31 janeiro 2008

Salários dos árbitros portugueses

Esta questão não tem particularmente a ver com o FCPorto, mas o que os árbitros fazem dentro das quatro linhas, gerando polémicas atrás de polémicas, leva a que a questão tenha a ver com todo o futebol português em geral, onde, como é óbvio, se inclui FCPorto. Além da natural curiosidade que levanta a todos os adeptos de futebol.

Muitos se devem perguntar porque razão se mostram tão relutantes os árbitros portugueses em quererem a profissionalização e porque nunca se avançou para a mesma. Não que na minha opinião ache que algo mudaria na arbitragem com essa solução, mas seria normalíssimo que os árbitros o quisessem fazer, já que não poucas vezes se dizem injustiçados quando lhes tentam incutir alguma responsabilidade aos erros que cometem, dizendo mesmo que não são profissionais e que por isso ninguém os pode responsabilizar. Mas várias razões existem para que sejam constantemente colocados entraves, pelos próprios, a essa medida e é mais fácil entendê-lo perante os dados fornecidos pelo site FutebolNegócios.

O referido site informa-nos que os "senhores do apito", além de manterem os seus empregos regulares, o que convém para o caso de algo correr mal, auferem valores na arbitragem que se podem considerar de extras bastante luxuosos, já que estão bem acima da média do que aufere o português comum no seu emprego do dia a dia. Um árbitro por cada jogo da 1ª Liga recebe 1.000,00 € e por cada da Liga de Honra recebe 700,00 €, aos quais se retiram 20% para impostos. Além destes valores, e segundo o mesmo site, "têm direito a alojamento e refeição nos dias dos jogos, transporte com motorista da porta de casa à porta dos estádios, preparador físico, relvado para treinar, ginásios, equipamentos, 21€ de subsídio de refeição e 300€ de subsídio de treino". Com tudo isto ainda podem alegar, quando cometem erros e tal como já escrevi acima, que não são profissionais, não podendo assim serem responsabilizados.

Mas o site FutebolNegócios apresenta-nos dados concretos numa tabela com os valores auferidos nos últimos 6 meses pelos 24 árbitros pertencentes ao quadro de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Como curiosidade podemos ver que o líder da tabela é precisamente o árbitro do último clássico e de quem os portistas bem se podem queixar.
Perante tudo isto é caso para perguntar: mas porque raio haveriam os árbitros de se quererem profissionalizar?

30 janeiro 2008

Ainda o clássico...

...e a visão da “blogosfera” da bola sobre o jogo do passado domingo

Sorte
"A vitória sobre o FC Porto prova - como já acontecera sábado à noite em Guimarães - que às vezes basta ter sorte e aproveitar os erros do adversário para vencer. Os dragões atacaram primeiro, atacaram mais, tiveram mais posse de bola, mais oportunidades. O Sporting beneficiou de uma eficácia invulgar e de um erro do fiscal-de-linha aos 17 minutos. É futebol."
Master Kodro in 4-4-2

De calças na mão
"O Porto entrou a todo o gás. Marcou um golo não validado. Lizandro, fora de jogo. Certa a decisão. Mais uma ou duas oportunidades. Sporting de calças na mão, vai lá abaixo e, em 2 minutos, 2 golos. 1… um frango do Helton. (...)E logo a seguir, mais um golo. Fora de jogo de Vuckcevic, só que desta vez o golo não foi invalidado."
José Nunes in Linha Avançada

Estrelinha
"Se no conjunto portista nada saiu bem, no lado do Sporting a estrelinha foi total e absoluta. Numa partida de grande história no futebol português, ambas as equipas se apresentaram aguerridas, praticando um futebol forte e ligado, mas a sorte sorriu apenas ao leão, que pode e deve receber um forte elogio por ter sido a única equipa a não cometer erros cruciais. E isso, por si só, acaba por explicar esta vitória."
Rzamith in Jogo de Área

Situação controlada
"Acho que o FC Porto jogou apenas aquilo que o Sporting lhe permitiu. Com 2-0 no marcador bem cedo, a equipa de Paulo Bento "baixou o bloco" - como agora se diz - e deu espaço ao seu adversário para jogar. Com a excepção das deslocações de Lucho, a situação esteve controlada e a melhor oportunidade da segunda parte até foi dos leões, já ao cair do pano."

Eugénio Queirós in Bola na Área

Desacerto
"Este jogo esteve longe de ser decidido pelos confrontos tácticos. Em 15 minutos verdadeiramente loucos, 4 desequilíbrios e um golo anulado num lance de bola parada pelo meio. Os 2 primeiros resultantes de transições quase perfeitamente interpretadas pelos portistas. Lucho – uma exibição fantástica, penalizada pelo desacerto a concluir profunda eficácia que marcaram de forma surpreendente o jogo."
Filipe in Jogo Directo

Receita
"não me recorda vindo de quem, mas ouvi, na década de noventa, um treinador justificar os continuados êxitos da sua equipa numa palavra: 'motivácia', uma mistura de motivação e eficácia, dizia. pelo que vi ontem e hoje, com a ressalva de não o ter conseguido fazer com a atenção e a tranquilidade devidas, penso que esses dois factores foram a base dos êxitos do benfica e do sporting. juntando a dose de sorte qb que dá sempre um enorme jeito."
António Boronha in António Boronha

Vitória moral
"O FC Porto averbou a segunda derrota consecutiva fora de casa, destra vez em Alvalade, e por dois a zero, o que deixa os dragões "só" com oito pontos sobre o Benfica e onze sobre o Sporting. (...) V
itória do Sporting com sorte à mistura, vitória moral do FC Porto. Exibições não ganham jogos mas moralizam."
Biqueiradas in Biqueiradas Legais

Vitória saborosa
"Quero desde já dar os parabéns ao FCP e seus adeptos, que de facto é de longe a melhor equipa Portuguesa dos últimos anos. Tem grandes jogadores, o melhor presidente do mundo e hoje fez com que a vitoria do meu GRANDE clube fosse ainda mais saborosa!!!"
Pipirazzo in Bola na Rede B

PS: As passagens a negrito são da minha responsabilidade

29 janeiro 2008

Eleição do Jogador da Bancada 07/08 - 4º Round

Lisandro Lopez é pelo quarto jogo consecutivo, em outras tantas jornadas, considerado pelos convidados da bancada o melhor jogador do FCPorto em campo. Entre vitórias e derrotas há um denominador comum e ele é um jogador que tem dado sempre tudo o que tem quando enverga a camisola azul-e-branca, o Licha continua a ser um verdadeiro Dragão, um verdadeiro exemplo para todos os outros jogadores, quer os recentemente chegados ao clube, quer alguns que parecem ainda não saber, mesmo após alguns anos de clube, o que representa aquela camisola.

PS:
Mais uma vez, coloco em comentário os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo. Só necessitam de copiá-los, colá-los na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10). Qualquer jogador que não tenha votação ou que achem que não conseguem atribuir uma votação, será considerada com valor igual a zero. Qualquer dúvida sobre o funcionamento desta eleição, podem esclarecê-la aqui ou então coloquem as vossas questões na caixa de comentários.

PS2: Só para que fique no arquivo do blog, deixo aqui uma imagem esclarecedora do lance do passe para o 2º golo do Sporting. Imagem "surripiada" do blog Dragões Azuis (espero que o dono não se importe). É que ainda ouvi quem afirmasse que não era fora de jogo.

27 janeiro 2008

O sabor amargo da injustiça

Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, Fucile, P. Assunção, M. Cech (E. Farias 45'), R. Meireles (M. Gonzalez 69'), Lucho, Quaresma (H. Barbosa 82') e Lisandro

37.458 espectadores

O futebol, por vezes, é assim mesmo, atrevo-me a dizer que é por essas e por outras coisas que ele é tão fascinante, mas, de facto, só quando calha a nós, é que sentimos o quanto é frustrante ver uma equipa lutar tanto, a tentar contornar a falta de sorte, a não desistir de procurar a sua felicidade e chegar ao final derrotada e sem nada puder fazer.

Contrariando o título do blog convidado para a emissão de antevisão ao clássico que a SportTV transmitiu, diria que a chama do dragão esteve bem presente em Alvalade e que não existem motivos para envergonhar os adeptos portistas, antes pelo contrário, se o
FCPorto perdeu uma partida em Alvalade, poderá ter ganho uma força anímica, ainda maior, para que, no final do campeonato, o Tri seja, com maior ou menor dificuldade, uma realidade.

Jesualdo Ferreira apostou em Marek Cech como a maior novidade da equipa, optando por mudar o sistema táctico, montando a equipa em 4x4x2 em vez do habitual 4x3x3, com Quaresma a fazer companhia a Lisandro no ataque, mas, valha a verdade, não foi por aí que a derrota surgiu, apesar de ser duvidosa a sua opção de mudar um sistema que tão bem funcionava até então.

O FCPorto entrou na partida com muita personalidade, notando-se alguma tranquilidade, fruto da sua posição e da vantagem que tem na tabela classificativa, logo na primeira jogada poderia ter inaugurado o marcador, quando Lucho apareceu sozinho frente a Rui Patricio e falhou clamorosamente. Aliás, esse lance acaba por reflectir um pouco aquilo que a partida foi, o FCPorto muito rematador, com claras oportunidades de golo, à procura da sua felicidade, e ela a surgir para o seu adversário que pouco a procurou, embora lutasse muito para não a deixar fugir.

O Sporting, de seguida, deu mostras de querer equilibrar, com Izmailov a ter uma pequena oportunidade, ficando no ar a promessa de que poderíamos assistir a uma boa partida de futebol, com duas equipas a procurar a vitória, o que tal não viria a acontecer.

O certo, é que o tempo passava e o FCPorto não mais largou o domínio da partida, tendo mais uma vez, Lucho, o maior perdulário da equipa portista, falhado, novamente, um golo quase certo, após boa combinação com Lisandro.

Mas o minuto 13 foi o inicio de 3 fatídicos minutos, que viriam a ser determinantes para o desfecho da partida, a responder um cruzamento de Izmailov, Vukcevic inaugura o marcador, num remate, em que, embora muito forte, Helton não pode ficar isento de culpas, ficando a sensação de que é completamente defensável e que ele poderia fazer muito mais para tentar parar a bola, acabando por deixar a bola passar pelo meio das suas pernas, fazendo relembrar o golo sofrido em Londres contra o Chelsea que nos custou a eliminação na Champions League da época passada.

A equipa pareceu meio perdida perante tamanha, e injusta, adversidade, e, quase no minuto seguinte, o Sporting marcaria o segundo golo, golo esse irregular, já que quando surge o cruzamento de Pereirinha, Vukcevic está em claro fora de jogo, tendo este rematado à baliza antes de Izmailov marcar e, se já existia injustiça com o FCPorto a perder pela margem mínima, então assim, ela seria ainda maior.

Após alguns minutos de completa desorientação portista, com passes errados e muitas perdas de bola, o FCPorto acabaria por se erguer a si próprio perante aqueles dois " socos no estômago" , acabando a primeira parte já em cima do Sporting, criando algumas oportunidades de golo para reduzir a desvantagem.


Mas a primeira parte ainda acabaria por ser marcada por um penalty que ficou por assinalar, Ronny empurrou claramente Ricardo Quaresma dentro da grande-área tendo o árbitro deixado seguir. Curiosamente, na mesma emissão especial da Sportv e, numa retrospectiva dos anos anteriores, verifiquei que o Sporting, nos clássicos, teve a seu favor vários penalties, e o FCPorto poucos ou nenhuns, coincidências que o tempo não quer apagar.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira substitui Cech por Farias, optando por dar mais balanço ofensivo à equipa, o argentino entrou bem e até acabou por realizar uma boa partida, mandando a bola à barra num grande cabeçada, mostrando que merece que seja dada continuidade às oportunidades que tem tido, ultimamente, para jogar.


Mas a partida foi reatada com uma entrada de Liedson, fazendo jus à sua fama de "matador", sobre o Heltón, entrada essa que o árbitro se esqueceu de punir e que viria a criar dificuldades físicas ao guarda redes portista até o final. Culpa desse lance, e da respectiva benevolência disciplinar do árbitro, a partir daí, o jogo viria ser marcado por algumas quezílias, de parte a parte, e por um futebol praticado algo confuso entre as duas equipas, principalmente no meio-campo.

Mas, à medida que o tempo passava o FCPorto começava a justificar o porquê da diferença de pontos entre as duas equipas ser grande, a equipa foi para cima do Sporting, criando várias oportunidades para tentar diminuir a desvantagem, sentindo-se que era daqueles dias que a sorte não iria aparecer, por muito que nós a procurássemos.

Jesualdo Ferreira acabaria por arriscar tudo, dando uso àquela frase que Quinito celebrizou, "metendo a carne toda no assador", substituindo Raul Meireles e um desinspirado Quaresma, por Mariano Gonzalez e Hélder Barbosa, a equipa passaria a jogar em 4x2x4, com sentido único, mas já nada se poderia fazer, perante tantas oportunidades perdidas por parte dos atacantes portistas.

O FCPorto perdeu a sua segunda partida no campeonato, acredito que será apenas uma pequeno percalço numa caminhada vitoriosa rumo ao Tri, a equipa portista mostrou uma enorme personalidade, um enorme valor e não será por um dia menos bom, que o campeonato não será conquistado, embora o caminho para a meta ainda seja longo.

26 janeiro 2008

Com o tri no horizonte

Não me recordo de o FCPorto entrar para um clássico, e muito menos de visitar Alvalade, com tamanha diferença pontual na tabela classificativa. Os 14 pontos de diferença actuais que o separam do seu adversário de Lisboa e que se poderão transformar em 17, fazem com que toda a pressão da conquista da vitória esteja do lado do clube verde-e-branco, que tentará fazer a todos os custos deste jogo o ponto de partida para a conquista do campeonato da segunda circular. Se por um lado tamanha vantagem retira pressão sobre os jogadores do FCPorto, que com a confiança e a forma como têm encarado os últimos jogos nos fazem ficar bastante optimistas para este domingo, por outro lado essa descompressão pode fazer a equipa jogar de uma forma demasiado expectante e quem sabe até displicente. O FCPorto, que encara melhor os jogos quando está sob pressão, terá como grande factor de empolgamento o facto de ser um clássico. E quem não quer vencer um clássico com a natural motivação extra que ele acrescenta?

O actual 4º classificado da liga tem feito jogos verdadeiramente decepcionantes, pelo menos para um habitual candidato ao título. Essa má forma tem-se reflectido na classificação e não são duas goleadas da sua equipa titular, sublinho equipa titular, sobre dois adversários de escalões inferiores que poderão fazer acreditar que terão, de súbito, subido de forma. Ainda assim a sua moral estará mais alta após tais resultados e todos sabemos que uma vitória neste importante jogo será o balão de oxigénio de que necessitam para não deixarem ruir de imediato toda a estrutura futebolística do clube. Os leões jogarão, então, sobre brasas perante os seus descontentes adeptos e o FCPorto só deverá tirar o devido proveito dessa situação. Ainda assim todos os cuidados serão poucos, não nos devemos fiar nessa má forma, acreditar em facilidades nesta partida será apenas pura ilusão. O FCPorto terá apenas de jogar o seu jogo, sem falhas, jogar com personalidade, humildade e raça, sendo esta a principal receita para trazer a vitória para o Norte.

Os azuis-e-brancos vêm de uma exuberante e bem conseguida vitória para o campeonato, sobre uma das boas equipas desta liga. Uma goleada conseguida já sem Tarik Sektioui e com Adriano no onze, tendo sido Lisandro puxado para a direita nesse jogo contra o S. Braga. Mas essa goleada contou também com a grande ajuda de Ernesto Farias, tendo conseguido um golo e já depois, na partida da Taça de Portugal , voltou a marcar. É o homem do momento e, com os seus índices de confiança em alta, está agora na linha da frente para actuar no lugar do ponta-de-lança. No resto da equipa o regresso de Fucile ao lado esquerdo da defesa deverá a única alteração em relação ao jogo contra o Braga. Embora considere natural que o professor mantenha o Adriano na frente de ataque, aqui fica o meu palpite para o onze titular deste jogo:

O tema, mais que escalpelizado, da semana foi o caso Quaresma vs Assobios. Assunto, diga-se, categoricamente arrumado pela SAD do FCPorto. Ainda assim, deixo-vos imagens de um lance memorável e que decidiu o campeonato há dois anos em Alvalade. Lance esse protagonizado também por um jogador bastante assobiado no Dragão.



Lembram-se? Querem melhor exemplo? Como é evidente não quero estar a comparar a valia dos dois jogadores, mas acredito piamente que o Quaresma faça, pelo menos, o mesmo que fez Jorginho neste jogo, que marque o golo da vitória.

Sporting - FCPorto, Domingo - 20H00, SportTv1

Nota: Ao 557º dia do blog, com esta antevisão do clássico, atingimos o 500º
post do Portistas de Bancada.

25 janeiro 2008

Os famosos 15 minutos

Não era minha intenção fazer um post sobre o assunto, aliás disse a várias pessoas que não o faria, mas era inevitável aborda-lo com algum destaque aqui no blog, até porque, como é evidente, tem tudo a ver com o próprio blog, com o seu sucesso e com todos os que o visitam, e se este tema não merece destaque no que respeita ao Portistas de Bancada, que mais merecerá?

Para meu completo espanto, aconteceu que, na passada semana, fui abordado para conceder entrevistas a vários órgãos de comunicação social. Sim, disse bem, vários! Abordado, claro, como administrador do Portistas de Bancada. Não sei ao certo o que lhes deu para o fazerem todos de uma assentada, mas a verdade é que o fizeram no espaço de muito poucos dias. A início a minha relutância foi total, não é algo que me fascine em particular, tenho até algum pavor deste género de exposição, de ter de dar a cara, mas, e ouvindo várias opiniões, todos foram unânimes: era uma oportunidade que não deveria perder e que mais tarde arrepender-me-ia se não concretizasse. Compreendi a mensagem, pensei nos convidados que aqui participam, assim como em todos os que aqui comentam e achei que, se eu não merecerei este relevo, eles pelo contrário merecem-no todo e não os poderia deixar mal. O certo é que esta semana tem sido verdadeiramente extasiante para mim, um principiante e completo ingénuo nestes assuntos e que depois de aceder à primeira entrevista, não tinha como dizer não às outras. Quando é que imaginava que isto pudesse chegar a este ponto?! E logo eu que gosto de ficar no meu cantinho...

O primeiro convite a surgir foi de um canal de televisão do Norte, o RNTV (Região Norte TV - disponível na TVTel) em que me pediram para me deslocar aos seus estúdios na próxima semana para a gravação de um programa dedicado a blogs apresentado pela Clara Teixeira, o X-Blog, e em que o Portistas de Bancada estará em destaque. O programa deverá ir para o ar deste domingo a oito, dia 3 de Fevereiro. No dia seguinte também a SportTv me convidou para conceder uma entrevista para uma reportagem no âmbito do clássico do próximo domingo, reportagem essa em que abordaram dois blogs de cada clube interveniente, sendo que os eleitos por parte do FCPorto foram o Portistas de Bancada e o excelente «BiBó PoRtO, carago!» do BlueBoy. A entrevista, a cargo do jornalista Pedro Miguel Castro e da repórter de imagem Ana Veloso, está feita e a reportagem deverá passar no próximo domingo na antevisão do clássico.

O mais difícil estava feito e, no meio de todo o nervosismo de iniciante, a primeira entrevista tinha sido dada, com mais bacorada ou menos, nem sei, depois se verá o resultado. Eis senão quando, e no meio de tudo isto, recebo mais um convite, desta vez do jornal topo de audiências a nível nacional, o Jornal de Notícias. João Queirós, jornalista de desporto do jornal, contacta-me para uma entrevista no âmbito de uma reportagem com os três blogs mais “conhecidos” dos três grandes clubes nacionais. Mais uma vez acedi e já está dada, assim como a respectiva sessão fotográfica feita cá em casa por José Mota. Esta entrevista, mais completa, aborda vários assuntos, mas fala-se principalmente na forma como o blog foi evoluindo neste ano e meio de existência e como é desenvolvido no dia a dia, sendo que alguns “segredos” acerca do Portistas de Bancada e do seu administrador serão desvendados. Se por mais nada for, talvez por isto valha a pena lerem. Em princípio, pelo que me foi dito, sairá na edição do próximo sábado, mas quero chamar a atenção para o facto de ainda não estar confirmado, podendo o dia ser outro.

Enfim, para quem não gostas destas coisas, já tenho bem a minha conta delas. Andy Warhol disse que ”um dia todos teriam direito a 15 minutos de fama”, os meus parece que apareceram sem eu nunca aspirar a eles e ainda não sei no que poderão resultar, mas devo dizer que foram (ou estão a ser) experiências verdadeiramente inesquecíveis e que nunca pensei vir a viver. Outros 15 minutos? Pessoalmente dispenso-os sem qualquer problema, mas a realidade é que foi um grande orgulho receber estes convites e conceder estas entrevistas, porque tudo isto é, nada mais, nada menos, que a grande recompensa para o trabalho desenvolvido no blog por mim, mas principalmente pelos meus convidados e pelos comentadores que tanto o prestigiam. Por isso o meu grande obrigado a todos e os parabéns a todos os Portistas que tanto enriquecem esta Bancada.

24 janeiro 2008

A biomecânica genial

Daqui a quinze/vinte anos, quando o cigano rebelde do Dragão pendurar as botas e recordarmos o jogador que foi, ninguém vai dizer «Eu, naquele dia, assobiei o Quaresma!”. Pelo contrário, vão todos dizer, orgulhosos: “Eu, naquele dia, vi jogar o Quaresma!”

Quando recebe a bola em campo, cada jogador tem uma intenção do que fazer com ela a seguir. Coisas simples, um passe curto e já está, ou coisas diabólicas, fintas, remate impossível e o jogo virado do avesso. Quaresma pertence à segunda casta. Ainda bem. Na equipa, coexistem outros jogadores do primeiro tipo. Ainda bem, também. Uns equilibram os outros. São o garante do ecossistema de uma equipa de futebol. É nos segundos, porém, que mora um dos princípios da genialidade. Fazer algo de grande e de diferente ao mesmo tempo. Aos primeiros, o escudo protector desta ousadia. Gosto muito de falar do lado táctico do jogo, depositada no cofre-forte tacticista da primeira espécie, mas não custa crer que são os segundos que nos fazem levantar extasiados dos nossos lugares.

Quaresma já o fez muitas vezes. E em todas essas vezes podia ter resolvido os lances de forma mais simples. Mas não. Ousou fazer algo grande, mágico, e pintou obras de arte, golos ou centros assombrosos. E foi aplaudido e loucura. Noutras, não engatou o primeiro drible, e perdeu a bola quando tinha um companheiro ao lado bem colocado para receber o passe. E foi assobiado logo a seguir.

É comum no futebol ouvir-se falar no gesto técnico perfeito. É um mito. Porque cada um tem a sua forma de viver ou jogar. Na vida, escrever com a caneta mais ou menos deitada, comer com garfo à direita e a faca à esquerda. No jogo, Correr com os pés para fora, centrar com a parte de fora da direita quando devia ser com a de dentro com a esquerda. Em qualquer destes momentos, há a materialização de uma intenção. Há, no futebol, a técnica ao serviço da táctica. A intenção, primeiro. A acção, depois. O que interessa, depois, é que a segunda corresponda à primeira. A eficácia. É isso que faz a qualidade do passe ou do remate. Não a forma como ele é feito. Quaresma é um bom exemplo desta questão. A biomecânica da técnica expressa na trivela. É comum defini-la como contra-natura ou quase insolente. Centrar com a parte de fora da direita quando devia ser com a de dentro com a esquerda. Complicar o fácil. Na bancada, os adeptos quando vêem os jogadores a tentar a trivela, ficam, primeiro, espantados, e, depois, se sai bem, é genial, se sai mal, assobiam e gritam: “não inventes!”. Já vi também muitos técnicos de formação dizerem o mesmo a miúdos que a tentam fazer. Não faz sentido. Porque cada um constrói a sua biomecânica. Por isso, Quaresma não inventa quando cruza ou remata dessa forma. Ela é, apenas, a forma técnica de tornar mais eficaz a sua intenção táctica. É a sua particular biomecânica. Contrariá-la ou assobia-la é atentar contra a riqueza e a beleza e o do jogo.

Poderão dizer que exagera nesta forma de jogar e quando perde a bola, pode desequilibrar tacticamente a equipa. É aqui que entra a tal noção do ecossistema futebolístico, do equilíbrio ecológico que deve ser uma da equipa. Se Quaresma decide jogos nesses seus rasgos, o treinador tem de o aproveitar. Ao mesmo tempo, tem de adaptar a equipa a isso, para o caso de quando ele falhar, perder a bola, ter médios ou laterais atentos para, nas suas costas, activar a transição defensiva. É a tal táctica, com «T» grande. A colectiva.

Quaresma irritou-se com os assobios. Em campo, pelo tom desafiador com que festejou o golo logo a seguir. Fora dele, ao dizer que vai continuar igual. Quanto mais me assobiarem, mais eu vou pegar na bola e resolver jogos. Bela frase. Independentemente de ser um génio ou de um jogador normal, mesmo daqueles que falham os simples passes, não consigo entender o acto de assobiar um jogador durante um jogo de futebol. Dirão que é uma reacção emocional e que há direito a protestar, etc. Sem dúvida. Afinal, também Miguel Ângelo só pintou uma capela Sistina. Devia ter pintado uma todos os dias. Não faz sentido. Daqui a quinze/vinte anos, quando o cigano rebelde do Dragão pendurar as botas e recordarmos o jogador que foi, ninguém vai dizer «eu naquele dia assobiei o Quaresma!”. Pelo contrário, vão todos dizer, orgulhosos: “Eu, naquele dia, vi jogar o Quaresma!”

Luís Freitas Lobo in Planeta do Futebol

Nota: Quero pedir desculpas ao leitores do blog pela insistência no assunto do Quaresma vs Assobios, mas não podia de deixar de aqui colocar este texto verdadeiramente divinal do grande poeta do futebol que é o Luís Freitas Lobo.

23 janeiro 2008

100% Dragões

"O FC Porto anunciou a compra dos restantes 50 por cento do passe do futebolista Lisandro López, pelo montante de 4,429 milhões de euros, assegurando a totalidade dos direitos desportivos do avançado argentino.

A cumprir a terceira época no FC Porto, o avançado, de 24 anos, tem sido determinante na carreira dos "azuis e brancos", com 13 golos marcados em 16 jornadas, praticamente igualando os 14 tentos somados na Liga em 51 jogos completados, nas duas últimas temporadas."
In RTP.pt

"Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD vem pela presente comunicar, de acordo com o artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, que acordou com a First Portuguese Football Players Fund, S.A. (Fundo) a cessão do contrato de associação de interesses económicos que consubstanciou uma parceria estratégica de investimento em direitos desportivos e direitos de imagem de jogadores de futebol.

Este acordo prevê a recompra, pela Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, da percentagem dos passes detida pelo Fundo, dos jogadores Ricardo Quaresma (9%), Paulo Machado (16,7%), Ivanildo (16,7%) e Vieirinha (16,7%), pelo valor global de 1,7 milhões de euros."
In RR.pt

«Amo o FCPorto»
"A F.C. Porto – Futebol, SAD e Ricardo Quaresma acordaram a prorrogação do contrato do extremo até 2011.

A renovação
«Claro que fiquei contente pela renovação. É sinal de que há carinho de ambas as partes. E também do carinho que eu tenho pelo clube e pelas pessoas que trabalham comigo. Esta renovação chegou pois o presidente e todas as pessoas que estão dentro deste clube acharam que eu devia ter renovado e eu fiquei contente quando falámos sobre o assunto»

Sentimento reforçado
«Sempre tive o espírito de ajudar o clube, de ajudar a equipa a ganhar títulos e jogos. Sempre dei tudo o que tinha. Toda a gente sabe que o Porto ensinou-me muita coisa e fez-me crescer em muita coisa e, neste momento, posso dizer que amo o Porto e estou contente por estar aqui e por estar nos momentos mais decisivos desde clube. Foi isso que me fez renovar até 2011»"
In FCPorto.pt

Tarik marcou e brilhou na goleada de Marrocos
"A selecção de Marrocos começou muito bem a participação na Taça das Nações Africanas, tendo ganho ontem à Namíbia, por 5-1, no jogo que fechou a primeira jornada do Grupo A. Tarik Sektioui, extremo do F. C. Porto, foi um dos destaques da equipa marroquina, que resolveu a partida ainda antes do intervalo.

Tarik marcou, de penálti, o quarto golo de Marrocos, aos 40 minutos, mas assinou muitas outras jogadas de qualidade, tendo sido substituído a meio da segunda parte, quando o jogo já estava decidido."
In Jornal de Notícias

Taça de Portugal - Sorteio Oitavos de Final

Sertanense (III Div) -FCPorto

22 janeiro 2008

Deixem jogar o Quaresma! Reforços e danças de varão em plena televisão...

Aqueles que acompanham a minha opinião sobre os temas ligados ao nosso FC Porto, sabem de antemão que eu não associo os assobios fáceis que têm sido ouvidos no Dragão a algo que esteja ligado à inteligência ou ao bom senso. Não podia e simplesmente porque os assobios que têm sido efectuados nos últimos anos em nada tem ajudado o clube. Foi sempre assim. Será sempre assim...Terá mesmo de ser assim?

Um jogador tem que se sentir acarinhado para que possa explanar as suas características da melhor forma possível. Não vejo motivos para assobiar Quaresma como também não vejo motivos em assobiar Mariano, Stepanov, Lino, Cech e outros. É errado e temos os casos recentes do Pepe ou do B. Alves. Os assobiadores são os mesmos que decorridas poucas jornadas já pediam a cabeça de Jesualdo Ferreira numa bandeja. São os mesmos que queriam que Adrianse fosse embora, e também são os mesmos que depois de conquistadas duas provas europeias de um fôlego só, exigiram de barriga cheia a conquista de mais uma Champions logo de seguida. Foram os mesmos que não deram tempo a Fernandez e outras vítimas dessa época maldita, ainda que tenhamos vencido a Intercontinental. Pouco, diriam eles… Perdemos nessa época em casa mais pontos do que duas mãos cheias de épocas. Vá lá saber-se porquê...

Não quero com isto transmitir a ideia que os adeptos não podem criticar ou ter o direito à insatisfação, mas tão só quero dizer que genericamente, aqueles que assobiam, não fazem a mínima ideia do porquê de o fazerem assim como também não fazem ideia do motivo de aplaudirem. Na caixa de comentários do post relativo ao jogo da Taça de Portugal, li várias criticas que não me são indiferentes, eu também sei ver as diabruras do Harry Potter, no entanto mantenho a mesma opinião. Quaresma não deve ser assobiado porque isso é fazer com que o 7 tenha de pensar duas vezes antes de iniciar uma jogada. Quaresma não é jogador para isso. Não está na sua natureza. Quaresma é como um animal selvagem, amarra-lo a questões excessivamente tácticas é arruinar o seu jogo e com isso prejudicar o jogo colectivo da equipa. Todas as grandes equipas precisam de um Quaresma. Todos os adeptos precisam de um Quaresma. Quaresma tem de ser livre. Para mim só isso é que faz sentido. Aplaudi-lo quando ele merece ou simplesmente ignorar as suas travessuras. A ausência de aplausos já é suficientemente castigadora para a sua personalidade. É a minha opinião. Uma opinião de quem não vai à bola para fotografar, comer pipocas ou pior, assobiar a própria equipa.

Mas é interessante constatar que muitos dos que assobiam Quaresma por tentar adornar aqui e ali uma jogada ofensiva, sejam os mesmos que ainda "ontem" criticavam o Professor Jesualdo por não dotar a equipa de uma boa dose de espectáculo. Até nisso os assobios têm saído furados. Estes adeptos não dão conta do ridículo? Criticar livremente SIM. Criticar por ignorancia NÃO.

Desde o inicio da época que o Quaresma tem sido apupado por um determinado grupo de adeptos, e não me parece que seja escândalo algum o rapaz ter perdido a paciência. Aliás, é preciso ter uma pachorra dos diabos para aturar esse tipo de “massa assobiativa” que aflige de forma cancerígena as bancadas do Dragão. Como já alguém referiu num comentário recente, é uma pasmaceira ver jogos no Dragão e a culpa é dos adeptos que preferem usar as mãos para comer pipocas ou tirar fotos do seu telemóvel topo de gama, do que para aplaudir durante os 90 minutos. Pedem aos jogadores para correrem o jogo todo, mas nem 5 minutos gastam para aplaudir e apoiar nos cânticos. Seria o mínimo...

Deixem jogar o Quaresma!

Tivéssemos nós a trabalhar no nosso local de trabalho com um grupo de assobiadores ao lado e eu gostaria de saber quais de vós aguentaria muito tempo. Quaresma aguentou 6 meses. Tempo suficiente não?

Quaresma tem sido de uma fidelidade exemplar ao clube. Só por isso não merece incompreensão ou impaciência. Ele “mais do que todos nós" quererá que as coisas lhe saiam bem no campo. Portanto, deixem-se disso, a bem do FC Porto. Sobre o pedido de desculpas que já vi exigido em vários locais da blogosfera apenas tenho a afirmar que o que eu quero é que o nosso ciganito marque o golo da vitória do próximo jogo contra o Sporting. E que seja de trivela.

Reforços? Porquê?
O Portistas de Bancada leva a cabo uma nova sondagem onde procura saber se os adeptos consideram que o FC Porto necessita de algum reforço, e se sim, para que posição do terreno. Eu fui daqueles que votaram NÃO, ainda que para isso tenha ajudado o facto de ter votado depois de saber que o Hélder Barbosa iria regressar de imediato. De todos os emprestados é o único que eu aprecio sem reservas. Ver Barbosa com a bola nos pés é garantia mais do que suficiente de qualidade. Os seus dribles e a sua clarividência atacante fazem-me imaginar um tridente ofensivo para 4-3-3, como há muito o FC Porto não tinha - Barbosa-Lisandro-Quaresma. Esperemos que Hélder Barbosa não seja mais uma vítima da massa “assobiativa”. Assim que falhar um par de dribles já estou a imaginar... É pena que assim seja. Terei que me habituar…ou não.

Alguns exigem que se reforce a melhor defesa da Europa. Outros, o meio campo ou a linha avançada. Serão os mesmos que queriam Farías dispensado, que acham Bolatti, Kaz ou Mariano uns cepos com dois pés? Eu não tenho memória curta. Os assobiadores de ontem são os que hoje dispensam Adriano e querem o argentino a titular no próximo Sábado. São os adeptos bipolares. Sempre é melhor do que serem intitulados de pipoqueiros...

Que se dane! Estes adeptos são tão nefastos para o FC Porto que eu não lhes perdoo. Para mim continuarão a ser os pipoqueiros.

Contudo, Farías parece provar que tem uma palavra a dizer e os outros não aparentam sinais de querer desistir de ganhar um lugar nos Bi-Campeões Nacionais. Não é fácil entrar no 11, mas eu acredito que ainda não assistimos ao verdadeiro futebol destes reforços do início da época. Teremos de ter paciência porque o tempo tem dado razão ao Jesualdo, aliás, como em quase tudo desde que o Professor entrou no FC Porto. Este prova todos os dias aquilo que eu defendo há muito – é o melhor treinador português em actividade. (ponto final)

Exclusivo “Portistas de Bancada” num parágrafo cheio de aspas
Carolina Salgado tem sido ajudada pela imprensa do regime. Já sabíamos disso. O que não sabíamos - pelo menos eu desconhecia - era que esta profissional de dois dedos de conversa
com uma dose de Whisky a 50 euros, arranjasse trabalho "a sério". Na ultima sessão de tribunal, esta "senhora da noite" revelou ser afinal colaboradora do Correio da Manhã, jornal onde a sua madrinha desempenha funções de directora. Pudera! Tudo o que de mau tem sido escrito na imprensa, começa nesse pseudo jornal e percebe-se porquê. Os ratos ou as ratas como entenderem, estão todas lá. Só falta entrar para o pasquim o Humberto ou o Cartaxana. Deve faltar pouco, o cheiro a podre já ninguém lhes tira.

Contudo, a Carolina Salgado parece não faltar financiamento para a manutenção da sua novela. Depois do livro, do filme, do pagamento para marcar presença em festas de gente que nada faz da vida e que têm como ponto comum o facto de conhecerem a Maya (estranha coincidência), um trabalhinho de faz de conta no Correio da Manhã ou a "eventual" recepção de peças roubadas da casa do Presidente Pinto da Costa, soube agora que também nós todos como contribuintes ao Estado Português, vamos subsidiar a vida boémia da actual meretriz da 2ª Circular. Preparem-se meus caros e agarrem-se às cadeiras. Carolina Salgado, para gáudio dos 6 milhões de benfiquistas, vai participar na próxima edição do programa "Dança Comigo". Não me perguntem como é que eu soube. Apenas sei. E como eu não assinei nenhum contrato de confidencialidade, garanto-vos que isto vai mesmo acontecer. Assim como também vos garanto que a Carolina não vai lá para ser eliminada prematuramente. Faz tudo parte da negociata. E nós, portistas, mesmo que não votemos naquela chachada, já estamos a pagar. Afinal, a RTP não é a televisão de todos os portugueses?

A minha dúvida é apenas uma e tem a ver com a forma como Catarina Furtado irá apresentar a dançarina de Gaia. Será como escritora, colaboradora da Leonor Pinhão, vendedora de peças de arte roubadas, dançarina de clubes nocturnos, repositora de produtos em hipermercados, acompanhante, massagista... Juro que não sei. Eu nem sei que Carolina vai ao “Dança Comigo” paga a peso de ouro pela estação pública e AINDA - como diria o Carlos Cruz - com a garantia de vencer o concurso...

Tudo para gáudio dos 6 milhões de portugueses que não vão largar o telefone. Já estou a imaginar o Barbas a votar pelos amigos todos.

Tirem-me deste país! E se puderem tirem o nosso FC Porto também!

20 janeiro 2008

Uma morna normalidade

FCPorto 2-0 D. Aves
E. Farias 31' e Quaresma 92'

Equipa: Nuno, Fucile, Stepanov, João Paulo, Lino, Bolatti, Kazmierczak (Quaresma 62'), Lucho, M. Gonzalez (M. Cech 83'), Adriano (Lisandro 69') e E. Farias

20.319 espectadores

Foi com uma exibição morna, mas q.b., que o FCPorto carimbou, a natural, passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal, afastando o Desp. Aves, uma equipa que se mostrou muito aguerrida, por vezes até demais, e que bem tentou criar problemas à equipa portista, se bem que poucas vezes o conseguiu com sucesso.

O FCPorto apresentou-se com 9 alterações, relativamente à equipa que alinhou de inicio frente ao Sp. Braga, saliente-se que apenas tinha 2 portugueses, uma coisa impensável noutros tempos mais recentes, tendo Jesualdo Ferreira entendido, e bem, rodar o plantel, talvez numa forma de dizer aos jogadores menos utilizados
que também conta com eles para a última, e decisiva, parte da época.

O jogo começou muito frio, com muita pouca velocidade, notando-se sempre alguma lentidão nas transições ofensivas portistas, talvez pela falta de rotinas, sentindo-se cedo que o FCPorto apenas iria tentar fazer o suficiente para vencer, sem deslumbramentos, cumprindo a obrigação e deixando passar o tempo naturalmente.

Mas encontrou um Desp. Aves de peito feito, optando por jogar abertamente e por rematar muito para tentar surpreender a equipa portista. Aliás, a primeira oportunidade para inaugurar o marcador foi mesmo da equipa avense, que, através de um pontapé de canto e com Mércio a cabecear perigosamente, quase surpreendeu a defesa portista, tendo a bola saído a rasar a barra.

A partir dessa jogada, o FCPorto acordou para a realidade e notou que precisava de trabalhar muito, não se podendo distrair com o seu adversário, isto se queria vencer, tendo tomado logo conta da partida acabando por, no minuto seguinte, ter a primeira oportunidade de golo por Lucho, faltando-me cada vez mais adjectivos para definir a classe deste jogador, e
como o culminar duma grande jogada de envolvimento atacante com o seu compatriota Mariano Gonzalez, conseguiu rematar para uma defesa a dois tempos do GR adversário.

Mas foi de bola parada que o FCPorto chegou ao golo esperado. Um livre apontado por Lino, que esteve sempre perigoso em lances idênticos, cruzando para uma cabeçada fulminante do jogador em maior
destaque, até àquele momento, e arrisco a dizer, até ao fim da partida, Ernesto Farías.

Parece que iremos, finalmente, ter um Farías mais condizente com aquilo que vinha rotulado e que obrig
ou o FCPorto a gastar muito dinheiro na sua contratação. É um jogador à imagem daquilo que Jesualdo Ferreira gosta, um jogador prático, muito móvel na frente, bom tecnicamente, muito lutador e, se tiver mais sorte do que teve no inicio da época, poderá ser um jogador muito útil à equipa portista, contrastando com a melancolia e a falta de motivação de Adriano, completamente irreconhecível daquele Adriano raçudo e trabalhador que, tão bem, nos habituamos a ver, esperemos que seja apenas uma má-fase, para seu bem e do clube.

O mais difícil estava feito, mas o FCPorto ainda bem tentou chegar ao segundo golo antes do descanso, com os mesmos protagonistas, Farías e Lino, este em mais um livre superiormente bem marcado com o GR avense a responder com uma enorme defesa e depois com um remate de um Mariano Gonzalez, que aos poucos, e devagarinho, começa a querer deixar uma outra imagem do seu valor.

De volta do descanso e sem alterações, o jogo começou mais animado, de parte a parte, com o Desp. Aves a dar mais espaço à equipa portista, originando jogadas de maior perigo na sua baliza, fruto de um endiabrado Fucile que procurava assistir os seus companheiros para fazerem o tão desejado, e então merecido, golo da tranquilidade.

Golo da tranquilidade esse, que esteve para acontecer por diversas vezes, através de várias oportunidades portistas, destacando-se uma grande jogada de Bolatti, claramente um jogador com valor mas que precisa de dar uma maior agressividade e maturidade ao seu futebol, e Lucho, que numa triangulação entre os dois, tiveram ambos oportunidades para resolver a partida.

Com a entrada de Quaresma, substituindo o jogador menos esclarecido dos dragões, Kazmierzak, e Lisandro, que substituiu Adriano, e juntando-se a Farías, o FCPorto passou a alinhar com a linha de frente que, a meu ver, irá alinhar nas próximas partidas, e até resultou num entendimento interessante entre todos,
se bem que o adversário também não era dos melhores.

No fim, e depois de mais algumas perdidas, e do consequente desaceleramento portista a pensar no final da partida, o Desp. Aves ainda bem tentou empatar, obrigando a que o FCPorto defendesse muito mais atrás e a não ter medo de jogar feio para impedir mais trinta minutos de horas extras, mas a equipa avense
não teve, mesmo na fase de maior domínio, uma clara oportunidade para chegar ao empate, mostrando que, mesmo com outros jogadores, a melhor imagem de marca deste FCPorto é mesmo a sua consistência defensiva.

Quando se julgava que o resultado estava feito e já com a maior parte dos adeptos a abeirarem-se das portas de saída, eis que Quaresma, aproveitando uma jogada de insistência do ataque portista, faz o resultado final, um resultado que até
acaba por ser escasso pelas oportunidades perdidas.

O FCPorto conseguiu com a passagem destas duas eliminatórias afugentar, de vez, o fantasma das eliminações do ano passado na Taça de Portugal, frente ao Atlético, e da Taça da Liga, frente ao Fátima, rubricando exibições sérias, concentradas, dignas de profissionais dedicados e que sabem representar a sua camisola, mesmo que os seus adversários sejam mais frágeis. Espera-se que assim continue para que cheguemos a mais uma final e consigamos cumprir o único objectivo nesta prova, como em todas as outras, ou seja vencê-la.

Nota: No final fui confrontado com as declarações de Ricardo Quaresma relativamente aos assobios que lhe foram atribuídos ao longo da sua actuação na partida. Desde já, dois pormenores, as mesmas pessoas que o assobiaram, foram aquelas que lhe dedicaram uma ovação estrondosa que foi ouvida aquando da sua entrada em campo; outro pormenor, em momento nenhum, eu consigo compreender o porquê um adepto assobiar um jogador da sua equipa, tenha ele o nome de Ricardo Quaresma ou de Mariano Gonzalez, jogador esse que só ao ouvir-se o seu nome nas instalações sonoras do Dragão, já se ouviram assobios. Curiosamente, nunca o ouvi a queixar-se.

Os assobios a que Quaresma se refere foi apenas a uma jogada de ataque, em que ele e mais dois jogadores isolaram-se frente a dois defesas avenses, e, num acto de displicência total, ele conseguiu perder a bola, perdendo uma oportunidade clara para marcar o golo da tranquilidade, isto numa altura em que o Desp. Aves ameaçava querer chegar ao empate. O pior de tudo, é que ele nada fez para recuperar a bola perdida, tendo que ser Farías a cortar o lance na defesa portista, quando dois jogadores estavam "em cima" de Fucile.

É claro que os assobios são condenáveis, isso nunca deveria acontecer no Dragão, mas também fica de mau tom ver Quaresma fazer essas declarações, eu diria ingratas, a um público que sempre o endeusou, isto tudo para gáudio de uma imprensa que é a primeira a crucificá-lo quando algo lhe corre mal, vide apreciações aos seus jogos no FCPorto e, principalmente, na selecção nacional. Na minha opinião, nem o público esteve bem a assobiá-lo, nem o Quaresma esteve bem a dizer o que disse. Onde ele pode e deve "falar" é no local onde ele sabe melhor, ou seja, no relvado. Se é verdade que "quem não se sente, não é filho de boa gente", também é verdade que "a ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso".

19 janeiro 2008

FCPorto 2-0 D. Aves

E. Farias 31' e Quaresma 92'
Equipa: Nuno, Fucile, Stepanov, João Paulo, Lino, Bolatti, Kazmierczak (Quaresma 62'), Lucho, M. Gonzalez (M. Cech 83'), Adriano (Lisandro 69') e E. Farias

20.319 espectadores

Infelizmente não pude ir ao estádio e fui assim um dos sócios que contribuiu para a mais fraca assistência da época no Dragão. Mas o Menphis, um dos convidados do blog, assistiu a esta vitória e prometeu fazer a crónica do jogo, sendo que amanhã durante o dia ela será colocada aqui para todos conhecermos os pormenores da passagem do FCPorto à próxima eliminatória da Taça de Portugal.

PS.: Dado o facto de muito poucos terem assistido a esta partida, inclusive a maior parte dos convidados do Portistas de Bancada, não haverá round de pontuações do concurso Jogador da Bancada para este jogo. Penso que todos compreenderão.

18 janeiro 2008

Escolhas

"O grande problema de ter de escolher entre duas hipóteses é a inevitabilidade de assumir a responsabilidade pelas consequências dessa escolha. Quem nunca escolhe nada, nunca corre o risco de errar, mas também nunca decide, nunca dirige, limita-se a ser dirigido. Ora, Jesualdo Ferreira tem uma escolha para fazer agora que o campeonato faz uma pausa para recuperar o fôlego antes do clássico que levará os bicampeões nacionais até Alvalade. De que forma abordar o jogo com o Aves, para a Taça de Portugal? Por um lado, a Taça é um dos objectivos prioritários dos portistas, tanto mais quanto o campeonato até está, à falta de concorrência, meio resolvido. Por outro, há um núcleo de jogadores sobrecarregados por uma sucessão impressionante de jogos disputados ao mais alto nível e para os quais o futuro próximo reserva apenas mais do mesmo, quer ao serviço do FC Porto, quer até ao serviço das respectivas selecções. Finalmente, há também um núcleo de jogadores que a qualidade do onze principal tem mantido longe das primeiras opções de Jesualdo Ferreira no campeonato. Ora, idealmente, o treinador do FC Porto tentará conciliar todos os problemas para chegar a uma solução. De que forma abordar o jogo com o Aves? Pois, com uma equipa ambiciosa, capaz de o ganhar e garantir a continuidade dos portistas na prova, enquanto permite a poupança de alguns dos jogadores mais utilizados e ao mesmo tempo dá aos outros mais uma oportunidade de demonstrar que merecem outras oportunidades. Simples, não?"
Jorge Maia in O Jogo

Tal como escreve e muito bem Jorge Maia neste texto, a escolha para Jesualdo Ferreira não é realmente simples. Se por um lado tem jogadores que, apesar de não estarem ainda cansados, terão pela frente uma série de jogos que os poderão fazer estar esgotados numa frase crucial da época, sendo esta uma boa oportunidade para se irem poupando, por outro lado a experiência do ano passado na Taça de Portugal e até deste ano na Taça da Liga deveria servir para fazer o professor nada arriscar. O adversário, o Desportivo das Aves, é uma equipa conhecedora de ambientes como o do Estádio do Dragão e ainda na época passada esteve na primeira liga, não sendo por isso um simples e modesto adversário de um escalão inferior.

Como tivemos uma semana para preparar o jogo e fazer recuperar algum jogador que estivesse menos bem e como teremos também uma semana até ao jogo seguinte, arriscaria muito pouco e apenas faria descansar dois ou três jogadores, dando oportunidades a vários atletas que vão esperando por elas, deixando sempre no banco os jogadores principais da equipa para se necessários forem. Ainda sem Hélder Barbosa e Rabiola, por questões burocráticas da FPF (!!!), a minha escolha para o onze inicial, embora ressalvando que, melhor que ninguém, o treinador saberá quem mais precisa de repouso, seria a seguinte:

O AC Milan ainda na passada quarta-feira caiu na Taça de Itália aos pés de um pequeno clube, tal como o Real Madrid caiu aos pés do Maiorca nesse mesmo dia. Dois gigantes da Europa tombam nas respectivas taças dos seus países, algo que pode acontecer a qualquer um, maus dias todos podem ter, só que com o FCPorto, em 2007, isso aconteceu por duas vezes e já nenhum de nós fica descansado quando o adversário é de uma divisão inferior. O FCPorto entra em todas as provas para vencer e neste momento ainda está inserido nas três mais importantes, mas tanto os jogadores como o treinador devem ter a consciência de que ainda nada venceram este ano. Jesualdo, com o leque de jogadores que tem, poderá ter razões para sorrir, tal como disse o Zé Luís na sua última crónica, mas esperemos mais uma vez que tenha aprendido com os erros, esperemos que faça as melhores escolhas.

FCPorto - D. Aves, Sábado - 18H30 - Estádio do Dragão

17 janeiro 2008

Mais do que simples lagosta

"Não é todos os anos que surgem jogadores com um talento tão distinto. A equipa técnica do Porto tem a noção de que Hélder Barbosa possui uma enorme margem de progressão e, embora a ausência de Tarik Sektioui (CAN) possa ter sido vista com algum cepticismo, a verdade é que facilitou o regresso ao plantel portista de um activo que pode desenvolver-se e tornar-se num jogador de excepção nos próximos anos do futebol português.

Embora seja um atacante com grande mobilidade e apareça muitas vezes em zonas interiores de finalização e criação, Hélder Barbosa apresenta um futebol mais incisivo quando joga a partir das alas, podendo, assim, tomar mais balanço para encarar os defesas em 1v1 e executar o cruzamento, aspecto em que é particularmente forte. Muda facilmente de velocidade e, além de um vasto repertório de dribles, cruza bastante bem com o seu fantástico pé esquerdo - ultimamente era ele que cobrava grande parte dos cantos e livres na Académica.

A sua qualidade de drible curto e longo é impressionante, mas é também aí que reside o seu ponto mais frágil, pois ainda tenta recorrer demasiado a lances individuais para definir as jogadas. As perdas de bola e os adornos desnecessários são, naturalmente, fruto dos 20 anos e esta nova etapa no Porto, agora treinado por Jesualdo Ferreira (Hélder estreou-se com Adriaanse, na última jornada de 2005/6, em que, curiosamente, foi expulso), pode melhorar esse detalhe.

Uma grave lesão no joelho em 2006/7
Se bem que tem ainda 20 anos, Hélder Barbosa já contraiu uma lesão grave no joelho, que forçou o seu afastamento durante dois terços da temporada de 2006/7 – o seu último desafio oficial pela Académica nessa época tinha sido na 10.ª jornada, contra o Porto. Logo depois, a tal lesão no joelho, sofrida num jogo-treino frente ao Pampilhosa,
negou-lhe a participação no resto do campeonato. Recorde-se que Hélder, na maior parte das ocasiões utilizado no lado esquerdo, estava a ser um dos jogadores com melhor rendimento na equipa de Manuel Machado, até porque Filipe Teixeira – o jogador globalmente mais evoluído que passou pela Académica nos tempos mais recentes – estava visivelmente em má forma, muito abaixo daquilo que pudemos ver no período Nelo Vingada. Hélder Barbosa entrou nalgumas partidas na condição de suplente, mas tinha a capacidade para desequilibrar e virar os jogos, como aconteceu, por exemplo, num desafio em casa frente ao Estrela da Amadora, à 9.ª jornada, no qual jogou apenas a segunda parte e contabilizou um golo e uma assistência numa vitória por 2-0.

Devidamente recuperado da lesão, mas já sem oportunidade para jogar com Filipe Teixeira, que se transferiu para os ingleses do WBA, ou com Dame N’Doye (Panathinaikos), Hélder Barbosa voltou, em 2007/8, a assumir-se como uma das referências no ataque da Académica. Antes de ser treinado por Domingos, foi, evidentemente, uma das raras “lagostas” de Manuel Machado no conjunto do Calhabé...

Comparar com Quaresma?
Podem ter semelhanças nas posições que ocupam, no jeito como driblam e como encaram os defesas no 1v1, mas também convém relembrar que Ricardo Quaresma já passou por esta fase que Hélder Barbosa vive actualmente. Designadamente no que diz respeito a uma certa ingenuidade na tomada de decisões e no controlo da ansiedade. Afinal de contas, nem todos crescem com a maturidade de Cesc Fàbregas ou David Silva, que aos 20 anos já parecem ter 30 pela forma adulta como explanam o seu jogo. Tudo isto faz parte de um normal processo de evolução, pois é inegável que o talento existe e precisa de ser trabalhado com tempo."
LC in
PrimeiroToque

Apresentado que está Hélder Barbosa neste crónica, ou pelo menos dado melhor a conhecer, e sabendo que Rabiola já hoje treinará com o plantel principal, vindo do Vitória de Guimarães, resta a pergunta da praxe neste mercado de Inverno:

O FCPorto necessita de se reforçar para o resto da temporada?
Sim, na defesa
Sim, no meio-campo
Sim, no ataque
Não


Liga Intercalar

Penafiel 0-4 FCPorto
Rui Pedro 2', 19' e 55' e André André 16'

Equipa: Nuno, Eridson, André Pinto, Tengarrinha, Stephane, Ramon (Chula 60'), André André, Graça (Pedro Branco 83'), Marco Aurélio, Josué (Miguel Galeão 46') e Rui Pedro (Seixas 66')

16 janeiro 2008

Taça para Jesualdo

Voltam os fantasmas a lembrar tragédias antigas, até na Luz…

É tempo de Taça, agora, e os fantas-gongóricos comentadores que dão o campeonato como perdido vão tentar atrapalhar com os fantasmas que assolaram o ano passado o Dragão.

Jesualdo irá rodar alguns jogadores mas, sem pressão de um calendário amenizado neste mês com um jogo por semana graças à ausência na Taça da Liga, resta saber em que medida o técnico do FC Porto gerirá os “titulares” habituais e os suplentes do costume. O onze remodelado de alto a baixo, como em Chaves (só dois sobreviventes do anterior jogo da Bwin Liga), dão a indicação de poder haver mais do mesmo no sábado com o Aves (18.30h). A antecipação do jogo é um sinal de poupança para Alvalade no domingo seguinte. Essa gestão do calendário pode ter seguimento no plantel. A ver vamos, mas desde que os senhores jogadores que comandam no campeonato fiquem no banco para qualquer eventualidade, sempre vale prevenir e sempre se pode remediar alguma coisa.

Mas não resisto a lembrar o 24/11/2002 quando Jesualdo foi eliminado da Taça e despedido do Benfica após perder com o Gondomar! E, by the way, com uma equipa recheada de ex-portistas, na era em que parecia bem pescar todos os reforços possíveis com tarimba de campeões nas Antas. Vejam só:

Nuno Santos; Armando Sá, Hélder, JOÃO MANUEL PINTO, Cabral (Mantorras 45’); Andrade; Roger (DRULOVIC 32’), Petit, ZAHOVIC (Anderson 70’); FEHÉR e Nuno Gomes.

Digam lá se um treinador tem culpa de uma equipa assim ser eliminada!

Fernando Santos conseguiu apresentar um onze com menos nomes sonantes quando o Torreense afastou nas Antas o FC Porto com arbitragem de Bruno Paixão. Este:

Costinha; Nelson (Panduru 55’), JOÃO MANUEL PINTO, Aloísio, Fernando Mendes; Peixe (FEHÉR 26’); Carlos Manuel, Chippo; Capucho, DRULOVIC e Mielcarski.

Mas não deixou de ficar com o estigma da eliminação, compensada pelo título que significou o penta e as duas vitórias na Taça de Portugal nos anos seguintes.

Jesualdo só tem motivos para sorrir. Apesar dos fantasmas e os velhos do Restelo que não deixarão de lembrar coisas passadas.