" então em curso e que não eram, como se provou depois na Direcção da FPF, a rejeição que na "notícia" se antecipava, dos directores face ao trabalho de Queiroz; entretanto, além dos aludidos sub-17 no seu Europeu também os sub-19 disputaram a fase final sua competição e apurando-se para o Mundial de sub-20 em 2011.
Termino perguntando como no post anterior sobre a abertura do Inquérito da ADoP: Queiroz saberia porque razão tudo teve início a 2 de Julho, tal como confessou a sua surpresa ao saber dos documentos que aqui mostrei?

27 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXXVI): inquérito da ADoP homenageia Simplex com pedido, encaminhamento e nomeação de instrutor tudo no mesmo dia!

Parece que hoje cumpriu-se um ano, para mal de Portugal, em que o Governo de Sócrates, infausto até numa 2ª e triste Nova Oportunidade, foi reconduzido, imbecil e bovinamente, no poder pelo voto popular em que metade da populaça deste País mal frequentado é sustentada com bónus e subsídios do Estado.
Já terão feito por aí, e talvez hoje à noite a Fátinha dê honras de pergaminho de Estado aos "Prós&Pós" da coisa, a avaliação do melhor e do pior.
Nada melhor, creio, do que evocar o Processo Q(ueiroz) e dar continuidade ao que deve ser revelado para total elucidação do público que se quer informado e não intoxicado, com a indicação de como a coisa arrancou, subitamente, ainda que maquinalmente elaborado no mês anterior com adendas e suplementos ao relatório do controlo antidoping à Selecção Nacional em estágio na Covilhã, a 16 de Maio.
Eis o Simplex no seu melhor: num só dia, alguém pede uma avaliação de factos passados 45 dias antes, outro manda seguir a coisa e, em menos de 24 horas, seguramente das 9 às 5 que o funcionalismo público é mesmo assim, fica logo nomeado um instrutor do processo que, de imediato, convoca as testemunhas devidas. Se isto não é eficiência, como aquilatar da eficiência num enorme progresso administrativo, informático e coordenado no suporte de novas tecnologias mesmo das que dispensam energia solar e células fotovoltaicas, além das cinzentas...



Temos aqui que, reportando-se a factos de 16 de Maio, o dr. Luís Horta pede que se averiguem os factos ocorridos na visita da "sua" "brigada do mosquito" ao hotel da selecção que iniciava os trabalhos para o Mundial.
Horta, presidente da ADoP, junta o relatório do dr. João Marques, aquele manuscrito com data de 16 de Maio mas escrito em Lisboa; mais cópias dos e-mails recebidos com data de 16 de Maio mas enviados, e seguramente escritos, apenas um mês depois, a 18 de Junho, um deles, inadvertidamente, porque não se pode pensar em tudo e o que tem de correr mal corre mesmo mal, com origem na... Covilhã, mesmo que remetido de um e-mail em Lisboa, claro. Tudo documentos que aqui trouxe na semana passada.







O 2 de Julho passa a ser o exemplo de como é célere o processo decisório em Portugal, antecipando-se aos foguetes do 4 de Julho americano.
No mesmo dia em que Luís Horta pede, o seu superior hierárquico Luís Sardinha, do Instituto de Desporto de Portugal, dá imediatamente ordem de abertura de um inquérito.
Daí, mesmo que as instituições estejam separadas fisicamente, logo é nomeado um instrutor do processo, que recebe a documentação apresentada pelo "queixoso" e alegado visado das ocorrências na Covilhã.
Como podem ver aí em baixo, o instrutor Leão não perdeu tempo e convocou as testemunhas devidas. Podem ler, clicando as imagens e com sublinhados meus, como estava tudo estruturado para não se perder tempo. Como no futebol, foi passa, repassa e chuta, num golo de oportunidade e soberba eficiência que a propaganda governativa, talvez ensimesmada com tantos êxitos na matéria, não se deu ao luxo de explorar, não por vergonha da maquinação engendrada pelos cérebros que executam ordens de forma tão célere e pragmática.



































Foi a surpresa de Carlos Queiroz revelada na entrevista à RTP quando perguntou: sabem quando tudo isto começou? A 2 de Julho, Dia de Simplex operativo. A razão do 2 de Julho, porém, nem o ex-seleccionador sabia...

Pastilha elástica não desgasta apenas os dentes...




É por estas e por outras que o emblema da "instituição" evolui e o gene desta raça evolui sempre, embora não no melhor sentido.



Qual Atlético de Madrid que eliminou, nas meias-finais da Liga Europa, o Liverpool dos "catraum"?
Qual Inter que ganhou tudo com José Mourinho?
O melhor é daqueles que ganham campeonatos da APAF e Taças da Treta.
Dizem que este Mourinho moderno é melhor que o Mourinho mesmo.


"Na época passada, na Europa, as melhores equipas foram o Barcelona e o Benfica", Jorge Jesus em entrevista ao site da UEFA, via Lusa/Público.
Façam lá uma Supertaça ibérica que o tipo fica inchado...



Só vitórias? Líder com +7 pontos? Extreminador implacável? Nunca se viu nada assim?





Esta capa é só para mostrar como são originais a escolher os títulos.

Não estamos fartos disto?!
Não há "melhor líder" na Europa, nem "líder mais destacado" do Velho Continente. Ao melhor ataque não se juntou a melhor defesa do campeonato. E há equipas aos pontapés a vencerem todos os seus jogos oficiais esta temporada.





Não, depois do pior arranque de sempre do "recreativo", agora é o pior arranque de sempre do "desportivo".


(De repente a capa que falta aqui desapareceu, mas como não faz falta nem se distingue das outras não quis recuperá-la).

A propósito: tinha apontado no sábado à noite que, após o Porto-Olhanense a TSF só deu o resultado do Benfica no Marítimo, no noticiário das 23.30h. Ontem, depois do jogo do Sporting, continuei, pela rádio do carro, sem saber quem era o 2º classificado e como teria ficado o Académica-Guimarães de sábado à tarde que guindou os estudantes à condição de vice-líderes a par com os vitorianos e ainda com os minhotos do Sp. Braga.
Se o FC Porto não ceder, se mantiver 9 pontos de avanço sobre o Benfica que vai algures aí para baixo na tabela, não sei como sustentarão a continuação desta telenovela em que o herói aparece trocado pelo verdadeiro artista...

Pelo que o FC Porto joga, pelo avanço que tem, não é altura de perguntar se pode encomendar as faixas, até porque "não somos desses". E mal viria mal ao mundo calcular em que jornada será campeão? E com quantos pontos de avanço terminará na frente do campeonato?

25 setembro 2010

Só o Incrível Hulk mete medo e é para os que vêm atrás

Mais uma vitória, a 20ª desde que Hulk saiu do purgatório, a 10ª esta época, a 6ª neste campeonato, com o Incrível a marcar um belo golo após interceptar um passe errado depois de um seu tiro defendido para a frente ter permitido a Otamendi estrear-se a marcar, na recarga fácil, na primeira vez que envergou oficialmente a camisola do FC Porto.
E é Hulk sempre a marcar a cadência do campeonato, o único a meter medo e para quem enfrenta o FC Porto. O melhor ataque, portista, deu para garantir a melhor defesa, portista, com dois golos ao Olhanense e mais uns quantos por marcar, agora que a equipa entrou na fase de 2 golos como na ronda anterior com o Nacional, depois da velocidade de cruzeiro em fase de 3 golos nas rondas anteriores e na Europa.
A estreia de Otamendi no lugar de Maicon era compreensível num jogo de pouco risco defensivo, logo quando o brasileiro vinha assegurando boas prestações. E se havia pouco risco defensivo, a tendência ofensiva era aguardada com naturalidade, pelo que Fucile entrou em vez de Sapunaru. Como estas coisas não são feitas ao acaso, a entrada do uruguaio para a direita não punha também em risco a estreia do argentino na esquerda da "zaga", pelo que é o método Villas-Boas no seu esplendor, tudo estudado e um jogo resolvido na 1ª parte apenas com q.b. após o intervalo sem deixar de haver ocasiões para golear.
As subsituições habituais com as entradas de Souza, R. Micael e até Walter já fazem parte do cardápio portista, sem causar estranheza a quem, noutras alturas, questionava se não havia mais gente no plantel para ir entrando. Pois, as vitórias deixam sempre as "reclamações" para depois e o novo técnico do FC Porto continua em fase crescente e o Dragão vai enchendo o peito e nas assistências - mais uma belíssima casa, sendo certo que muitas equipas só encherão o seu estádio com adeptos portistas, nomeadamente aqueles clubes que pedem aos seus adeptos greve aos jogos fora.
Pouco a dizer mais do jogo, o Olhanense fechado e recuado, a perder abriu-se e equilibrou sem pôr em risco o jogo seguro e consistente do FC Porto, Helton fez uma defesa aos 90+1 minutos e parece que ou o campeonato tem só um clube, o líder destacadíssimo, ou quando muito dois, pois na TSF ouvi no carro que só o Benfica teria jogado hoje e nem resultado do V. Guimarães, derrotado em Coimbra, deram no noticiário das 23.30h...

24 setembro 2010

Haja um Salvador da Pátria do futebol!




V. Baía disponível para se candidatar à presidência FPF
“Só digo que estou disponível para ajudar o futebol português e o futebol português precisa de uma nova visão, mais abrangente, de um plano de intervenção. Estou disponível para ajudar e para ser uma solução para os problemas que se passam no futebol português. Sinto-me com capacidade e competência para ajudar o futebol português», afirmou Vítor Baía à Rádio Renascença, no decorrer de uma visita à Escola EB 2.3 de Baguim, em Gondomar.Sobre o caso Queiroz, o ex-guarda-redes lamentou o episódio e desejou felicidades a Paulo Bento: "Não valia a pena esperar tanto tempo, quando já se sabia qual seria o desfecho. Desejo que o Paulo tenha muita sorte e consiga atingir os objectivos que persegue. Partimos em desvantagem e não vai ser fácil. Se no final as coisas não correrem como todos desejamos espero que não culpem o Paulo e que os dirigentes assumam as próprias responsabilidades."
O Merdaíl diz-se fora, apesar de as associações apostarem na sua recondução, pelo menos num cargo que lhe permita manter-se nos quadros da UEFA e/ou FIFA. Esta é uma falsa questão, dirigentes houve (o russo Koloskov é flagrante) que foram apeados da sua federação e mantiveram os seus cargos "lá fora".
Entretanto, o sabujo Seara, que há 10 anos prometeu erguer no concelho de Sintra onde é presidente de Câmara, a "Casa das Selecções" cuja 1ª pedra foi em tempos lançada para nada, continua apontado ao cargo do Merdaíl.
Pelo menos estaremos livres do Vara, o gajo dos robalos com "Face Oculta" que o "Polvo do PS" se preparava para lançar ao assalto da FPF, esta que nem o (Bo)Ronha sabia ao disparar, ao lado, ao calhas, no caso Miranda Calha ou Mirandela da Costa.
Já que Figo não quer, e bem, encontrar problemas em Portugal, que tal Vítor Baía e João Vieira Pinto, dois excluídos por razões diversas da Selecção Nacional da qual foram figuras mais destacadas por uma década de grande feitos, juntarem-se para Salvar a Pátria?
Estão aqui, não em Madrid. Muito menos precisamos de ir a Áftica para nos enterrarmos em Al-Qsar Kibir.
Talvez com gente decente Carlos Queiroz pudesse desenvolver o trabalho que há 20 anos lançou Vítor Baía e JVP.
Era uma chapelada de génio!
Venham mais boas notícias neste dia em que alguns caem em si.

Relatório (Bo)Ronha (XXXV): Carlos Queiroz ganha 4-0





TAS anula suspensão de 6 meses a Carlos Queiroz até decidir sobre o caso ADoP

Temos mais um Pífio Dourado e uma instância desportiva/disciplinar goleada na Europa.


Madaíl imbecil e a Imprensa do regime subservientes têm o que merecem.

23 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXXIV): controlo da ADoP só com palavrões, nada de "perturbações" nem escritas um mês depois...

O CJ da FPF, foi noticiado hoje, anulou a sanção aplicada (1 mês de suspensão) a Carlos Queiroz pela CD que analisou os incidentes do controlo antidopagem da Covilhã à Selecção Nacional realizado a 16 de Maio.
Recorde-se que a CD não deu como provado que houve "perturbação" do controlo. Confirmou, e puniu em consequência, insultos do então seleccionador ao dirigente máximo da ADoP que mandou fazer o controlo.
[ACT.: depois disto escrito, li que o Laurentino "Kim Jong-il" Dias acha que fez o que devia fazer, que era não negar o que se passou e considerou "muito grave". O CJ da FPF considera que, mesmo prescrito o caso, os insultos estão enquadros nas "penas leves" do Regulamento de Disciplina. Cada qual avalie o que é "muito grave" e o que são "penas leves". Quanto à "perturbação", só se for de Laurentino. Na Coreia do Norte, foi noticiado, o filho do líder já está escolhido para sucessor e continuador da dinastia que guia o País rumo ao esclarecimento].
Note-se, ainda, que não contente com isto, a ADoP avocou, isto é pegou no processo em que era vítima e queixosa, e decidiu julgá-lo, sendo juiz em causa própria. Antes, sabendo dos factos pela ADoP vítima e queixosa, o sec. Est. Desporto, Laurentino Dias, disse que aconteceram coisas "muito graves" na Covilhã e manteve essa "pressão" como "entorno" esmagador para o processo. A ADoP, por fim, puniu Queiroz com 6 meses de suspensão, falando em "perturbação" para justificar a sentença mas não a demonstrando objectivamente, enquanto o governante, qual Pilatos, lavou as mãos, assumiu a sentença e nem cuidou de ler o acórdão que não provava nada quanto à "perturbação" já antes ignorada pela instância disciplinar federativa com a qual não se conformou. Esta suspensão está em vias de merecer uma análise do TAS, em Lausana, com o objectivo de este recurso de Queiroz anular essa suspensão enquanto o processo todo da ADoP não for analisado naquela sede jurisdicional desportiva na Suíça.
Começando pelos factos, eis o relatório de 2 páginas dos 3 médicos da ADoP que estiveram na Covilhã:
(cliquem nos documentos e ampliem que se lê mesmo bem, fiz esta experiência sozinho e só pude verificar com o resultado feito, pelo que só posso estar contente comigo mesmo)
Não aconteceu nada de especial, mas remete-se para um anexo (destaque gráfico meu).

O relatório, de 16 de Maio, assinado pelos 3 médicos.



O ANEXO:
Pode entender-se como anexo, até por estar manuscrito, o relatório do dr. João Marques
Neste,, diz-se que a ADoP chegou ao hotel da Selecção pelas 8h de 16/5/2010, fez o controlo com a colaboração de médicos e jogadores da Selecção, que deram como terminado às 10h. O treino da equipa estava marcado para as 10.30h.

Obviamente, os sublinhados são meus nos restantes documentos.

João Marques lamentou o comportamento de Carlos Queiroz: "uma reacção não própria" para o cargo do seleccionador. Diz que Queiroz os abordou no hall do hotel e, depois, à medida que caminhavam pelo hotel, "já nos íamos dirigindo para o local onde o controlo ia ser feito", Queiroz "falando sózinho" (junto o acento que está escrito na carta), disse "palavrões de tal ordem que eu por vergonha não escrevo neste relatório".





Como se vê em baixo, há a data e Lisboa como local do escrito da autoria de João Marques.

A partir de 16 de Maio não se passou mais nada.
DEPOIS
DO ANEXO, O(S) RELATÓRIO(S) SUPLEMENTAR(ES)
Subitamente, a 18 de Junho, os outros dois médicos decidem fazer um relatório suplementar cada um.
Este ao lado, de António Queimadela Baptista, cujo email apaguei propositadamente do documento, é uma resposta a uma solicitação do dirigente máximo da ADoP, Luís Horta, um mês depois dos factos.
Aqui em baixo, com a lata de datar de 16 de Maio uma comunicação feita a 18 de Junho e decerto não na Covilhã como está no documento assinado por António Firmino Queimadela Baptista, é descrito sucintamente o que se passou.
Foram os médicos da Selecção, Henrique Jones e Nuno Campos, que "estranharam" o controlo, pois contavam com um, sim, mas da FIFA, até porque à data nem sequer estavam os 23 convocados reunidos na Covilhã.
[note-se que o acórdão da ADoP viria a apontar estranheza pelo controlo, sim, mas de Carlos Queiroz apenas, o que se comprova não ser verdade mas o governante Laurentino "Kim Jong-il" Dias achou que era; já agora António Boronha também deu crédito a tudo o que a ADoP, interessada no processo que tinha em mãos para decidir consoante a sua versão, escreveu e sentenciou]

Para António Baptista, Queiroz não apareceu no hall do hotel, mas mais lá dentro a caminho do local do controlo. Queiroz, é dito, "de uma forma inesperada, desagradável e provocatória proferiu comentários"...

Num parágrafo de um português moderno, talvez dos sms telegráficos dos "Morangos com Açúcar":
"Proferiu para não usar outro adjectivo, me obsto de reproduzir, sendo que as direi quando e se necessário".
Bem, já tinha esgotado, digo eu, os adjectivos de "inesperada", "desagradável" e "provocatória".

Termina com "a acção de controlo, esta decorreu sem nada a registar".
Pronto, a 18 de Junho também, José Silva, fez o seu relatório suplementar e enviou-o a Luís Horta por email (cujo endereço também apaguei deliberadamente). Com uma nota, além de "um abraço", de um alerta que pode ter muitos significados:
(agradeço que me diga se chegou e bem pois tenho uma dúvida)
Está aí ao lado.



E que contou o dr. José Madeira Rodrigues da Silva que Luís Horta quisesse saber um mês depois dos factos?
Os médicos da Selecção, confirma este também, "estranhou o controle por não estar a equipa completa e esperarem, isso sim, um controle da FIFA".
[já agora, no acórdão da ADoP é tido Queiroz como um nabo que não sabia poder surgir um controlo antidoping antes do Mundial, já fiz esta observãção no dia em que saiu esta sentença].

Está aqui em baixo que Queiroz e "alguns membros do staff da FPF dos quais destaco o Senhor Seleccionador Nacional de Futebol", não estavam:
1) nem no hall do hotel, como escreveu João Marques
2) nem no caminho de acesso (sem escadas descritas, porque do hall às escadas há um extenso corredor, como aqui já contei), segundo Queimadela Baptista;
estavam, isso sim, "ao cimo da escada".
Pronto, só o inspector Colombo ou o Maigret, para não falar do Poirot e muito menos do expert Sherlock Holmes, achariam estes detalhes relevantes. Nos filmes. Porque na vida real, um magistrado como PGR Pinto Monteiro achá-los-ia insignificantes quanto à credibilidade destas testemunhas que nem descreviam bem o lugar do "crime" e, saber-se-ia depois, nem escutaram todos as mesmas palavras insultuosas de Queiroz.
Adiante.
"O Sr. Seleccionador, de uma forma pouco normal fez comentários (...) de uma forma que para agora e por escrito me recuso a reproduzir".
E, ainda, a terminar uma carta alegadamente remetida da Covilhã, mas enviada por mail supõe-se que de Lisboa como a anterior de Queimadela Baptista, e mesmo sendo escrita a 18 de Junho vem datada de 16 de Maio. Digo eu que deve ser por esta, e por outras que se saberão, que Queiroz fez uma queixa-crime contra esta gente.
[é curioso que o único relatório, manuscrito, capaz de ser original de 16 de Maio tem Lisboa como local; os outros, escritos um mês depois e enviados por email, foram na Covilhã e datados ao tempo da ocorrência]
"Quanto às tais palavras referidas e não reproduzidas, di-las-ei quando e se necessário na frente do respectivo emissário", assim se assume José Madeira sem receio de confrontar-se com quem (Carlos Queiroz) disse palavrões e não para os comprovar perante o destinatário dos mesmos, o dr. Luís Horta.
Os factos, iniciais, são estes, o português destes médicos é este e a ausência de referências a "perturbação" do controlo antidoping são nulas, zero vírgula zero.
Foi sobre os insultos que a CD se pronunciou, castigando Queiroz 1 mês que agora é anulado pelo CJ da FPF.
Obviamente, pelo que se nota abundantemente destes relatórios, dois deles suplementares, além de nada vir registado de ocorrências que tenham afectado o desenrolar do controlo como no formulário da ADoP em cima exposto, remete-se apenas para palavrões. Mais tarde saberemos que nem todos ouviram a mesma coisa, já sabemos que não aconteceu pelo menos em dois dos três locais mencionados para a ocorrência.
E, claro, há suspeitas de isto ter sido feito fora de horas e em local menos próprio, para o que os tribunais competentes se pronunciarão mediante a queixa-crime de Carlos Queiroz noticiada esta semana.
É claro que, a seguir, darei continuidade a isto, indo ao processo mesmo, às inquirições a estes médicos e às conclusões a extrair e do que pensar quer da ADoP, do seu presidente Luís Horta, do superior hierárquico Luís Sardinha, do IDP, que assumiu a sentença da ADoP como para fazer sério e imparcial o visado Luís Horta, e, por fim, o mastodonte Laurentino "Kim Jong-il" Dias.



Relatório (Bo)Ronha (XXXIII): Já agora contem o que disseram na despedida da Selecção para o Mundial...




22 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXXII): ó Amândio deixa-te estar, em Maio-2011 passam 25 anos de Saltillo e ainda serás condecorado no 10 de Junho...


Desculpem esta azáfama de pôr a escrita em dia, pois passaram-se muitas coisas que não acompanhei, fui alertado para algumas, esperei ler um ou outro periódico hoje para me inteirar das matérias e poder escrever ao chegar a casa, com (alguma) calma. Agora sai tudo de enxurrada, mas acredito ser divertido e eu tou com queda para a música. Ninguém me paga, eu é que tenho espírito de missão, inspirado pelo Paulo Bento.

Então o espantoso paquiderme Amândio de Carvalho, que diz estar há 40 anos no futebol e com couraça para ser dinossauro, não confirmou que disse mesmo a Carlos Queiroz que este não era o seleccionador que ele teria escolhido, como contou o ex-seleccionador ao Expresso há já um mês?
Queiroz disse que foi antes do jogo com a Bósnia, na Luz, no play-off de acesso ao Mundial em que um alto responsável com o cargo directo na Selecção deu assim uma "moral" ao seu capitão diante do respectivo pelotão que ia entrar na guerra com os belicosos bósnios...
Muito bem, até porque isso não dá direito a processo disciplinar a este responsável que voltou a dar um contributo igual a tantos outros que terá dado em tão longa passagem pelo futebol.
Se foi o único a votar contra Queiroz como seleccionador, que legitimidade tinha para "desrespeitar" os outros dirigentes que votaram nele? Que desplante de, em hora crítica de apuramento, dar a sua opinião pessoal? "oh, pá, és um gajo do caraças, mas por mim não estavas aqui. Mas, olha, espero que me desmintas e que passe mesmo a acreditar em ti".
O Amândio já não se lembra quando foi, deve ser das tábuas de queijo que reclamava sempre nos estágios da Selecção...
Também pode ter adormecido, como Brejnev quando se discutiam mísseis nucleares entre URSS e EUA, já que Amândio aborrecia-se com as sessões de planeamento do capitão em que não confiava para ganhar a guerra do Mundial.
Agora, sabendo isto, rebobino o filme até ao Portugal-Coreia do Norte: procurem lá, nas festas dos sete golos, quem se abraça a quem? Vão reparar que Queiroz recebe cumprimentos de quase todos, do médico Jones, do adjunto Agostinho, do secretário Godinho, de outro adjunto preparador dos guarda-redes e a todos cumprimenta. Salvo erro no 3-0, ou por aí, há um velho, gordo, balofo e enfiado num impermeável (chovia a potes) que tenta abraçar Queiroz. Este repele-o, vira a cara, não lhe liga. Capito?
Era o abraço do... polvo. Queiroz disse que Amândio "pôs a cara na cabeça do polvo". Um polvo que actuara, antes, na despedida da Selecção em Lisboa, ao desconsiderar Queiroz com alusões às "saudades de Scolari" que o palerma do PM manifestara diante da comitiva oficial a 48 horas de partir para a África do Sul. Onde, além disso, Sócrates elogiou os luso-brasileiros, citando Deco, Pepe e Liedson de quem não soube dizer o nome, como já revelei aqui.
Então, com piada alarve, à saída da FPF onde foi interpelado ao volante do seu carro em tempos em que os altos responsáveis da FPF muito têm viajado ultimamente, não é que o Amândio, que das senhas que deram brado terá passado a receber 3 mil euros mensais quando nenhum dirigente, salvo o presidente Madaíl, pode ter salário, disse que comera... "polvo à lagareiro"?
Nenhum intrépido repórter, mais uma vez, lhe perguntou, já que ele votara contra Queiroz logo de início, porque razão se manteve no cargo e durante dois anos conviveu, mesmo adormecendo nas reuniões e reclamando da tábua de queijo nos hotéis, com o seleccionador em que não confiava?
E isto não dá processo, não! Aparentemente com as costas quentes, do polvo à lagareiro ou com molho de bróculos, Amândio "Brejnev" das tábuas de queijos e senhas transformadas em dinheiro chorudo na FPF, talvez por saber que o "Processo do Polvo" só engrossará o rol de sentenças disciplinares sobre Queiroz, mostrou ter piada. E, confiante, ufano, disse que é capaz de se manter na FPF apesar dos seus 70 anos com gosto de "trabalhar" (?) e se o quiserem por lá. Deve ter muito a (enfar)dar ao futebol, deve.
Sempre irónico, ainda que sem memória, lá desfiou uns lugares-comuns e respondeu a César Carvalheira, dizendo que não esteve no Euro-2000 - a pouca-vergonha do Portugal-França foi com o inefável (Bo)Ronha - nem no "caso Paula", da farra que os jogadores quiseram fazer, na sua folga, no hotel da Selecção, isto com Carvalheira como responsável.
O bom do Amândio, que em 40 anos no futebol ninguém lembra de ter feito algo de jeito que tenha ficado sequer nos anais, deve andar alegre. Talvez tenha esquecido, por causa da tábua de queijos ou de adormecer como Brejnev, que esteve em Saltillo. Mas, essa, também ninguém lhe lembrou. Ou são novos, ou sem memória os mais velhos, ou puros ignorantes de história (do futebol) da Selecção, os pés-de-microfone ficam felizes assim, feitos parvos com som e às vezes imagem.
Em Maio de 2011 vai fazer 25 anos dessa vergonha inominável de Saltillo, no México-86. Quiçá o "polvo", à lagareiro ou com bróculos, o condecore no 10 de Junho. Já vi medalhas por menos.
Resultado de momento: Queiroz 2-0. Do que disse em entrevista ao Expresso esta é a segunda confirmação de ter contado au verdade. Antes foi o problema com Nani, que confirmou ter ficado furioso com a lesão, desesperado por falhar o Mundial e iludido com a "receita" dos médicos dizerem que "com uma protecção [na clavícula magoada] deve dar para jogar", contou o jogador na tv. Queiroz ainda o levou, contrariado, depois mandou-o para Lisboa.
adenda (um dia depois): resultado subiu a 3-0. http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1457574 Conselho de Justiça anula castigo de um mês a Queiroz.

Relatório (Bo)Ronha (XXXI): o primeiro deslize do beato Bento tão querido na falta de memória dos intrépidos repórteres...



Quando Carlos Queiroz foi apresentado em Julho de 2008 na FPF, não escrevi nada e durante meses mal toquei no tema Selecção. Ouvi umas coisas no ar, creio que ainda em directo, e retenho ainda um episódio sobre a primeira pergunta. Não pela pergunta em si, mas pela resposta, com piada, do seleccionador que sucedia a Scolari.

"Ainda bem que me fez essa pergunta", respondera Queiroz. "É que acabo de ganhar uma aposta. Apostei com um amigo que a primeira pergunta que me fariam seria essa mesmo. Obrigado".

A questão, que praticamente ninguém lembrará, teve a ver com um bate-boca do ex-presidente leonino Filipe S. Franco e o então adjunto de Ferguson por causa de um Man. United-Sporting que criou azedume entre ambos pretensamente por assédio a jogadores, coisas parvas dos leões que depois os vendem à primeira séria oportunidade. Um dos habituais bem lembrados intrépidos repórteres que aparecem nestas ocasiões lá se saiu com essa: se quando Queiroz fosse a Alvalade, onde praticamente lhe tinham ditado ser ali "persona non grata", como seria?

Não assisti, hoje, à apresentação de Paulo Bento. Ouvi coisas aos bocados nos noticiários ao longo do dia. Mas não creio, não acredito mesmo, que alguém lhe tenha lembrado como já não era querido pelos adeptos do Sporting desejosos de o verem pelas costas apesar do estapafúrdio choramingueiro do "Paulo Bento forever" ditado pelo presidente Bettencourt há um ano, quando foi afastado de treinador leonino.

Não acredito mesmo que a maioria dos intrépidos repórteres que em Julho de 2008 estiveram a ouvir Carlos Queiroz como seleccionador não estivessem, quase os mesmos da rádio, porque foi um pé-de-microfone então, hoje diante de Paulo Bento. Mas acredito que a memória atraiçoa as pessoas e nem todos têm a mesma capacidade de análise e(ou falta de vergonha profissional.

Do resto de hoje, os lugares-comuns, vamo-nos apurar (como eu acredito), senão sou eu o responsável, blá, blá com o Dragão cheio (era o que via sempre que ali jogava e não sucedia em Alvalade) até a "promessa" de o novo seleccionador vir a contar com Carlos Martins e Varela.

A este propósito, porém, em virtude de os ter despachado de Alvalade, pareceu-me temerária a garantia de Paulo Bento em colocar acima de quaisquer interesses os do "País", e cito "País" e convocá-los. Se achar que tem de ser, claro...

Não se percebe, então, como o beato Bento não colocou, então, os interesses do Sporting, a quem servia então, acima dos seus de forma a não despachar os dois jogadores de Alvalade.

Não era o "País", mas era o "Clube", um e outro entidades patronais que lhe pagavam para defender "os mais altos interesses" na circunstância. Eu nem sou lagarto, mas estas coisas sinto-as como se me fizessem a mim.

O que percebo é gente como o inefável (Bo)Ronha dizer que gostou muito de ouvir. Eu também, mas distingo a música. E tenho pouca apetência para santos, papas e tolos.

A "chamada" da Luz é para atender no Benfica...


O mais extraordinário, pelo que li hoje após o alerta que me deram ontem à noite sobre o número de (des)equilíbrio do responsável da arbitragem profissional, foi que o vi-te ó Pereira respondeu com uma não-resposta a uma pergunta dos basbaques das canetas e microfones.
Parece que um intrépido repórter, li em A Bola, lá para o fim do número circense teve o arrojo de perguntar ao responsável dos árbitros porque razão Paulo Costa não apitou nenhum jogo do Benfica na época passada.
É obra!
Depois do gamanço em toda a época ainda sentiram necessidade de serem apitados pelo Paulo Costa, um dos responsáveis da... APAF. Não há vergonha, faltou-lhes esse cromo na caderneta e puseram-se a chorar.
Mas como é que um (eventual) jornalista se lembrou de uma pergunta assim? Tinha visto a relação dos árbitros nomeados para o Benfica na época passada? Estranhara, então, mesmo que encandeado pelo brilho do futebol encarnados mais intenso quando jogavam 11 contra 10 e às vezes contra 9, que o distinto apito do Porto não marcasse presença nos jogos do "mestre da táctica" e "estamos muito fortes"?
Não, o papagaio, de caneta ou microfone não sei, apenas replicou uma questão que o Benfica tinha colocado em antena. Porque é que Paulo Costa nunca apitou o Benfica? Quando esta questão foi colocada ninguém perguntou se tinham sentido saudades.
Vi-te ó Pereira não respondeu ao intrépido repórter, arguto e seguramente bem documentado. "Essa resposta dá-la-ei ao presidente do Benfica, pessoalmente", foi mais ou menos isto que disse, pelo menos o sentido foi esse pelo que li em A Bola.
O telefone vermelho anda a tocar muitas vezes.
Como é possível um desaforo destes e que nenhum intrépido repórter não o tenha questionado imediatamente?
É que os intrépidos papagaios não têm a lição estudada. Se tivessem, não teriam permitido que o chefe dos árbitros apontasse que, na Liga 2009-2010, dissesse que para os jogos do Benfica apareceram 23 vezes árbitros internacionais, o que é verdade mas não evitou adulteração quase permanente de resultados; e que ao FC Porto coube 22 (ou 21, trocando com o Sporting, pelo que li e cito de memória), o que é mentira, pois só em 15 jogos o FC Porto teve árbitros com insígnias da FIFA.
Mas querem melhor do que, "respondendo" ao Benfica, saiu hoje mesmo nas nomeações para o fds? João Capela, não internacional, estará no Marítimo-Benfica. João Capela que aos 27' do jogo Benfica-Leixões já tinha um leixonense expulso e fez os do Mar acabarem com 9 jogadores...
Não é quem não chora não mama, é dar muita esmola a santos de pau carunchoso em Capela de Lisboa.
Vi-te ó Pereira, mas não me enganas...

A garrafa de Maniche na disciplina da Liga



Em contraste com o traste aí em baixo, no mesmo dia de ontem soube-se, noutro departamento fundamental da Liga e pilar do campeonato decorrer da melhor forma possível, que Maniche levou um jogo de castigo por atirar uma garrafa para o público, depois do jogo da Luz.


Ora, isto talvez fosse possível na anterior gerência da tasca da Liga, porque era um "agressor" contra alguém do Benfica. Mas no tempo do Bosta da Liga, com a complacência do taberneiro daquela coisa mal frequentada, Luisão atirou com um isqueiro para as bancadas do Dragão e não foi suspenso.


A diferença é essa e basta. Lembrei-me de imediato do episódio e da diferença de tratamento dado a um clube, sempre protegido, em desfavor de todos os outros. Não tinha sequer visto as capas dos desportivos mas li, de relance, qualquer coisa sobre "garrafa trama Maniche" num rodapé da tv pela manhã que não percebi. Ouvi, por fim, na rádio, à tardinha, sobre a coisa. Ao mesmo tempo, uma voz de uma associação de adeptos do Sporting mostrou-se desapontado com esta disciplina da Liga. Não por achar mal o castigo, mas por temer ver dois pesos e duas medidas como era hábito com o Bosta da Liga.


Que a aragem da Comissão Disciplinar tresandava a Bosta da Liga era um facto e, por isso, Fernando Gomes tratou de, ouvindo os clubes e muitos se queixaram, mudar a equipa jurídica.


Agora, como se vê, a arbitragem está na mesma e fede. Fernando Gomes não deu a vassourada devida em toda a extensão. Já sabe que tem um Judas à mesa, com guardanapo vermelho.


Eis, aqui, o peso diferente da disciplina, embora se aguarde por um tema quente para avaliar da isenção. Veja-se o "peso" da arbitragem a acorrer ao chamamento de um clube, o mesmo que estranhou a destituição do Bosta da Liga.


Apanham-se mais depressa mentirosos do que coxos.

Vi-te, ó Pereira, a arrumares com F. Gomes e a credibilidade da Liga

A máscara, e o verniz, cai com facilidade e não será por dar prelecção ao fim de cada jornada, como sugere o V. Guimarães, ou novo fórum a cada cinco rondas da Liga, reclamado pela APAF, que esta coisa esquisita se compõe. Porque depois da pouca vergonha da época passada sem comentar dezenas de erros e de jogos, vi-te ó Pereira quis sair da casca.
Na época passada, como aqui foi denunciado enquanto a Imprensa dita Desportiva assoprava que o clube mais grande do mundo era até maior do que o Sp. Braga que liderava ao fim da 1ª volta, quando expus a quantidade de jogos e de minutos em superioridade numérica do Benfica face aos seus adversários, todos assobivama para o lado enquanto os árbitros apitavam penáltis em barda para o Benfica, negavam penáltis aos montes aos adversários e reduzia estes, normalmente, a 10 ou mesmo 9 jogadores, abrilhantando o que era dito melhor futebol da Liga.

Ao pôr-se de cócoras como se pôs agora, vi-te ó Pereira a arruinar a credibilidade da Liga e a desmerecer o apoio do novo presidente Fernando Gomes. Este, convém recordar, prescindiu do Bosta da Liga na matéria disciplinar e explicou: havia muitas queixas de praticamente todos os clubes quanto à isenção disciplinar do órgão do Bosta. O Benfica estrebuchou, mas apoiou Fernando Gomes pelo menos com a certeza de vi-te ó Pereira prosseguir o seu caminho na arbitragem. Terá Fernando Gomes aprendido a lição ou manter os árbitros como estava era meio caminho andado para ter a benção do Benfica? É que o FC Porto não apoiou presidente dos árbitros, da disciplina e da Liga...
A nova época começou assim: sarrafada como ovos moles em Aveiro. Não se ouviram lamúrias.



A coisa deu para o torto, as promessas não foram cumpridas em campo e comprido foi o cortejo com o altar tão longe e a liderança nem se fala. Bom era quando se negavam penáltis em jornadas praticamente sucessivas: Académica, Sporting, Naval que na Luz viu um penálti não ser marcado pelo SLB e o mesmo Senhor Lucílio Baptista inventou uma falta sobre a Maria, num mergulho costumeiro, e do livre nasceu a vitória aos 90+4'...
O SLB não tardaria a apitar na Luz, poucas jornadas depois o Benfica ganhou ao FC Porto com um golo precedido de fora-de-jogo clamoroso, flagrante mas que, espectacularmente, passou despercebido a todos, tão ébrios pela vitória e só a custo, com a exposição dos blogs para vergonha da Imprensa dita Desportiva, lá se descobriu a marosca.



Entretanto, explicou-se como a conjugação de Marte com Júpiter e o alinhamento com a Lua permitiu marcar este penálti em baixo em Leiria, com um corte evidente (a bola subiu altíssimo) do defesa local e um mergulho descarado do Caimar que deu penálti e a vitória, mais uma fraudulenta mas explicada de todas as maneiras pelas Leis da Gravidade que nem Newton supusera mas que umas marretadas na tola de uns marretas esclareceram os comentadeiros do regime.



Vi-te ó Pereira a explicar que, visto na tv, o corte de Ricardo, na bola, com o risco de Caimar fazer das suas e chorar como em trabalho de parto, era motivo para penálti. Se, há um ano, em Leiria, o dito líder dos árbitros tivesse corroborado a tese benfiquenta hoje teríamos entendido muito melhor que cortar a bola e dar no adversário sem querer é falta e na área penálti.
Isto dito sem sorrir, pelos mesmos que, pelo corte na bola, advogavam que Katsouranis não fizera sequer falta quando partiu uma perna a Anderson, lance do qual vi-te ó Pereira não falou para nos esclarecer a todos.
Se vi-te ó Pereira vai voltar a falar para a semana ou daqui a cinco jornadas não sabemos, mas para ver se trata de todos os clubes por igual e atende idênticas reclamações é uma boa lição para o FC Porto não se calar, como tem feito, cada vez que é prejudicado e na época passada foi "martelado" com um pneumático munido de silenciador.
O mesmo silêncio que acompanhou a procissão do andor vermelho em 2009-2010.
Um silêncio, por exemplo, quebrado hoje, ao ouvir na rádio as nomeações para a 6ª jornada e saber do destaque da "jarra" destinada a O. Benquerença pela segunda ronda consecutiva.
E andaram todos tão calados que, há dias, tive de perguntar: e o João "por onde anda o João" Ferreira?.






21 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXX): Tranquilidade com "bentania"?

Andam todos a criar a falsa unanimidade à volta de Paulo Bento. De viagem pela manhã, ouvi na rádio que até se espera casa cheia no Dragão, a 8 de Outubro com a Dinamarca... com os adeptos pretensamente unidos e esperançados com o novo seleccionador. Li à noite, num café, que essa coisa de estarem todos com Paulo Bento já vem no Rascord, que era a folha de caserna nos anos em que PB treinou o Zbordem.
Já disse que, sem ser sequer por tornar-se a solução mais prática e à mão, é uma má escolha. Não por lhe desejar mal. Nem, sequer, por da última vez que terei escrito sobre ele ter frisado que o seu comportamento metia-me nojo e ele devia ser afastado do futebol. Foi no último Porto-Sporting, da época passada, com ele a portar-se mal e porcamente, levantando suspeitas sobre tudo e todos como sempre fez, aliás, quer no Dragão quer na Luz. À excepção de quando ganhava, muito menos quando era beneficiado pelas arbitragens frente ao FC Porto como na Supertaça de 2007 e a final do Jamor de 2008, no primeiro caso com uma mão escandalosa de Tonel não sancionada com penálti em Leiria graças a Bruno Paixão e no segundo com a habilidade de Olegário Benquerença a permitir todas as sarrafadas de Grimi em Quaresma e uma sobre Lisandro, por Polga, na jogada portista que antecedeu o golo leonino no prolongamento.
Por um passado truculento, cheio de insinuações e até acusações tão claras como a convidar os adeptos do Sporting a fazerem a vida negra aos árbitros para quem, segundo ele, os leões eram "demasiado simpáticos", Paulo Bento não terá, julgo eu que não esqueço estas coisas que a Imprensa do regime apagou dos ínumeros CV hoje publicados profusamente, ambiente favorável em nenhum dos estádios dos três grandes, nem sequer em Alvalade onde cantavam, como ele sugeria que fizessem aos árbitros, o sonoro "vai prò caralho", está a fazer um ano da sua saída de Alvalade após 1-1 com o Marítimo.
Os limpa-chaminés, que transformam o mais negro fumo nas mais alvas alvíssaras, lá deixam a "atmosfera" suavizar-se com esquecimentos tão graves como a suspensão de seis meses que o jogador Paulo Bento sofreu da UEFA após a turbulenta (foto acima, com o árbitro Gunther Benkö) e vergonhosa meia-final com a França, em Bruxelas, no Euro-2000, suspensões extensivas a Abel Xavier (que causou o fatídico penálti) e Nuno Gomes. Vi por acaso imagens no JN, salvo erro, e no telejornal da RTP ao almoço. No resto, desde o inefável António Boronha que viveu com muita proximidade toda aquela pouca-vergonha que não o fez nem demitir-se nem escrever relatórios, a tantos outros videirinhos de tudo o que seja personagem lisbonense, com cartão de sócio do Benfica e passado de treinador em Alvalade, tudo na paz do senhor.
Não deixa de ser irónico que, além de frescas na memória as peripécias do ex-treinador do Sporting durante quatro longas épocas que acabaram exasperando os próprios adeptos nada convencidos do presidencial "Paulo Bento forever" chramingado à despedida, o novo seleccionador chegue a este patamar com um passado de jogador suspenso meio ano por mau comportamento em campo com a Selecção Nacional. Se João Vieira Pinto foi excomungado com o soco no estômago do árbitro argentino do C. Sul-Portugal em 2002, Paulo Bento aparece beatificado.
Não nos bastou o soco de Scolari em Dragutinovic para fazer soar as campainhas de alarme de maus comportamentos que ninguém queria rever na Selecção. Esperou-se, no pico do Verão, que alguém fizesse uma adenda, tardia e suspeita, num relatório médico de controlo antidoping na Selecção, feito em privado na Covilhã, para sanearem um seleccionador por ter dito, com várias versões e nenhuma ouvida cá fora durante dois meses, para alguém ir fazer testes à cona da mãe de fulano.
O inefável Boronha, a quem insisto dedicar esta série de relatórios sobre o que não se conta e ele faz por omitir, que se ufana da "cacha" do insulto de Carlos Queiroz e assobia para o lado nas manigâncias processuais que ainda mantêm vivo um despedimento indigno e a dirimir em tribunal, anda a pôr as mãos no fogo por Paulo Bento quanto à sua integridade, que eu não ponho em causa. Mas quanto ao que se passou, à vista de todos, no Euro-2000, mais o desrespeito dos jogadores em geral por Humberto Coelho que precipitou o afastamento deste em termos que o então vice-presidente federativo e responsável da Selecção ameaça mas tem adiado contar, ainda sabemos pouco dessa e outras estórias vividas no banco com a Geração Dourada que tinha algumas coisas menos reluzentes que a fama granjeada dessa "fornada".
Não vejo que tranquilidade Paulo Bento possa trazer à Selecção, onde um treinador ligado a um clube costuma merecer desconfiança dos adeptos de clubes rivais apesar da bonomia da Imprensa lisbonense se for alguém com raízes na capital, mas a convocatória destes dias desfará as dúvidas até quanto à intransigência de PB contar com jogadores naturalizados, na altura em que reprovava o expediente a usar até com o seu então jogador Liedson. Pôr o Rui Patrício em vez de Beto será natural e pouco significativo para o g.r. suplente, tal como encaixar João Moutinho e se calhar formatar o sistema em 4x4x2 que conhece mas onde não deverá ter Varela, que rejeitou em Alvalade, nas alas.
A "bentania" com que marcou o futebol nacional nos últimos tempos apareceu de repente beatificada. Até auguram ser bom a "segunda escolha" logo atrás do "melhor do mundo" envolvido na vergonhosa operação de Madaíl em Madrid. Os pecados velhos devem surgir daqui a pouco. Eu até acho que temos jogadores para sacar a qualificação. De qualquer modo, se houver que gerir o fracasso até 2012, confirma-se ser melhor um rei por um par de dias do que duque toda a vida.

20 setembro 2010

FC Porto não treme, não vacila, não... goleia - a resposta foi dada

O FC Porto, utilitário e pouco brilhante, não acusou pressão exterior, deslocada e apressada, ganhando na Choupana com tranquilidade. Foram 2, podiam ter sido 4 ou 6, Falcao falhou um penálti, Bracalli impediu a goleada mas há também demérito dos rematadores portistas que correm, desta forma, o risco de... dar ânimo aos rivais.

Quem falha assim não goleia, conquanto controle perfeitamente todas as operações, tornando as coisas fáceis para si e complicando só até certo ponto ao perder eficácia no remate. É muito bonito contar as bolas enquadradas na baliza, mas em Portugal, genericamente, remata-se muito a meia altura e a meio da baliza, ajudando os guarda-redes a dar nas vistas.
Com Bracalli feito herói pela imperícia dos avançados portistas, por um lado falha um resultado rotundo que dá azo a "cabalas" das mais disparatadas, por outro lado retira brilho que um 0-5 ou 0-6 fatalmente concede, isto sem expulsões gratuitas de jogadores adversários ou penáltis marcados por faltas inexistentes fora da área como vulgarmente acontece na Madeira.
Pronto, os peçonhentos vão dissecar, com ajuda da dinâmica dos fluídos, a física quântica e a importância das lâminas de barbear na cultura dos agriões, um alegado penálti de Rolando que é inexistente além de imperceptível para o árbitro Bruno Paixão que até esteve muito bem em toda a partida - e algo vai mal para eu assentir isto de forma consciente por muito que queira combater a tendência para ver as coisas desapaixonadamente e me custe elogiar um coveiro da arbitragem portuguesa, mas é neste jogo que se deve observar o trabalho do árbitro e não no penálti clamoroso negado no Mar a Ruben Micael da última vez que apitou o Porto, já para não falar do Roubo Maior fez em Fevereiro 10 anos.
Pois é, a bola tensa suscitou o corte de cabeça de Rolando que, sem lhe chegar nem ver a bola, só teve intenção de a cortar legalmente e esta bateu-lhe, de raspão apenas, num cotovelo com o braço dobrado e próximo do corpo, logo em posição não passível de ser assinalado penálti. Se o árbitro tivesse marcado, pois teria de aceitar-se, mas isso na condição de ter visto com que parte do corpo Rolando desviou a bola. A verdade é que, mesmo sem obstáculos à frente, Bruno Paixão tanto pode negar a evidência de um derrube de Joel a R. Micael no Leixões, a mão de Tonel claramente estendida para a bola na Supertaça de 2008 em Leiria, como não percepcionar se um desvio ligeiro na bola foi com a cabeça ou, inadvertidamente, com o braço de Rolando.
Daria pano para mangas a exploração mediática da coisa se a vitória tivesse sido pela margem mínima, mas dará na mesma porque dá jeito a quem à 4ª jornada deste ano descobriu derrube a Aimar por Ricardo em Guimarães quando este cortou a bola e justamente não houve penálti; e à 4ª jornada da época passada redefiniram o português e maravilharam as Leis do Jogo para verem penálti sobre Aimar em Leiria quando o defesa local cortou apenas a bola e tiveram um penálti indecoroso que lhes deu uma vitória suja e imerecida.
Certo é que, esta noite, um lance fortuito tornou-se indiferente para o resultado e meramente um acidente do jogo para uma equipa local que não obrigou Helton a qualquer defesa, algo também irrelevante para quem quiser montar o cavalo da agitação e intoxicação com os "agit-pro" disseminados pelas tribunas do regime e assalariados armados em cavaleiros do apocalipse.
Mas nas próximas duas jornadas teremos adeptos e treinadores rivais a torcerem para o FC Porto vencer Olhanense e Guimarães. Para quem, por muito que se esforce e prometa mundos e fundos, precisa de se chegar aos lugares da frente, já que o 1º classificado não cede, então que os 2º e 3º lugares fiquem mais ao alcance. É que falar do meio da tabela para o topo tem, isso sim, muitos obstáculos pela frente...

Bom e competente jogo do FC Porto, sem ser retumbante mas que, na sua caminhada cadenciada e segura, firme e determinada, dando um passo de cada vez, controlando mais a bola em vez de tentar os esticões das transições (demasiado) rápidas apanágio de Jesualdo (o que não é, para mim, um defeito, apenas não saíam sempre bem), não deixou ter efeitos em vários quadrantes: retirar veleidades ao opositor em sua casa; desmoralizar um pouco mais a concorrência directa que já vem longe e quase a perder de vista; e enfraquecer algum parco entusiasmo alheio mesmo na Imprensa do regime com pouco que pegar para manchar um percurso 100% vitorioso - ainda que a contundência que o resultado podia ter demonstrado não esteja à vista e, aparentemente, nem o futebol pensado e metódico de Belluschi&Cª justificaria, embora oportunidades não faltassem.
Desculpem, não tenho jeito para fazer "relatos", o onze de Villas-Boas é sempre o mesmo e foi a partir assim em força e com os melhores aptos que Jesualdo engatou 8 vitórias seguidas em 2007-2008, relatos é com o balde mar da TVI, prefiro ver as coisas numa conjuntura mais ampla e multidisciplinar, mais preocupado com a moral do que com a história, porque o bem prevalece ainda que o mal e a caramunha se aliem para um fogo cruzado e fátuo para distrair atenções.
adenda: ora aqui está uma opinião isenta como deve ser.
"O árbitro não viu mão de Rolando na área portista logo a seguir ao golo do FC Porto e ainda assinalou um penálti controverso sobre Varela (que Falcao acabaria por desperdiçar atirando ao poste)".
Um tal de Filipe Escobar de Lima precisa de escovar com outra coisa e nem é a coisa da mãe dele, talvez os dentes ou os óculos próprios. Mas ganha consistência e idoneidade porque na ficha do jogo acertou que tal desenrolou-se no Estádio da Madeira, no Funchal. Pelo menos um ponto a favor do Público, jornal que é amiúde a imagem do Ministério Público onde há, também, a rainha de Inglaterra e o resto é uma confusão de duques, condes, viscondes e marquesas.

Há "soundbytes" apaixonados que me fazem recear, é uma campainha que toca e espero que o FC Porto tenha ouvido para esta noite




Vou ser incisivo, incapaz de reduzir ao máximo este post, e, espero, esclarecedor e que passe a minha mensagem da forma mais explícita, como sempre contextualizando o que digo.

Depois das certezas e ilusões garantidas de antes da Supertaça, para desdizer-se mal o resultado de Aveiro o contradisse de forma até menos evidente do que a má exibição do Benfica, estas novas declarações, no pós-derby, de Jorge Jesus devem servir, de facto, de alerta. Assegurar que "vamos estar muito fortes" na 2ª volta com a 5ª jornada ainda por encerrar não é de um treinador, mas de um predestinado que já garantira o mesmo no campeonato anterior por causa dos reforços de Inverno que lhe chegaram mas pouco acrescentaram ao que já havia.
Trememos todos de medo, ou devíamos senti-lo, ao ouvirmos Medina Carreira e João Duque no melhor programa informativo da televisão nacional, o "Plano Inclinado" de Mário Crespo. Conseguindo assustar-nos, pelo menos a mim deixa-me a pensar e a temer, realmente, que "isto" não tenha sequer solução e, logo eu que não devo nada a ninguém - nem à Banca! - possa pagar os desmandos de outros.
Agora, aterrorizarmo-nos com as profecias do "mestre da táctica" e do "fair-play da treta" é perdermos por... "catraum". Que garantias, evidências ou mesmo profecias tem este Messias que mal fala português não sabemos. Pode ser uma questão, pura e simples, de fé e só para os seus prosélitos que, como sabemos, são muito crentes mas até pouco pacíficos e nada contemplativos.
Mas assustar a concorrência prometendo chegar "aos lugares da frente" não sei se diminuirá a força que o FC Porto tem mostrado.
Pode é servir de "sinal" a outras "forças".
Aqui, sim, a presença de Bruno Paixão na Choupana, com este "entorno" vociferante saído de um dérbi do desportivo roto com o recreativo nu, tem de ser um alerta para o FC Porto, vigilante, ganhar ao Nacional na Madeira, com ou sem "bloqueios mentais" de Villas-Boas.
Ganhar é a melhor forma de acabar com a basófia. Mantendo o rumo certo, o FC Porto tem a soberana oportunidade de demonstrá-lo. Vacilar é dar ânimo aos outros. Se for por factores externos teremos ainda mais complicações e ainda antes de terminar a 1ª volta.
Resposta a ser dada, no campo e com clareza.

19 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXVII, adenda oficial): A demissão de Paulo F. já aqui trazida por causa de Laurentino "Kim Jong-il" Dias


Vem hoje, li na página de Desporto online do Diário de Notícias que já não tem, há vários dias, o patrocínio da ADoP e do IDP como aqui denunciei abundantemente, mas parece que a notícia foi apenas tirada da Lusa:


Frischknecht demite-se do COP
O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), Paulo Frischknecht, demitiu-se na quarta feira da Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal (COP) por entender estar em causa "a independência e a autonomia" daquele organismo "face ao poder político".
Numa carta enviada ao presidente do COP, Vicente Moura, e aos seus colegas da Direcção, à qual a agência Lusa teve acesso, Paulo Frischknecht insurge-se contra o teor do despacho governamental de 17 de Agosto em que o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, impõe algumas determinações ao COP.
Entre elas, que, com base nos montantes reservados à Federação de Vela relativos ao projecto Olímpico Londres2012, o COP proceda "à gestão directa daqueles apoios financeiros, garantindo a operacionalização das actividades de preparação, participação competitiva e enquadramento dos praticantes, treinadores, dirigentes e demais agentes envolvidos".
No despacho, Laurentino Dias determina que o COP "proceda ao pagamento directo das bolsas aos treinadores que enquadram os praticantes integrados no Projecto Olímpico Londres2012".O teor do despacho desagradou a Paulo Frischknehct, que na carta enviada a Vicente Moura e seus pares fala de uma "subalternização política e institucional do COP".
"Não considero adequado que uma 'determinação' de Sua Excelência o secretário de Estado seja passível, e produza efeitos, sobre os procedimentos -- e comportamentos -- a adotar pelo COP, ao arrepio de tudo o que sempre nos habituámos a ouvir quanto à sua [do COP] independência e autonomia relativamente ao poder político", refere Paulo Frischknetcht.
O presidente da FPN diz que a anuência à iniciativa do governante seria um "grave precedente", tanto "no panorama associativo" e das relações das federações com o COP, como na "- aparente - subalternização 'política' (e institucional) do COP, de crescente submissão aos ditames do Governo da República".
O despacho governamental apresenta como justificação a recusa da Federação de Vela (FPV) de "dar cumprimento ao contrato-programa de alto rendimento e seleções nacionais, bem como ao contrato-programa de preparação olímpica".
A recusa foi expressa numa comunicação que a FPV enviou ao Instituto de Desporto de Portugal (IDP) a 16 de Junho, na qual justifica a posição com o facto de o IDP ter "suspendido os contratos-programa de suporte à actividade nacional, designadamente de enquadramento administrativo e técnico".
Isto aconteceu porque a FPV tem o estatuto de utilidade pública suspenso, por inadequação dos seus estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
Contactado pela Lusa, Paulo Frischknecht justificou com "divergências de opinião" a saída do COP, cuja Comissão Executiva integrava há seis anos, adiantando apenas: "Em respeito aos valores e princípios que sempre defendi, não pude tomar outra atitude que não a minha demissão".
Já o presidente do COP disse compreender que "não é fácil a um presidente de uma federação integrar-se numa equipa supra-federativa", o que implica uma "transição de um trabalho individual para colectivo, no qual deve imperar a solidariedade e desprendimento de projectos pessoais".
"Foi a primeira vez em quatro mandatos consecutivos que registei uma renúncia de um membro da Comissão Executiva, a qual, de pronto aceitei", concluiu Vicente Moura.
Contactada pela Lusa, a secretaria de Estado da Juventude e Desporto escusou-se, para já, a comentar o assunto.

Façam o favor de ler aí em baixo, de 6ª feira passada, o que escrevi sobre o assunto.
adenda: o Público também deu... a mesma coisa. http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1456616
Entretanto, http://oinsurgente.org/2010/09/19/socialismo-real/ Jong-un será o sucessor de Jong-il que já sucedera a Il-sung. And so on...

Relatório (Bo)Ronha (XXIX): Madaíl e JR na abordagem ilegal de Madrid a um... fundador da FIFA


Se tinha apontado, com ironia sem recuperar-se o tempo histórico de 2004 em que tal cenário era desejável e realizável, uma possibilidade de lucidez de Madaíl a dar os últimos passos como presidente da FPF, além de a ideia ser colocada em momento deslocado e da forma errada, ninguém compreendeu o ponto de burrice desta intervenção pela abordagem ilegal a um treinador com contrato, como Mourinho em Madrid.
Ao anunciar, ontem, que o Real Madrid não foi contactado oficialmente pela FPF para a abordagem a Mourinho, Valdano destapou o que faltava desta missão não só impossível, mas suicida e ilegal. Para mais com o clube que, em nome do País, foi, em 1904, um fundador da FIFA e é o clube do século XX eleito como o melhor.
É que as regras, internacionais e de que volta e meia se fala mesmo a nível nacional como no alegado caso de "aliciamento do FC Porto a Kléber", proibem que um treinador, ou jogador, com contrato com um clube seja abordado por uma outra entidade. A FPF estava a violar gravemente um preceito básico das relações institucionais, mesmo contando, Madaíl, para o efeito com a presença de um dito expert - e eu perguntei-me o que fazia JR ali?... - na matéria de relações internacionais, outro inefável do regime como é João Rodrigues. Um burro ao sol faz sombra, dois fazem apenas um par. E, assim, seguidos de perto pela Imprensa, os dois portugueses investiram em Madrid ao arrepio dos regulamentos, do bom senso e das relações que uma instituição como o Real Madrid merece, até pelo peso histórico acima aludido.
Mesmo por dois jogos, ir falar a um treinador sob contrato com um clube, para fazer um frete à Selecção não é viável, piorando as coisas se, primeiro, o patrão desse treinador não foi contactado e soube apenas pela Imprensa que o seu empregado era desejado noutro lado e queriam tirá-lo à sucapa, embora pudessem avisar depois da inconveniência que poderia causar a saída de Mourinho por uns dias, a expensas próprias, para ir ao Porto (e a Reykjavik, onde é possível ficar retido por um vulcão), fazer uma perninha e salvar a Pátria.
O ridículo é este. Ponto final. O estertor da morte como presidente federativo, assessorado por outro sujeito pouco mais documentado do que o executivo pago, não revela, afinal, a lucidez que dizem existir nos últimos instantes de vida. Há, conta-se, delírios e zumbidos na cabeça que só antecipam as últimas asneiras possíveis de fazer até não poder fazer mais nada.
adenda: agora, claro, temos isto que nem Mourinho percebe: