30 dezembro 2008

O anuário horribilis

"1ª Página”

Bandido arrependido depois de vencido

Ele nem queria ir à Champions…









“Nacional”

O tempo volta mesmo para trás…

Nacionalização de bancos, intervencionismo estatal, revisionismo moderno, censura em piloto automático, ricos mais ricos, pobres mais pobres, país mais podre












“Sociedade”

Pobreza no Porto

Um jantar em favor do Boavista, na Bolsa










“Política”

Caveto Silva

Preocupado com o formalismo constitucional no Estatuto dos Açores, laxista na Lei do Divórcio em que aponta fragilidades e “vítimas” potenciais mas deixa andar.









“Polícia”

Cachaço mesmo

O Ramalho (Ortigão) do Porto não se ficava assim



“Ensino”

Malandrecos brincalhões

A DREN do mostrengo Moreira face à violência nas escolas: “Prò cú lhes haveria de dar, com telemóveis e pistolas de plástico nas aulas”…










“Economia”

O prémio maior que o lucro de um 4º lugar

Os 180 mil euros de prémio à SAD do Benfica por boa gestão de 126 mil euros de lucro – “a pesar” do 4º lugar










“Finanças”

Banco Benfica

Mau timing para um canal televisivo, bom para uma entidade bancária que abone mais 40 milhões no próximo empréstimo obrigacionista












“Trabalho”

Empreendedor português

O dirigente do BPN que deixou buraco de 50 milhões para ir comprar a Air Luxor.


“Regional”

Diz-me com quem andas…

Os bardos da citânia tudo quiseram e tudo perderam












“Media”

Vender sabonetes, promover um político e salvar um banco

Balsemão aguenta o império Impresa em queda e safa o seu dinheiro no BPP.






“Publicidade”

Campeões do retalho

Melhor que a Jerónimo Martins ou a Sonae do Belmiro, a distribuição de Magalhães nas escolas: mostrar a dar (aos miúdos), subtrair a seguir (para mostrar noutra escola).











“Marketing”

Opiniões e sondagens

Os penáltis, segundo o socialista Rui Oliveira e Costa, a favor do Sporting no jogo da Taça com o FC Porto; e o PS próximo da maioria absoluta segundo a Eurosondagens de um certo sócio leonino








“Literatura”

Olha para o que escrevo

João Rendeiro relata o seu sucesso nos mercados bolsistas quando afunda o BPP















“Blogosfera”

Um génio da Geografia

Dizer que a “Letónia fica

no Mar do Norte”, em vez do Báltico, e contar que “quatro letras “e” tem Heerenveen”, só ao nível das repetidas Novas Oportunidades.





“Internacional”

O falhado xito do atentado xiita

O “Ás de trunfo na Europa”













“Tempo”

Gripe das aves como a pescada: antes de ser, já o era

Capas dos jornais com o “estamos a ser prejudicados” e títulos com pico da febre nos próximos dias


“Desporto”

Para maiores de 18

Os 20 pontos do campeão*


“Justiça”

(A)Pífio Dourado









“Carreira”

Cultura desportiva

O jogador Rui Costa a esmurrar a porta do balneário de Lucílio Baptista no Bessa em Abril e o dirigente Rui Costa a questionar o árbitro Vasco Santos em Novembro na Luz.


“Astrologia”

O pedido de desculpas no Olimpo

A lembrar o Cel7a de Vigo









“Disciplina”

Com Paixão

Insulto de Paulo Bento tem indulto do CD da FPF.












“Religião”

A fuga do sargentão charlatão

Não houve milagre e lá foi pregar para outra freguesia












“Passatempos”

Fait-divers


29 dezembro 2008

Um conto de Natal

Há muitos, muitos anos, no tempo em que ainda não era notícia o Benfica liderar o campeonato, em que o Mundo era todo a preto-e-branco e a Velha Senhora afinal era um senhor, o Natal era uma época de paz e comunhão entre os homens de boa vontade.

Depois veio o consumismo e estragou tudo.

Agora nunca estamos satisfeitos com nada. Estamos sempre à espera do último modelo de LCD com HDMI, do último modelo de GTI com ABS, do último modelo de MP4 com DIVX, ou, pura e simplesmente, da última modelo da Elite Top Models para podermos trocar as tralhas velhas e gastas que temos lá por casa desde o último Natal.

O futebol não escapa à vertigem.

Os adeptos já estão fartos do guarda-redes, do central, do médio e do avançado do ano passado. Querem modelos novos em folha, altos e espadaúdos, com pés esquerdos assassinos e pés direitos letais, velocidade supersónica e técnica apurada como um molho de francesinha.
Querem-nos com todo o potencial que encerram as coisas novas e desconhecidas e sem o desencanto das coisas velhas e gastas.

E vão tê-los, apenas para perceberem que se gastam num instante e que precisam de ser trocados outra vez. O mais tardar no Verão.

Jorge Maia in O Jogo

24 dezembro 2008

Feliz Natal para todos

Embora seja uma repetição (pelo menos alguns), sei que na altura muitos dos actuais Portistas de Bancada ainda não andavam por aqui, por isso deixo-vos um presente no sapatinho para este Natal, presente esse que já tinha oferecido aquando do segundo aniversário do blog. Ofereço aos Portistas de Bancada vários wallpapers (fundos para o ambiente de trabalho) alusivos ao nosso FCPorto, contando com algumas novidades em relação ao post falado anteriormente.

O dois primeiros wallpaper foram criados especialmente para o Portistas de Bancada pelo artista de serviço Bruno Sousa a quem aproveito para voltar a agradecer publicamente.

Não me quero armar em Pai Natal mas espero que gostem deste presente especial para vocês.





















Instruções: para que o wallpaper surja no ambiente de trabalho basta clicarem em cada imagem para ela aparecer no seu tamanho original, de seguida carreguem na tecla do lado direito do rato para que apareçam várias opções, sendo uma delas para Definir como fundo de ambiente de trabalho. Da mesma forma poderão simplesmente guardar as imagens na opção Guardar imagem como.

Nenhum Portista de Bancada terá agora razões para dizer que não tem um óptimo ambiente de trabalho.

FELIZ NATAL PARA TODOS !!!

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 20º Round

PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

23 dezembro 2008

Saldos em época de crise crítica

Confundir o vencedor da 1ª volta, ainda a 3 jornadas da meta, com o efémero e pífio título de “campeão de Inverno” é trocar a prima do mestre de obras pela obra-prima do mestre. Está ao nível da valorização dos “1/8” da Champions, esquecendo-se que Porto e Boavista passaram também a fase de grupos em 2001

As coisas acabaram por ficar na mesma. Mais grito, menos barulho, mais desespero, menos acerto, os 4 da frente, jogando todos em casa, empataram e a distância relativa que os separa não se alterou. Cada um pode remoer as circunstâncias de não ter conseguido chegar a primeiro ou, quem o é, ter-se distanciado mais. Mas o fantasmagórico penálti do Xistrema que impediu o Leixões de vencer no único dos empates do topo da tabela com golos não será invulgar ser relegado para o esquecimento.

É normal, também, que uns alegados defensores da competitividade e de um desejado equilíbrio do futebol português, sempre politicamente correctos mas num modelo tão tripolarizado que renega qualquer outra candidatura ao Parlamento da bola como se vê pela representatividade dos pardaleiros televisivos e demais experts de trazer por casa, passem ao lado da grande evidência do campeonato: quem joga melhor e, com mais ou menos meios, mereceria estar mais acima?

Não, os ideólogos da bola, aqueles que se acham acima de suspeita, optam não pelo positivismo de um ou outro “outsider”, mas pelo eventual negativismo dos 3 grandes, cada qual com a sua leitura intrínseca, mas diferenciada, e que eu resumo assim:
- FC Porto melhor face à mudança da equipa em profundidade e com resultados gerais aceitáveis em todas as competições;

- Benfica instável e sem estofo apesar do reforço de meios numa segunda época de milhões sem retorno com ameaça de colapso financeiro iminente;

- Sporting pior porque era o único com a base intacta mas as “contratações cirúrgicas” são agora “cirurgia às cataratas”, com resultados razoáveis na Champions e fracos na Liga…
Para mim, o Leixões é que merecia, de forma clara, a liderança nesta altura do campeonato, não só pelos menores recursos que tem, mas pela garra, brio e categoria do seu futebol escorreito e convincente – para quem se interessar pela qualidade do jogo, conceito que ultrapassa o ardor de clubismo e não tem adeptos - por muito que se ponham em bicos de pés nas televisões - mais difíceis de encontrar que agulha num palheiro.

O Leixões, recordo, foi infeliz no golo fortuito sofrido no último minuto com a Naval, idem na derrota imerecida em Guimarães e que agora voltou a ser atraiçoado por uma decisão arbitral que, por si só, representa o pior do futebol português, precisamente a arbitrariedade dos árbitros. Considerar que Bruno China jogou a bola com a mão após um ressalto dela em Beto é demonstrar, mais uma vez, como os árbitros portugueses falseiam os jogos com uma coragem que normalmente não têm contra os 3 grandes: não acredito que algum árbitro marcasse aquele penálti na Luz, em Alvalade ou mesmo no Dragão, este de novo assolado pelo apito inquisitório dos árbitros que voltou a sentir-se nos últimos jogos com a Académica, no Estrela da Amadora e agora com o Marítimo.

Tasca da Liga
Este poderia ser o meu balanço até à pausa natalícia. Mas não é, nem creio que se deva fazer ainda, porque a pausa em si não marca nada, é aleatória quando devia marcar uma divisão, mas a bizantinice da Liga do tasqueiro Hermínio torna cada vez mais idiotas os calendários das suas competições. Será do Guaraná, perdão da Cerveja? Que esquizofrenia atacou uma Liga cada vez mais atascada em procedimentos e decisões que prejudicam o futebol?

Até há uns anos a FPF levava, naturalmente, com todas as críticas pelo que fazia, ou deixava de fazer e mesmo pela confusão permitida entre futebol amador e profissional pela sacrossanta presença idiossincrática das associações e seus interesses de capela.

Mas há uns anos a Liga organiza os campeonatos e quando vinha melhorando, piorou. O estado está enfermo. Por muito branqueamento em estações de lavagem que se arvoram como insuspeitas mas só a varrer o lixo para debaixo do tapete, a Liga tem gerido mal o futebol profissional e há mais descrença do que confiança nesta tasca mal frequentada cujo presidente nem para mera representatividade serve.

Continua por explicar a meritocracia da redução da I Liga para 16 clubes, algo suposto avalizar ao fim de duas épocas de experiência. Há uns meses, o taberneiro respondeu mal ao JN quando abordado sobre o assunto. Ficou no rol das boas intenções dos diabos modernos que vão a votos o balanço da experiência a 16 clubes. Fosse para ganhar, sem o dizerem, espaço para a Taça da Cerveja que continua a atraiçoar os princípios que lhe auguraram nos primórdios. Fosse para reduzir probabilidades de incumprimento salarial de clubes, o que era irrealizável por estes obterem menos receitas por menos jogos, mas os mesmos espaços temporais que obrigam a pagar… salários.

A situação inenarrável do Estrela da Amadora, mas também de outros clubes e também na Liga de Honra, provam que de boas intenções está o inferno cheio. Portanto, mudaram as moscas na Liga e se apalparam a filha do dono da festa ele não se importa desde que siga a festa…

Prenda de Natal
Chegamos, agora, ao ponto morto da calendarização, com os idiotas do costume a bramirem por um título, mais odorífico que honorífico, de “campeão de Inverno”. É certo que a estação chegou, domingo, pelas 12.04 horas, mas os astrónomos são mais rigorosos que os astrólogos e ofícios correlativos, de tarólogas a parolos e ventríloquos…

Proclamar “campeão de Inverno” quando ainda não jogaram todos contra todos uma vez, cumprindo-se o “torneio de abertura” ou primeira volta, por exemplo sem o Braga e o Trofense cumprirem, como os outros, a dupla jornada contra Benfica e FC Porto que está na ordem de mais uma originalidade dos calendários cá da parvónia, não lembrava ao diabo. Nem a cachaço da Luz, nem a cachaça anti-frio…

Só faz sentido a paranóia de se pôr nome a tudo, antecipar metas, recolher frutos verdes, fazer vinho de azeitonas e azeite de uvas por ser Natal. Magia? Fantasia? Idolatria?

Numa invulgar época dos saldos já anunciados tal é a crise, absurda mas real, que grassa de forma crítica, há tanta coisa que abunda na mediocridade sem sentido em que Portugal se atola, sem respeito nem vergonha: os muitos anúncios de medidas a litro, ao quilo e por quilómetro que este rebanho, rodeado de pastores, oráculos e simples homens de fé, aceita, servil e resignado, pronto para mais um sacrifício com a matança, anunciada, ao virar do ano.

Parece ninguém dar por isso, esta idiotice do “campeão de Inverno” que é suposto coincidir com a 1ª volta completa antes do Natal, mas é Natal e, como no Carnaval, que se mistura o cristão com o pagão, ninguém leva a mal.

Tal como se desvalorizou o facto de em 2001-02 FC Porto e Boavista terem superado a fase de grupos da Liga dos Campeões. FC Porto e Sporting fizeram-no agora, rumo aos “oitavos” como se fosse a primeira vez. Sê-lo-á no novo formato, mas é tão meritório agora passar a fase de grupos como antes fizeram os dois emblemas portuenses, passando a uma segunda fase de grupos porque o figurino a isso obrigava mas não fizeram menos do que agora cantam as musas de entretenimento em que tantos basbaques se revêem.

Indulto disciplinar?
Se 2009 será tão mau como dizem, já sem a protecção da Senhora do Caravaggio que parece valer de pouco ao Chelsea (outro 0-0 na jornada de empatas também em Inglaterra), é difícil acreditar que no futebol continue para pior. Porque parece difícil engrossar o rol de idiotices deste 2008 sem rei na Liga e só o roque e a amiga na Comissão Disciplinar para as minudências jurídicas que salvam o regime, mas não limpam a face conspurcada indelével no futebol português tão vangloriado como vilipendiado.

E, a propósito, o já entronizado, e credibilizado pelos louvaminheiros do regime, CA da FPF já impôs como meta, tal qual o homólogo da Liga quanto ao Apito Dourado, decidir até final da época que castigo aplicar a Paulo Bento pelas declarações após o Sporting-Porto da Taça?

Ou sai, como mais um expediente de Natal, um indulto presidencial?

É a época do vale tudo. Porque não?

21 dezembro 2008

No desaproveitar... está o empate

FCPorto 0-0 Marítimo

Equipa: Helton, Fucile, Rolando, B. Alves, P. Emanuel (M. Gonzalez 67'), Fernando, R. Meireles (E. Farias 85'), Lucho, C. Rodriguez, Lisandro e Hulk (M. Gonzalez 87')

37.809 espectadores

O FCPorto interrompeu a sua série vitoriosa que já ia em 9 partidas seguidas sempre a vencer, concedendo um empate, na sua própria casa, perante um Marítimo muito diferente do das últimas partidas. Quem julgava que esta partida seria uma repetição dos seus últimos jogos, bem se enganou, o FCPorto encontrou um Marítimo mais organizado e com outra atitude, embora as oportunidades desperdiçadas pelos jogadores do FCPorto, apesar do caudal ofensivo, aliado a um ou outro factor, tenha sido, talvez, a razão mais plausível para que o resultado final tenha sido um nulo.

Com os adeptos a corresponderem ao seu pedido para que o Dragão tivesse uma assistência bem interessante, Jesualdo Ferreira, pela primeira vez nesta época, apresentou a mesma equipa titular durante duas partidas consecutivas, vendo-se bem cedo uma atitude portista bem ofensiva, com Lucho Gonzalez, logo aos 29 segundos, rematar fora da área e a bola a passar bastante perto do poste da baliza marítimista.

O FCPorto tomava conta do domínio da partida, a equipa da Madeira tinha imensas dificuldades para controlar o carrossel ofensivo que a equipa portista apresentava, os tricampeões nacionais apostavam nos remates fora da área para tentarem surpreender a defesa adversária, mas a pontaria não se mostrava afinada, tendo-se destacado Lucho como o mais rematador.

O Marítimo, depois de 20 minutos sufocantes, começou a organizar-se melhor, acertando as suas marcações, levando a que os atacantes portistas estivessem demasiado longe da baliza e não conseguissem derrubar o muro defensivo que encontravam pela frente, o FCPorto usava e abusava dos remates longínquos, mas sempre sem sucesso, a equipa da Madeira aproveitava, de quando em vez, para descer à baliza defendida por Helton, mas sempre com pouco perigo, excepção quando tinha de recorrer a lances de bola parada, com destaque para um livre marcado por João Guilherme, que enviou a bola à trave.

O carrossel ofensivo já não funcionava com a fluidez de outrora, parecendo que a equipa portista tinha desacelerado, o Marítimo agradecia esse facto e mostrava ao que vinha, uma equipa para defender e tentar esperar que o golo lhe caísse do céu.

De destacar, apenas uma grande oportunidade de golo desperdiçada pela equipa portista, Bruno Alves, na sequência de um canto, falha escandalosamente um golo que já parecia certo, rematando para cima, mesmo em frente à baliza defendida por Marcos.

Na segunda parte, o FCPorto entrava com a mesma atitude, mas fisicamente a equipa começava a claudicar, tendo imensas dificuldades em jogar pelas laterais, e à falta de um jogador mais clarividente para pegar no jogo, os remates fora da área, à imagem da primeira parte, surgiam como a solução predilecta para acabar as jogadas, mas sempre sem perigo.

A equipa da Madeira mostrava que só se interessava em defender e em criar perigo em lances de bola parada, mas mantinha sempre a defesa portista desconfiada, sendo que Rolando na defesa e Fernando no meio campo controlavam sempre as operações.

Jesualdo Ferreira troca Pedro Emanuel por Mariano Gonzalez numa tentativa de melhorar ofensivamente a condução da bola pelas laterais, mas o FCPorto começava a jogar mais com o coração do que com a cabeça, mostrando ansiedade em resolver as coisas.

O relógio avançava, a equipa maritimista, com a ajuda de Duarte Gomes, procurava passar o tempo à boa maneira portuguesa, irritando, ainda mais, os jogadores portistas que não encontravam nem força, nem saber em mudar o rumo dos acontecimentos.

Jesualdo Ferreira, apenas a 5 minutos do fim da partida, apostava tudo, fazendo sair Raúl Meireles para entrar Farias, numa tentativa, quase desesperada, para tentar encontrar o caminho que lhe poderia levar à vitória. Já no tempo dos descontos, o mesmo Farias teve mais uma oportunidade flagrante de golo, tendo a defesa maritimista, quase milagrosamente, desviado a bola do caminho da baliza, mesmo em cima da linha, provando que não era dia para a equipa portista ter a eficácia atacante que tem vindo a demonstrar recentemente.


Por último, destaque para o árbitro Duarte Gomes e seus companheiros, tendo tido, ambos, uma actuação deveras habilidosa. Desde uma diferença de critérios gritante, quer na marcação de faltas, um pequeno toque num jogador do Marítimo era o suficiente para a marcação de falta, quer na amostragem de amarelos, Rodriguez ainda deve estar para perceber o que fez para merecer amarelo e Oberdam como é que sobreviveu sem ser expulso, passando pela indiferença enquanto os jogadores do Marítimo aproveitavam para queimar tempo, não esquecendo um fora de jogo escandaloso que ficou por marcar, numa jogada onde Fernando salvou males maiores, uma expulsão, e consequente falta que dava origem a grande penalidade a favor do FCPorto, a Fernando Cardoso por agressão a Rolando, e uma amostragem do cartão amarelo a Baba por este ter empurrado um jogador portista num canto dentro da área, qual o espanto em que, apesar dele ter considerado falta da ordem para a marcação de canto. Na estação de rádio onde eu ouvia o relato, falou-se de uma pretensa falta de Rolando na área do FCPorto e um lance duvidoso onde parece que Hulk é derrubado, dentro da área, por um defesa maritimista, confesso que, por estar longe relativamente ao primeiro lance, e por não estar a olhar para Hulk no segundo lance, foram lances que me passavam despercebidos se não estivesse a ouvir o relato.

O FCPorto acaba o ano como à muito não se via, fora do primeiro lugar, muito mais por culpa própria do que por mérito dos seus adversários, mas ainda vai a tempo da recuperação, afim da conquista do primeiro lugar, bastando, para isso, que seja uma equipa mais eficaz do que foi nesta última partida. Depois de um mês tão duro como foi o de Dezembro, segue-se uma paragem abençoada para descanso. Que 2009 nos traga mais, ou pelo menos os mesmos, êxitos que o ano que está a findar nos trouxe.