28 fevereiro 2011

À altura dos acontecimentos?

Meio campeonato depois, o Rascord amanhã vai fazer uma capa igual a esta, para brindar a Jorge Jesus e à sua convicção de que o golo (bem) anulado ao Benfica não resultou de qualquer falta de Cardozo dos encostos ao g.r. do Marítimo.
Os ideólogos deste pasquim têm oportunidade de se colocarem acima do bronco dos cabelos brancos de quem não é esperado o mea culpa como o que AVB fez após reconhecer ter errado em Guimarães ao pedir um penálti que de facto não existiu. Mesmo assim, AVB assumiu o seu erro e não deixou de ser mimoseado por isso, incluindo os jornaleiros que não perderam a oportunidade de massacrar o treinador do FC Porto que, afinal, se situou acima deles todos.
Pelo menos o miúdo vai voltar a bater o graúdo em estatura intelectual.
Já quanto a idoneidade e higiene mental, o confirmado boxeur da Musgueira tem tanto de palavroso como de energúmeno. E como vão faltando palavras para qualificar o tosco e troglodita treinador do Benfica, decerto o reconhecimento de que errou não vai ocorrer. Pelo menos não ocorreu com outro bronco ao seu lado como o arcanjo Gabriel. O silêncio é de ou(t)ro.

27 fevereiro 2011

Boa altura de estrear Jardim... na TVI

(actualizado 2ª feira às 11.39', depois de ter visto vários resumos sem alguém referir falta no 2-1 encarnado por carga ilegal de Sálvio que, de início, pareceu-me ser Cardozo dos encostos)
Não sabia, ao ouvir pelo almoço o noticiário na TVI, a que Pinto da Costa se referia como "imbecilidade" quanto a uma notícia que dava conta de o treinador do Beira-Mar estar já "apalavrado" para substituir André Villas-Boas. Não vi sequer as capas dos pasquins mas acho que tudo faz sentido. Contudo, tive de ir ver ao calendário para saber se o Porto voltaria a jogar com os aveirenses pela terceira vez já que lhes querem "agarrar" o treinador e o técnico madeirense nunca se imaginou ao alto da capa de um pasquim lisbonense apesar de sermos um Portugal dos pequeninos e tacanhos. Bem, se afinal o Porto nem contratou ninguém do Olhanense em dia de jogar com eles...
Ora, se a Bolha já vendeu meia equipa do incontestado líder da Liga, o Rascord trata de arranjar novo treinador. Para adensar a coisa, Jardim demitiu-se do BM esta manhã de 2ª feira: http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=249753 e deve estar a correr de Aveiro, ou para abraçar a Face Oculta de Manuel Godinho entretanto libertado da prisão preventiva ou a correr para o Olival/Gaia... Talvez, entretanto, O Jogo diga para onde vai AVB e assim se fará a quadratura do círculo.
Entretanto, tal como soca quanto fala, o bronco Jesus também achou que se deveria referir ao caso, soube esta 2ª feira de manhã. Começam é a faltar palavras... enquanto sobra o desespero, que a "bronquice", como diria Einstein a propósito da estupidez, não tem limites...

Acabei de saber, por acaso, num rodapé da TVI enquanto o Marcelo dava a homilia dominical pela noitinha, com umas hóstias ao Juca Magalhães, que o Alberto João Jardim vai começar a comentar a actualidade a partir de amanhã, 2ª feira, na TVI. Percebo, enfim, que a juntar aos ex-RTP Carvalho e Judite tão formatados na informação institucional - como acentua o professor MRS e bem e melhor denuncia Eduardo Cintra Torres aqui reproduzido http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2011/02/os-donos-segunda-parte.html com a proverbial contundência e assertivo pensamento crítico - vão buscar o presidente do Governo Regional da Madeira. Já agora, o treinador do BM é Leonardo Jardim, não é? E madeirense? O Alberto João vai-se derreter na estreia, seguramente, até porque já lhe passou a caganeira, perdão a alta voltagem do "cofré" aos saltos, porque confundir cu com coração também esteve na ordem do dia.

Chegará, então, na melhor altura. E a juntar à perplexidade do que sucedeu ao seu Marítimo na Luz, AJJ poderá puxar a culatra atrás e perguntar que é feito ao inquérito de anteriores agressões na Luz a jogadores do Nacional.

Hoje parece que o Jesus andou exaltado, ele chama-lhe adrenalina, já não me lembro que vaselina era em Dezembro quando todos lhe faziam a cruz antes do Natal...
Com o Nacional foi assim, graças ao boxer da Baixa da Baneira.

Mas não perguntem à douta CD da Liga, que o MAI do sr. ministro Rui Pereira também não responde perante nada...

Ainda só vi uns esparsos lances, soube do resultado só pelas 21h no noticiário da rádio, já disse que nem me dou ao trabalho de ver os jogos dos outros porque não há pai para o Porto e o folclore é só para animar a malta. Os pasquins vão continuar a tingir as suas capas com o tom monocromático habitual até ao dia em que se vergarão ao azul de campeão.

Na Luz, onde o artista portuense aí retratado ao lado já tinha dado nas vistas também na visita do Nacional na época passada, o jogo dos 6-1, dos quatro dedos e do cretino do costume, parece que a parte final foi digna do campeão das ajudas de arbitragem. Pressão sobre os árbitros é normal, alguns já a conhecem de ginjeira. O 2-1 do Benfica tem um encontrão de um meco qualquer de vermelho a um defesa contrário, um encontrão como o que o galinácio das coreografias para ganhar umas coroas extra, ou guaranís na sua moeda, deu ao g.r. para ver se passava num golo obviamente bem anulado (mas já vi coisas iguais noutros lados passarem como correctos), mas tá tudo bem, os gajos que ganham 17 jogos seguidos estão quase a fazer 26 jogos sem perder do Porto até ao final do ano passado, algo que, como se sabe, deu muito nas vistas e mereceu adrenalina e capas azuis até fartar.


Partantos, tamos munta fortes, continuamos os mais maiores grandes e temos TODAS as condições de ganhar na basófia, nos encontrões, nas demoras da CD da Liga em julgar factos vistos em directo e sem subterfúgios esconsos de túneis e quejandos, nos insultos aos adversários, pelo menos enquanto o gás não acaba e a caganeira vai sendo disfarçada. Hoje não lhes coube um feijão no cu mas preferem falar em ter muito coração. O costume, nada de novo no Oeste em que o Western volta a estar de moda - será que acaba premiado em Hollywood e vai um Óscar para o Cardozo dos cotovelos e uma Hóstia para o Jesus dos palavrões e estaladas?
ACT.: Alberto João Jardim pode vir a falar hoje do Marítimo, a não ser que deixe para o presidente da SAD uma oportuna e cirúrgica entrevista a A Bola sobre usar e deitar fora. Ou o silêncio matará?...

26 fevereiro 2011

Obra-prima de um mestre contra mestres de obras e outras primas

Um golo fantástico (até Faquirá o disse) de Belluschi desbloqueou um jogo rijo que o FC Porto ultrapassou com galões de campeão. Um golpe magistral típico do repentista argentino a emergir de um jogo confuso, complicado por um opositor aguerrido e demasiado defensivo que não forçou Helton a qualquer defesa. Até lá, muita posse, muita bola, muita procura do buraco por onde entrar com 10 homens de Olhão na área e o resto da populaça a gritar só porque sim para enervar o líder incontestado do campeonato e fazer um jeito ao "nosso grande rival"...
A essas primas alheias que a maioria dos algarvios chama suas sabe-se lá porquê juntaram-se 11 bravos defensores locais que eu nem sabia terem estado sem perder em casa mas alguém fez disso um bicho de sete cabeças. Muita luta, muito despique físico para desmontar uma teia defensiva assente na superação e no espírito destrutivo antes de construtivo: fiquei, enfim, a saber que afinal esta equipa imbatível em casa tinha quatro vitórias e cinco empates, o que dá a letra com a careta. O Olhanense luta e corre, sua e geme, faz o seu campeonato para a tranquilidade e este foi um típico jogo de campeonato em que o FC Porto teve de vestir o fato-macaco (AVB trocou Sapunaru por Fucile e Varela por James ao intervalo) mas só em golpes de génio podia ganhar.
Não só Belluschi mostrou como fazer a obra, mas Falcao acabou a bisar, depois do primeiro remate ao poste e enquanto Hulk permaneceu alheio às redes mesmo até ao fim, para deleite do duo costumeiro da TVI que se preocupou mais com o líder dos marcadores não marcar há um mês do que o FC Porto ter uma vantagem fantástica a 9 jogos do fim para reconquistar um título que só pode ser seu e só o FC Porto poderia, se tal fosse possível mas não se imagina como, perdê-lo - e vai um ano sem perder, 30 jogos de campeonato com 27 vitórias e apenas 3 empates num percurso iniciado com o 2-2 frente a este Olhanense no Dragão.
Deve ser desesperante, mais uma vez, para os perseguidores ver uma equipa inabalável na busca do ceptro nacional, mesmo que Hulk náo jogue a próxima partida, fruto de um equívoco do árbitro João Capela que viu uma falta onde houve um desarme limpo mas o lisboeta fez uma boa arbitragem e ao FC Porto falta menos uma jornada para a consagração inevitável.

25 fevereiro 2011

Liga Europa: agora cabe a vez ao Braga de mudar a ordem dos seus jogos em favor do Porto?...



Já tinha visto no site da UEFA e confirmei esta notícia no site do Liverpool, agora mesmo, assim:
Liverpool have confirmed the dates for their two legged Europa League last 16 tie with SC Braga.

The first leg will take place in Portugal at the Estadio Muncipal de Braga on Thursday, March 10, with the return at Anfield on Thursday, March 17.
No kick-off times has yet been set for these fixtures.
The two ties have been reversed because FC Porto also qualified for the last 16, and with them having been drawn at home in the second leg against CSKA Moscow, UEFA have determined that it is not possible for both SC Braga and FC Porto to play at home together on the same evening.
Therefore it is the decision of UEFA that our tie against SC Braga should be reversed.
Author: Steve Hunter


Ora, pelo sorteio de Dezembro, para as duas primeiras eliminatórias da Liga Europa, cabia ao Braga visitar Anfield primeiro. Reafirmado por ser um dado adquirido, ontem nos relatos do Braga-Lech (parabéns pela qualificação, ainda que com um frango e um corte defeituoso que culminou no 2-0 em fora-de-jogo de Lima) que ouvi no rádio do carro.
Parecia-me estranho que, lendo o site do Liverpool, tenha sido a UEFA a mudar a ordem dos jogos do Braga, para evitar que a 2ª mão tivesse dois jogos em cidades próximas, o Porto-CSKA e o Liverpool em Braga, no mesmo dia, ainda que porventura não à mesma hora. Não sei, desta vez, a razão de ser de tal "prioridade"; porventura, como o FC Porto já teve de mudar o dia do jogo com o Sevilha, agora a UEFA quis que o Braga assumisse os "custos". Uma imposição? Talvez, desconheço é em que base do regulamento.
Mas percebe-se o cuidado em não ter jogos em cidades próximas no mesmo dia. Aliás, foi o motivo que levou a alterar a data do Porto-Sevilha, para não coincidir com o Braga-Lech: primeiro, o Porto-Sevilha esteve marcado, como era devido, para 3ª feira mas uma reclamação justa dos espanhóis adiou o jogo para o dia seguinte, para terem mais descanso em virtude da Liga espanhola para a qual os sevilhanos jogaram no domingo anterior. Nenhum drama quanto a isto e muito menos em relação que se viria a passar no jogo do Dragão...
Essa foi a principal razão para a troca de data - e o horário pouco habitual - do Porto-Sevilha, de resto prevista, isso sim, nos regulamentos que, então, dava prioridade à equipa que vinha da Champions (o Braga) que podia manter inalterada a ordem dos jogos com os polacos do Lech. Não foi, como aventado na Bola, problemas de destacamento policial, o que não faz sentido.
Não sei se o Braga já sabe disto, se a Imprensa tomou conta do assunto mas, para mim, depois do FC Porto é, como se sabe, com o Liverpool que me preocupo, além do Barcelona. Até porque, com a eliminação do Nápoles, pujante na Série A mas titubeante na Liga Europa, caiu um dos poucos favoritos à presença e triunfo na final de 18 de Maio em Dublin. O Liverpool, sim, é sempre uma ameaça. Cá ou lá primeiro, o Braga que se cuide.
Uma razão plausível para, entre o FC Porto e o Sp. Braga um ter de mudar, pode ter a ver, e terá muito provavelmente, com a impossibilidade de se mudar o jogo do Porto em Moscovo. É que o Spartak, que também utilizad o Luzhniki de piso sintético, joga primeiro fora, com o Ajax. Assim, e ao contrário desta eliminatória agora terminada, CSKA e Spartak não terão de jogar no mesmo estádio em dias consecutivos ou intervalados, já que o clube do Exército jogou com o Aris na 3ª feira e a equipa dos "Sindicatos" russos ontem com o Basileia no estádio principal de Moscovo. Mantendo o que o sorteio ditou, com o CSKA primeiro em casa e o Spartak primeiro fora, tornava-se inviável mudar o jogo do FC Porto. Sobrou para o Braga, esta é a minha leitura.
Vamos ter, então, a 10 de Março os jogos CSKA Moscovo-FC Porto, Benfica-Paris SG e Braga-Liverpool e a 17 de Março os jogos pela ordem inversa.

A factura Amadora de não denunciar as ilegalidades, 10 anos depois



Parece uma notícia quase não-notícia, a do desaparecimento do Estrela da Amadora, tal a frequência com que os clubes caem em incumprimento fiscal e são liquidados por dívidas a meio mundo ou ao mundo todo...


http://www.jn.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1792888 lê-se aqui que o clube da Reboleira está para fechar portas mas os carolas, que na origem deram corpo e alma a um projecto local que chegou a ganhar a Taça de Portugal (1990) e a jogar na Europa, como antes clubes como Farense e Salgueiros, continuam a alimentar o espírito pelo amor à camisola como era dantes apanágio de todos os clubes antes do domínio absoluto do dinheiro, os projectos financeiros invariavelmente ruinosos e a megalomania que deita a perder todo o trabalho edificado, material e desportivo, como é testemunho o estádio que passou a levar o nome de José Gomes, artífice da evolução do modesto parque desportivo da que ao tempo passou a ser de maior freguesia do País à cidade-dormitório de Lisboa na margem norte do Tejo.


É sempre triste ver tal suceder e mais ainda quando, há 10 anos (ou nove), Estrela da Amadora prometia denunciar um grave incumprimento fiscal de um clube concorrente e que, à data, impunha a despromoção do prevaricador. Estava nos regulamentos, era verídico mas nem a Liga, então do hoje comentador José Guilherme Aguiar como secretário-geral do organismo cuja regulamentação geral e específica tinha o seu cunho como se gaba, nem os clubes prejudicados denunciaram a situação.


Os denunciantes coniventes com as falcatruas acabam por pagar a factura. O Estrela da Amadora, num certo dia de 2001-2002, visitou o Desportivo das Aves. Ambos acabaram despromovidos mas ao tempo prometiam denunciar o incumprimento do Benfica que devia ditar a sua descida de divisão. Era o tempo do regabofe de Vale e Azevedo, em vias de perder para o Vilavinho que depois co-optou Filipe Vieira, era o tempo da gloriosa equipa que seria espinha-dorsal da Selecção Nacional mas nem se apurava para as competições europeias nem, depois, alimentava a equipa portuguesa ao mais alto nível. O Benfica que, para mais, confessara a sua conduta imprópria, antes ou depois de salva, mais uma vez, da despromoção com uma ilegal validade de uns papéis que Manuela Ferreira Leite legalizou à martelada aceitando como pagamento ao Fisco, de que era a super-intendente enquanto ministra das Finanças, alegadas acções sem cotação mas estimadas a 5 euros por unidade de forma a cobrar os impostos em dívida como no "conto do vigário" em que sabia aceitar papéis sem valor como se valessem dinheiro. O processo de incumprimento fiscal do Benfica vinha de 2001 e foi "legalizado" pelo novo Governo do PSD, que os vigaristas da Luz passaram a apoiar prometendo apoio eleitoral com jantaradas na Luz para os hoje demagógicos dirigentes e paineleiros encartados...


E. Amadora e D. Aves desceram, o Benfica falhou as competições europeias mas não avançaram as ameaças de tentativa de accionar os mecanismos legais, no âmbito penal-desportivo, contra o incumprimento que ditava a descida de divisão dos encarnados. Não houve rasgar de vestes pela verdade desportiva, não se condenou ser o futebol um estado dentro do Estado, não se pediu a intervenção destemperada do poder político para pôr ordem na casa, não se constatou que um clube tinha benesses do Governo capaz de punir, amiúde exemplarmente, o anónimo incumpridor individual ou colectivo.


Dez anos depois, o E. Amadora desaparece, porventura para reaparecer com outro nome e de forma quase informal nos escalões amadores, e a História não ensina nada e muito menos corrige os abortos jurídico-desportivos que marcam o futebol português. Vai-se falar disto e daquilo, mas esquecer o essencial. Na indiferença que é devida aos que pactuam com ilegalidades, até serem apanhados na primeira curva dos acidentes da História.

23 fevereiro 2011

Derrota tão injusta como injustificado o sofrimento para passar

Um jogo a roçar o incrível, quer pelas peripécias quer pelo desacerto de Hulk que toda a equipa portista imitou com uma inusitada incompetência na hora de rematar e acertar na baliza. A juntar a tudo, o costumeiro incompetente árbitro inglês recém-armado "cavaleiro" ("sir") a Rainha lá saberá porquê mas ficamos sem saber se rir se chorar deste inenarrável Howard Webb que voltou ao Dragão para expulsar mais um lateral portista: frente ao Schalke foi Fucile...

Webb perdoou, de forma imperdoável, a expulsão a Alexis pela mesmíssima razão que o levou a expulsá-lo: agarrão a Hulk, ostensivo, deliberado e tão escandaloso que até este vergonhoso árbitro teria dificuldade em justificar-se quando se visse ao espelho. O problema é que o primeiro lance ocorreu a meio da 1ª parte e a expulsão só ocorreu a meio da 2ª parte, já com 0-1 e Álvaro Pereira expulso por entrada dura, podendo aceitar-se a sua expulsão mas não à luz das cacetadas por trás que vários sevilhanos foram distribuindo ao longo da partida e Belluschi sofreu uma pouco antes da entrada destemperada do lateral uruguaio.

Só a incompetência face ao golo por parte do FC Porto pediu meças ao incompetente e absurdo careca inglês, mais um parolo feito santo na sua terrinha mas que não faz um jogo, mesmo em Inglaterra, sem gritantes casos de má arbitragem.

E é ao FC Porto que devem assacar-se as responsabilidades desta derrota que não estragou a eliminatória, ganhando por golos fora no 2-2 total, mas manchou um percurso incólume numa prova que a equipa mostra querer ganhar. Vai ficar a derrota no currículo, mas extremamente injusta e que, com o 0-1 e menos um em campo, implicou um sofrimento que a desastrada finalização ajudou a conceber como... inconcebível.
Porque, para tudo ser mais incrível ainda, o FC Porto foi muito competente, organizado, disciplinado e com a iniciativa de jogo para ganhar. Tacticamente esteve muito bem, falhou a goleada e permitiu um golo por desatenção de Otamendi a deixar Fabiano isolar-se numa altura em que entrou e dificultou a leitura de jogo das novas opções ofensivas de Gregorio Manzano, baralhando os centrais portistas.
E foi pena, porque o sector defensivo esteve muito concentrado, ajudado por Fernando de novo a fazer um jogo notável e Belluschi e Moutinho bem a fazer jogo que os avançados, Hulk, Varela e Falcao, desperdiçaram amiúde a roçar... o incrível. Náo é exagero afirmar que o FC Porto podia ter marcado, sem favor, 10 golos e acabou a sofrer... por voltar a falhar (Fernando), falhar (Hulk) e falhar (Guarín), qualquer deles isolado e qualquer deles, antes da sua oportunidade, ter falhado o passe de morte para um companheiro ficar isolado em contra-ataques de superioridade numérica.
Parece patético descrever tudo isto, da mesma forma que o fomos vendo e vivendo sobressaltados por tanta aselhice, descontada a malapata de Falcao a cabecear de forma soberba à trave. Helton fez uma ou duas defesas apenas, o Sevilha nada arriscou até aos 55' quando entrou Fabiano mas foi muito protegido pelo árbitro e pelas falhas acumuladas do ataque portista dado a perdoar e a deixar brilhar o suplente de Palop na baliza.
Patética é a derrota, mesmo que possa e deva festejar-se a qualificação justíssima da melhor equipa, que fez um jogo excelente salvo a pecha da finalização que deturpou toda a verdade do jogo e o resultado em si mesmo, passando por apuros imerecidos mas que só é possível porque isto é futebol, o Sevilha vendeu cara a eliminatória como já se previa e no futebol há árbitros incompetentes com a agravante de falharem consecutivamente. Ao menos o ataque portista tão cedo não falhará tantos golos, porque é impossível falhar tantos golos num jogo só.
Nota para o regresso de Falcao, obviamente sem ritmo e explosão, sem físico nem rotinas, mas este é o preço a pagar por uma ausência prolongada. Já Álvaro, reaparecido em Braga, já mostra estar no seu melhor mas deve falhar, em Março, os dois jogos com o CSKA Moscovo pelo seu vermelho directo que deve implicar tal sanção.
Mas o FC Porto está lá, nos 1/8 da Liga Europa que, nesta fase, se torna numa montanha de 1ª categoria para a qual é preciso pedalada certa e não rodar em seco como andou a "patinhar" o ataque portista neste jogo para ficar na memória pelas piores razões.

22 fevereiro 2011

Europa, Europa


Volta a jogar-se pela Europa no Dragão, amanhã à tarde. O FC Porto traz uma vantagem de 2-1 de Sevilha, mas nada ainda está ganho, apenas bem encaminhado.
A Europa traz sempre problemas diferentes das provas domésticas. Estilos diferentes, amiúde melhores jogadores, equipas de gabarito. Tudo em aberto.
Que o diga o CSKA Moscovo, possível futuro adversário se o FC Porto também cumprir a sua parte como fizeram os moscovitas. Mas o PAOK, de Lino e Vieirinha, quase virava a eliminatória no sintético do Luzhniki: ficou 1-1, os gregos empataram a contenda a meio da 2ª parte e se chegassem a 1-2, quase no fim, lá se ia o favoritismo e a vantagem da 1ª mão.
Uma lição a reter. O próprio Real Madrid, que já se dá por contente não ter perdido em Lyon, sofreu para empatar e pouco fez para ganhar. Se alguns acharam que o FC Porto não teve brilho em Sevilha, não sei que dirão dos merengues em França. O Real não arriscou um bocadinho, viveu de muito pontapé para a frente e se atirou duas bolas aos ferros foi só em lances de bola parada. Não conseguiu uma jogada de princípio a fim durante uma hora. Mesmo o golo, foi só numa insistência de Benzema, que Mourinho tivera a felicidade de lançar em campo um minuto antes mas muitos acham que é a aura de Mourinho como não acharam a de André Villas-Boas a fazer entrar Cristian Rodriguez e Guarín que "fabricaram" o 1-2 portista.
A Europa, amiúde que nos parece tão perto, às vezes anda tão longe. Um golo das nossas equipas pode apurar Benfica, Sporting e Braga também. Mas um golo sofrido pode afastá-las em definitivo.

21 fevereiro 2011

Otamendi pôs FC Porto em risco *

Pois esta é a "bomba" que anunciei há uma semana, após a vitória de 2-0 na Pedreira.
Os dois golos de Otamendi em Braga foram dignos de ponta-de-lança. O primeiro com precisão: deixou o defesa contrário (Rodriguez) na dúvida (fintava ou rematava? fazer de meco à frente do atirador pelo menos reduzia as possibilidades de êxito); depois viu um buraco e rematou em arco, simples mas eficaz e certeiro, ladeando o opositor e levando a bola ao canto onde o g.r. Artur não chegava. Um belíssimo golo, preparado, pensado, executado na perfeição. O segundo foi de uma finalização tão eficaz quanto cínica: aproveitando uma sobra, colocado de esguelha para a baliza mas com a bola à mercê o g.r. Artur desespero para tapar o primeiro poste para onde tinha de se atirar para tentar um milagre e adiar o inevitável, Otamendi apanhou a bola e não a preparou para rematar após decidir o que e como fazer; tocou-a de mansinho, com a parte de dentro do pé direito para melhor se enquadrar com a baliza e visar, ele de frente, o canto mais distante que a corrida de Artur para o poste mais próximo deixaria desguarnecido. Foi pensado, como o primeiro, mas a finalização foi perfeita, porque o toque surgiu de primeira e espontâneo, com precisão também e óbvio sentido de golo para aquela parte da baliza, aparentemente o mais fácil.
Mas com Hulk a fazer como pode a posição 9, sacrificando-se e sem queixumes (ah, o treinador põe-me a jogar onde não quero, nem gosto e muito menos rendo...), sem Falcao, como aceitar que Otamendi consiga tais proezas técnicas que muitos pontas-de-lança nem têm?
Pois é isso que a Liga, entre hoje e amanhã, vai decidir o que fazer. Talvez 4ª ou 5ª feira haja decisão, mas como não pretende afectar o FC Porto por causa do crucial jogo europeu com o Sevilha, a segunda data é a mais provável. Quando muito uma decisão-relâmpago ainda poderia sair hoje, até para a CD não ficar atrás da celeridade, e sentido de perseguição, movido pelos antecessores na comissão orientada politicamente pelo Bosta da Liga.
O jogo em Sevilha, de resto, trouxe a mesma preocupação, com o golo de Rolando no Pizjuan, mas o longo braço da Liga não chega à Europa e esse jogo passa o FC Porto incólume, ainda que tenha de fazer pela vida na 2ª mão, já depois de amanhã, para seguir em frente. E ao menos a Liga não quer perturbar os portistas com eventual relatório/exposição à UEFA, também para não seguir a triste figurinha de protector de interesses de capela da antecessora com o famigerado caso da Champions que o 4º classificado queria ocupar.
Vamos aguardar algumas horas e eventuais capas de pasquins amestrados para conhecer o epílogo desta situação de todo inaceitável à luz dos ressabiados lusos.
* A explicação? Simples: parece que a vitória em Braga - com os dois magníficos golos de Otamendi - não significou nada, nem pela forma nem pelo conteúdo de jogo portista. Tomem nota:

"Benfica vence e encurta distância para o líder"
Esta é a melhor do Jorge Meirim a dizer que "Benfica tem TODAS as possiblidades de chegar ao 1º lugar", basófia que ninguém lhe irá cobrar nem que há dias tenha dito ser difícil lá chegar por não depender só da vontade dele enquanto Mourinho em Espanha diz que bem gostaria de ter a vantagem de 5 pontos do Barcelona, olé, enfim...
"Benfica mantém sonho do título"


19 fevereiro 2011

A má memória dos calhordas do costume

O FC Porto, neste fim-de-semana, já jogou, vencendo o Nacional (3-0) em jogo antecipado disputado a 27 de Janeiro para aliviar o calendário competitivo entre os jogos europeus com o Sevilha.
Não é verdade, haja quem traga aqui algo a respeito, que há um ano, por esta altura e pela mesma razão, o FC Porto tenha contestado o que o Benfica fez, exactamente o mesmo, ganhando à U. Leiria e folgando entre os jogos com o Hertha de Berlim. Os calhordas do costume, com má memória e má consciência, quiseram evocar que o FC Porto criticou a acção do Benfica para agora fazer o mesmo. O FC Porto não tomou posição oficial. Aliás, quem poderia sentir-se melindrado, então, era o Braga, líder da Liga. Pois com essa jogada, aproveitando o facto de os regulamentos serem omissos quanto a antecipações de jogos na 2ª volta, o Benfica acabou por chegar pela primeira vez à liderança com a goleada sofrida pelos minhotos no Dragão (5-1), à 20ª jornada, precisamente a 23 de Fevereiro de 2010.
O que se pode evocar, já agora, foi mais um arroto do basófias do costume, um treinador sem carácter que se enfurecia por a sua ex-equipa, do qual ainda se considerava tutor espiritual e mentor competitivo, ousar comandar o campeonato. Ganhando à U. Leiria no início de Fevereiro, numa folga do calendário de competições, o arrotador de postas de pescada disse que "já fizemos a nossa parte, agora que os outros façam a sua", gozando com a liderança à condição mas sem suspeitar que a sua "equipa-maravilha" sofreria até ao fim para ganhar mais um título com benefícios da atroz arbitragem portuguesa.
André Villas-Boas podia ter dito a mesma coisa, colocando-se a 11 pontos de vantagem sobre o 2º classificado, depois de bater o Nacional. Também ninguém lhe ouviu desafiar o rival.
Por acaso, escrevo isto enquanto o Jornal da Noite da SIC, este sábado, passa uma reportagem dupla de fazer chorar as pedras da calçada com o fair-play da treta. Informam uma coreografia autenticamente de galinheiro de Cardozo, a festejar com os cotovelos em movimento um golo ao Estugarda quando devia estar fora do jogo por expulsão directa. Mas não há mais imagens de uma sua entrada lateral, com o cotovelo na cara de Juzmanovic por não poder disputar a bola com um salto atrasado. Foi aí que dei conta de Cardozo estar em campo... Quanto às imagens tão em falta para quem não viu em directo, tal como referências dos comentadeiros, como a segunda bola ao poste da baliza de Roberto, nos instantes finais, apesar de apregoarem que a goleada esteve iminente... pois não mais se viram. Cardozo acabaria por marcar um golo e meio, confirmando o 2-1 ao Estugarda e a reportagem diz que é com fins de beneficiência por causa de uma... lotaria do Paraguai que se pôs a saltar como uma galinha.
Ficamos tão comovidos por saber usar os cotovelos como benemérito à custa das dentaduras dos adversários, como ver, a seguir, outra reportagem com o presidente Vieira a anunciar, pela milésima vez, a retirada de Mantorras da carreira de tiro, algo já propagandeado tantas vezes como as inaugurações múltiplas do Governo em abertura de escolas, estradas e coisas várias para ter esses minutos preciosos nos telejornais e iludir os parolos.
Pena que não tenham falado da beneficiência do presidente do Benfica que, enquanto presidente do Alverca, vendeu Mantorras ao Benfica por 5 milhões de euros que o Alverca nunca recebeu...
adenda pictográfica
O COTOVELO DO CARDOZO aqui http://tascadepalmeira.blogspot.com/2011/02/cardozo-usa-danca-da-galinha-na-cabeca.html, para provar que eu não minto, que o Prates diz "para ter cuidado" com isto porque o animal já foi expulso na Europa pelo mesmo motivo e o Carlos Manuel afiança que "isto é o que os alemães querem". A parte dos diálogos é que não apanhei, na SportTV, mas nada do resto me escapou. Nunca escapa.

18 fevereiro 2011

A "nota artística" do cotovelo da sorte!



É o risco de juntar o nem sempre conveniente e explícito "dois (ou três") em um". Tentar resumir tudo é digno de um sábio como aquele maluco que decifrou a "fórmula de Deus" no celebérrimo E=m.c2, dito Einstein facilmente confundível com um Eisentein dos filmes de sombras do realismo soviético "et pour cause" que alguns epígonos de freguesia impingem em pleno século XXI

Quando nos é dado conhecer que um criminoso http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=684468, condenado a 4 anos de cadeia, dos quais a Defesa não recorreu (pudera!), volta para a prisão 11 anos depois de uma fuga que diz bem, há muito, do estado de podridão justiceiro desta República de gente morta, em vésperas, ironicamente, de um Sporting-Benfica, eis que a informação "relativa" que é transmitida escamoteia, como de costume, coisas reais para se enlevar em devaneios de "nota artística", superada a fase ejaculatória do "metemos muito medo", os "M&M&M...
Até há portistas - sempre "exigentes" "comme il faut" - que falam de sorte do FC Porto no Pizjuan de Sevilha, escarnecendo de um jogo de alto nível digno de Champions a que os restantes clubes tugas não estão habituados - ou se chegam, porventura, a conhecê-lo (o nível de Champions), rapidamente se apercebem do seu passo curto real, em vez do "paso doble" fictício da delirante inteligentsia comunicativa e intoxicativa paroquial.
Por acaso não vi os minutos finais do Benfica-Estugarda, aquele de "nota artística" sempre elevada, seja nos 90', só em 45', só na 1ª parte ou só na 2ª parte, depois de um primor de execução de um alemão de nome Harnik que já antes enviara, imagine-se, uma bola à barra de um cruzamento da lateral. Também só vi, hoje, apesar da profusão de comentadeiros, recadeiros e televiseiros, uma imagem, apenas uma, de um livre frontal em que o Estugarda envia uma bola a um poste nos minutos finais, apesar de confusas inspirações da definição de "meter muito medo", o tal M&M&M em que não se percebe bem quem tem um feijão no cu...
Isto para não falar das supostas aflições defensivas do FC Porto ante um poderoso Sevilha que faz jus ao seu estatuto, confirmado, de equipa ao nível exigido por uma Champions League. É que, nem sequer concordando com falta de Kanouté no salto com Otamendi em que o maliano ganha posição no salto para a frente em velocidade com vantagem posicional e motora que o argentino não podia emendar, passo tanto ao lado disso - num jogo de alto gabarito competitivo, ou como diria o outro de "alto labirinto", como ouvia em pequeno da parte de gente maior... - como de alegado fora-de-jogo de Rolando no 0-1 portista. Como se ainda há um ano, na última derrota europeia do FC Porto no Emirates, o 1-0 do Arsenal não tenha sido precedido de fora-de-jogo de Arshavin e do qual nenhum portista se queixou...
A verdade é que o cotovelo de Kanouté provocou menos mossa do que o de Cardozo, sempre desaparecido do jogo até se comportar como o David Luiz peremptório nesses despiques. Helàs, Cardozo que não há muito tempo foi expulso, na Europa, por lance similar mas que amiúde passa despercebido. Pois Cardozo esteve em golo e meio do Benfica ante o Estugarda, apesar de justificar a expulsão que os beneméritos comentadeiros benfazejos ignoram de forma explícita como o fazem semanalmente nas disputas cá do burgo e nenhuma imagem passou nos ecrãs dos regimes árabes cá do sítio...
Confundir competitividade com violência e lealdade com agressão é o mesmo que falar das deslocações ao Porto sob "policiamento marcial" (recentes visitas da comitiva encarnada sob os auspícios protectores do recomendável MAI do ministro assíduo dos camarotes da Luz), enquanto se ignora como adeptos portistas são impedidos de cruzar as portagens de Alverca sob o pretexto de instigarem a reacção dos adeptos benfiquistas capazes de incendiarem autocarros visitantes (na Luz) ou deixarem um hóquista contrário em coma (Filipe Santos na Luz). Nem se fale, sequer, de bolas de golfe no Dragão "versus" pedradas no autocarro portista em Algés.
Há todo um mundo de diferença entre apreciações aos comportamentos de adeptos do norte e do sul, de jogadores do Porto e do Benfica e de "realizações cinematográficas" imaginadas pelos ayatollahs lisbonenses e talibãs correspondentes impregnados na "jihad" comunicacional da Imprensa servilista em nome do regime.
É por isso que, ao fim de 11 anos, se descobre como um criminoso volta a ser apanhado e, no campo, semanalmente, se vê como a "verdade desportiva" é espezinhada. Com Luz, claro, a cegar os ignorantes que acedem aos microfones e fóruns que os novos romanos do pão e circo devotam à plebe. Ainda hoje ouvi, por acaso, na SICN alguém falar do "fora-de-jogo" de Rolando em Sevilha, como se o seu clube nunca tenha marcado um golo irregular na Europa ou na parvónia, ou evocar o "golo mal anulado ao M. United" (ignorando a falta antecedente sobre Ricardo Carvalho por van Nistelroy) para desprezar ter o seu clube chegado a uma final com um golo marcado com a mão.
Mais ironia do que isto é difícil. O resto, de facto, é conversa. Ou, como diz a outra no anúncio entre marcas de hipermercados, não se deve ligar a música...
nota: ui como eles se empertigam, insultam e espumam nos comentários que sabem ter o destino fatal que há-de despejá-los no esgoto devido, só não percebo se desgostam das alusões ao jogo de cotovelos ou aos que se acotovelam para mostrarem quem é o mais mau, mau dos no, no. Bois.

17 fevereiro 2011

Foi épico, foi em Sevilha, parecia 2003!


As boas memórias de Sevilha voltaram a criar fortes emoções com o triunfo muito sofrido num jogo altamente competitivo em que o FC Porto bateu o Sevilha por 2-1. Duro, intenso, em ritmo fortíssimo, com ocasiões de golo, emoção a rodos e até algum "sururu" em campo fizeram sempre lembrar o inesquecível êxito na Taça UEFA diante do Celtic na Cartuja.
O FC Porto conseguiu o melhor resultado das equipas portuguesas na Liga Europa mas a eliminatória está longe de ser decidida, apesar da vantagem caseira na 2ª mão, já na 4ª feira. Todas as equipas portuguesas têm, de resto, o apuramento em aberto. Mas os dragões, obrigados a uma actuação de raça e muita atenção defensiva, sob forte pressão do poderoso ataque dos sevilhanos, somaram pontos no favoritismo.
Sem dúvida que foi um jogo de nível da Champions, com muita qualidade defensiva e ofensiva mas o FC Porto algo intimidado nas divididas, sofrendo o assédio de um jogo que os locais procuraram tornar em despique físico. Muita velocidade nas alas, forte pressão no meio, excelente Fernando de novo, nem sempre consequentes as saídas para o ataque de Moutinho e, especialmente, Belluschi. O Sevilha jogou como se fosse pela vida, num frenesim que só a tarimba portista na Europa controlou com frieza.
E se Palop começou por negar o golo a James Rodriguez, também Helton evitou o pior em lances aéreos muito poderosos de Fabiano e Kanouté. Num jogo movimentado, frenético até, com alternância de domínio e à-vontade na partida, os primeiros golos saíram de bolas paradas (Rolando e Kanouté) e a sentença acabou por sair da dupla de substitutos que, entrando mal no jogo, acabaram por selar a vitória, na insistência de Cristian Rodriguez - rendendo Varela e com o sistema em 4x4x2 com o uruguaio e Hulk na frente - a que Guarín deu seguimento na recarga. AVB lançou a equipa que tãop bem actuou em Braga, Falcao voltou a não jogar mas Álvaro Pereira já entrou no final a render Belluschi após o 1-2.
O FC Porto sofreu defensivamente com muita variedade de opções ofensivas do Sevilha, a demonstrar que continua uma grande equipa e temível no seu reduto. Mas podia ter definido melhor algumas situações de ataque, até de 3 para 3, que podiam ter permitido ampliar a contagem no final.
Tudo em aberto, ainda, mais um grande jogo em perspectiva e desde já a antevisão de um confronto seguinte com o CSKA Moscovo vencedor no temível Toumpas do PAOK em Salonica. Mas só um melhor Porto poderá refrear a sede de vingança do Sevilha que tem a última oportunidade de salvar a época.
O técnico do FC Porto, que conta 8 vitórias em 9 jogos da UEFA, garante pretender ter mais domínio e iniciativa na 2ª mão, pelo que é de esperar a entrada de Falcao em detrimento de James, um menino algo perdido entre homens de barba rija na partida de alto temperamente de ontem. Se Hulk cair para um flanco, com Varela a demonstrar já estar bem e em velocidade de cruzeiro, o ataque portista poderá brilhar no Dragão e carimbar a qualificação.

Regresso da Liga Europa, noutros moldes e novas equipas


André Villas-Boas avisara e não pode ser estranho para ninguém: o que se passou na fase de grupos da Liga Europa não tem nada a ver com o que vai suceder daqui para a frente. Uma equipa em Outubro ou Novembro estará igual em Fevereiro ou Março?
Pois é o que se vai medir no regresso da Liga Europa, com eliminatórias, para já dois jogos numa semana, mais uma ronda do que na Champions (que estende os seus jogos agora por 4 semanas!), novas equipas (vindas da Champions), outras rotinas (escandinavos e russos sem competição, em pré-época), algumas mudanças.
A competição parte, por isso, do zero. Há mais candidatos à presença em Dublin. Mesmo os fracassados do Outono já se vêem a desabrochar na Primavera. Entretanto, nas respectivas competições internas, mudaram alguns cenários. O Nápoles, para mim, é o mais enigmático: por duas vezes escapou do KO ante o Steaua, esteve a perder 3-0 em Bucareste e empatou aos 98' pelo mesmo Cavani que desatou a marcar na Série A e no último jogo com os romenos, no San Paolo, apurou os italianos aos 93'... Os napolitanos, contra todas as expectativas, perseguem o Milan mas medem-se agora com o Villarreal que luta pela Champions em Espanha. O Liverpool, que dominou o grupo em que passou o Nápoles, está por experimentar a validade da nova opção atacante Suarez (ex-Ajax)-Carroll (ex-Newcastle e ainda lesionado).
Os melhores da primeira fase, os russos do CSKA e do Zenit (só com vitórias), estão em pré-época. O Anderlecht lidera na Bélgica mas acossado pelo Genk que o FC Porto deixou para trás na pré-eliminatória. O Ajax continua sem descolar na Holanda. Sevilha idem na Espanha e o Estugarda na Alemanha, trocando de treinador. A surpresa Lech Poznan, que muitos acham erradamente ser uma pêra doce para o Braga, está na pausa do campeonato polaco.
Há que rever tudo, até o detentor do troféu, o Atl. Madrid, saiu de cena. O Besiktas, que empatou no Dragão, tem Simão e Hugo Almeida juntos a Quaresma. No caso do FC Porto, tem um opositor dos mais fortes, como é qualquer equipa de topo espanhola, ainda que o Sevilha ande titubeante e sem se recompor do fracasso da Champions com o Braga. Mas este Sevilha será o mesmo, mesmo assim, do de Agosto?
Os jogos dos portugueses (na SportTV à excepção do FC Porto):

Sevilha-FC Porto (20.05, SIC), jogo de Champions, sem dúvida e isso diz tudo. Aberto, difícil, com classe a rodos e muita incerteza, ainda que vejamos o FC Porto capaz de passar a ronda que se antevê equilibrada.

Rangers-Sporting (20.05), escoceses repescados da Champions, leões a lamber feridas também, protestantes suplantados pelo rival Celtic na sua Liga, lisboetas sem dar confiança sequer aos seus adeptos, prevejo algo como há uns anos quando os scots pass(e)aram em Alvalade mesmo sem serem um opositor de qualidade acima da média. O problema é mesmo... o Sporting inseguro e descrente.

Lech Poznan-Braga (18h), polacos venceram o M. City em casa e superaram a Juventus sem perder com os italianos, défice de não terem competição interna mas periogosos e atléticos, tudo ao contrário do Braga que, se demonstrar as maleitas físicas de domingo passado, passará um mau bocado e não vejo os polacos em nada inferiores.

Benfica-Estugarda (18h), aqui há pouco a dizer, conta só a nota artística que quiserem atribuir-lhe antes do habitual suplício em solo germânico...
NOTA: há quantos anos não se via os pasquins de Lisboa distribuírem nas capas as atenções por TODOS os participantes lusos na Europa?

16 fevereiro 2011

Não sei se Kléber vale tanto quanto se fala dele pelas piores razões negociais


Nunca o vi jogar, não estou sequer curioso em saber, não consta que tenha sido um fenómeno e muito menos se Kléber vale o folhetim que alguém transformou em novela para acabar, qual mulher despeitada e rejeitada pelo companheiro eventual que quis denunciar - onde já vimos história igual?; logo com uma acção em tribunal quando uma sentença condenou nesse dia a denunciante emparedada em dívidas e cauções... - na justiça.
Não tomo, sequer, posição no caso. Assumo a ignorância ligada ao facto de me merecer um encolher de ombros tudo o que lhe diz respeito, já desde o Verão. Mas não me faço de desentendido e muito menos de burro, que é a figura a que se prestam certas vedetas pseudo-jornalísticas cá da parvónia.
Vou deixar só tópicos suficientes para dizer nalguns parágrafos a tristeza de tudo isto e com a ventoinha ligada sempre no mesmo sentido, tanto para aspergir moral - para mais de quem tem pouca para mostrar e muito menos vender - como para querer cobrir de lama outrém só porque um caso negocial não correu de feição ao presidente do Marítimo.
O fala-barato, pelo visto, terá de explicar em tribunal certas declarações feitas. Quando li a capa da Bola de sábado, já à noite e de soslaio, olhei, sorri e andei. Percebe-se que, se não é de um corno manso, é pelo menos de um "conjuge" rejeitado e alegadamente traído. De que traição se queixa? De não ter um amor correspondido e, vai daí, lança suspeitas por todo o lado?
Nem sequer vem ao caso a forma, capciosa, como cresceu este empresário madeirense à sombra, tal como no cargo de presidente do principal clube madeirense e mais favorecido pelo Governo Regional e de resto beneficiando de benesses que os clubes do continente não têm, de extração de areias no mar madeirense e contratos só para gajos porreiros...
Agora, depois de um pé de vento sobre dinheiros a haver da venda de Pepe, Carlos Pereira falar de verbas encobertas, sacos azuis e transferências mirabolantes e eventualmente ilegais é armar-se em cordeiro e pedir para entrar na boca do lobo.
É estranho, sempre foi qualquer coisa na sua boca, perceber o sentido de certas palavras do presidente do Marítimo sobre anteriores negócios de jogadores. E que este, bom cidadão acima de toda a suspeita, ter pedido a interferência do Ministério Público para investigar.
É estranho porque, primeiro, devia ter pedido a intervenção da Liga de Clubes. Ou, então, perdeu o ensejo de mais uma perseguição disciplinar ao FC Porto no tempo do Bosta da Liga.
Mesmo assim, chamar a Justiça ao barulho é algo bizarro. Porque, na sequência do Pito Dourado, se houve casos extraídos daquela salgalhada infame foram, precisamente, transferências de jogadores entre as quais a de Pepe. Não foi profusamente noticiado, e notoriamente condenando mais uma vez o FC Porto por antecipação, que a justiceira Morgado tinha o FC Porto debaixo de olho e as contas de não sei quem e não sei onde seriam vasculhadas adivinhando-se, assegurando mesmo, que o FC Porto e o seu presidente estavam, mais uma vez, tramados?
Foi, foi tudo noticiado. E até hoje...
Até hoje, em termos negociais, no futebol de cá de dentro e nas relações internacionais, se há algum clube e algum presidente cotados em alta estima, em todas as esferas de uma negociação - clareza, princípios, honradez, compromissos, valores, transparência - são precisamente o FC Porto e Pinto da Costa.
Os jogadores, ao saberem do FC Porto, não o trocam por qualquer clube de bairro cá da parvónia.
Os dirigentes aceitam negociar até com um simples aperto de mão. Empresários quaisquer, do futebol e de fora do futebol.
E se Carlos Pereira acha que, como líder de uma SAD, tem de mostrar contas certas e limpas, porque acha que a SAD do FC Porto, de uma dimensão correspondente à do Portugal continental com a da ilha da Madeira, não tem essa obrigação?
Além de fala-barato, com o risco de não ser levado a sério como é da praxe, é néscio. Pensa que os outros são parvos, mas só os que se dispõem a comentar com base em... preconceitos clubísticos. E azia de morte por não terem como amedrontar o FC Porto.
Não falei do negócio, não sei se Kléber vale ou se vem para o Dragão, não abordei o clausulado em litígio, que desconheço, apesar de perplexidades sobre certos valores e avales para os assumir. Só vendo de fora, com distanciamento mas mediante certos princípios commumente aceites no mundo da bola, chega para desqualificar esta estória de trazer por casa. É o típico tuga, reles e pequenino, a pedir cobertura mediática com a certeza de a ter como vítima de violência doméstica quando nos torturam com alegadas vivências de faca e alguidar, a meter mais dó do que Justiça.
E há alarves mais ou menos pindéricos a meterem as mãos na lama criminosamente lançada como poeira e que só os incautos, e preconceituosos, ficam com as vistas e os óculos embaciados.

15 fevereiro 2011

O FC Porto foi mesmo espectacular em Braga



Vai fazer um ano, no próximo fim-de-semana, que o FC Porto afastou o Braga do título, com uma impressionante goleada de 5-1, numa jornada em que, pela 1ª vez, o Benfica ascendeu isolado à liderança em virtude da sua antecipação do jogo com a U. Leiria, beneficiando da cabazada do Dragão.

Lembrei-me muito desse jogo, um hino ao futebol como então descrevi em rescaldo, aproveitando o aniversário de Händel (nascido a 23/2/1865) ao invocar uma sua música para dar o tom à beleza e excelência do jogo portista (infelizmente sem sequência, pois sofreu logo 3-0 em Alvalade)

Desta vez na Pedreira, onde na época passada o FC Porto perdeu por um bambúrrio de Alan a desviar o seu cruzamento da lateral em Álvaro para trair Helton, o FC Porto esteve perto de marcar, sem favor, cinco ou seis golos. Ficou só o 2-0 mas, para mim, uma noite de futebol de campeão que não admite ruído exterior como na feira da ladra a ver o cigano que berra mais alto a elogiar o seu produto.

Tivesse o FC Porto chegado, com naturalidade, a 5-0 ou 6-0 e também não teria os favores reverenciais da Imprensa lisbonense. Hulk ficou a centímetros de mais um golo fenomenal, num slalom culminado com um tiraço à barra de Artur, e ainda deveu a si próprio mais dois golos em jogadas individuais pelas quais apareceu na cara do g.r. bracarense. Mais uma "bomba" de Belluschi, em mais uma jogada de alto quilate colectivo, a queimar as mãos de Artur e temos a pincelada geral de um jogo em que, ao contrário da 1ª volta no Dragão, os dois únicos remates arsenalistas à baliza de Helton desya vez, felizmente, não valeram golos.

Disse-o na altura que, a despeito da trepidação do marcador (0-1, 1-1, 1-2, 2-2 e 3-2), não achei o jogo do Dragão tão extraordinário como o pintaram. Para muitos o melhor jogo do campeonato, quando foi apenas o jogo de uma eficácia incrível de parte a parte. O Braga marcou dois golos em remates de longe, um deles de livre. O Porto não teve muito mais oportunidades do que as que converteu, virando o marcador. Não houve grandes ocasiões de golo, além dos ditos. Teve, sim, uma beleza plástica em cada um dos golos, qualquer deles de levantar um estádio. E isso ficou na retina e empolgou, muito mais do que o jogo em si.

Não me lembrei do jogo da 1ª volta no Dragão, ao ver o jogo de domingo em condições difíceis de vento e chuva, apesar de notar a atitude de expectativa e o típico jogo de espera do Braga, que é a marca do seu modelo de jogo resultante do cauteloso sistema em 4x2x3x1 que Domingos implementou e tantos frutos deu na época passada.

Mas também não vi o que muitos, no domingo, julgaram ver: um jogo equilibrado no início. Acho brutal, cínico e estúpido dizer-se que um jogo está equilibrado no seu início, quando é suposto as equipas, fresquinhas e motivadas ao entrarem em campo, disporem dos seus recursos, além de estratégias previdentes à partida, na melhor das formas. Ah, e tal, o jogo foi repartido nos primeiros 10' não caracteriza nada, mas é um chavão que até ouvi e li em muitos portistas. Pior: parece que só após o tiraço de Hulk à barra o FC Porto de "desamarrou" (29'), o que é mentira em absoluto.

Desde o apito inicial se viu, mesmo saindo a bola do Braga, que os locais defendiam com a sua linha avançada (Alan e Mossoró no apoio directo a Lima partindo ou de um flanco ou de uma posição mais variável em diagonal do segundo) atrás da linha de meio-campo. O FC Porto, desde o início, e até mais vincado mesmo com 1-0 já na 2ª parte, pressionou sempre com Hulk, Varela e James a meio do meio-campo do Braga. Uma diferença de 25 e às vezes 30 metros que fez... toda a diferença. O FC Porto entrou para mandar no jogo, o Braga para ser compacto atrás e abrindo nos espaços ocasionais mas sempre partindo de posição muito longe da baliza.

Não é que estranhe uma certa "apatia" e conformismo mesmo em opiniões de vários portistas, lidas e ouvidas, que desvalorizam o que é feito enquanto o 0-0 perdura e só começam a contar quando há um golo. O futebol é muito mais do que o golo, até porque para chegar a ele, às vezes só ao 90º minuto, há muito trabalho. E o FC Porto fez um trabalho colectivo que voltou a impressionar-me. Não digo que fez a melhor exibição da época, porque o cincazero ao Benfica dificilmente será destronado, mas se tivesse feito, sem problemas, 5-0 ou 6-0 em Braga não duvidaria de que o resultado conferiria ao jogo magistral do FC Porto em Braga a aura de melhor da temporada.

Não quero discutir notas artísticas, porque vai da sensibilidade de cada um, como vai a noção do que uma ou outra equipa facilita ou complica e um ou outro árbitro complica ou facilita. O FC Porto mostrou em Braga classe de campeão. E uma classe, para muitos arredia nos últimos meses, que se tem, apesar de tudo, reflectido nas vitórias a fio, as 8 seguidas que são o melhor período da equipa na época para a Liga e que muitos esquecem. Tal como esquecem que, sem Falcao e Álvaro nesta fase fria da temporada e com muitos jogos, com Varela só há pouco reaparecido e que agora em Braga mostrou, finalmente, estar de volta ao pleno das suas potencialidades físicas, a equipa não só venceu sempre no campeonato como superou, sem miasmas, a falta de elementos fundamentais que tinham marcado a primeira exuberante fase da época reflectida também na Europa.

Serem os "outros" a desprezarem estes aspectos vai da idiosincrasia caricata cá dos paroquianos, mas os portistas "desaperceberem-se" destes detalhes é algo de esquizofrénico que, por exemplo, nos momentos de maior dificuldade não se nota nos adeptos contrários quando as suas equipas passam por tremeliques e sentem a falta dos seus principais jogadores.

Com Varela ao seu melhor nível e um Fucile de raça e inultrapassável como se sabe que pode ser, a equipa teve profundidade no jogo e elasticidade para defender bem. Varela e Fucile foram preponderantes nas transições, dando equilíbrio global em pose defensiva mesmo que muito alta no campo. Quando Varela caía para a esquerda, onde James esteve algo impreciso, essa ala foi muito forte e a força de Sapunaru no lado direito dava consistência de betão a todo o sector em largura e sempre em pressão alta.

Todos estes aspectos, no seu todo, com Belluschi de volta para a chegada à área que Moutinho tem de refrear (apontam-lhe a falta de golos e mesmo de remates...) quando a superioridade numérica do adversário no miolo impõe cautelas acrescidas sob pena de dissabores defensivos, mais o acerto impressionante de Fernando que também passou por uma fase de lesão e ainda não demonstrava a rotina competitiva habitual, pois contribuiu para uma demonstração de força do FC Porto. Não espelhada no resultado, não entendida na globalidade, não apreciada na sua espectacularidade, mas foi mesmo assim. Impressionante. E tanto assim que Coentrão esperava deslize e viu que, desta forma, o FC Porto não dá hipóteses. E, assim, não se vê quem possa derrotar o FC Porto em Portugal, especialmente se não tiver de ser só Hulk a carregar a equipa, com meio Varela apenas e sem Falcao, como nas últimas semanas.

Não me pareceu, por tudo isto, que o FC Porto de Braga tenha sido exaltado como merecia pelos seus próprios adeptos. Os desatentos, e críticos, falarem de eficácia portista quando o 2-0 devia ter sido 5-0 ou 6-0 é não só desonesto como digno de ignorantes. E se a equipa demonstrou sentir este jogo como crucial para o título, pois foi precisamente por saber que na recta final não se pode vacilar e com a recuperação plena dos seus principais e desequilibradores futebolistas não vai perder pontos para uma concorrência, como diz bem AVB, frustrada e desesperada.
Otamendi é um caso à parte, no jogo mas não só, com golos dignos de ponta-de-lança que não podem obscurecer que a defender ataca sem medo a bola e o adversário, sem entender-se como Maicon pode ser titular em seu desfavor. O argentino, mesmo bem driblado por Lima na área no começo da 2ª parte, reagiu atleticamente e depois de um carrinho a cortar o ângulo de tiro levantou-se para impedir o remate do brasileiro que "recortou" a finta e jogando para dentro visava a baliza de forma mais favorável. Um grande central que se revela um bom marcador de golos, depois da estreia com golo face ao Olhanense.

O ÁRBITRO, DO COSTUME. Na tónica das arbitragens lusitanas de trazer por casa, a penalização disciplinar do FC Porto resulta da permissividade dos árbitros que não interpretam as faltas da mesma maneira. Duarte Gomes deu mais uma prova de ser mau árbitro. Viu Alan a saltar de braços abertos e que, mesmo virando as costas à bola, não pode correr o risco de travar com um braço um remate à baliza pois era penálti e o árbitro viu bem o lance, não tinha alguém a obstruir a sua visão e simplesmente deixou andar. Já na simulação de Mossoró, tapado por vários jogadores, o árbitro pediu informação gestual ao seu auxiliar e o brasileiro teatralizou a queda sentindo um toque mínimo e irrelevante de Belluschi. Inadmissível, sim, o critério disciplinar. Como estava na cara, depois de muitas faltas bracarenses, o primeiro amarelo foi para Fucile... Moutinho viu um cartão por derrubar um adversário sem perigosidade, nem física nem de golo iminente, pois estava ainda no meio-campo defensivo do Braga! Esta falta nunca Moutinho teria sofrido acção disciplinar no Sporting! E os calimeros queixam-se dos árbitros... Não fossem os últimos dois amarelos, praticamente em cima dos 90' (um deles já em descontos), e o FC Porto teria visto mais amarelos (4-5) cometendo menos de metade das faltas do Braga (24-11). Como é que só aos 90' Miguel Garcia viu um amarelo, e por protestar, depois de um mínimo de nove faltas, algumas feias, é impressionante quanto ao alheamento do árbitro face à perigosidade e ao atropelo às Leis do Jogo durante toda a partida. O Braga, só pelos instantes finais, acabou com 6-5 em cartões. Uma barbaridade, pois Miguel Garcia não devia ter acabado o jogo e aquele puto que jogou de raiva por não ter vingado no Dragão viu um amarelo quando devia ter sido expulso ao entrar de pés juntos aos pés de Sapunaru que, mais uma vez, saiu lesionado por uma falta feia de um adversário e ainda viu um amarelo... A cretinice da arbitragem portuguesa não tem paralelo em lado algum do mundo futebolístico evoluído. Depois, a peitaça com Belluschi, o empertigamento idiota de quem não tem meio de se fazer respeitar, já a tínhamos visto com o treinador de g.r. do Sporting em Alvalade. Uma reincidência de Duarte Gomes que diz tudo sobre o que vale, mas que decerto os sportinguistas bacocos não lembrarão só por mor de quererem justificar a expulsão do argentino...
POR CADA 9 VITÓRIAS, 1 EMPATE. Ontem falei aqui de 30 jogos (com 27V e 3E) do FC Porto sem derrotas, o equivalente a um campeonato inteiro: 10 da época passada e 20 da actual. Pois o Rascord consegue ver só 29 jogos, li hoje num café. A imbecilidade, por ali, não tem fim, nem pode ter com gente tão reles e fraquinha que há uns dias, quando o FC Porto recebeu o Pinhalnovense para a Taça, quis juntar à série de 18 jogos consecutivos que evoquei então, a série anterior que incluía a derrota na final do Jamor em 2008. Obviamente, devem contar só os jogos sem perder. Porque se o FC Porto disputasse e perdesse todas as finais, jogando sempre na competição, não era propriamente um brilharete, mesmo que disputasse jogos em todas as fases e em todos os anos na competição. Incompetentes e broncos de todo, os quais se contentam não por fazerem um bom e equilibrado jornal, mas por venderem mais um exemplar do que A Bola, na saloiice de ver quem vende mais num contexto de míngua de vendas e queda de quase 50% face ao que vendia há 8 ou 9 anos, tal como quem proclama que joga mais e melhor ou mais bonito e dista 11 pontos da liderança. Depois, como li hoje, um dos que Carvalhal chamou de "Shreck, Barbas e Gordo" da companhia, achar que não se pode pôr em causa a liderança do FC Porto, como fazem os broncos "bermelhos", como não se podia contestar o campeonato dos túneis é mesmo confundir mijo com água de colónia.

14 fevereiro 2011

No Dia dos Namorados só um compromisso!!!



Era o sonho de Jesualdo Ferreira.

Ganhar o campeonato sem derrotas! (lembram-se da manchete numa entrevista a O Jogo após a conquista do Tetra?)

Não sabemos se o FC Porto o conseguirá. Estou convicto que o fará! Como seguro anda o FC Porto de que será campeão. E com um registo dos mais notáveis de sempre!
Para já, para já, neste campeonato leva

20J 18V 2E

Mas, ao cuidado dos pasquins,
dos amanuenses da escrita,
dos paineleiros, mesmo portistas que aqui bebem números e factos sendo incapazes de os transporem nos seus fóruns onde mal gatinham,
até de blogs confrades que aqui se inspiram,

já lá vão 30 jornadas sem perder, desde o final da época passada com Jesualdo, como aqui se nota

30J 27V 3E

desde a derrota em Alvalade e a começar com o calafrio do empate 2-2 com o Olhanense em casa.

Como diz o bravo, competente e inteligente Mestre André que diz das boas aos parolos

O NOSSO COMPROMISSO É COM A VITÓRIA!
(sobre o jogo de Braga ainda direi algo que, como de costume, passa por aí despercebido...)

adenda: além de ter opinião factual e fundamentada sobre muitos assuntos e em particular do futebol, sou do género Medina Carreira, gosto de apresentar números. Tenho-o feito por aqui e, obviamente, ao contrário das opiniões, não são contestáveis. Esses aí em cima falam por si, mais do que as manchetes parolas da Imprensa serôdia cá da parvónia. E quanto a números, ler o que diz aqui http://www.jn.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1783756 sobre o ranking da IFFHS da última década é conversa para parvos. Se quiserem olhem para a tabela e vejam lá se metade daquilo não está errado, até o Liverpool de que tanto gosto aparece onde não deve, já para não falar daqueles que, como os binóculos que agora vigiam a costa portuguesa porque desligaram os radares antes de um novo sistema de vigilância estar operacional, só muito a custo se vêem lá nos confins da tabela...

Mourinho é bom, até na aritmética

Dito por um português em Espanha, sendo que por cá gostam muito de ouvi-lo:
"Cinco puntos es una ventaja, ya me gustaría a mí tenerla"

disse depois de o RM ter ganho em Barcelona ao Espanyol e reduzindo a desvantagem para o líder azul-grenã.

Contagem descrente e decrescente (I)

(relacionado com o post abaixo)


Eu já nem vejo jogos dos outros. De uns só no dia seguinte apanho o resultado: o 3-3 da Naval em Alvalade só soube mesmo 24 horas depois.
Por isso, estou impossibilitado, e aconselhado pelo médico, de comentar as arbitragens dos outros jogos.

Em vez do "Bin Laden ou Nobel da Paz?", entro noutra onda.

Começou a contagem decrescente.

Faltam 10 jogos ao FC Porto para o final do campeonato.

Em que jornada?; daqui a quanto tempo?; quantos pontos faltam? - para que todas as páginas vermelhas se venham a colorir, por um dia só, de AZUL?








Tenham medo, tenham muito medo (do Inimigo Público)


Olhem para esta capa, no canto superior direito mais abaixo do que é o canto superior direito: "Benfica e Porto não descolam na classificação". Diz tudo, não diz?


Conta o Público, aqui

que o 2º classificado a 11 pontos fez uma exibição de "assustar quem vai à frente".
É certo que por norma o Carnaval calha em Fevereiro. Azar, mas é só daqui a três semanas. Porém, quando os pasquins desportivos do Recreativo e do Desportivo lisbonenses mantèm a bitola regional que radica nas suas raízes saloias, há sempre um pasquim qualquer capaz de disputar a supremacia dos mais bacocos epígonos e das mais estapafúrdias parangonas "ó pra mim como sou bom".



13 fevereiro 2011

Chiiiiuuuu, foi espectacular, mas não digam nada a ninguém...

(e para não levantar ondas, nem escrevo mais nada sobre o Braga, 0 - FC Porto, 2.
Guardo para amanhã. Não, não é para me rir com as capas dos pasquins.
O problema é que, como diria Pinto da Costa, vai rebentar uma bomba!)

11 fevereiro 2011

Villas-Boas conta das boas



"Porque jogaram Rolando e João Moutinho os 90'? (...) Por acaso, depois de um mês e meio de dois jogos por semana, Benfica e FC Porto não têm tido estes seus jogadores praticamente sempre em campo e passíveis de serem mais poupados num amigável da Selecção Nacional?", escrito aí em baixo na "Gestão de Paulo Bento"

Depois disto, André Villas-Boas reiterou que os jogadores portistas estão em boa forma física. O desgaste competitivo do FC Porto não tem a ver com forma física, naturalmente o acumular de jogos refreia um pouco os jogadores, intuitivamente ou "profissionalmente" adequando o seu ritmo à cadência de jogos. Hoje, na conferência de Imprensa a lançar o jogo com o Braga, mesmo sem estar defronte do televisor, ouvi este "flash" do discuro em directo do treinador do FC Porto a notar que "dois jogadores do FC Porto jogaram os 90' na Selecção em alto nível".

Obviamente, é um recado para Paulo Bento. A mensagem não passou ao lado.

AVB continua forte nas declarações, persuasivo e incisivo.

Alguns nossos confrades portistas criticaram as suas declarações após o jogo com o Rio Ave. O treinador apelidou de "fortíssima" a reacção da equipa à derrota na Taça. Então não se entende que ele quer dizer que a equipa está focada no campeonato e não deixou de responder com uma vitória?

Mais: apesar da "fortíssima" prestação frente ao Rio Ave, num jogo cujo resultado pecou por defeito e o adversário não teve qualquer situação de golo, AVB disse que o último jogo para o campeonato era para ganhar. Nem que fosse com "golo com a mão".

Também não entenderam a mensagem, aí especialmente os broncos "bermelhos"?

Se o FC Porto tivesse ganho com um golo com a mão, o Benfica não ganhara assim em Coimbra, irregularidade acrescida de um fora-de-jogo monumental? E a "economia" do campeonato não seguiria na mesma?
Pois, mas num jogo dominado pelo FC Porto, sem riscos defensivos, o 1-0 parece que foi curto. Noutras equipas, o 1-0 ou até o 2-0 é folgado e sem margem para dúvidas. O 1-0 do FC Porto, raro até, causa inquietações. Afinal, para vencer o mesmo Rio Ave por 1-0, na Taça, o Benfica teve três grandes penalidades a seu favor...
É um mestre, o André, e diz das boas!

09 fevereiro 2011

A gestão Paulo Bento



Os epígonos lisbonenses já tecem loas ao seleccionador mesmo quando perde e a fazer péssimas substituições. Fiz rapidamente zapping pelo cabo e os três canais especiais cá da parvónia, com os paineleiros costumeiros e alguns aventureiros, além de uns títulos nos jornais online, já avaliam como "injusta" a derrota de Portugal com a Argentina que foi melhor, teve mais bola e oportunidades de golo e o Messi capaz de dar a marcar (a di Maria) e a decidir de penálti com categoria mundial - à revelia das opiniões benfazejas de que o nosso é melhor do que o deles.
Fora Cristiano Ronaldo, que esteve ao seu melhor nível e só por isso permitiu a Portugal manter-se no jogo, e não só pelo golo, algo fortuito pela assistência sem querer de Hugo Almeida num "amorti" em lance aéreo que sobrou para o "madrileno", o resto da Selecção Nacional foi uma pasmaceira.
Com a inesperada saída de Bosingwa, por lesão de véspera, a entrada de João Pereira só acentuou o que era expectável e apenas nesta altura permite vislumbrar com clareza: Paulo Bento vai apostar nos "seus" jogadores, nomeadamente os do Sporting ou ex-Sporting, pena já não estar Liedson - outro que seguramente deixa a selecção por culpa de Queiroz... - e Pedro Mendes estar lesionado.
Não se compreende como Carlos Martins, que não é titular no Benfica há meses, ganha lugar no meio-campo. Fosse outro o jogador, fosse outro o seleccionador e fossem as duas circunstâncias coincidentes, cairia o Carmo, a Trindade e o Espírito Santo de Orelha...
E depois de o amigável com a Espanha (4-0), para "vingança" de Portugal ante os veraneantes espanhóis que passearam o título de campeões mundiais num jogo de "solidariedade" pela candidatura ibérica ao Mundial-2018 em que os apáticos vizinhos anteciparam o desastre que seria pouco depois a organização conjunta ante a FIFA, ter sido levado a sério pelos tugas da opinião deslavada e macrocéfala, eis que já se acentua que este amigável com a Argentina era para Paulo Bento fazer experiências. E um amigável, organizado por portugueses na Suíça, para os portugueses da Suíça, com um árbitro suíço amigo e um relvado deplorável prestes a arruinar o resto da época de alguns dos melhores jogadores do mundo! Só faltou dizer que... jogavamos na Patagónia!
Pois... Não se sabe que experiências, melhor: que influências do novo seleccionador tiveram os dois jogos de apuramento disputados e o amigável ibérico de uma equipa só; mas agora teria feito experiências.
Nada, de resto, como experimentar tirar de uma assentada o trio atacante, ainda que Hugo Almeida mostre todas as suas debilidades e saia mesmo quando Portugal nem está a perder, como a sua badalada substituição com 0-0 ante a Espanha no Mundial-2010. Nani não esteve particularmente inspirado e só CR7 esteve mesmo ao nível que todos queremos ver na Selecção, sempre animado com a braçadeira.
Ah, e tal, as substituições... Os argentinos também as fizeram e não se descaracterizaram, antes apertaram o garrote e ganharam com Fábio Coentrão a fazer duas vezes penálti, como gostam de dizer os benfiquistas em lances na área do FC Porto, para o neutral Busacca não ter dúvidas de que era mesmo falta.
E porque jogou Fábio Coentrão até final? Mais: porque jogaram Rolando e João Moutinho os 90', estes e João Pereira os únicos que não foram substituídos?
Por acaso, depois de um mês e meio de dois jogos por semana, Benfica e FC Porto não têm tido estes seus jogadores praticamente sempre em campo e passíveis de serem mais poupados num amigável da Selecção Nacional?
Ou é Mourinho, assoprador das virtudes de Paulo Bento, que merece a consideração de ver CR7 poupado? E decerto pela aura do treinador do Real Madrid, muito elogioso do novo seleccionador, embora Paulo Bento saiba também que manter uma "boa relação" com CR7 é meio caminho andado para não ter problemas de balneário. E sempre é de Cristiano Ronaldo que se pode esperar algo acima da média, já que na média os portugueses trataram de maltratar os argentinos. Decerto, ainda e também, por solidariedade com Mourinho e o "nosso" Real Madrid, já que ninguém se poupou a baixar o pau em relação a Lionel Messi, depois de o treinador merengue se queixar, sem ter eco, de em Espanha ninguém acertar no craque do Barcelona, queixando-se da "perseguição" ao seu CR7.
Em resumo, e fora o amigável que foi mesmo para "experiências" que não se vislumbram, para o futuro creio termos Selecção Nacional para não sair disto, não criar mais nada e nada de novo se esperar dali.
Depois de dois anos de trabalho de sapa a recuperar a Selecção Nacional, está visto que pouco mais há a acrescentar ao que foi feito. É esperar que CR7 resolva - até porque Liedson já foi... Pelo menos nos jogos menores, mesmo aqueles amigáveis que gostamos de levar a sério, mas outros não. Para trás fica o mau desempenho que alguns sublinharam no Mundial. O que de bom ficou só pode ser aproveitado. Mesmo que, aqui e ali, se faça asneira da grossa. Mas para isso lá estarão os epígonos a proteger os interesses do regime lisbonense, longe de atiçarem guerras e suspeitas de favorecimentos entre facções. Presunção e água benta... já o digo desde o início. Porque já se viu que selecção de interesses Paulo Bento é capaz de fazer.
adenda: nem quero falar dos tristes do costume na RTP, o relatador e o outro. Andaram a descobrir se haveria fora-de-jogo de Hugo Almeida num lance em que falha a centímetros da baliza, sem terem visto que a posição irregular, clara, é de CR7 a entrar na área pela esquerda; bem, é como quando vêem jogos do Sporting e do Benfica, nunca há irregularidades, muito menos merecemos perder...
outra nota, externa: o Espanha-Colômbia não seria um amigável de prestígio para levar 70 mil ao Bernabeu, até se compararmos com o duelo ibérico e o motivo da candidatura conjunta para 2018 mas que levou à Luz apenas 25 mil pessoas. Registe-se que a receita era em favor da Associação de Futebolistas Espanhóis. Mas os fundos recolhidos eram para dotar de desfribilhadores todos os campos da Segunda B espanhola. Vale a pena notar a importância que se dá ao futebol, cá e lá.
E ainda, no dia seguinte: além dos delírios orgásmicos da Imprensa Porreiro, Pá, a garantir um risonho e risível futuro de acalmia mediática ao seleccionador, temos Paulo Bento no seu melhor a comentar o que leio apenas neste título http://www.maisfutebol.iol.pt/seleccao/paulo-bento-portugal-seleccao-argentina/1232098-1194.html de que o "árbitro mostrou tendência para um dos lados". Sim, é o velho Paulo Bento, aquele a quem cedo vai estalar o verniz mas a comiseração lisbonense tratará de não provocar mais rachas na tradição... Aliás, a começar pelo idiota útil do (Bo)Ronha, que entende a substituição de CR7 em favor dos interesses do Real Madrid, e não olha para a sobre-utilização de dois portistas, um benfiquista e um sportinguista num jogo... a feijões.

Pão e vinho (e o FC Porto paga por isso)




tudo por causa de uma notícia não publicada pela objecção do director himself, notícia entretanto publicada por CM e Sol

Esta notícia:


http://www.publico.pt/Sociedade/tmn-destruiu-registos-telefonicos-do-face-oculta-por-razoes-tecnicas_1479343


Do Face Oculta, processo em que os advogados de defesa dos arguidos têm sempre um microfone à porta do tribunal, sabe-se o que foi e o que está a ser.


Inclusive, que um dos arguidos quer beneficiar de uma indemnização que um cordato tribunal português lhe concedeu, em 1ª instância apenas, por alegados prejuízos causados pela notícia do Sol sobre o Poder Corrupto em Portugal a coberto da Comunicação, do controlo dos média e dos jornalistas de ocasião. E o benefício transformado em investimento precisamente num jornal mais do regime e uma rádio também. Achava giro mais do mesmo e, como é moda súcia lista, investir por conta, até um tribunal europeu independente, retirar razão ao queixoso português e voltar a condenar o Estado por mais uma aberração da sua Justiça de trazer por casa.


A mim, nada disto espanta. Nem os factos. Muito menos os protagonistas. A tantos cidadãos a quem tudo passa ao lado só convém alertar que ninguém anda a dormir como eles. E "com eles".

Há mais quem não ande a dormir: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/4172472.html

E lembrar que o DN fez o papel que fez no caso das "Escutas a Belém". No caso, visando o Público e uma manchete sobre as escutas de S. Bento à PR.
Portugal é todo uma Face Oculta. Apesar de tantas agências de comunicação e assessoria de relações públicas. Os jornalistas, esses, filtram apenas as notícias que interessam aos seus privilégios, designados segundo o critério patronal de "5000 euros mensais e cartão de crédito".
É assim também nos "desportivos", na rádio e na televisão. Quem segue, mesmo só as "gordas" ou "headlines" dos pasquins, a TSF ou a RTP devia perceber o País tal qual ele é.
Mas se ainda se dispensassem de dar lições de moral ou partilhar a "Parva que eu Sou" dos Deolinda como coitadinhos do sistema...

Em geral, contudo, é essa massa mediática que apouca o FC Porto e o FC Porto pouco faz para se situar acima da massa média que é o esterco noticioso-oficioso servido a gente em regra ignara.

Há dias, num comentário, alguém (João) se perguntava como é que um blog dito orgulhosamente portista era tão crítico do FC Porto. E, ainda, tinha um link à Câmara Corporativa, o blog oficioso de membros do Governo e de artistas de circo. Só que antes desse link havia outro: Simplex.

Diz tudo, de facto.

08 fevereiro 2011

Comunicação com Paixão (LPM)


Não vou voltar a falar da "Comunicação" do FC Porto, mesmo que, volta e meia, ressurjam tópicos que levam alguns confrades portistas a abordar o tema, "peditório" para o qual não dou mais além das várias reflexões e reparos que ao longo do tempo tenho feito por aqui.
Mas acho importante comunicar isto que a seguir transcrevo:
"A seguir pensei que, mesmo existindo um tal sujeito, seria altamente improvável que o FC Porto tivesse como consultor de comunicação um outro Luís Paixão Martins além de mim. Seria mesmo uma altissima improbabilidade. Ainda estive para perguntar ao Dr. Antero Henrique ou ao Dr. Adelino Caldeira, mas achei que não valia a pena estar a desfocá-los do justo objectivo de arrasarem o Benfica no jogo desta semana."

É, como se lê, o próprio Luís Paixão Martins, que dá o nome à Consultora de Comunicação LPM, a assumir que trabalha para o FC Porto.
Qual a importância disto? Apenas e só a oficialização de uma ligação que viveu sempre sob inexplicável - para mais tratando-se de um âmbito comunicacional, logo supostamente transparente e sadiamente aberta ligação - constrangimento.
Lembre-se que, primeiro, foi notícia do Expresso, creio que pelos idos de 2008. Depois, de forma quase inacreditável, o mesmo semanário, dias depois da notícia da relação de trabalho que era suposta ser firme e porventura duradoura, publicou a carta de renúncia da LPM ao contrato com o FC Porto, citando nomeadamente pressões em Lisboa e riscos para a empresa de associar-se ao FC Porto sob pena de perder clientes, institucionais ou outros, presumivelmente poderosos e influentes.
Pois nem sobre o contrato inicial, nem sobre a renúncia ao mesmo, alguém alguma vez questionou Pinto da Costa a este respeito. Pelo que, publicamente, desde a carta de renúncia, era suposto a LPM não trabalhar para o FC Porto. Porém, como cheguei a escrever, nos meandros sabia-se que a ligação era efectiva, ainda que não pública, pelo menos que deixara de o ser...
Face a este imbróglio, e mantidas as perplexidades em sócios e adeptos sobre a "Comunicação" do FC Porto e um serviço interventivo ao nível noticioso, do próprio site apenas reformulado graficamente mas pouco evoluído mesmo em conteúdos e na própria forma, que tem deixado muito a desejar e volta e meia suscita os mesmos queixumes de sempre, este parágrafo do punho do próprio Luís Paixão Martins (LPM) clarifica tudo. Só não se percebe o esconde-esconde deste tempo todo. Nem se percebe, sequer, se vantagens tem o FC Porto retirado dessa assessoria.
Fica o esclarecimento, ainda que involuntário. E mesmo a despropósito, pois nasce de uma ironia surgida a respeito de "desinteligências", imagine-se, entre uma empresa de consultoria em comunicação e um jornal, no caso O Jogo. Conta LPM que o jornal publicou uma história relativa ao Sporting com o próprio LPM pelo meio, este pediu ao director do periódico o desmentido ou correcção da notícia relativamente à sua pessoa, o que o jornal fez, de facto, mas insistindo na mentira que o mesmo LPM pretendia demonstrar ser mesmo uma mentira. Afinal, como amiúde sucede, o jornal cobriu-se de razão e apesar do desmentido confirmou a versão antes publicada...
Coisas aparentemente sem importância, ou talvez sim...
Até por eu apreciar o estilo do LPM e perceber o alcance de um trabalho neste vector tão importante suportado por peritos em Comunicação. E entender, como define LPM, que uma empresa que trabalhe a Comunicação, Marketing e Imagem requeira profissionais desse sector, enquanto para uma assessoria de Imprensa nada melhor do que ter Jornalistas ao dispor. Não é que uma e outros tenham melhorado o FC Porto nessa área, como todos constatamos, mas fica a palavra de quem sabe e cujas reflexões podem ser lidas no blog Lugares Comuns. http://lpm.blogs.sapo.pt/718072.html

06 fevereiro 2011

Entre o Festival Erótico de Gondomar e o Sarrabulho de Ponte de Lima



Eis o feeling após o magro, mas justo, que só pecou por defeito e sem uma oportunidade de golo do Rio Ave, 1-0 do FC Porto. Daquelas coisas de dèja vu e que, entre os prazeres da carne, nos sacia mas nada nos motiva por aí além, de resto com muitos ossos (faltas) a que não faltou muito para algum partir e depois de uma "rapidinha" de início a ginjinha a seguir acabou por fazer adormecer e demorar muito os preliminares ao ponto de dispensar a bola lá dentro do Incrível.


Mas com a satisfação do dever cumprido quando o fim-de-semana não propunha muito mais e larga vantagem na tabela. Deve ser por isso que o balde mar ainda confunde o Hulk com o James Rodriguez... Ah, entre os caceteiros de Vila do Conde ainda tinha de entrar um de toureio a pé que dizem ser irmão do Bruno Alves. Chiça!...


ADENDA: tanto pessimismo e negativismo que vejo por aí nos comentários (também noutros fóruns portistas) e a equipa soma 7 vitórias consecutivas na Liga, melhor do que a série inicial interrompida em Guimarães quando se jogava um futebol do caraças e não se ganhou um jogo por demérito próprio. Os 5-0 ao Benfica fizeram pior aos adeptos do que à equipa. É o costume, aliás, entrar em órbita antes de atingir a fase estacionária que é sempre entre Janeiro e Fevereiro. Há quem lhe chame exigência e há quem clame por ter algo parecido assim: 17V e 2E em 19J. Mesmo que as capas dos jornais exaltem quem vai a 11P. É como falar do Madrid do Mourinho e do novo di Stéfano se é o CR7 ou o Messi, mas quem tem o recorde de vitórias a superar o Madrid dos anos 60 e quem é o melhor do mundo?...