31 março 2010

Argumentário para um título (XIII)

"Si no lo veo no lo creo".
Os ingleses estiveram a pontos de achar uma brincadeira os celebérrimos 6-3 da Hungria em Wembley em 1953, caso o Barcelona tivesse marcado 5 golos nos primeiros 6 remates (dois deles na mesma jogada) ao longo dos 20 minutos iniciais no Emirates, o que faria os 5-0 do Arsenal ao FC Porto outra coisa menor.
Mas não foi assim e o 0-0 ao intervalo fez-me lembrar, hoje, aquele título em bom castelhano da Marca há precisamente 4 anos, na 1ª mão dos 1/4 final da Champions. A Marca, note-se bem, a pôr assim um título de um jogo do Barcelona, então de Rijkaard...

O 2-0 nos primeiros 15 minutos da 2ª parte já falavam da eficácia do Barça após o intervalo, com o bis de Ibrahimovic e aquele tento inaugural logo aos 15 segundos no reatamento.
Mas o Barça relaxou, passou a tocar a bola para trás em vez de para a frente como antes, Wenger tirou Walcott da cartola e, a despeito de duas substituições por lesão (Arshavin e Gallas), reorganizou o Arsenal (fantástico Eboué a entrar) e chegou ao empate, de forma tão miraculosa como havia escapado a uma goleada estrondosa: Fàbregas, a sonhar com o regresso a Camp Nou, empatou de penálti para se lesionar também no remate de raiva e acabar a mancar mas já ausente da 2ª mão por um amarelo acumulado na prova.
E sem os centrais Piqué (acumulação de amarelos na prova) e Puyol (expulso no penálti sobre Fàbregas), o Barça pode vir a sentir dificuldades inesperadas, tal como há 4 anos, na 2ª mão em casa, a despeito de ter jogado talvez o melhor futebol que vi na vida e que me fez lembrar o Ajax de Cruijff a ganhar com um golo de calcanhar de Krol 1-0 em Chamartin ao Real Madrid em 1973, na semifinal.
Há 4 anos a Marca viu, sem exagero, o que eu vi e o Barcelona falhou, sem escândalo no número, 10 golos fáceis de marcar para acabar 0-0 na Luz, com o Benfica. Se não visse, de facto, também não teria acreditado, mas hoje voltei a ver um desperdício de golos de Ibrahimovic, Pedro Rodriguez, Messi e Xavi - com defesas inacreditáveis de Almunia, mas também uma parada "impossível" de Victor Valdez a cabeceamento de Bendtner -, como tinha visto de Ronaldinho Gaúcho, Eto'o e van Bommel na última visita ao Benfica.
Chegou a ser pavorosa a forma como o Barça dominou o Arsenal em toda a 1ª parte, mas o 2-2 final faz jus à tenacidade dos ingleses a quem não se pode perdoar nada. E os do Barça, mesmo que passem porque são mesmo muito melhores, pelo menos em Inglaterra podem ter deixado escapar o facto, além do histórico resultado, de serem considerados justamente os deuses do futebol, que porventura ainda por lá se lembrarão dos Mágicos Magiares de Puskas e Cª.

Argumentário para um título (XII)

Nada de especial, como previsto. Um é melhor do que o outro - e por isso dobrou a audiência (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1532952), a terceira via falou a voz do dono e todos foram batidos pelas telenovelas.


Mas fizeram-se debates a seguir, com os mesmos de sempre e as mesmas previsibilidades das semelhantes sensibilidades. Uma chachada, no fim de contas e, dizem-me, entrou pela noite dentro. Obviamente, só o Rascord acha que PdC foi inferior a LFV, mas quem já viu o FC Porto beneficiado em três jogos e prejudicado em dois é capaz de mistificações dignas do que apelidam de shreck, gordo e barbas...

Eu poderia destacar uma ou duas coisas, apenas, de tudo o que foi dito e fui apanhando "aos bochechos", mas nem é importante, as coisas são como são, as pessoas são o que são e, balanço geral, quem perdeu foi o empertigado MST a quem até o insuspeito Rascord reconheceu ter feito uma conversa de chá, tanto como de chacha, com o beneficiado do sistema tão combatido pelo escritor-jornalista-advogado subitamente sem achas para queimá-lo numa fogueira.

O que vale por dizer que MST, como muitos outros, após a pavorosa entrevista-intimidatória a Gonçalo Amaral (ex-PJ do caso Maddie e Joana), tem mais respeito pelas figuras venerandas e instituições sacralizadas do que por investigadores profissionais que ele se acha no direito de descredibilizar. Resta saber se MST mostrará indiferença e até desprezo por mais esta crítica unânime nos jornais como diz ter pelos blogues onde bem poderia aprender muita coisa, mas o narcisismo estava ali à frente dele, com um painel das bancadas da Luz a ofuscá-lo, e nele se reviu...

O achaque de Vieira aos "números" de Hulk são tão de autor como MST escrever no próprio dia em A Bola que esteve na inauguração do Dragão "numa noite cinzenta e chuvosa" de Novembro de 2003. Ficou com a célebre imagem do Expresso a reportar uma noite de chuva que não molhou ninguém com céu claro e apenas muito frio. Não há dúvida que nem por estar lá é digno de merecer crédito...

E um presidente bronco comentar as perdas de bola de Hulk e esquecer as três piruetas e meia a rebolar de Saviola no mano-a-mano com Eduardo é como um comentador gordo e vazio achar que Pinto da Costa devia falar de Prediger, quando o Benfica teve dois laterais de raiz que ou não jogaram sequer (Patrick) ou jogaram muito pouco (Shaffer)...

Fora algumas diferentes avaliações, pontuais, do desempenho dos presidentes, o que destaco e é unânime é o painel de sorrisos e salamaleques dos diferentes directores que acolheram os convidados. Por exemplo, em duas páginas de O Jogo vi "desfazerem-se" em mesuras o José Alberto Carvalho com Pinto da Costa, o Luís Marques com Filipe Vieira e o José António Teixeira com Ricardo Costa. Política&Comunicação, em suma. Mas nada de informação.

30 março 2010

Argumentário para um título (XI)

É como digo, agora irei ver pelo que os outros viram.

Este é totalmente insuspeito, na forma e na substância, mas resume assim a coisa:



http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2010/03/pinto-da-costa.html




"Quando Pinto da Costa estava acossado e era julgado na opinião pública - e publicada - como isto e aquilo, muita gente que dantes o bajulava abandonou-o e preferiu dar crédito a desgraças ambulantes. Até a circunspecta Maria José Morgado deu. Sei disto porque um amigo dele me disse na altura que ia daí a uns dias ao Porto a uma festa qualquer do FCP (de Pinto da Costa) precisamente para "sinalizar" que ele não deixava cair amigos nos seus momentos mais difíceis e, porventura, infelizes. E não estamos a falar propriamente de um anónimo sem história ou indecente. Lembrei-me desta conversa depois de ver Pinto da Costa na RTP. Detesto futebol, ignoro o que se passa nos "túneis" ou na "liga", mas aprecio o ironismo do presidente do Porto e, em certa medida, a sua coragem. Ao pé dele, qualquer presidente de outro qualquer clube parece um tolinho. Disse a Judite de Sousa que se recandidatava. Não voto, mas se votasse votava nele".

Argumentário para um título (X)

Futebol falou mais alto em Munique e o Bayern deu a volta ao resultado depois de dominar o jogo que o M. United quis assumir de forma conservadora desde o golo de Rooney ao 1º minuto. Com uma intensidade elevadíssima e um jogo ordeiro e calmo do Bayern, sem perder a compostura nem se amedrontar quando as coisas não saiam bem, Ferguson pagou o calculismo apesar da dupla substituição de Berbatov e Valencia, depois de Giggs mandado para o campo, numa atitude que muitos identificariam com... Jesualdo Ferreira.
Mas que equipas poderiam ter jogadores destes no banco? Nos bávaros, foi preciso Klose e Gomez atirados às feras, com Olic a resolver nos descontos devidos e a abrir o apetite para mais um thriller em Old Trafford.

Findo o jogo, consegui ler uma passagem em rodapé no final da entrevista de Pinto da Costa, em que se queixou de a Liga ter atitudes diferentes com FC Porto e Benfica, dando a entender haver um benefício institucional ao clube do regime.
Que novidade! Isso venho a dizer desde a 1ª jornada, com o tratamento discricionário dos árbitros, e repetindo a cada fim-de-semana, mais as travessuras do "endiabrado" Bosta da Liga. Não acredito que a entrevista ao presidente do FC Porto se tenha resumido a essa queixinha. Mas ver acabar a coisa com a oferta de um livro desconhecido à entrevistadora diz bem do preciosismo do programa, a utilidade futura (quando muito do livro, que o presidente diz valer a pena mas eu nem fixei) e como o futebol erradamente nos remete para a literatura, quando não para a poesia.
nota (act. 22.30h): parece que não perdi mesmo nada:
de Pinto da Costa
e de Luís Filipe Vieira
Mas ainda bem que o segundo nunca terá relações com o FC Porto enquando o primeiro for presidente. Parece que ninguém sabia disso...

Argumentário para um título (IX)

A propósito das entrevistas televisivas de hoje, parece que o Bosta da Liga vai punir Hulk outra vez e ao comprido.
Sugestão para ricardo costa no Insurgente





André Azevedo Alves expõe o argumentário:
"O míssil com que Hulk marcou ontem o segundo golo do FC Porto vai valer-lhe uma suspensão preventiva porque, no entender de Ricardo Costa, a baliza e respectivas redes são “intervenientes essenciais do jogo” e portanto “equiparados a agentes desportivos”, sendo que a CD da Liga de Clubes pondera um castigo exemplar, uma vez que o próprio Hulk reconheceu na flash interview que foi um golo “de raiva”, mostrando premeditação em agredir a baliza".

Argumentário para um título (VIII)

Vale mais a pena ouvir falar pretensamente de futebol ou ver futebol?
Já não bastavam os "entendidos" dos programas boçais, agora temos uma disputa sui generis em que provavelmente ganhará o terceiro canal, o da telenovela que não o futebol.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1530830
Parece que falam à mesma hora em canais concorrentes. Mas um é, diz-se, serviço público. Uma vez mais, não vai haver diferenças. Para a semana, os entrevistados trocam de canal, de novo em contraprogramação. Num caso e/ou noutro, não têm muito a dizer. Importante é… amanhã, quando medirem as audiências e uma qualquer novela bater aqueles defuntos por quem não se deve gastar uma vela...
E são tanto ou mais inócuos os alegados esclarecimentos que o ogre que mais importava ouvir, o tasqueiro da espelunca da Liga, continua calado. Que nem um rato. Entretanto, outro "protagonista" vai botar faladura. Sozinho. Sem contraditório. Vai pavonear-se. Parece que fala na SIC-N o Bosta da Liga. Não será em nome do taberneiro, esse continua a provar que não estava a fazer nada na tasca e que os homens de mão completam o serviço por mais dois meses. Aquele que primeiro "disse" algo, fazendo algo como demitir-se cobardemente, prometeu que em altura oportuna falaria. Até lá falam por ele... São estes os "protagonistas" que três canais de televisão acham ser dignos de falar de futebol.

A bola, essa, continua a girar. Hoje vou ver o Bayern-M. United. E, amanhã, o Arsenal-Barça, não o que menos interessa (Inter-CSKA). Há noção do que é serviço público de televisão tanto como discutir se a RTP deve ser privatizada, o que nunca será, cronicamente deficitária e medíocre.
De qualquer modo, sempre é melhor saber disto do que disto:
http://5dias.net/2010/03/28/filho-da-madrugada/
mais uma imagem real do PS actual e o que são os bardamerdas que por aí andam…

29 março 2010

Argumentário para um título (VII)

Instado a comentar o "aquecimento" do Benfica-Braga, Jaime Pacheco não resistiu a recordar o seu Boavista campeão.
Curiosamente, foi o Braga, de Cajuda (e Fehér, emprestado pelo FC Porto), a impor as duas únicas derrotas aos axadrezados, até o FC Porto rematar a festa dos já consagrados campeões com 4-0 nas Antas na última jornada.
Mas Jaime sabe, porque lho disseram e ele acatou o reparo, que o Boavista só foi campeão porque... competiu com o FC Porto.
Fosse outro o rival, e tudo teria sido diferente. O Braga, se lutasse com o FC Porto para campeão, teria o País desportivo a ansiar por um título "diferente".
Que o diga o Boavista campeão de Jaime Pacheco. A "máquina" de que ele fala, na época seguinte, restringida ao mano-a-mano com o Sporting, passou de deslumbrante, competitiva e digna a "equipa de caceteiros" de um treinador instigador de comportamentos agressivos "acima da lei".
De um ano para o outro, sic transit gloria mundi.

Argumentário para um título (VI)



"O Benfica é a equipa que mais insulta os jogadores". E não foi no túnel.


Márcio Mossoró, médio ofensivo do Sp. Braga, teceu duras críticas ao comportamento dos elementos do Benfica durante o embate no Estádio da Luz. O brasileiro saiu lesionado, após lance com Carlos Martins, e não volta a jogar esta época.
«Eles fazem-se de vítimas mas têm um comportamento incrível, não só hoje, como tem todos os jogos, porque tenho colegas de outras equipas que também me falam isso. O di María, hoje, lançava-se para o chão e ainda mandava beijos, para provocar. Eu tenho esposa, ele que mande beijos para a esposa dele», desabafou o jogador, na zona mista do Estádio da Luz.
Apoiado em bengalas, com suspeita de fractura do perónio, Mossoró voltou ao ataque: «O Benfica tem uma grande equipa, não tinha necessidade de fazer isso. É isso que me deixa mais triste, ser perseguido pelos jogadores".

28 março 2010

Argumentário para um título (V)

Árbitros decidem também quem será o melhor marcador.
Falcao já falhou 3 ou 4 penáltis, mas já viu serem-lhe negados 4 golos obtidos de forma regular, hoje foi mais um sem a variante do fora-de-jogo mal assinalado mas com uma percepção de falta que tinha de caber a outro árbitro-auxiliar, descortinando falta inexistente de Hulk.
Tem sido assim toda a época com o FC Porto. Os árbitros vesgos nos jogos do FC Porto e cegos nos jogos do Benfica. Pelo visto, também a primazia nos melhores marcadores vai ser decidida pelos árbitros.

Até nisto. Recorde-se: golo mal anulado a Farias (1-1 com o Belenenses) e dois pontos perdidos; dois golos mal anulados a Falcao (3-2 com Leiria) e vitória em risco até ao fim; golo mal anulado a Falcao (1-1 com P. Ferreira) e mais dois pontos perdidos; golo mal anulado a Falcao (3-0 com o Belenenses) na única vez em que o resultado não estava em risco mas condiciona a lista dos melhores marcadores.

27 março 2010

Argumentário para um título (IV)

Tónica geral: "O Benfica tem marcado muitos golos, mais de 100".
(sem prejuízo de o campeão ser mais regular e reforçando a verdade de contra os pequenos se perderem campeonatos)
Contra o Braga perdeu 2-0 e ganhou 1-0 com golo puramente fortuito, nascido de um canto que o árbitro concedeu generosamente para além da hora.
Contra o FC Porto ganhou 1-0 com golo precedido de grave, insanável e indelével irregularidade
Contra o Sporting empatou 0-0.
Já sabemos que se perdem muitos pontos nos outros jogos. E, nesses, nem todas as equipas têm "instantes", como diz Paraty, para transformar empates em vitórias.

Argumentário para um título (III)

Paulo Paraty (a comentar o Benfica-Braga na RTP-N, com a impossibilidade de um árbitro prever que se deixar marcar um canto para além da hora pode dar golo; falando da carreira do Benfica no campeonato):
"Se calhar o Benfica podia ter empatado alguns jogos mas fez algo mais num instante para acabar por ganhá-los" (o sentido é este).

Lembro-me, por exemplo, de um penálti espantástico em Leiria (1-2); um golo aos 90' de uma conveniente falta lateral (Guimarães), por sinal do mesmo árbitro de hoje Pedro Proença; um golo aos 90' na sequência de uma falta inexistente (Naval); um golo precedido de grave, insanável e indelével irregularidade (FC Porto); um golo em fora-de-jogo nos descontos (Olhanense).
Mas gostei de ver o ex-árbitro a falar de técnica, táctica, estratégia e até agonismo de ver jogadores e equipas a superar os seus limites.
E ainda há quem desconfie que os árbitros não sabem ver jogos de futebol, não conhecem os jogadores e não sabem quando se ganha balanço ou avanço na classificação.
Lembro-me até que José Mourinho, após um FC Porto-P. Ferreira, chamou a Paulo Paraty "batoeiro" (lembrei-me, entretanto, do epíteto que lhe lançou).

Argumentário para um título (II)

Jorge Jesus (na conferência de Imprensa pós Benfica-Braga): "Mesmo no basquetebol, quando a bola vai no ar e entra conta mesmo com o tempo de jogo expirado" (o sentido é este).
Remetendo para as Leis do Jogo exclusivas do futebol, só um penálti justifica que o jogo não termine, mesmo se esgotado o tempo regulamentar ou com descontos concedidos pelo árbitro.

No Mundial-78, na Argentina, o Brasil-Suécia terminou com 1-1, mesmo após um golo brasileiro na sequência de um canto que o árbitro galês Clive Thomas deixou marcar, dando o jogo por terminado quando a bola vinha no ar para a área dos suecos.

Argumentário para um título (I)

(hoje só vi o Roma-Inter na tv, segui apenas por 30 minutos o pós-jogo da Luz nos canais de notícias em que vi um parco resumo do Benfica-Braga)

David Borges (SIC-N): "Nenhum árbitro interrompe um jogo para intervalo com um canto por marcar para uma equipa" (o sentido foi este).
A única excepção, prevista nas Leis do Jogo, para um árbitro nem sequer poder acabar um jogo (ou terminá-lo para intervalo) é a marcação de um penálti. Em mais nenhuma situação o árbitro é obrigado a prossegui-lo após o seu termo normal ou algum tempo de desconto que tenha concedido num jogo.


Já esta época o M. United ganhou ao M. City (4-3) com um golo aos 90+6' e há dias em Espanha uma equipa marcou aos 90+8'. Em nenhum dos casos se justificou o tempo excessivo e houve reparos a essa situação.
É claro que nenhum árbitro está a contar que alguém se lesione, seja expulso ou marque um golo. Prolonga-o eventualmente para além do razoável ou do tempo marcado por ele mesmo por mero desportivismo.
Curiosamente, o Roma-Inter que vi hoje à tarde teve um canto para o Inter que o árbitro não deixou marcar em cima do intervalo, porque tinha sido cumprido o tempo (com descontos) de jogo. Como observou, judiciosamente, David Borges, "o árbitro é que tem o cronómetro do jogo".
Remate do "remake": o pivot, lúcido e expedito do programa da RTP-N, digno epígono ou ersatz do seu chefe de fila no Monte dos Vendavais, em Gaia, como outros lá da caverna, acha que "quem paga bilhete sai a lucrar com um tempo extra no jogo".

24 março 2010

O ogre*


A TSF noticiou, em directo da sede da FPF, que as penas a Hulk e Sapunaru mantinham-se. Foi em directo, pelas 2 e pouco da tarde, ouvi no rádio do carro e a reunião do CJ tinha terminado havia uns minutos. Só pelas 15.30h, ainda na TSF, voltei a ouvir novas sobre o assunto, já com a despenalização muito severa (passe o paradoxo) que passou um castigo de 4 meses para 3 jogos e outro de 6 meses para 4 jogos.


É tão boa altura para, quem quiser, se questionar sobre isto das fontes inquinadas que traem mais depressa o jornalismo feito em directo, como perguntar-se como, com base na Lusa citando uma fonte portista, a rádio corrigiu a informação, sendo que o FC Porto, apesar de um director de comunicação e um administrador formado em Direito e responsável pelo Contencioso do clube, nem uma notícia pequenina deu ainda, às 18h, no seu site oficial.

Para quem não tem reparado, consulte (perdendo tempo) ou não o site do FC Porto, a Lusa tem veiculado as principais notícias do futebol portista, além de outras de grande relevo como nunca a agência teve em matéria desportiva. A agência noticiosa tem feito um trabalho extraordinário de decência informativa e independência editorial pelo menos no Desporto, que nem o Benfica (cedo com ameaças, retaliações no Seixal e até individualizadas num novo editor em Lisboa cuja redacção chegou a ser invadida por duas dezenas de "apoiantes do líder" à procura do homem a quem bater) conseguiu, desta vez, minar.


O grande Eça pedia umas bengaladas como correctivo social e o Manuel Machado usaria o pau de marmeleiro, mas esta, 36 anos depois do 25/4/74, transformou-se na República dos Filhos da Puta, dos políticos de merda em maioria absoluta no Parlamento aos directores de jornais, rádio e tv's nas comissões de ética que lá foram mentir (ver http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1526505) com todos os dentes, já nem vale a pena explicar a noção de justiça que ainda devia residir no espírito do homem comum e, tragicamente, abandonou as alegadas elites que atingiram cargos de topo, da justiça à economia, do futebol à política.

Querer comentar a espantosa transfiguração das penas a Hulk e Sapunaru não é mais uma "questão de semântica" como a alegada pelo ministro das Finanças para contrapor se há ou não aumento de impostos. Mencionar, como fez a Liga através de uma fonte não identificada, que a justiça desportiva funcionou , com vencimento na instância de recurso à sua decisão de primeira instância, enferma do mesmo mal que afecta o País: não ter noção de decência, de justiça nem de Estado. E não é questão de semântica considerar os ARD's elementos do jogo ou não, o que transfigura o crime em causa e justifica a sanção virada do avesso, como não é dignamente considerado um campeonato viciado desde a 1ª jornada por casos de arbitragem favorecendo um só clube e aviltado por decisões disciplinares que arrasaram os principais concorrentes desse clube "eleito" para ganhar a prova com o desplante de permitir-se o mesmo patrocinador à competição e ao putativo "campeão".

Obviamente, ficam as palavras sábias e o exemplo triunfador que aqui respiguei do Público no dia 4, há 20 dias portanto, em que o professor Costa Andrade arrasava de novo o aprendiz de feiticeiro da CD da Liga assistente de Direito em Coimbra:

"Não acordaria o panglóssico presidente da Liga do seu sonho de acreditar que deixa atrás de si um futebol credibilizado. Um dia esse sonho há-de converter-se em pesadelo. Será no dia em que as intempéries vindas dos tribunais desabarem sobre as primícias acrisoladas da credibilização devidas à sua CD. Até lá, há direito ao sonho. De mais a mais, quando o pesadelo chegar, já lá estarão outros a enfrentá-lo".

Mas isto acontece, já com Hulk a cumprir 6 vezes mais jogos de suspensão do que devia, na altura de fim de ciclo desta malfadada Direcção da Liga, em que o taberneiro desta tasca mal frequentada voltou, a propósito de terceiro final no Algarve não obstante reclamar falta de apoios de entidades locais que afirmaram nunca terem sido solicitadas para tal, a auto-elogiar-se, como fazem os cabeças-de-cartaz desses tentáculos do polvo na Arbitragem e na Disciplina, acreditando ir deixar a presidência com o futebol "mais transparente e credibilizado". Como se não bastasse o fracasso total da taça da treta que ainda perdeu espectadores de uma época para a outra e mais um ano de regulamentos estapafúrdios também só resolvidos em sede de recurso na FPF (a questão das idades entre Portimonense e Académica).

Este ogre, que como secretário de Estado do Desporto não resolveu um mero diferendo entre a FPA e a Liga de andebol, tem o prémio de credibilidade que merece, atestado por mais esta pantufada na seriedade e competência de todo um elenco que, como só um clube beneficiado o fez, mereceu amparos e elogios de quadrantes mediáticos identificados com o regime. Não faltaram, nos últimos tempos, mensagens em notícias ou sem nome ou com os de directores de merda na Imprensa lisbonense, sobre uma vaga de fundo para a recandidatura do tasqueiro. Alardeou-se, na propaganda, que uma maioria de clubes, nunca vislumbrados, apostava na recondução do taberneiro desta espelunca com shrecks e figurantes mais estrambólicas do que num bar intergaláctico de "Star Wars", com as formas mais esquisitas, hediondas ou simplesmente cómicas que George Lucas imaginou.
Afinal,
- o Governo andou de PScândalo em PScândalo (este é só o último no http://www.ionline.pt/conteudo/52304-viagens-ines-medeiros-eu-e-que-nao-as-pago), manipulando a informação com os "comissários políticos" face a jornalistas de pacotilha, da mesma forma despudorada como revirou as leis penais e amordaçou a Justiça politizando cargos com bananas como o PGR: e apertar o cinto aos tugas distraídos com as merdas dos futebóis até dar o aumento eleitoral da praxe que ainda lhe garantiu a reeleição; também já não escapa ao detector de mentiras em que uma pleîade de opinadores de merda arregimentados (especialmente na RTP que não pode ser privatizada porque dá prejuízo e ninguém se incomoda com a contribuição para essa institucional fraude) lhe faz a corte aparando os enganos.
- um presidente da República temente de extravasar alegadas limitações de competências tanto como receoso de, para além da cara de vómito, exercer a sua "magistratura de influência" acima dos discursos politicamente correctos de circunstância.
- a Liga a "fazer as coisas por outro lado" como era suposto também em fim de regime só a tempo, agora, de queimar as provas comprometedoras, está para perder a Disciplina e a Arbitragem pelo Novo Regime Jurídico das Federações Desportivas e é o legado fantasmagórico que deixa, não a credibilidade apregoada e só defendida pelos basbaques e pascácios antiportistas primários, com um tasqueiro do alto do seu cadeirão e uma tosca coroa de alhos em vez de ramos de oliveira, igualmente incapaz de pôr ordem e impôr decência a tal espelunca.

- no clube de quem se fala mas nestas coisas nunca se fala, bem vistas as coisas, diz tudo com a declaração do ex-condenado "por furto ou instigação ao furto": quer perpetuar-se no clube enquanto critica que outros o façam há décadas; acaba de impor fortes limitações a candidatos a presidente no clube que também se acha o mais democrático; e garante evitar "oportunistas" - só ´para quem não lembra ou sabe como foi a passagem de testemunho do Vilavinho para o Videirinho, autêntica sucessão dinástica à revelia de acto eleitoral mas que serve aos grunhos para opinar sobre a presidência de clubes rivais.

É como, enfim, compor o ramalhete dos manhosos de perguntar-se como Bruno Alves só uma vez foi expulso em 4 campeonatos, mas não evocar como Luisão ou David Luiz nunca o foram no mesmo período de tempo. E referir que a dita expulsão resultou de uma cabeçada a Nuno Gomes, cara a cara e em pé, esquecendo agressões gratuitas a adversários no chão só mereceram amarelo num jogo recente com o Nacional.

Estão, por isso, bem uns para os outros. É o que há. E o que é. Infelizmente, nada.
actualizado (22.50h)
* - parece que se demitiu; sabe-se lá porquê se até aqui deu a cara pelos pândegos, os bêbedos e os caídos da tasca. Um vintém é um vintém, um cretino é um cretino e um cobarde é um cobarde, por acaso com um risível blog de ninharias e vacuidades próprias de uma careca rapada de ideias: no blog que mais não é, literalmente, que "4 linhas", o ogre ufanava-se há dias por retomar a escrita inútil e descabelada, punheteira de elogios baratos e rara de emoção, alegando que não se calava e responderia a todos e qualquer um, aqui http://www.4linhas.com/2010/03/15/de-regresso-2.html
Tentei, entretanto, meter aqui o comunicado/reacção da SAD
mas como não domino sequer estas tecnicalidades já apaguei o que tinha escrito a seguir e é mais ou menos assim:
Do jogo em Vila do Conde, sem extremos e sem arriscar o 4x4x2 (tendo a abundância de Farias e O. Sá à disposição), Jesualdo preencheu o meio-campo onde os locais costumam ser numerosos; mas os muitos médios andaram em passos trocados e não se fez um bom jogo nem pela maior proximidade das pedras no sector, deixando Falcao bastante desapoiado; e então aquele triângulo das Bermudas à direita, Fucile, Guarín e Belluschi, depois rendido sem eficácia nem lustro por T. Costa, falhou passes, descoordenou-se, cometeu erros e contribuiu para uma equipa manca compensada pela forte canhota com Álvaro, Meireles e Ruben M.
Da arbitragem, não se mostram destes amarelos a jogadores do Benfica de resto poupados a vermelhos directos por entradas a matar desde a 1ª jornada com o Marítimo e este paradigma da arbitragem foi assim desde o início e ainda vale para penalizar o FC Porto.
Da SportTV que tem recebido reclamações do jagunço, pois o ogre que quis vislumbrar mais do que atacantes em linha um fora-de-jogo rigorosamente por milímetros no 3º golo portista é o mesmo que não viu um alegado penálti sobre David Luiz bem fora da área (e com linha visível para distinguir) na Choupana, mas como as arbitragens os comentários e os relatos têm sido assim desvirtuados e os outros é que se queixam.
E a tempo:
Para aqueles mais distraídos, na contabilidade dos castigos de Hulk e Sapunaru, anotem que, com a paragem de Inverno do campeonato romeno, o defesa perdeu menos jogos e ainda tem 11 jornadas para disputar até ao final com o Rapid em 7º lugar mas apenas a 5 pontos do líder Cluj...

23 março 2010

A turba dos estádios face à pedofilia e estupro

Como já alguém notou, a propósito da confissão de Bento XVI a respeito da pedofilia na Igreja, parece que só esse crime é hediondo e capa de jornal se cometido por padres. Moralmente parece mais macabro ainda, na sombra conventual, como se não tivessemos notícias diariamente disso aqui à nossa beira e já se sinta por aí uma indiferença de tão ordinário e corrente se torne dos Açores ao Ribatejo ou Beiras.
Da mesma forma, uma notícia de desacatos com uma turba das que vão à bola, causa estupor desproporcionado como uns seis energúmenos, obviamente desqualificados de noção básica de civilidade, entre cinco ou seis mil. A ovelha negra no rebanho já não sei, porém, se causa mais impressão na rapaziada de tronco nu ao jeito simiesco, do que nos engravatados dos telejornais que nunca viram disso na vida e desconheçam múltiplos horrores ao pé da porta.
Ainda pensei que, de um incidente numa área de serviço em Alcácer, a coisa se tivesse estendido bem para lá de Faro e da fronteira, quando li isto em desporto.publico.pt sobre adeptos benfiquistas detidos em Espanha procedentes de... Marselha Mas a conveniente, pindérica e superficial informação televisiva fala assim para a plateia, quando não omite, como foi o caso com "patriotas" defendendo a honra nacional na estepe espanhola.
Para agravar a coisa, uns marmanjos que desceram da camioneta excurcionista aos pulos parece que, para os santinhos do regime papudo, deviam ter sido impedidos de ir ao jogo.
Pior, o marmelo da SIC mostrou incredulidade diante do convidado responsável pela GNR operacional no Algarve por não ter havido detenções. Ao que este apontou que, veja-se lá, até tinham sido identificados uns indivíduos que apedrejaram adeptos rivais, precisamente numa "perigosa" área de serviço, mas esses tipos cuja identificação vai chegar em breve a tribunal até eram, repisou a história o comandante da Guarda, adeptos benfiquistas.


O que nos traz a esta história pela qual a subserviente e desatenta CS não se interessou mais: a clique a mando do presidente benfiquista que armazenava droga e armas na Luz anda aí pelos tribunais, até porque negociavam bilhetes para jogo obtidos a baixo custo no clube sob a égide do seu líder também apanhado a dar "conselhos" não só aos fiéis adeptos que incendiavam autocarros de rivais como dava "instruções" a chefes de segurança, interna e da própria PSP acusada de nada saber da matéria no tocante a organização de jogos.

Mas não só, porque essa participação criminal foi remetida devidamente para a Liga de Clubes, que mandou arquivar como está provado acima e aqui foi a seu tempo denunciado.
E, entretanto, depois da primeira sessão no tribunal competente onde "alguma Imprensa" marcou presença e deu a notícia, parece que nada mais ocorreu já lá vão umas semanas. Ali, soube-se entretanto, a defesa sustenta o argumento de intercepções telefónicas de conversas comprometedoras com o tipo que faz "as coisas por outro lado" como não válidas. Realmente, o último dos argumentos que gente desta laia podia atribuir-se, a invalidade de escutas que tanto jeito deu noutras alturas com outros réus...
Não se admire, porém, que isto não se admite. Tal como a pedofilia a que nem só cardeais americanos e irlandeses deram cobertura ignominiosa, com muita gente por cá ainda aflita com a Casa Pia enquanto entrava o processo com mais expedientes e garante pretender que o mesmo acabe célere, as coisas são como são quanto a violência e encobrimento.
Ainda há dias, na TVI24, um tal de Bandarra fez um sério remoque ao Jornal I por um título sobre o violador de Telheiras apresentar o suspeito como "benfiquista" entre as formas identificativas, como se tal fosse despropositado e as ocorrências não tivessem palco nas imediações de Benfica. Não é o gajo de uma empresa de telecomunicações conhecido como violador de Benfica, mas outro entre muitos outros que não devem ser notícia na capital impoluta.
Daí eu não saber de que rebanho falamos quando se fala de violência, moral, isenção e seriedade.
Já sabíamos das ovelhas negras dos crimes do Porto, mas temos a noção exacta dos carneiros e quem os pastoreia com ameaças e cartas à administração de canais televisivos. E quanto mais marram, mais lhes crescem os cornos.
Não se pretende fazer a apologia da violência, mas contextualizar e relativizar para nem transformarmos um episódio num tumulto, muito menos apontar um agressor e desculpar outros e crimes bem mais graves. Bah, como se alguém se interesse por isso...


21 março 2010

Momentos em que podem rever-se...

Precisamente com o porta-voz, uma desgraça, além das infelicidades todas que sobre eles se abateram e pensaram poder sacudir.


Jesualdo resumiu o jogo a "momentos". Tem razão: que pior, depois das lesões de Mariano e na véspera de Varela, poderia acontecer?
- mais um frango inacreditável de Nuno, a afundar a equipa completamente enquanto a qualidade do guarda-redes resvala no tempo do previsto fim de carreira.
Note-se que nem a brincar Jesus iria deixar de pôr o seu principal guarda-redes, olhado com desconfiança desde o Verão, e uma parada imensa de Quim foi a pedra de toque para a diferença que se veria a seguir.
- e a troca do Ruben "arrasta os pés" (já o digo há um mês) Micael por Valeri com duas velocidades devagar-devagarinho, diz bem da conta em que se tem o meio-campo de libelinhas (salvo Fernando) e define o momento de avaliação da qualidade dentro de portas.
Sejam novos ou velhos, reforços ou consagrados da casa, os médios benfiquistas fazem faltas cirúrgicas e todos dão no duro, nem é preciso que joguem a bola, como não jogam, basta metralhar desde a trincheira que os adversários caem como tordos.
- já nem falo do patético Meireles, sempre "à queima" (C. Martins, depois de Izmailov...) perdido como uma barata tonta, ou da bailarina Belluschi, bom de bola mas fraco em futebol, e presumo que a troca directa de lateral-direito tenha sido por inferioridade física de Miguel Lopes mas a custo de rever um pobre Fucile sem rasgo nem jeito.
Já o Sporting e o Arsenal não precisaram de jogar por aí além. O Benfica também não. E parece tão fácil golear o Porto, enquanto Meireles e Jesualdo falam do que ainda há para ganhar. Espero que tenham mesmo abdicado das medalhas de medrosos falhados...
Até o Rio Ave se afigura extremamente complicado.

20 março 2010

Que mais irá acontecer?


Ele não merecia isto. Mas, enfim, de tudo tem sucedido ao FC Porto esta época. Varela foi a revelação confirmada mas vai falhar o Mundial e quiçá a pré-época seguinte. Para hoje ainda estava prevista a operação.



Sempre e só contrariedades.


15 março 2010

Benfica está para ultrapassar o Sporting...














(corrigido)
... a ver qual chega primeiro aos 100 penáltis, o facto da jornada 23 da malfadada Liga 2009-2010! Paulo Vigarista apareceu em pleno, agora antes do jogo com o Braga mas sempre com David Luiz em acção...




Não sei o que mais considerar de tão ridículo nesta jornada 23:

- a alusão ao golo em fora-de-jogo no 1-0 do Sporting, que na SICN passou como "Grimi liberto de marcação";

- o sem génio Queirós um ersatz de outro palerma de cabelo aos caracóis em nome da "verdade desportiva", a comentar na sua vacuidade habitual que "o penálti falhado de Cardozo ocorreu com 0-0, mas o de Falcao foi já a acabar o jogo e com 1-2 para o Porto";

- ou a dupla invenção de uma falta e de metê-la na área para dar penálti e um empurrão para a vitória do clube do regime, por parte do Paulo Vigarista que se fez notar na época passada no Benfica-Braga com um golo irregular (como ontem o de Grimi, mas também incólume a escândalos na Imprensa Porreiro, Pá) de David Luiz e um penálti perdoado a esse mesmo jogador por derrube a um bracarense e que levou o treinador dos minhotos, então, Jorge Jesus a comentar que para ser campeão com arbitragens assim "só na Playstation" (este ano nem isso).


Enquanto o FC Porto mete a cabeça na areia para desenterrá-la apenas para "responder" a uma bolha especulativa e descredibilizada, alheando-se das eleições da Liga da forma esquizofrénica como o PSD sufraga a Lei da Rolha internamente, clube e partido sujeitando-se ao "aproveitamento político" das suas decisões como autênticos "tiros no pé", o campeonato segue no ritmo das arbitragens tão bipolares quanto a Carolina e a atitude competitiva dos dragões agora ressuscitada em Coimbra - e para a qual muito contribuiu (ai que saudades...) a raça e a voz de comando de Bruno Alves como se um bicho lhe tivesse picado para despertar dos mortos-vivos e, desta vez, sem menções pela liderança na blogosfera azul-branca...


Apesar de, sem surpresa, os escândalos de arbitragem terem desaparecido das encomiásticas manchetes dos "desportivos", qual "Omo lava mais branco", banqueteando-se entre o festim e a prosápia de feira, continua eloquente, mais do que o desígnio do "melhor futebol", a forma discricionária como são dirigidos os jogos do FC Porto e do Benfica.


João Capela, que em 27 minutos expulsou na 1ª volta dois leixonenses e marcou uma grande penalidade para o Benfica, no sábado só amarelou Cris à quarta entrada mais dura, qual delas a pior, inventando um penálti em lance inócuo contra o FC Porto.


Tem sido uma sucessão de "casos de estudo" as diferentes formas de apitar, levando Vi-te ó Pereira a considerar faltas de isenção no dever dos árbitros. Os mesmos tiques arbitrários de sempre, o proteccionismo descarado a entradas repetidas em falta de Javi Garcia, os encostos no adversário perdoados a benfiquistas e punidos aos adversários em faltas marcadas de forma tão leviana que deu em transformar um tropeção de David Luiz em si mesmo num penálti alegadamente cometido mais à frente.


Ver, por exemplo, esse descalabro permanente que é Bruno Paixão a marcar falta num livre vitoriano sobre o intervalo, ainda com a bola cruzada da esquerda a sobrevoar a área sem alguém poder chegar-lhe nem ter havido sequer o mínimo contacto entre jogadores adversários (viu-se na repetição e é paradigmática esta imagem de arbitrariedade funesta e absolutamente inexplicável).


Com mais um penálti por marcar contra o Sporting (Polga a deter o remate de Nuno Assis rumo à baliza) e outra defesa com o braço de Cardozo (fora da área) a acabar na Madeira, um fartote de lances sem expressão analítica pelos apressados mentores da "verdade desportiva" nem correspondência nas "imagens à lupa" nos jornais: o Rascord conseguiu ver falta dentro da área no penálti do Benfica, como na semana passada vislumbrou um penálti de Bruno Alves sobre Djalmir quando eu pensava que só tinha havido um derrube de Castro a R. Micael após Falcao ter atirado ao poste.


E, com isto, se repararem na coluna do lado que uma alma caridosa teimou em actualizar, já o Benfica conta 97 penáltis desde 1995-96, menos um do que o Sporting que há anos detém o recorde de mais penáltis a favor e ainda tem o de menos penáltis contra, rumo aos 100 nas tabelas que estão publicadas ao lado direito desta página.


Todo um paradigma do que é o futebol português e o penálti do Paulo Vigarista agudizou com os acólitos mais ou menos reconhecidos como João Capela contra o FC Porto e Bruno Paixão a favor do Sporting.


NOTA: palavra que fiquei perplexo pelos 65 "cliques das estrelinhas" no post anterior, aqueles que habitualmente carregavam como "avaliadores" e triplicavam o número de corajosos e dedicados a escrever comentários. Com o blog uma semana fora de acção (e esta se seguirá também), mas sete ou oito mil visitas (número habitual por semana) de "mirones" ou decepcionados por não poder dar continuidade a este trabalho, registei também referências elogiosas em alguns quadrantes face ao fim do blog com a parca esperança de animá-lo sempre que eu pudesse. Subitamente, concretiza-se agora pelas incidências do fim-de-semana e o destaque merecido estampado no título que bem poderia ser "business as usual" ou "the show must go on", mas também porque, presumo que o Zirtaev, actualizou-se pontualmente a tabela dos penáltis que me levou a escrever com o "bichinho" do costume antes de ausentar-me por mais uns tempos.

Não fosse isto dos penáltis, que muitos aceitam como ocorrência inelutável na tragédia da imensa incompetência da arbitragem à portuguesa que Benfica e Sporting bem estranharam na jornada europeia (ouvidos os assobios da Luz contra o justo árbitro alemão e os leões, calimeros sempre, falaram de dualidade de critérios em Madrid, com Miguel Veloso useiro e vezeiro em faltas que ontem também lhe pouparam um vermelho), e nem cá viria comentar a RELATIVIDADE dos resultados e "infelizmências" das coisas da bola, onde o 5-0 do Arsenal-Porto nem é o fim de ciclo (nunca o descrevi assim) nem o fim do mundo, face à eliminação do Real Madrid (que há um ano levou 4 em Liverpool), aos 4-0 do Milan em Old Trafford ou aos cinco que as equipas portuguesas na época passada levaram lá fora (convém avivar a memória) - mas nunca O Jogo titulou como "humilhantes" que pelo visto só atribui às goleadas sofridas pelo Porto...

10 março 2010

The end

Três anos e três meses depois, à terceira vez com o Arsenal, cumpro o que me tinha proposto há muito: sair do blog. Comecei a 8/12/2006, o primeiro convidado do Zirtaev e depois daquele 0-0 que duas bolas de Quaresma no mesmo poste teimaram em manter inalterado. Chamei-lhe, então, a esse primeiro post meu, "Nação feliz". Talvez não reste alguém desse tempo, que se lembre, do panorama que tracei na primeira época de Jesualdo que deixava os adeptos satisfeitos pelo Natal mas com recriminações posteriores até ao final nervoso da consagração com o Aves. Nem o Menphis, convidado posteriormente, que também tinha pensado sair no final da corrente época mas aceitou e apressou o fim da colaboração quando, há tempos, avisei que ia ser assim. Este título é consequência da coincidência, o fim do blog.


Estive para sair em 2008, na segunda passagem do Arsenal pelo Dragão, dessa vez com o justo 2-0 que deu a primazia do grupo. Acabei por adiar, mas sempre com a ideia de acabar que foi "traída" pela saída, antes, do Zirtaev e a confiança para eu prosseguir a actividade do blog que passou a ser à minha maneira quando já era praticamente só feito por mim.


Quis dar-lhe a dinâmica para além de um texto diário até então, que já levava quotidianamente a minha marca. Fiz dois, três, quatro, até cinco posts num dia, destapei notícias, comentei factos, interpretei o que na maior parte das vezes nem se falava, nem na Imprensa dita Desportiva - e para muitos, desatentos, passou despercebido, razão pela qual muita gente não entende as coisas da bola nem que lhas expliquem de borla. Procurei assuntos de interesse, investiguei alguma coisa, propus reflexões, pedi até colaborações extemporâneas, desafiei outros a escreverem, enumerei factos decorrentes dos desmandos da Liga neste campeonato. Mas não podia resistir à erosão, à falta de tempo e, apesar do volume de visitas, à falta de participação, também, de vocês, que "votam" a triplicar nas estrelinhas mas comentam apenas em um terço o que entendem apreciar sem escreverem algo. Tive de rejeitar muitos estranhos, depois dos episódios do Verão, mantiveram-se intromissões inauditas que não vi em mais lado algum, alguns de vocês desistiram pelo facto de eu, e era sempre eu chamado à pedra, não higienizar a caixa de comentários quando me encontrava de férias. Por fim, ultimamente, por várias ausências, já nem podia postar diariamente, nem sequer alguém havia para colar um texto como o de Costa Andrade do "Sapunarulk", para além de se acumularem comentários a necessitar de visto para entrarem como era devido: custava-me ver 5 e 6 à espera de entrar, quanto mais custaria aos seus autores.


Sem ser um blog meu, passou a ser à minha imagem, mas sem o apoio técnico da retaguarda que deixei de ter e inviabilizava que isto pudesse continuar assim. Por motivos profissionais e/ou pessoais, Menphis e Zirtaev (este só de apoio) estavam limitados e eu não podia suprir as lacunas. Podem não acreditar, mas nunca falei com eles, nem os conheço, trocámos sms e emails, mais nada. Há "tecnicalidades" do blog que não me cabiam nem eu sei ainda fazer e isto foi-me tirando entusiasmo. Como sou empenhado em tudo o que faço, nem acatava de bom modo essas falhas nem quero ter um espaço intermitente, como em muitos blogues que, aliás, deixei de consultar. Já esta semana não poderei estar por aqui e até domingo nada iria entrar, o que não posso aceitar nem para defraudar os muitos que aqui passam diariamente. Sou de acção e ou faço como gosto ou deixo de fazer se não puder. É o que sucede.


Em tempo útil alertei quem devia para este fim. Tinha data marcada, desde o sorteio da Champions: depois do Arsenal. À terceira era de vez. O que me estragou os planos, sem imaginar que reencontraríamos os "gunners" tão cedo, foi a passagem de testemunho do Zirtaev, no Verão, que comunicou a todos e todos recusaram-no, restando eu e, depois, o Menphis só para os jogos como têm visto, e o Soren que até Dezembro não apareceu e bem insistiu para tirar o nome dele da lista de convidados, escrevendo apenas um post, salvo erro. Só muito esporadicamente, quando puder revitalizar isto, cá voltarei, se tiver oportunidade. Propositadamente, até por não estar por cá nestes dias, aboli a caixa de comentários, até por rejeitar despedidas e nem poder verificar os comentários que pudessem querer fazer.


Como o Menphis notou, coincide com um dia mau para o FC Porto. Penoso. O Menphis, o Zirtaev, muitos de vocês não conheceram as épocas das vacas magras, os 5-0 de Eindhoven, os anos sem títulos. Para mim, porém, o sabor mais amargo é perder o Penta, como foi perder o Hexa em 1999 em Barcelos, na última jornada. Mas o show must go on e sempre disse haver vida para além do futebol, apesar de ser afeiçoado desde miúdo, ainda que a vida do País seja muito pior e os farsantes políticos e gestores beneficiam muito da atenção que a bola prende na maioria dos cidadãos, mal formados e desinformados, na vida e no futebol, um drama que vai só num primeiro acto de uma tragédia anunciada e da qual também fui deixando aqui as minhas preocupações com o costumeiro ror de incompreensões de certos marmelos que por aqui andam.


Vou andar por aí a ler blogues, que não são o lixo de que fala Miguel Sousa Tavares tão pouco propenso, até, para ouvir críticas (li no CM) fora da blogosfera ao seu trabalho de volta ao que chama "jornalismo" na SIC, com aquela inenarrável e maltrapilha entrevista a Gonçalo Amaral em que foi tudo menos jornalista, nem sério nem isento, depois de bom comportamento na estreia com o PM Sócrates. Aprendo muito nos blogues, mais de política onde leio de todos os quadrantes menos da cambada de malfeitores que, como avisei, invadiu todo o espaço mediático, incluindo a blogosfera. Não aprendi muito, confesso, sobre futebol, só confirmei o que sabia sobre a "iliteracia" da esmagadora maioria dos adeptos da bola que são o reflexo da péssima Imprensa da especialidade de visão enviesada e partidária do futebol, com incidência na intoxicação televisiva que, não só no futebol, encaixa no nível medíocre da intelectualidade das audiências.


Da blogosfera portista há apenas um ou dois que se aproveita. Não é difícil descobrir. Do resto, os vermelhuscos são os patuscos do regime, autenticamente dos couratos e "Sagres" da moda, de uma boçalidade assustadora do pouco que, por vias travessas, fui vendo sem comentar porque é lixo verdadeiro que só a eles interessa; os esverdeados sabem mais das coisas do seu clube com o defeito congénito do "calimerismo".


Para o resto da época, será sempre decepcionante mas uma ratazana não pode contaminar o salão de festas. Pelo andar da carruagem, já não acredito no título, nem no 2º lugar, porque os jogadores assim o transmitem. Tenho dúvidas quanto à próxima final, mais um jogo crucial depois de uma eliminatória da Liga Europa que não tem sido aproveitada pelo FC Porto e para a qual, hoje, ninguém antevê como a equipa será capaz de arrebitar. Mas o Benfica vai fraquejar e talvez a "bomba" falada por Pinto da Costa em Janeiro venha a favorecer o Braga, ainda que o Benfica, parece-me, já desconfiará do que se passa e não vá arriscar perder o título que lhe estava destinado à partida com a complacência portista da qual jamais compreenderei a "ida ao matadouro" depois do aviso do túnel da Luz da época anterior - o maior mistério que para sempre ficará comigo sobre este comportamento cristão de dar a outra face depois do ocorrido em 2008.


Da Taça de Portugal dependerá o sucesso no Algarve, para relançar a equipa rumo ao Jamor e ali vencer, quiçá superando o Benfica em número total de troféus de primeira categoria. Mas aí só chegarão os verdadeiros adeptos, os que aparecem nas vitórias e nas derrotas. Com esses e com a equipa estarei sempre. Este blog demonstrou isso mesmo e rejeitou quem não presta.

09 março 2010

Que maneira humilhante de dizer adeus

ARSENAL 5 - 0 FCPORTO
Marcadores: Bendtner (10, 25 e 90m, g.p.), Nasri (63m) e Eboué (65m) Equipa Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Alvaro Pereira; Nuno André Coelho, Rúben Micael e Raul Meireles; Varela, Falcao e Hulk
Substituições: Nuno André Coelho por Rodríguez (46m), Rúben Micael por Guarín (75m) e Varela por Mariano González (75m)

Mais uma vez, o FCPorto repetiu o filme de à uns anos atrás, foi vergado frente ao Arsenal com uma derrota pesada, uma enorme humilhação que nos envergonha a todos. Mas, sobretudo, deveria envergonh
ar mais a quem vestiu, nesta partida, uma camisola de um clube com um historial europeu que não merecia que manchasse com esta humilhação que vai custar a esquecer.

O FCPorto não pode continuar a ser a equipa q
ue, ultimamente, tem sido, não poderá continuar a ter falta de atitude, a demonstrar desmotivação, fraqueza psicológica, uma apatia generalizada, e injustificada, que tolda a equipa de dar o seu melhor, oferecendo de barato as vitórias aos seus adversários.

Numa altura onde não se poderá agir com cabeça quente, penso que será necessário reflectir seriamente sobre as últimas exibições e sobre a falta
de atitude, tomando as necessárias medidas para que o nosso Porto não se torne num clube onde as derrotas sejam aceites conformadamente, como se está a tornar perigosamente. Uma renovação de ares, de gente, de ambição é urgentemente necessária nesta equipa, e deverá ser o próximo grande desafio da equipa directiva para os dias mais próximos.

É o fim de ciclo para muitos, começando logo pelo seu treinador.
O FCPorto não é isto o que tem sido até ao momento, este não é o FCPorto que aprendi a amar, nem este é o FCPorto que a Europa aprendeu a respeitar, devolvam depressa a alma vencedora a este clube porque já não se aguenta mais tanta mediocridade.

O jogo até nem começaria mal, a equipa de Jesualdo Ferreira, com a surpresa de Nuno André Coelho na equipa inicial entrou muito bem e pressionante mas apenas duraria um minuto e meio, o Arsenal agigantou-se tomando logo conta do domínio da partida. A equipa portista repetiu to
dos os erros que tem vindo a fazer, se contra o Olhanense esses erros custam, então contra equipas como o Arsenal, com jogadores experientes e de qualidade, pagam-se muito mais caro. E pagou-se com uma humilhação histórica. A equipa de Londres foi um autêntico rolo compressor empurrando os portistas para a defesa, com Nuno André Coelho perdido dando origem a um meio campo confuso, e com uma defesa apática, deixando jogar os ingleses à-vontade, o Arsenal aproveitou para ganhar facilmente vantagem na eliminatória.

Foram dois golos completamente oferecidos pela defesa portista, com todos a preferirem ver jogar, no primeiro golo, o meio parecia uma avenida com uma passadeira estendida para os jogadores do Arsenal, passados uns minutos, Fucile oferece a bola aos jogadores do Arsenal que aproveitam para passearem na defesa portista com facilidade e ga
nhar vantagem maior na eliminatória.

Na segunda parte, Jesualdo tirou Nuno André Coelho para dar lugar a Rodriguez, e o FCPorto melhorou um pouco, conseguiu conquistar o domínio no meio campo, e impôs respeito ao Arsenal, ao ponto de Arsene Wenger ter mexido na sua equipa, ele sentia que o FCPorto estava a crescer no jogo e acreditar que poderia reentrar na discussão da eliminatória.

O FCPorto ainda teve uma enorme oportunidade de golo, num lance de bola parada, mas foi sol de pouca dura, o Arsenal, depois da tal substituição feita, novamente conseguiu o domínio da partida, não sendo com surpresa que Nasri consegue um golo, com a tal facilidade já, por demais, vista, no meio de 3 jogadores que apenas se limitavam a olhar para o que ele fazia.

A partir daí, era só uma questão de tempo, o Arsenal não parou e marcou o quarto golo, num lance que tem origem num canto do FCPorto e onde deixaram o Arsenal contra-atacar facilmente.
Até ao fim, era só uma questão de deixar passar o tempo, assistindo impávidos e serenos, esperando que o Arsenal não tentasse acelerar, mas já mesmo no final da partida, Fucile numa altura onde o discernimento já não era o melhor, aproveita para fazer uma grande penalidade, tendo o Arsenal concretizado, dando a estocada final numa humilhação que não se deverá esquecer tão cedo.

O FCPorto despede-se da maneira mais inglória da Champions League, e onde não deverá regressar na próxima época, ainda tem mais duas competições para vencer, mas o mais importante neste momento, o maior desafio de todos será reencontrar a alma vencedora deste clube porque ainda temos duas competições a vencer.

Se não for nesta época, então, começa-se a lançar, rapidamente, bases para que o futuro seja muito melhor do que este presente. Porque este Porto não mais poderá continuar.


PS: Foram 3 anos e tal a colaborar com este blog, hoje é o meu fim de linha. Também é uma despedida inglória por ter sido neste dia tão triste para todos os Portistas, mas era um desiderato que estava combinado à algum tempo entre todos, sendo uma coincidência infeliz. Primeiro de tudo, um muito obrigado ao Zirtaev e ao Zé Luís por terem depositado toda a sua confiança em mim, esperando que, dentro das minhas possibilidades não vos ter desiludido. Depois pedir desculpa se caso isso tivesse, em qualquer altura, acontecido. Por fim, partilhar um enorme abraço a todos os outros ex-colaboradores do blog e, claro, aos leitores, dizendo que foi um enorme prazer. Por último uma mensagem para todos: não são estas derrotas que nos vão abater, podemos ficar abalados, mas quando nos conseguirmos reerguer, estaremos ainda mais fortes, por isso não podemos deixar de dar o nosso apoio, deixar de ser os verdadeiros portistas de bancada . VIVA O FCPORTO SEMPRE.

Que Dragão podemos esperar ?

Quando as coisas às vezes não correm bem, a melhor forma de as alterar é jogar. Este será um jogo que se disputa por diferença de golos. A grande diferença traduz-se no ambiente, que será de grande festa e de grande exaltação. Mas a estrutura da equipa e a forma como encara os adversários não vai mudar muito.

É um jogo que se disputa por diferença de golos e que temos de disputar durante 90 ou 120 minutos. Temos confiança no que somos capazes de fazer.

Com o nosso espírito e com o espírito do Arsenal, será um jogo dividido. Esperamos um Arsenal forte e será um jogo definido por detalhes.

A equipa do Arsenal é muito rica e nós também temos detalhes fortes. Temos consciência da qualidade do adversário, sabemos que é difícil jogar aqui, mas sabemos que temos armas para jogar aqui. Nestes jogos a eliminar há também que ter tacticamente um conjunto de adaptações aos regulamentos da prova.

A nossa posição é clara. Vamos discutir este jogo, pois só assim podemos discutir o resultado. Por essa razão, temos de encarar este desafio como se fosse um novo, com um resultado importante que é a passagem. No ano passado estivemos nos quartos-de-final e o objectivo é repetir este ano. Vamos lutar até aos limites para o conseguir. O FC Porto tem vindo a ser alterado ao longo dos anos. O que se pretende no futebol actual é que se consiga chegar onde se quer com essas mudanças. Esse FC Porto «à Porto» já surgiu em muitas ocasiões e espero que surja novamente amanhã. Mas muito mais do que lutar, também é preciso jogar. - Jesualdo Ferreira


Que FCPorto poderemos encontrar, será a maior dúvida que os adeptos portistas irão ter no inicio da partida. Será aquele que brilhou frente ao Braga, ou aquele que temos visto nas últimas duas partidas ?

O jogo contra o Arsenal acaba por ter uma importância ainda maior, fruto de todas as adversidades que o FCPorto tem vindo a encontrar nas últimas semanas, só uma equipa completamente alheada desses problemas, juntando uma enorme dose de coragem, é que os portistas podem imaginar em ultrapassar esta eliminatória.

A vantagem está do lado de cá, cabe a Jesualdo Ferreira e seus pupilos tentar defendê-la com unhas e dentes, como se a suas vidas dependessem disso, porque um Dragão nunca desiste.

ARSENAL - FCPORTO
Emiratus Stadium
19:45 Horas,RTP1
Árbitro: Frank De Bleeckere ( Bélgica)


08 março 2010

Eu não vou aumentar impostos, nem criar dívidas, só emitir títulos...



Em tempo de PEC - Prometo Engronhar as Contas,

depois do Sótraques,

o videirinho



Mas,

não há sol na eira...



Benfica-SAD aprova empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros
(para pagar o outro que emitiu em Março de 2007 de 20ME...


... nem chuva no nabal


Nem sei se haverá título. A crise continua. Promessas para a rua.


(da actividade política por estes dias).


Steward Day, profissão com futuro



Vão começar as captações. Um aliciante para os momentos de crise. Perspectivas de progressão na carreira. "Facilidades" logísticas e administrativas. Compreensão judicial e apoio jurídico. Adere e pode ser que te safes a bater nos outros. Insere-se na reencontrada nomeklatura de valores: antes dar que receber. Exame final daqui a dois meses. O colete, claro, é para disfarçar. A sigla ARD faz jus à heráldica alemã das tv's. O anglicismo "stewart" adoptado é nome para cinema. Um mundo de oportunidades, desde reposicionar câmaras de filmar a fazer cordões humanos sem necessidade. Sem o risco de ser uma "blackwater" no Iraque. Legal, não?


07 março 2010

Já terminou mesmo?...

Helton tinha dito que não saía a meio de um filme.
Coincidindo com o festival de cinema do Porto, o FC Porto entregou-se desalmadamente em Alvalade. Mantenho o paralelismo. E foco, de novo, a atenção na Metodologia do Treino, em causa por estes tempos e a levantar dúvidas sobre as melhores práticas. Não por ser um expert, mas por não encontrar argumentos válidos e objectivos para o "8 e o 80" das actuações da equipa.



O certame em cartaz terminou este fim-de-semana. Mas, no Dragão, não se sabe se o terror continua.

Jesualdo reconhece que a equipa está cansada. Nota-se. E garante que vai arrebitar. Vamos ver. Ao contrário da época passada, em que fez 52 jogos oficiais, o FC Porto mal passou dos 40. Os principais rivais, à excepção do Braga, contam mais. Fraqueja mais o Sporting, cambaleia o Benfica mas tem-se aguentado bem. O FC Porto é que costuma exibir mais estofo e demonstra pernas e pulmão nesta fase da época. Em vão, desta vez. E tem de haver explicações, para além das lesões, castigos e jogadores fracos na hora de se justificarem como reforços. Deste modo, como pode Miguel Lopes comprovar que merece mais do que jogar no Rio Ave? E porque não evolui Tomás Costa a quem até o presidente, precipitado e extemporâneo, augurou ser um "reforço" de Inverno?

Não é compreensível uma quebra tão abrupta de um momento para o outro. Da mesma forma, não se vislumbra como se vai recuperar fisicamente da noite para o dia. Mas enquanto os do costume insistem na saída de Jesualdo que tem ganho muito com um bólide em trepidação constante por alteração das peças da engrenagem, o facto de aqui levantar questões sobre algum do trabalho pressupõe um respeito que o treinador merece. Ninguém acima das críticas, mas há tempo e especialmente modos para tudo e aqui não cabe a ingratidão. De resto, é cedo para balanços, ainda que o andar do que é agora uma carruagem não seja muito animador.

Além das pernas, falta motivação, o que é ainda mais inaudito no tetracampeão e que podia aproveitar deslizes alheios, como o do Braga, mas os adversários comprazem-se com os pontos perdidos pelo FC Porto. A Champions não ficou mais longe, pela via do 2º lugar, o tempo é que está mais curto com uma jornada a menos.

Passar o Arsenal pode dar um ânimo e levantar as pernas que têm andado pesadas, porque há duas taças para ganhar, uma Europa para convencer e um lugar de Champions para resgatar.

Aí, sim, seria Fantástico Porto. Findo o cinema, retomando o futebol. Não se vai lá com profissão de fé, é preciso mais convicção para retomar o caminho das vitórias. E honrar os títulos recentes, um estatuto ímpar e a perseverança de lutar até ao fim como tem sido hábito, à falta de acabar no primeiro lugar mas nunca cedendo antes de o filme acabar.


Quem não desiste e merece os parabéns é a claque (só se nota uma, a outra continua distante num canto superior do estádio, estrategica e logisticamente distante da zona de pressão junto à linha ou à baliza, e apesar de muito menos notam-se muito mais as ausências nos seus apaniguados), apoiou do princípio ao fim e desdiz os que, mais comodamente, só se lembram dela para dizer mal, como muitos aparecem só nas horas más e dizem-se grandes adeptos, como por aqui teimam alguns em aparecer. Os outros, ouvi-os propagandear que "a minha cadeira está à venda". Às pipocas, desta vez, estes juntaram mulheres e criancinhas à borla, o que inibeos adultos de protestar, bem comportados, e relega para as piadinhas fáceis com argumentos de ocasião. É o que há.



em tempo - Vivemos quatro anos de conquistas. Não do passado, desse tempo há muitas mais, mas actuais. Quem passou o tempo a invejar os títulos portistas ainda nada ganhou e esquece que o 2-2 com o Olhanense faz lembrar o 2-2 de há menos de um ano do Trofense na Luz, onde também ganharam Guimarães e Académica, esta por duas vezes (3-0 e 1-0) em épocas consecutivas. A glória é efémera, no futebol, mas nuns perdura mais do que noutros e, nestes, uma campanha ocasional não pode disfarçar as decepções costumeiras. Como não dar crédito a quem incorre num ano mau como excepção a épocas tão boas?

06 março 2010

Empate não esconde exibição paupérrima

FCPORTO 2 - 2 OLHANENSE
Marcadores:Falcao ( 81´) e Guarin ( 94´): Djalmir ( 13´e 16´)


Equipa
: Helton; Miguel Lopes, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Tomás Costa, Ruben Micael e Belluschi; Mariano, Falcao e Rodriguez
Substituições: Tomás Costa por Varela (39m), Miguel Lopes por Valeri (64m) e Ruben Micael por Guarín (78m)

Se caso houvessem dúvidas, o resultado frente ao Olhanense, tratou de as dissipar: o FCPorto está fora da rota do título. E o plantel já tem a noção disso, embora não queiram transparecer cá para fora, quando são abordados pela comunicação social. A atitude demasiada desmotivada de alguns jogadores só leva a concluir que eles já deitaram a toalha ao chão, e que a derrota em Alvalade deixou bastantes mossas no balneário portista.

Com destaque para o capitão, uma figura que, neste clube e noutros tempos, sempre foi o último a abandonar o barco e o primeiro da dar o peito às balas, ora Bruno Alves nunca foi ao árbitro protestar pelas suas decisões, até pela decisão de ter levado um cartão amarelo num lance onde ele próprio é carregado, sendo a imagem de quase toda uma equipa que não tem forças para erguer a cabeça e para lutar contra as adversidades que os jogos lhes colocam, além de ter tido sempre uma atitude demasiada passiva com os seus colegas.

A equipa técnica, conjuntamente com a direcção, algo terá que fazer porque, apesar do campeonato estar completamente perdido, o FCPorto ainda está envolvido em 3 competições e ainda está a tempo de ter uma época aceitável, sendo necessário evitar o descalabro e acabar o resto do campeonato que falta com dignidade.

O golo de empate, marcado por Guarin, aos 94 minutos não apaga a paupérrima exibição, mais uma num espaço de uma semana, e naquilo que o FCPorto não fez durante toda a partida.

Apesar de ter começado com uma oportunidade de golo falhado por Falcao, quando o FCPorto se apercebeu já tinham dois golos de desvantagem, a partir daí a equipa sentiu-se completamente perdida em campo, a bola queimava nos pés de alguns jogadores e a equipa também começava a desperdiçar alguns golos.

Na segunda parte, a imagem dada pela equipa foi a mesma, passes completamente disparatados, jogadores que não eram agressivos, o Olhanense limitava-se a defender mas não era necessário correr muito, a equipa portista não punha velocidade nas suas acções ofensivas, por isso os homens de Olhão limitavam-se a tapar os caminhos da sua baliza sem necessário andar atrás da bola.

O FCPorto consegue nos últimos 10 minutos, dois golos fruto da insistência dos seus jogadores, Falcao mais uma vez demonstrou que é das contratações mais certeiras desta época, o colombiano até quase na defesa veio recuperar bolas, mas apesar dessa recuperação não se pode esconder o mau momento que a equipa continua a estar.

Agora segue-se o Arsenal, com esta atitude e motivação perdedora o FCPorto não vai a lado nenhum, por isso é necessário que isto mude, e o mais depressa possível porque a honra e o nome europeu do FCPorto vale mais do aquilo que nos últimos dois jogos a equipa mostrou.




Vencer para amenizar derrota amarga

Foi Heltón quem falou em representação do plantel portista :


«Foi apenas uma derrota [referindo-se ao jogo frente ao Sporting], nada mais do que isso. No dia seguinte, já estávamos a pensar positivo e a trabalhar forte.

Para nós, o campeonato não termina amanhã. Ainda temos 27 pontos para disputar e vamos continuar a trabalhar. Essa é sempre a melhor resposta.

A percentagem que temos, neste momento, de obter sucesso é a mesma que tínhamos no início da época: cem por cento. É como ver um filme: não saímos 10 minutos antes dele terminar. No campeonato, é igual: vamos trabalhar até ao fim.


Nem todos os que participam no campeonato podem sentir a alegria que eu particularmente sinto, por ter sido Campeão nestes últimos quatro anos. Sabemos que não somos invencíveis, mas, repito, o campeonato ainda não acabou. Estamos a trabalhar para conseguirmos ocupar o lugar que nos é habitual.

A nossa expectativa para o jogo frente à Olhanense é a de poder fazer um bom trabalho e lograr os três pontos.

O futebol é mesmo assim [referindo-se ao jogo em Alvalade]: há dias em que, mesmo não fazendo o que é correcto, os resultados são favoráveis, e outros em que, mesmo procurando ao máximo fazer o que está correcto, as coisas não saem bem. Foi um dia mau, pois não conseguimos o nosso objectivo maior, mas também há que realçar a atitude do adversário, que esteve bem. Nas poucas oportunidades de que dispôs, conseguiu concluir.

Desde que comecei a trabalhar com o Ventura, sempre o elogiei e acho que ainda tem muito para dar ao futebol português. Duelo não é a palavra mais correcta; chamar-lhe-ia mais um reencontro. Independentemente de quem vá jogar, é sempre bom rever os bons amigos.

Agora que o sonho do Penta está quase arredado, os objectivos portistas para o resto da época terão de ser terminar o campeonato com dignidade de campeão, além de tentar conseguir ir o mais longe nas outras competições em que está inserido.

Com o pensamento na partida frente ao Arsenal, Jesualdo Ferreira optou por fazer descansar alguns jogadores mais utilizados, o maior destaque acaba por ser a chamada de Sérgio Oliveira, um júnior que demonstrou ser uma opção mais válida do que outros jogadores seniores, coragem precisa-se para que, particularmente, este jovem seja lançado na equipa principal.

Contra a partida, frente ao Olhanense, num dia onde o estádio estará mais bonito do que nunca pela presença de muitas mulheres (a propósito, vou levar ao Estádio uma menina de 7 anos, porque raio ela tem de pagar e mulheres acima dos 16 anos já não?), espera-se uma vitória e uma imagem diferente daquela que o FCPorto se apresentou em Alvalade.

Por último, regista-se positivamente as horas em que esta partida se irá realizar, pena que o tempo não seja o melhor, mas já tinha imensas saudades em assistir ao vivo a uma partida ás 17 horas.

FCPORTO - OLHANENSE
Estádio do Dragão
17 horas, Sportv
Árbitro: Cosme Machado ( AF Braga)