31 março 2010
Argumentário para um título (XIII)
Argumentário para um título (XII)
Mas fizeram-se debates a seguir, com os mesmos de sempre e as mesmas previsibilidades das semelhantes sensibilidades. Uma chachada, no fim de contas e, dizem-me, entrou pela noite dentro. Obviamente, só o Rascord acha que PdC foi inferior a LFV, mas quem já viu o FC Porto beneficiado em três jogos e prejudicado em dois é capaz de mistificações dignas do que apelidam de shreck, gordo e barbas...
Eu poderia destacar uma ou duas coisas, apenas, de tudo o que foi dito e fui apanhando "aos bochechos", mas nem é importante, as coisas são como são, as pessoas são o que são e, balanço geral, quem perdeu foi o empertigado MST a quem até o insuspeito Rascord reconheceu ter feito uma conversa de chá, tanto como de chacha, com o beneficiado do sistema tão combatido pelo escritor-jornalista-advogado subitamente sem achas para queimá-lo numa fogueira.
O que vale por dizer que MST, como muitos outros, após a pavorosa entrevista-intimidatória a Gonçalo Amaral (ex-PJ do caso Maddie e Joana), tem mais respeito pelas figuras venerandas e instituições sacralizadas do que por investigadores profissionais que ele se acha no direito de descredibilizar. Resta saber se MST mostrará indiferença e até desprezo por mais esta crítica unânime nos jornais como diz ter pelos blogues onde bem poderia aprender muita coisa, mas o narcisismo estava ali à frente dele, com um painel das bancadas da Luz a ofuscá-lo, e nele se reviu...
O achaque de Vieira aos "números" de Hulk são tão de autor como MST escrever no próprio dia em A Bola que esteve na inauguração do Dragão "numa noite cinzenta e chuvosa" de Novembro de 2003. Ficou com a célebre imagem do Expresso a reportar uma noite de chuva que não molhou ninguém com céu claro e apenas muito frio. Não há dúvida que nem por estar lá é digno de merecer crédito...
E um presidente bronco comentar as perdas de bola de Hulk e esquecer as três piruetas e meia a rebolar de Saviola no mano-a-mano com Eduardo é como um comentador gordo e vazio achar que Pinto da Costa devia falar de Prediger, quando o Benfica teve dois laterais de raiz que ou não jogaram sequer (Patrick) ou jogaram muito pouco (Shaffer)...
Fora algumas diferentes avaliações, pontuais, do desempenho dos presidentes, o que destaco e é unânime é o painel de sorrisos e salamaleques dos diferentes directores que acolheram os convidados. Por exemplo, em duas páginas de O Jogo vi "desfazerem-se" em mesuras o José Alberto Carvalho com Pinto da Costa, o Luís Marques com Filipe Vieira e o José António Teixeira com Ricardo Costa. Política&Comunicação, em suma. Mas nada de informação.
30 março 2010
Argumentário para um título (XI)
Este é totalmente insuspeito, na forma e na substância, mas resume assim a coisa:
http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2010/03/pinto-da-costa.html
"Quando Pinto da Costa estava acossado e era julgado na opinião pública - e publicada - como isto e aquilo, muita gente que dantes o bajulava abandonou-o e preferiu dar crédito a desgraças ambulantes. Até a circunspecta Maria José Morgado deu. Sei disto porque um amigo dele me disse na altura que ia daí a uns dias ao Porto a uma festa qualquer do FCP (de Pinto da Costa) precisamente para "sinalizar" que ele não deixava cair amigos nos seus momentos mais difíceis e, porventura, infelizes. E não estamos a falar propriamente de um anónimo sem história ou indecente. Lembrei-me desta conversa depois de ver Pinto da Costa na RTP. Detesto futebol, ignoro o que se passa nos "túneis" ou na "liga", mas aprecio o ironismo do presidente do Porto e, em certa medida, a sua coragem. Ao pé dele, qualquer presidente de outro qualquer clube parece um tolinho. Disse a Judite de Sousa que se recandidatava. Não voto, mas se votasse votava nele".
Argumentário para um título (X)
Argumentário para um título (IX)
André Azevedo Alves expõe o argumentário:
Argumentário para um título (VIII)
Parece que falam à mesma hora em canais concorrentes. Mas um é, diz-se, serviço público. Uma vez mais, não vai haver diferenças. Para a semana, os entrevistados trocam de canal, de novo em contraprogramação. Num caso e/ou noutro, não têm muito a dizer. Importante é… amanhã, quando medirem as audiências e uma qualquer novela bater aqueles defuntos por quem não se deve gastar uma vela...
A bola, essa, continua a girar. Hoje vou ver o Bayern-M. United. E, amanhã, o Arsenal-Barça, não o que menos interessa (Inter-CSKA). Há noção do que é serviço público de televisão tanto como discutir se a RTP deve ser privatizada, o que nunca será, cronicamente deficitária e medíocre.
mais uma imagem real do PS actual e o que são os bardamerdas que por aí andam…
29 março 2010
Argumentário para um título (VII)
Argumentário para um título (VI)
«Eles fazem-se de vítimas mas têm um comportamento incrível, não só hoje, como tem todos os jogos, porque tenho colegas de outras equipas que também me falam isso. O di María, hoje, lançava-se para o chão e ainda mandava beijos, para provocar. Eu tenho esposa, ele que mande beijos para a esposa dele», desabafou o jogador, na zona mista do Estádio da Luz.
Apoiado em bengalas, com suspeita de fractura do perónio, Mossoró voltou ao ataque: «O Benfica tem uma grande equipa, não tinha necessidade de fazer isso. É isso que me deixa mais triste, ser perseguido pelos jogadores".
28 março 2010
Argumentário para um título (V)
27 março 2010
Argumentário para um título (IV)
Argumentário para um título (III)
Argumentário para um título (II)
No Mundial-78, na Argentina, o Brasil-Suécia terminou com 1-1, mesmo após um golo brasileiro na sequência de um canto que o árbitro galês Clive Thomas deixou marcar, dando o jogo por terminado quando a bola vinha no ar para a área dos suecos.
Argumentário para um título (I)
24 março 2010
O ogre*
"Não acordaria o panglóssico presidente da Liga do seu sonho de acreditar que deixa atrás de si um futebol credibilizado. Um dia esse sonho há-de converter-se em pesadelo. Será no dia em que as intempéries vindas dos tribunais desabarem sobre as primícias acrisoladas da credibilização devidas à sua CD. Até lá, há direito ao sonho. De mais a mais, quando o pesadelo chegar, já lá estarão outros a enfrentá-lo".
Mas isto acontece, já com Hulk a cumprir 6 vezes mais jogos de suspensão do que devia, na altura de fim de ciclo desta malfadada Direcção da Liga, em que o taberneiro desta tasca mal frequentada voltou, a propósito de terceiro final no Algarve não obstante reclamar falta de apoios de entidades locais que afirmaram nunca terem sido solicitadas para tal, a auto-elogiar-se, como fazem os cabeças-de-cartaz desses tentáculos do polvo na Arbitragem e na Disciplina, acreditando ir deixar a presidência com o futebol "mais transparente e credibilizado". Como se não bastasse o fracasso total da taça da treta que ainda perdeu espectadores de uma época para a outra e mais um ano de regulamentos estapafúrdios também só resolvidos em sede de recurso na FPF (a questão das idades entre Portimonense e Académica).
23 março 2010
A turba dos estádios face à pedofilia e estupro
O que nos traz a esta história pela qual a subserviente e desatenta CS não se interessou mais: a clique a mando do presidente benfiquista que armazenava droga e armas na Luz anda aí pelos tribunais, até porque negociavam bilhetes para jogo obtidos a baixo custo no clube sob a égide do seu líder também apanhado a dar "conselhos" não só aos fiéis adeptos que incendiavam autocarros de rivais como dava "instruções" a chefes de segurança, interna e da própria PSP acusada de nada saber da matéria no tocante a organização de jogos.
21 março 2010
Momentos em que podem rever-se...
20 março 2010
Que mais irá acontecer?
15 março 2010
Benfica está para ultrapassar o Sporting...
(corrigido)
10 março 2010
The end
09 março 2010
Que maneira humilhante de dizer adeus
Substituições: Nuno André Coelho por Rodríguez (46m), Rúben Micael por Guarín (75m) e Varela por Mariano González (75m)
Mais uma vez, o FCPorto repetiu o filme de à uns anos atrás, foi vergado frente ao Arsenal com uma derrota pesada, uma enorme humilhação que nos envergonha a todos. Mas, sobretudo, deveria envergonhar mais a quem vestiu, nesta partida, uma camisola de um clube com um historial europeu que não merecia que manchasse com esta humilhação que vai custar a esquecer.
O FCPorto não pode continuar a ser a equipa que, ultimamente, tem sido, não poderá continuar a ter falta de atitude, a demonstrar desmotivação, fraqueza psicológica, uma apatia generalizada, e injustificada, que tolda a equipa de dar o seu melhor, oferecendo de barato as vitórias aos seus adversários.
Numa altura onde não se poderá agir com cabeça quente, penso que será necessário reflectir seriamente sobre as últimas exibições e sobre a falta de atitude, tomando as necessárias medidas para que o nosso Porto não se torne num clube onde as derrotas sejam aceites conformadamente, como se está a tornar perigosamente. Uma renovação de ares, de gente, de ambição é urgentemente necessária nesta equipa, e deverá ser o próximo grande desafio da equipa directiva para os dias mais próximos.
É o fim de ciclo para muitos, começando logo pelo seu treinador. O FCPorto não é isto o que tem sido até ao momento, este não é o FCPorto que aprendi a amar, nem este é o FCPorto que a Europa aprendeu a respeitar, devolvam depressa a alma vencedora a este clube porque já não se aguenta mais tanta mediocridade.
O jogo até nem começaria mal, a equipa de Jesualdo Ferreira, com a surpresa de Nuno André Coelho na equipa inicial entrou muito bem e pressionante mas apenas duraria um minuto e meio, o Arsenal agigantou-se tomando logo conta do domínio da partida. A equipa portista repetiu todos os erros que tem vindo a fazer, se contra o Olhanense esses erros custam, então contra equipas como o Arsenal, com jogadores experientes e de qualidade, pagam-se muito mais caro. E pagou-se com uma humilhação histórica. A equipa de Londres foi um autêntico rolo compressor empurrando os portistas para a defesa, com Nuno André Coelho perdido dando origem a um meio campo confuso, e com uma defesa apática, deixando jogar os ingleses à-vontade, o Arsenal aproveitou para ganhar facilmente vantagem na eliminatória.
Foram dois golos completamente oferecidos pela defesa portista, com todos a preferirem ver jogar, no primeiro golo, o meio parecia uma avenida com uma passadeira estendida para os jogadores do Arsenal, passados uns minutos, Fucile oferece a bola aos jogadores do Arsenal que aproveitam para passearem na defesa portista com facilidade e ganhar vantagem maior na eliminatória.
Na segunda parte, Jesualdo tirou Nuno André Coelho para dar lugar a Rodriguez, e o FCPorto melhorou um pouco, conseguiu conquistar o domínio no meio campo, e impôs respeito ao Arsenal, ao ponto de Arsene Wenger ter mexido na sua equipa, ele sentia que o FCPorto estava a crescer no jogo e acreditar que poderia reentrar na discussão da eliminatória.
O FCPorto ainda teve uma enorme oportunidade de golo, num lance de bola parada, mas foi sol de pouca dura, o Arsenal, depois da tal substituição feita, novamente conseguiu o domínio da partida, não sendo com surpresa que Nasri consegue um golo, com a tal facilidade já, por demais, vista, no meio de 3 jogadores que apenas se limitavam a olhar para o que ele fazia.
A partir daí, era só uma questão de tempo, o Arsenal não parou e marcou o quarto golo, num lance que tem origem num canto do FCPorto e onde deixaram o Arsenal contra-atacar facilmente. Até ao fim, era só uma questão de deixar passar o tempo, assistindo impávidos e serenos, esperando que o Arsenal não tentasse acelerar, mas já mesmo no final da partida, Fucile numa altura onde o discernimento já não era o melhor, aproveita para fazer uma grande penalidade, tendo o Arsenal concretizado, dando a estocada final numa humilhação que não se deverá esquecer tão cedo.
O FCPorto despede-se da maneira mais inglória da Champions League, e onde não deverá regressar na próxima época, ainda tem mais duas competições para vencer, mas o mais importante neste momento, o maior desafio de todos será reencontrar a alma vencedora deste clube porque ainda temos duas competições a vencer.
Se não for nesta época, então, começa-se a lançar, rapidamente, bases para que o futuro seja muito melhor do que este presente. Porque este Porto não mais poderá continuar.
PS: Foram 3 anos e tal a colaborar com este blog, hoje é o meu fim de linha. Também é uma despedida inglória por ter sido neste dia tão triste para todos os Portistas, mas era um desiderato que estava combinado à algum tempo entre todos, sendo uma coincidência infeliz. Primeiro de tudo, um muito obrigado ao Zirtaev e ao Zé Luís por terem depositado toda a sua confiança em mim, esperando que, dentro das minhas possibilidades não vos ter desiludido. Depois pedir desculpa se caso isso tivesse, em qualquer altura, acontecido. Por fim, partilhar um enorme abraço a todos os outros ex-colaboradores do blog e, claro, aos leitores, dizendo que foi um enorme prazer. Por último uma mensagem para todos: não são estas derrotas que nos vão abater, podemos ficar abalados, mas quando nos conseguirmos reerguer, estaremos ainda mais fortes, por isso não podemos deixar de dar o nosso apoio, deixar de ser os verdadeiros portistas de bancada . VIVA O FCPORTO SEMPRE.
Que Dragão podemos esperar ?
É um jogo que se disputa por diferença de golos e que temos de disputar durante 90 ou 120 minutos. Temos confiança no que somos capazes de fazer.
Com o nosso espírito e com o espírito do Arsenal, será um jogo dividido. Esperamos um Arsenal forte e será um jogo definido por detalhes.
A equipa do Arsenal é muito rica e nós também temos detalhes fortes. Temos consciência da qualidade do adversário, sabemos que é difícil jogar aqui, mas sabemos que temos armas para jogar aqui. Nestes jogos a eliminar há também que ter tacticamente um conjunto de adaptações aos regulamentos da prova.
A nossa posição é clara. Vamos discutir este jogo, pois só assim podemos discutir o resultado. Por essa razão, temos de encarar este desafio como se fosse um novo, com um resultado importante que é a passagem. No ano passado estivemos nos quartos-de-final e o objectivo é repetir este ano. Vamos lutar até aos limites para o conseguir. O FC Porto tem vindo a ser alterado ao longo dos anos. O que se pretende no futebol actual é que se consiga chegar onde se quer com essas mudanças. Esse FC Porto «à Porto» já surgiu em muitas ocasiões e espero que surja novamente amanhã. Mas muito mais do que lutar, também é preciso jogar. - Jesualdo Ferreira
O jogo contra o Arsenal acaba por ter uma importância ainda maior, fruto de todas as adversidades que o FCPorto tem vindo a encontrar nas últimas semanas, só uma equipa completamente alheada desses problemas, juntando uma enorme dose de coragem, é que os portistas podem imaginar em ultrapassar esta eliminatória.
08 março 2010
Eu não vou aumentar impostos, nem criar dívidas, só emitir títulos...
Benfica-SAD aprova empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros
(para pagar o outro que emitiu em Março de 2007 de 20ME...
... nem chuva no nabal
Nem sei se haverá título. A crise continua. Promessas para a rua.
(da actividade política por estes dias).
Steward Day, profissão com futuro
07 março 2010
Já terminou mesmo?...
O certame em cartaz terminou este fim-de-semana. Mas, no Dragão, não se sabe se o terror continua.
Jesualdo reconhece que a equipa está cansada. Nota-se. E garante que vai arrebitar. Vamos ver. Ao contrário da época passada, em que fez 52 jogos oficiais, o FC Porto mal passou dos 40. Os principais rivais, à excepção do Braga, contam mais. Fraqueja mais o Sporting, cambaleia o Benfica mas tem-se aguentado bem. O FC Porto é que costuma exibir mais estofo e demonstra pernas e pulmão nesta fase da época. Em vão, desta vez. E tem de haver explicações, para além das lesões, castigos e jogadores fracos na hora de se justificarem como reforços. Deste modo, como pode Miguel Lopes comprovar que merece mais do que jogar no Rio Ave? E porque não evolui Tomás Costa a quem até o presidente, precipitado e extemporâneo, augurou ser um "reforço" de Inverno?
Não é compreensível uma quebra tão abrupta de um momento para o outro. Da mesma forma, não se vislumbra como se vai recuperar fisicamente da noite para o dia. Mas enquanto os do costume insistem na saída de Jesualdo que tem ganho muito com um bólide em trepidação constante por alteração das peças da engrenagem, o facto de aqui levantar questões sobre algum do trabalho pressupõe um respeito que o treinador merece. Ninguém acima das críticas, mas há tempo e especialmente modos para tudo e aqui não cabe a ingratidão. De resto, é cedo para balanços, ainda que o andar do que é agora uma carruagem não seja muito animador.
Além das pernas, falta motivação, o que é ainda mais inaudito no tetracampeão e que podia aproveitar deslizes alheios, como o do Braga, mas os adversários comprazem-se com os pontos perdidos pelo FC Porto. A Champions não ficou mais longe, pela via do 2º lugar, o tempo é que está mais curto com uma jornada a menos.
Passar o Arsenal pode dar um ânimo e levantar as pernas que têm andado pesadas, porque há duas taças para ganhar, uma Europa para convencer e um lugar de Champions para resgatar.
Aí, sim, seria Fantástico Porto. Findo o cinema, retomando o futebol. Não se vai lá com profissão de fé, é preciso mais convicção para retomar o caminho das vitórias. E honrar os títulos recentes, um estatuto ímpar e a perseverança de lutar até ao fim como tem sido hábito, à falta de acabar no primeiro lugar mas nunca cedendo antes de o filme acabar.
Quem não desiste e merece os parabéns é a claque (só se nota uma, a outra continua distante num canto superior do estádio, estrategica e logisticamente distante da zona de pressão junto à linha ou à baliza, e apesar de muito menos notam-se muito mais as ausências nos seus apaniguados), apoiou do princípio ao fim e desdiz os que, mais comodamente, só se lembram dela para dizer mal, como muitos aparecem só nas horas más e dizem-se grandes adeptos, como por aqui teimam alguns em aparecer. Os outros, ouvi-os propagandear que "a minha cadeira está à venda". Às pipocas, desta vez, estes juntaram mulheres e criancinhas à borla, o que inibeos adultos de protestar, bem comportados, e relega para as piadinhas fáceis com argumentos de ocasião. É o que há.
em tempo - Vivemos quatro anos de conquistas. Não do passado, desse tempo há muitas mais, mas actuais. Quem passou o tempo a invejar os títulos portistas ainda nada ganhou e esquece que o 2-2 com o Olhanense faz lembrar o 2-2 de há menos de um ano do Trofense na Luz, onde também ganharam Guimarães e Académica, esta por duas vezes (3-0 e 1-0) em épocas consecutivas. A glória é efémera, no futebol, mas nuns perdura mais do que noutros e, nestes, uma campanha ocasional não pode disfarçar as decepções costumeiras. Como não dar crédito a quem incorre num ano mau como excepção a épocas tão boas?
06 março 2010
Empate não esconde exibição paupérrima
Marcadores:Falcao ( 81´) e Guarin ( 94´): Djalmir ( 13´e 16´)
Equipa: Helton; Miguel Lopes, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Tomás Costa, Ruben Micael e Belluschi; Mariano, Falcao e Rodriguez
Substituições: Tomás Costa por Varela (39m), Miguel Lopes por Valeri (64m) e Ruben Micael por Guarín (78m)
Com destaque para o capitão, uma figura que, neste clube e noutros tempos, sempre foi o último a abandonar o barco e o primeiro da dar o peito às balas, ora Bruno Alves nunca foi ao árbitro protestar pelas suas decisões, até pela decisão de ter levado um cartão amarelo num lance onde ele próprio é carregado, sendo a imagem de quase toda uma equipa que não tem forças para erguer a cabeça e para lutar contra as adversidades que os jogos lhes colocam, além de ter tido sempre uma atitude demasiada passiva com os seus colegas.
A equipa técnica, conjuntamente com a direcção, algo terá que fazer porque, apesar do campeonato estar completamente perdido, o FCPorto ainda está envolvido em 3 competições e ainda está a tempo de ter uma época aceitável, sendo necessário evitar o descalabro e acabar o resto do campeonato que falta com dignidade.
O golo de empate, marcado por Guarin, aos 94 minutos não apaga a paupérrima exibição, mais uma num espaço de uma semana, e naquilo que o FCPorto não fez durante toda a partida.
Apesar de ter começado com uma oportunidade de golo falhado por Falcao, quando o FCPorto se apercebeu já tinham dois golos de desvantagem, a partir daí a equipa sentiu-se completamente perdida em campo, a bola queimava nos pés de alguns jogadores e a equipa também começava a desperdiçar alguns golos.
Na segunda parte, a imagem dada pela equipa foi a mesma, passes completamente disparatados, jogadores que não eram agressivos, o Olhanense limitava-se a defender mas não era necessário correr muito, a equipa portista não punha velocidade nas suas acções ofensivas, por isso os homens de Olhão limitavam-se a tapar os caminhos da sua baliza sem necessário andar atrás da bola.
O FCPorto consegue nos últimos 10 minutos, dois golos fruto da insistência dos seus jogadores, Falcao mais uma vez demonstrou que é das contratações mais certeiras desta época, o colombiano até quase na defesa veio recuperar bolas, mas apesar dessa recuperação não se pode esconder o mau momento que a equipa continua a estar.
Agora segue-se o Arsenal, com esta atitude e motivação perdedora o FCPorto não vai a lado nenhum, por isso é necessário que isto mude, e o mais depressa possível porque a honra e o nome europeu do FCPorto vale mais do aquilo que nos últimos dois jogos a equipa mostrou.
Vencer para amenizar derrota amarga
«Foi apenas uma derrota [referindo-se ao jogo frente ao Sporting], nada mais do que isso. No dia seguinte, já estávamos a pensar positivo e a trabalhar forte.
Para nós, o campeonato não termina amanhã. Ainda temos 27 pontos para disputar e vamos continuar a trabalhar. Essa é sempre a melhor resposta.
A percentagem que temos, neste momento, de obter sucesso é a mesma que tínhamos no início da época: cem por cento. É como ver um filme: não saímos 10 minutos antes dele terminar. No campeonato, é igual: vamos trabalhar até ao fim.
Nem todos os que participam no campeonato podem sentir a alegria que eu particularmente sinto, por ter sido Campeão nestes últimos quatro anos. Sabemos que não somos invencíveis, mas, repito, o campeonato ainda não acabou. Estamos a trabalhar para conseguirmos ocupar o lugar que nos é habitual.
A nossa expectativa para o jogo frente à Olhanense é a de poder fazer um bom trabalho e lograr os três pontos.
O futebol é mesmo assim [referindo-se ao jogo em Alvalade]: há dias em que, mesmo não fazendo o que é correcto, os resultados são favoráveis, e outros em que, mesmo procurando ao máximo fazer o que está correcto, as coisas não saem bem. Foi um dia mau, pois não conseguimos o nosso objectivo maior, mas também há que realçar a atitude do adversário, que esteve bem. Nas poucas oportunidades de que dispôs, conseguiu concluir.
Desde que comecei a trabalhar com o Ventura, sempre o elogiei e acho que ainda tem muito para dar ao futebol português. Duelo não é a palavra mais correcta; chamar-lhe-ia mais um reencontro. Independentemente de quem vá jogar, é sempre bom rever os bons amigos.
Agora que o sonho do Penta está quase arredado, os objectivos portistas para o resto da época terão de ser terminar o campeonato com dignidade de campeão, além de tentar conseguir ir o mais longe nas outras competições em que está inserido.
Com o pensamento na partida frente ao Arsenal, Jesualdo Ferreira optou por fazer descansar alguns jogadores mais utilizados, o maior destaque acaba por ser a chamada de Sérgio Oliveira, um júnior que demonstrou ser uma opção mais válida do que outros jogadores seniores, coragem precisa-se para que, particularmente, este jovem seja lançado na equipa principal.
Contra a partida, frente ao Olhanense, num dia onde o estádio estará mais bonito do que nunca pela presença de muitas mulheres (a propósito, vou levar ao Estádio uma menina de 7 anos, porque raio ela tem de pagar e mulheres acima dos 16 anos já não?), espera-se uma vitória e uma imagem diferente daquela que o FCPorto se apresentou em Alvalade.
Por último, regista-se positivamente as horas em que esta partida se irá realizar, pena que o tempo não seja o melhor, mas já tinha imensas saudades em assistir ao vivo a uma partida ás 17 horas.
FCPORTO - OLHANENSE
Estádio do Dragão
17 horas, Sportv
Árbitro: Cosme Machado ( AF Braga)