28 fevereiro 2010

...

... eu que não sou nada dado a filmes, já apreciei o género de terror mas há muito deixei essa tendência. Nem é pela publicidade, que a mim passa-me ao lado, não fui cliente do certame mas sei ser um cartaz do Porto, onde o FC Porto é que costuma ser chamativo, que agora arrancou. Não é, ainda, para desviar a atenção da excelente crónica do Menphis. É apenas o meu sentir que amanhã tentarei explicar de outra forma. Não é que de momento me faltem as palavras, nem a percepção da realidade triste em que esta equipa, por muito que teime em escondê-lo, se deixou cair, do 80 para o 8, sujeitando-se justamente à troça alheia, porventura com "humilhação" que a outros derrotados não é atribuída quando são os dragões a sorrir.

Adeus Penta, até depois.

SPORTING 3 - 0 FCPORTO
Marcadores: Djaló ( 6 ´), Izmailov ( 45´) e
Miguel Veloso ( 47´)

Depois da sinfonia de futebol da jornada anterior, o FCPorto, em Alvalade, mais parecia um conjunto filarmónico a tocar música de quinta categoria. Este FCPorto, a jogar assim, não merece ser campeão, nem teve atitude de campeão. As camisolas foram as mesmas, os jogadores também, mas a atitude foi completamente diferente da das últimas exibições, e logo nesta altura onde estes três pontos poderão ter levado a dizer adeus ao sonho do Pentacampeonato.

O FCPorto teve um jogo em tudo o contrário do que tem feito nas últimas partidas. É verdade que também se poderá queixar da falta de sorte, sofre três golos quase caídos do céu, e em alturas cruciais da partida, quando o Sporting pouco tinha feito para isso, mas a equipa não foi capaz de tornear as dificuldades de jogar contra um adversário que se preocupou mais em não deixar jogar, fazendo faltas e mais faltas, e pontapeando bolas para o ar, não conseguindo dar agressividade ao seu futebol, falhando imensos passes no meio campo. O FCPorto não se conseguiu encontrar e não foi feliz no incómodo casaco de forças que o Sporting lhe vestiu logo no inicio.

A equipa de Jesualdo Ferreira ficou abalada depois do golo sofrido, aos 6 minutos, e não conseguia colocar a bola no chão, indo no jogo do seu adversário, com os extremos Varela e Mariano a fazerem tudo mal, a equipa sentia dificuldades em querer impor o seu jogo.

No meio da primeira parte, ainda conseguiu equilibrar e empurrar o Sporting para trás, que apenas se preocupava em afastar a bola da área, mas o FCPorto não conseguia fazer uma ligação meio-campo/ataque com qualidade, falhando bastante no último passe.

E depois desse equilíbrio, um pontapé no meio da rua, no meio do nada, o Sporting alarga a vantagem, indo para o intervalo a vencer com um resultado injusto, embora aproveitando os erros do conjunto portista.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira mandou entrar Belluschi na procura de uma melhor atitude da equipa, mas levou como resposta mais um golo caído do céu para o Sporting, com a equipa a estender a passadeira e a deixar jogar, Miguel Veloso rematou forte não dando hipóteses ao guarda-redes portista.

A partir daí, o jogo terminou, e o que assistimos foi um baixar de braços dos jogadores portistas que não mais conseguiram levantar a cabeça. Vá lá que não se perdeu a dignidade e a equipa lutou para não sair de Alvalade vergado com o peso de humilhação histórica e também os jogadores tiveram auto-controlo suficiente para não se perderem em situações tristes e nada dignificadoras.

Quanto ao título, são 9 e 8 pontos de diferença para os seus adversários, cabe ao FCPorto encarar o resto do campeonato de forma digna e lutar pelos títulos nas outras três competições em que está inserida.

Quanto a esta partida, é necessário que não seja uma noite para esquecer, mas sim para ficar bem lembrado na mente de todos, que noites destas não podem voltar a acontecer, porque este não foi Porto que jogou em Alvalade.

Vencer é essencial para não perder o comboio

O FCPorto tem, nesta noite, uma partida onde poderá jogar quase tudo nas aspirações ao título. Depois do jogo contra o Braga, uma vitória acrescentaria uma ainda maior moral para a luta, que se prevê titânica, pelo primeiro lugar.

A vitória na 5ª feira do Sporting foi a melhor chamada de atenção para a equipa portista, os pupilos de Jesualdo Ferreira não poderá confiar na goleada para a Taça de Portugal, frente à mesma equipa.

Sem Fernando, é Tomás Costa que vai ter a missão de proteger o meio campo portista, de resto deverá ser a mesma equipa que se apresentou frente ao Braga.

SPORTING-FCPORTO
ESTÁDIO DE ALVALADE
20:15 HORAS, SPORTV
ÁRBITRO: JOÃO FERREIRA ( AF SETÚBAL)

27 fevereiro 2010

Momento "Eu nem queria ir à Champions" II



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1506028


Benfica não quer agravar castigos dos portistas
Águias abdicam de recurso
A SAD do Benfica emitiu um comunicado para explicar que prescindiu de apresentar recurso no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol sobre a multa de 1500 euros aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga, na sequência dos incidentes no túnel da Luz.
Os encarnados sustentam esta tomada de posição ao alegar que "a eventual procedência do recurso poderia levar ao agravamento" das molduras penais já aplicadas a Hulk e a Sapunaru.

26 fevereiro 2010

...e contracapa



(favor preencher o espaço branco em baixo, indicado por reticências)


Escrito, com o fervor que se nota, a 20/1/2010 num blog clubístico (negritos meus). Deve enquadrar-se no contexto dos protestos portistas contra a Liga, pelas arbitragens e pela disciplina, em que parece ser coincidência que só o nome do FC Porto venha à baila:


"Estou cansado, estou farto da forma inacreditável, arrogante e brutal com que têm tratado o meu clube, desculpem-me mas vai-me saltar a tampa e não vou ter contemplações para burgessos energúmenos e mentecaptos que se atrevem a proferir o nome do nosso clube, repito do clube de forma leviana e ordinária.

É verdade que também temos gente que não interessa entre nós e que é estupidamente fanático, também me insurjo contra esses badamecos que não conseguem perceber a essência do nosso clube e que desconhecem os estatutos do..."


As aparências iludem.


Aviso: a 6ª feira é dia de descanso para os muçulmanos e os ayatollahs costumam pregar as suas fatwas, atiçar as jihads e prognosticar sete virgens por cada mujahhedin que se transforme em sahir e ascenda ao Céu.

Capa...




Lê-se isto,


recorda-se o personagem sahaf al-sahaf, e não podemos deixar de rir, ao associar tipos e discursos, em galas de aniversário com ponche moralista e cenários de guerra em fundo...


sobre isto, no JN:
"Presidente encarnado diz que os críticos do clube perderam a "vergonha"
00h36m
LUÍS ANTUNES
Luís Filipe Vieira aproveitou o jantar de gala do 106.º aniversário do clube, realizado ontem, quinta-feira, no Casino do Estoril, para quebrar o silêncio e lançar farpas a uma série de comportamentos que, "apesar de absurdos, não são inocentes".

Regressando ao tema Hulk



Eu penso que o Porto deveria explorar a seguinte via:
- dado que o Ricardo Costa e o CD consideraram, na sua decisão, que os Stewards tiveram uma actuação questionável e que provocaram e incitaram à violência, tendo inclusivamente condenado o Benfica pelo facto (mas não os stewards) e tendo afirmado que a pena aplicada ao Benfica é insuficiente mas infelizmente aquela prevista no regulamento,
- dado que eles consideraram que os stewards são outros intervenientes no jogo, e que nesse caso os mesmos são assim considerados seja para situações em que são vítimas ou situações em que são infractores;
- dado que o regulamento disciplinar prevê, na sua secção VI infracções cometidas por treinadores ou outros auxiliares técnicos, incluindo médicos, massagistas, funcionários e demais agentes,
- dado que algumas das infracções aí caracterizadas referem-se a “incitação à violência” ou “violência moral sobre jogadores adversários”,
então,
importa perceber porque a CD entendeu que não castigar os stewards:
- não são considerados outros auxiliares técnicos? Nem funcionários ou demais agentes? Então como diabo são considerados como outros intervenientes no jogo?
- esqueceram? Então que castiguem agora os stewards e o Benfica (há penas previstas para o clube nesses casos, incluindo a pena de derrota no jogo em caso).
A SAD não pode deixar este caso cair no esquecimento e que os infractores não tenham as devidas consequências dos actos que instigaram.
do nosso comentador Offshore, na caixa de comentários.
A propósito: escrevi que era curioso como os ARD's (Assistentes de Recinto Desportivo, nome significativo que contraria a versão que os equipare a intervenientes...) serviam, como vítimas, para caucionar sanções a terceiros supostos agressores, mas sem possibilidade de eles próprios serem sancionados por incumprimento ou violação dos seus deveres; este "limbo", que a Bosta da Liga aproveitou em proveito próprio e do Benfica, é como as largas malhas da lei, mas em que o juiz "malha" como lhe aprouver e depois alguém que decida em sede de recurso: já foi assim no Pífio Final!
Já agora, notícia de hoje do JN, o presidente do CJ da FPF já terá ameaçado demitir-se e só Madaíl, que o convidou pessoalmente para o cargo na sequência do turbulento Verão de 2008 com os amotinados na Bounty contra o então presidente para vingar, por coincidência, uma tese peregrina que defendia os interesses do... Benfica, o impediu. Recorde-se que o Benfica perdeu no CJ da FPF o título nacional de juniores para o Sporting com argumentação balofa querendo imputar responsabilidades a outros que cabiam apenas na actuação irresponsável e violenta dos seus adeptos, que tinham interesse em acabar com o campeonato como estava antes do jogo final em Alcochete...
entretanto,http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/hulk-fc-porto-maisfutebol-futebol-iol/1142818-1304.html o FC Porto entregou hoje o recurso aos castigos a Hulk e Sapunaru

25 fevereiro 2010

Profissionais e escolhidos a dedo


João "Pode vir o João" Ferreira em Alvalade e Lucílio "da cerveja da amizade" no Mar. Avance o profissionalismo...

Enquanto saem aos "bochechos" processos de intenções dos responsáveis do sector, avançando para o profissionalismo da arbitragem portuguesa onde os incompetentes passarão a ser (mais bem) pagos, o Vi-te ó Pereira elencou os árbitros para este fim-de-semana.

Sabe-se que haverá dois centros (em Gaia e noutro lado qualquer) para se treinarem, depois ontem já se indicou que os prémios serão em consonância com o desempenho (afinal é o que vigora, basta que vão para a jarra para perderem cerca de 1000 euros por jogo), serão 12 os apóstolos e pouco mais veio a lume. Alguns apontam a prudente reserva de isto ir aos poucos, mas aos solavancos já anda a verdade desportiva, agora deve entrar em velocidade de cruzeiro.

Sempre contestei a visão de Paulo "ventoinha" Bento na questão das arbitragens em que ele deveria ser o último a falar, mas reconhecendo-lhe frontalidade e coragem para tanto, apoiei a declaração dele sobre transformar "incompetentes em profissionais incompetentes" a partir do momento em que lhes paguem mais.

É impossível acreditar, por muito boa-fé que se queira ter, que os medíocres de agora serão iluminados amanhã. Se tal milagre acontecesse, no que não acredito de todo, ganhava amplo fundamento a suspeição intolerável que campeia sobre o sector da arbitragem. E quando o líder da seita também advoga que os dirigentes do sector, que o secundem claro, sejam igualmente profissionais, o cozinhado está completo e pronto a servir.

Saíram, hoje, as nomeações, ao almoço, com o habitual cheiro a esturro: João "Pode vir o João" Ferreira no Sporting-Porto, não vá dar-se o caso de, no sábado à noite, no Mar, as alfaces não estarem frescas, ainda que o tratador da relva e estrume Lucílio "da cerveja da amizade" Baptista lá esteja, devidamente nomeado por quem de direito, para assegurar que impere a ordem e o respeito pela instituição e zelar para que o vaticínio para a Liga de todas as bostas não saia defraudado.


É curioso (e já agora assegura-se Carlos do Xistrema para o jogo do Braga) que a um dia de anunciar, pensa-se que em defintivo e formalmente, o lote de árbitros escolhidos para a experiência-piloto, dizem, de prossionalização da arbitragem, com 12 homens do apito sendo que há 10 internacionais nos quadros da arbitragem portuguesa, saia este lote de cirúrgicas nomeações.
Já não bastava tudo aquilo que tem marcado, na secretaria e no campo da arbitrariedade, a competição maior até ao momento. E, prometidas as revelações sobre o avanço do sistema para premiar os incompetentes ainda mais do que atribuir-lhes mérito para ostentarem insígnias da FIFA, quando se pensava que tudo se soubesse para as 10 jornadas finais, a partir desta 21ª jornada, eis que a pompa e circunstância ficam guardadas para 1... de Março.
Prognósticos? Não é preciso ver no fim. Atente-se nos árbitros para os jogos de Porto e Benfica, especialmente, ajunte-se a farinha para este fim-de-semana, e fica esboçado o quadro de medíocres que serão "premiados" como mais avançados semiprofissionais da arbitragem portuguesa.
Se o próprio líder do sector encontrou e revelou árbitros que têm faltado com isenção ao seu dever em campo, tratando de forma desigual as equipas e os jogadores de forma que influenciaram flagrantemente a classificação do campeonato, nada pode ser mais claro agora.
Dia 1 de Março conhecem-se os 12 apóstolos e pode anunciar-se o campeão nacional.

E antes da refeição, última, do desagravo cristão, a lavagem dos pés é digna da ironia irreverente e fulminante do "Vermelhices.com" que aqui trago sempre com prazer.
Sejam bem servidos. E água de rosas para todos.
Actualizado (12 horas depois): escrevi isto de rajada pelo meio dia e só de tarde li o JN, onde Manuel Luís Mendes adianta mais uns pormenores, em "off", mesmo tendo uma coluna de perguntas e respostas com Vi-te ó Pereira com as trivialidades e mise en scène. Leio que, afinal, dos 12 prováveis elencados, entre eles André Gralha e Cosme Machado, a questão já nem é escolher pela competência, o que seria improvável e impossível, mas pela disponibilidade. Os que aceitarem treinar diariamente das 14 às 18 horas têm de se libertar do trabalho e não acredito que muitos deixem o emprego. Mas é um sinal do péssimo que aí vem, a partir de 14 de Março para as últimas 7 jornadas. Mas os 12 profissionais à experiência não chegam para as 16 partidas semanais das duas ligas, presumindo que o estatuto destes "pioneiros" imponha a sua chamada todas as semanas. Até porque o líder dos árbitros, garantindo que não vai mesmo haver mais dinheiro para este luxo, deixa antever também que não haverá castigos por más actuações. É inacreditável, alguns ainda querem dar o benefício da dúvida e o JN que lança as ideias principais não tem ninguém para fazer um comentário e dar uma opinião sobre esta porcaria. Estão bem uns para os outros.

24 fevereiro 2010

Ética e as notícias que caem no esquecimento ou passam despercebidas



Anda aí uma discussão de ética e responsabilidade, censura e liberdade de expressão, segredo de Justiça e quem "estou-me cagando" para ele, justiceiros e paineleiros, jornalistas e jornaleiros, padeiros e paneleiros, aguadeiros e taberneiros, que me deixa em pele de galinha, meio em vómitos meio com vontade de gritar vão-se foder!...

Ainda hoje, com o jornalismo e seus intérpretes alheios como apontei em comentário ao próprio António Boronha, as notícias de buscas nos escritórios do Dragão puseram a tropa de élite à cuca a ver se engavetavam alguém do FC Porto, isto até em contraponto com a notícia do JN em papel, logo de manhã, de que aquela cena dos NN Bois, as catacumbas da Luz, a droga e as armas, mais as agressões a claques rivais e o incêndio ao autocarro de adeptos portistas no Verão de 2008 perto da Luz, vai mesmo a tribunal.

Recordo aqui, por causa do post de 28/10/2009 Da jurisprudência III (revisitando o "caso da fruta") a propósito da decisão da Liga acima reproduzida:
"Esta decisão de arquivamento é extraordinária. Tendo sido descoberto nas catacumbas da Luz um arsenal de armas, numa investigação policial que envolveu escutas comprometedoras de conluios de dirigentes com claques do Benfica a implicar, até, tráfico de droga, o facto de este manancial de "armas de arremesso" que já deram para matar com very-lights, incendiar autocarros de equipas e adeptos adversários nas imediações da Luz e provocar desacatos, fumos e foguetes no antro da ladroagem, ter sido mesmo localizado em morada específica e sem ambiguidades, não significou especial atenção por parte da CD da Liga
Recorde-se o teor das notícias de Maio último:
«Cerca de quatro dezenas de elementos da claque do Benfica No Name Boys foram acusados de vários crimes e o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi alvo de uma participação à Comissão Disciplinar da Liga de clubes por apoiar aquele grupo de adeptos. A certidão foi também remetida para o Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto, entidade junto de quem a claque se deveria ter legalizado, identificando todos os seus membros.O mais conhecido grupo de apoiantes do Benfica foi alvo de uma aparatosa acção policial há cerca de meio ano, através da operação Fair Play, desencadeada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento (UECCEV) do DIAP de Lisboa com a colaboração da Polícia de Segurança Pública. Das mais de três dezenas de detidos, três ficaram presos preventivamente, quatro em prisão domiciliária e pelo menos dois proibidos de frequentar recintos desportivos.A acção policial saldou-se ainda na apreensão de armas proibidas, material pirotécnico e mais de dez quilos de haxixe e 115 gramas de cocaína. O libelo sustenta que a claque era financiada através da venda de ingressos para os desafios e de substâncias estupefacientes, nomeadamente haxixe e cocaína. Foram ainda recolhidos indícios da venda e revenda de armas de fogo, nomeadamente de TASER (armas que atingem as vítimas com choques eléctricos), que teriam uma potência superior às usadas pelas forças de segurança.A investigação abrangeu várias situações relacionadas com actos de violência de que foram vítimas adeptos do FC Porto e do Sporting. E ainda confrontos com forças de segurança e apreensões de droga. O inquérito acabou por agrupar factos ilícitos que estavam dispersos por outros processos. Nos casos da suspeita de tráfico de droga e de armas, as autoridades realizaram escutas telefónicas.Através das escutas, recorde-se, a PSP pôde reunir elementos que a ajudaram a identificar a autoria moral e material do incêndio ateado ao autocarro que transportou a claque dos Superdragões, que se deslocou a Lisboa, em 21 de Julho de 2008, para apoiar a equipa de hóquei em patins do FC Porto que jogava contra o Benfica. Na origem deste acto esteve, segundo a acusação, o ódio contra o FC Porto, realçando a premeditação do acto, uma vez que o autocarro tinha sido antes seguido por uma viatura ligada aos No Name Boys. (...)»
in PUBLICO, 16/05/2009
«Luís Filipe Vieira garantiu ao Ministério Público nem sequer reconhecer os No Name Boys, acusando a polícia e a segurança privada por mau controlo de armas e material incendiário nos estádios – mas a PSP, num relatório a que o CM teve acesso, arrasa o presidente do Benfica. Pode ler-se que Vieira reúne com a claque para lhes dar todo o apoio, deixando entrar as tochas nas bancadas da Luz; despede o chefe de segurança do clube por ajudar a PSP a identificar os criminosos – e almoça com o comandante da polícia para lhe pedir que "facilite" na presença policial junto dos No Name Boys. Muitos deles entretanto presos por droga, armas, roubos, incêndios e espancamentos a adeptos rivais.»
in Correio da Manhã, 18/05/2009

Mas o grave da questão é que esta merda, que vai a tribunal, repita-se, portanto em mãos da justiça civil, após investigação exaustiva da PSP e acusação do MP, e até publicitada com alarido na Imprensa, associava o tráfico e o crime dos NN Bois e o presidente do Benfica, com armazém na Luz para droga e armas, mas o Bosta da Liga mandou arquivar.

Eu chamei aqui a atenção em Outubro, num dia de muitas notícias da Comixão Xixiplinar da Liga, quase todas em três linhas, sem contexto e sem ninguém as entender, uma delas era esta, arquivada pela Bosta da Liga, toda a matéria que vai a julgamento e depois se verá.
Muitos palermas fazem por ignorar isto e nem me admira que os próprios jornais remetam estas coisas para o esquecimento, da mesma forma que adeptos e bloggers assobiam para o lado. Se sair uma "manobra de diversão" visando o FC Porto então é folclore pela certa, com o circo em todo o esplendor e o zoológico em festa.

O Insurgente ironizou com isto: http://oinsurgente.org/2010/02/24/desilusao/ sobre o que era indício de algo comprometedor para o FC Porto mas, esclarecido por quem de direito, acabou como um balão subitamente esvaziado ou evaporado.

Adiante.

Para mais, esta noite, com o Inter retranqueiro com o qual Mourinho pensa ir longe na Champions, os serventuários do poder lá escamotearam, até na repetição, que não houve um penálti escandaloso sobre o Kalou mesmo em cima do intervalo. Contra o Barcelona, na época passada, viram quatro e cinco penáltis. Parece que estão a adular o Benfica... Vejo as imagens e ouço os comentários e fico com as meias sensações acima descritas. Claro que o Chelsea, agora, não é de Deco, nem de Bosingwa, nem de Ricardo Carvalho nem do Hilário que acabou por entrar com a lesão de Petr Cech... Viva o Mourinho FC!
Entretanto, só quis ouvir na semana passada a jornalista Felícia Cabrita naquele interrogatório patético na AR, com uma deputada do PS muito divertida com sorriso cínico mas não por causa da deslocação a Paris semanal que quer que os contribuintes lhe paguem para ir visitar os filhotes, que isto de ser deputada pela Europa tem custos, incluindo os 25 kms. de distância, a cobrar pelos 40 cêntimos/km como no funcionalismo público, da sua casa lisbonense até à Portela... Deve ser por isso que insistem em ir para Alcochete, sempre são uns 60 quilómetros a meter nas despesas...
Sobre estas merdas e putifarias, li a chamada de atenção no mesmo Insurgente: viagens a Paris de Inês de Medeiros:
«Na última reunião, o socialista José Lello, que preside ao conselho de administração, argumentou que inviabilizar a deslocação semanal a Paris de Inês de Medeiros põe em causa a livre circulação dos cidadãos europeus.» – no i.
E de ética em ética parece que a confissão do director do Expresso, esta tarde, sobre a pressão de Sócrates a pedir-lhe para não falar da sua licenciatura - um dossié exemplarmente desvendado antes do "jornalismo de investigação" pelo professor António Balbino Caldeira no seu "Do Portugal Profundo", que o Expresso copiou sem citar fonte -, tirou os laparotos da letargia. Os deputados andam ali a perguntar coisas tolas e a ouvir coisas como se não soubessem. E vá lá que alguém chegou e disse alguma coisa em concreto, isto enquanto o director do concorrente Sol adiou de ontem para 6ª feira (decerto depois de pôr cá fora mais alguma mancha da Face Oculta desta República apodrecida mas tomada de assalto porque o poder é sempre bem bom) a sua audiência e essa também vou querer ouvir porque gente importante merece essa deferência.
Entretanto, sempre em ética, anteontem 3ª feira passou-se algo, mas o essencial não teve importância tal a mensagem capciosa que passou.
mas esta notícia, o que tem de importante, é assegurar que nem sequer a Administração da Controlinveste pediu para alterar alguma notícia ou para não dar uma notícia mo JN. Lê-se:
"Não há por parte da administração tentativas de intervir" na linha editorial do JN, assegurou José Leite Pereira à comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura. "Não temos nenhuma discussão com a administração para não noticiar isto ou aquilo", afirmou.
A cortina de fumo está feita e tapou tudo e todos. Para falar da anterior Administração da Lusomundo (depois comprada pela PT de Granadeiro), houve que dizer sim senhor, dantes era mau e agora é bom.
Até parece que em finais de 2008 não houve uma página do JN que saiu em troca de publicidade. E não foi "tira a notícia que eu meto publicidade", foi mesmo o patrão "amigo" do visado na notícia mandar tirar a página e pronto. Como foi. Tratava-se de uma figura mediática nacional, um ogre que faz por passar pelos intervalos das gotas de chuva, foi deputado na AR, agora é presidente de Câmara e prepara-se para deixar o poleiro, não político, do qual foi ameaçado ser apeado com a tal notícia que, pouco depois, levou à saída do editor da secção.

Ética. Pois.







João Pereira


O título é explícito, mas a foto tem a ironia que não é aplicada ao objecto, antes serve o sujeito que é o analista, para mais pimpante na tv, que se julga o mais perspicaz e um raro intuitivo ao considerar que João Pereira fez falta ao Braga e tal (também) justifica os 5 do Dragão.
Mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa no Trio d'Ataque, e até por isso na sua veste de fala-barato eloquente na forma mas redundante na substância pelo menos em matéria de vulgaridade futebolística que não destoa dos comparsas do programa, a tese foi defendida.
Não tivesse, ó ironia, ó imbecilidade, ó cretinice, João Pereira jogado a lateral-direito pelo Sporting de Lisboa que também levou 5 no Dragão.
A análise dá uma má fotografia dos analistas.
Mas é o que, infelizmente, há. Bom proveito.

Como se trama um jogador com um bombeiro no incêndio...

A propósito deste livro, que aqui já abordei, e das premissas a encarar no post abaixo sobre o papel e que papel dos "stewards", há uma passagem que o Fernando Mendes conta e importa recordar, até para se saber como se fazem as coisas por outro lado.

Num E. Amadora-FC Porto, em 97 ou 98, o jogo acabou mal, com um penálti no último minuto a dar o 2-2 final aos homens da casa. Houve sururu, polícias em campo e desacatos no túnel em que, alegadamente, um bombeiro se queixou de uma mordidela de Fernando Mendes, lateral-esquerdo portista.
Fernando Mendes foi suspenso, creio que por dois meses.

Até que esse bombeiro gabou-se em público, sim mesmo num almoço num restaurante que não é um sítio privado como alguns podem alegar, de ter inventado a estória e tramado um jogador do Porto. Uma senhora revoltou-se ao ouvir tal coisa, denunciou a marosca, fez saber ao FC Porto e o jogador acabou absolvido.
Para bom entendedor, meia palavra basta.
Para o resto, é ler o livro que vale a pena.
Depois tirem-se as conclusões.

O empolamento do exemplo de Cantona e o que fica por contar

Se o "mal do adepto", como anteontem retomei esse conceito que irónica e animadamente criei, é péssimo quando passa para os jornalistas que escarrapacham o seu azedume na Imprensa, como vem sucedendo no Record face a Carvalhal, a desinformação diz tudo da ausência de valor intrínseco numa notícia e descredibiliza um texto de opinião. Com a má premissa, um péssimo leitor, acéfalo como o escriba, o resultado é catastrófico.

Foi o que notei ontem ao ver, já com o programa a meio, o Trio d'Ataque. (Hábito que há muito vim perdendo, como tenho confessado, mas o Braga-Porto - de que falarei noutro post a seguir, e a presença de Marcelo Rebelo de Sousa tomaram a minha atenção). Não assisti à triste discussão dos "stewards" e as razões que os rodeia por ser já inútil. E, sem querer e sem crer, apanhei o cineasta benfiquista APV a citar um texto de um jornalista. Um gajo qualquer do Record teria escrito algo sobre Cantona para justificar a suspensão de Hulk e Sapunaru.
Primeiro, não foram nove meses de suspensão, como terá sido escrito segundo o cineasta. Foram oito. Está tudo documentado. Dos oito meses de suspensão, três foram em... ausência de competição. Logo, cinco meses na prática. O malfadado jogo foi a 25 de Janeiro de 1995, um Crystal Palace-M. United, numa época inglesa que termina em meados de Maio e recomeça em finais de Agosto. O próprio M. United assumiu uma punição interna de quatro meses, mas para atenuar a justiça desportiva inglesa e começar por dar o exemplo. Também lhe tirou duas semanas de ordenado...
Mas o caso de Cantona, no golpe de kung-fu sobre um adepto, não pode ser atirado para o ar a não ser por um estúpido, jornalista que o escreva ou cineasta que retome o exemplo sem saber o que se passou.
Primeiro, Cantona acabara de ser expulso desse jogo. Saiu pela linha lateral, com o roupeiro do clube, e por causa de um adepto que desceu da sua cadeira até ao fundo da bancada para insultar o jogador, o francês atirou-se a ele num golpe de kung-fu. Cantona, que saiu da área de jogo que lhe cabe e saltou para a bancada, agravou a punição desportiva. Não foi o caso de Hulk nem de Sapunaru.
Segundo, havia uma dimensão criminal. Cantona passou a noite na prisão. Foi, depois, condenado a 7 dias de cadeia, transformados em recurso em 120 dias de trabalho comunitário.
Terceiro, a questão criminal também reverteu sobre o espectador. Matthew Simmons apanhou também cadeia, até por ter antecedentes criminais. E pagou multa.
Mas, para esse ousado espectador, ainda resultou uma punição desportiva: multa e proibição de assistir a jogos em Inglaterra e Gales, por um ano! Está tudo descrito na internet, o inglês técnico de alguns é que se torna deficiente e selectivo, não é só com o sinistro Primeiro-Ministro...
Cantona estava já suspenso pelo seu clube de jogar os menos de 4 meses em falta até ao fim da época. Mas a Federação inglesa ainda lhe estendeu a suspensão até final de Setembro. Aí, o clube explodiu, com surpresa e em fúria, mas teve de cumprir a justiça desportiva e o jogador perdeu pouco mais de um mês na época mas teve todo o tempo para recuperar e foi campeão e ganhou a Taça em 1996 com o próprio Cantona a marcar ao Liverpool na final, como marcara ao mesmo adversário no primeiro jogo após a suspensão, a 1/10/1995.
Já a suspensão auto-infligida pelo clube ditou, precisamente, a perda da Liga para o Blackburn e a derrota com o Everton em Wembley, em 94-95...
Não tem nada a ver com o caso Hulk/Sapunaru, que foram assediados no túnel de acesso aos balneários por gente que não devia estar ali a proteger jogadores uns dos outros, até por portistas e benfiquistas terem voltado aos balneários na boa e até misturados, sem quezílias entrre eles, antes cumprimentando-se como se viu dos vídeos postos a circular.
Mas, além de escaparem à alçada disciplinar da Liga onde não cabem para esse efeito, não se sabe que suspensão levaram os "stewards", se pagaram multa, se lhes descontaram nos ordenados e se voltarão a assumir funções. Enquanto o Crystal Palace foi ilibado, apesar de uma falha de segurança dos "stewards" face aos espectadores locais, na tribuna principal do Selhurst Park, o Benfica pagou uma multa de 1500 euros...
Isto basta para contentar o estúpido cineasta, e outros da sua laia, que voltou a exibir toda a sua imbecilidade estribado num ignaro jornalista que acedeu da "Nova Gente" à Direcção do Record.
De resto, a merda da discussão é tão inútil sobre se os "stewards" são o que o Bosta da Liga acha que são e o caquético cineasta subscreve reproduzindo informação jurídica do Benfica.
Para descanso de consciências tão pesadas quanto espúrias, o Vasconcelos diz que se houver erro ou má interpretação o CJ da FPF o dirá em fase de recurso. Só que, até lá, cumprem-se uns inacreditáveis 23 jogos de castigo para Hulk e mais ainda para Sapunaru.
Tudo porque se julgou não se sabe bem em que matéria factual e de prova, até pelo exemplo triste e contrário do julgamento do túnel de Braga em que foram invertidos os factos para sustentar uma acusação que penalizou o Braga e absolveu o Benfica. E o Bosta da Liga faz-se de anjo protector alegando brandura de tratamento e brancura de carácter como a sua esfíngica e seráfica cara de bardamerdas, além de célere na investigação, a aplicar a lei que, na sua ambiguidade, ele podia ter aproveitado para desacreditá-la não seguindo o ínvio caminho que quis tomar e o único que penalizava mesmo o FC Porto.
Isto tudo sem atenuantes da sua excelsa imagem de "Pavão" espalhafatoso perante as câmaras que não só não chamou para divulgar o caso de Braga como remeteu a decisão de 6ª feira nesse exemplo para a 2ª feira seguinte divulgar já com o mercado convenientemente fechado para os minhotos colmatarem a baixa de Vandinho.
É claro que, sem estes factos presentes e devidamente sopesados, um sem génio Queirós, por sinal também do Record, é capaz de elaborar os mesmos dislates, de ignorante e pérfido, em prol da bondade da Comixão Xixiplinar da Liga que tresanda a mau cheiro que só os que chafurdam na merda não sentem. Jornalistas em primeiro plano, aliás, que além de não olharem por si abaixo tão mal e enviesadamente informam. Para mentecaptos adeptos como o APV, sempre com um papel orientador para dizer o que lhe dizem, isto é leite tirado da pedra, porque são calhaus a rolar na ribeira represada da desinformação e intoxicação. Aí sim, são profissionais. Os outros, como os colegas de programa, mais uma vez sabem tanto quanto ele, independentemente da leitura do caso que divulguem.

23 fevereiro 2010

Händel celebrado no concerto do FC Porto

A propósito da qualidade técnica portista num futebol maravilhoso a evocação do grande músico saxão nascido a 23 de Fevereiro de 1685


O FC Porto fez uma exibição de sonho frente ao Braga. A bola correu de pé para pé, sublime, deslizando num tapete mágico, ordenada, obediente, certeira. Um concerto de bola, uma orquestra afinada e percutindo os instrumentos apropriados para uma ária de jogo alegre mas tocante, como se champanhe escorresse sem borbulhar em demasia, antes elevando o aroma e sustentando a finesse de tal formosura, onde os pontapés na bola passaram como carícias em veludo, humilhando o adversário mas com uma aura de intocável superioridade a amenizar o vexame futebolístico, tornando a noite e o festim tão natural como uma suave melodia, para mais banhada no final com chuva fina, certeira e também ela aprumada e caindo quase meticulosamente na perfeição sobre aquele esplendor na relva.


E porque hoje, 23 de Fevereiro, celebra-se o nascimento de George Frideric Händel, em Halle (Saxónia), em 1685, nada como associar esse magnífico jogo do FC Porto com a sumptuosidade do músico saxão que se celebrizou em Londres, para onde se transferiu em 1712 e viria a morrer, cego desde 1753, a 14 de Abril de 1759. Assumiu, entretanto, a direcção da Academia Real de Música em 1719 e adquiriu a nacionalidade britânica em 1726, bafejando os reis Jorge I e Jorge II com eloquentes melodias que tornaram Händel um dos mestres da música barroca*. Jorge I fora Princípe Eleitor de Hannover (Baixa Saxónia) e as suas raízes germânicas cruzaram-se com as do virtuoso músico que, na corte britânica, soube inspirar obras da mais melodiosa sinfonia. O ambiente real inspirou-o para obras solenes e comemorativas, como os "Reais Fogos de Artifício". Mas a "Música Aquática" é a que pode aplicar-se ao concerto de bola do FC Porto no Dragão, um palco deslumbrante para tal harmonia.


A "Música Aquática", precisamente, escrita em suite em 1717, acompanhava um cortejo de Jorge I no rio Tamisa, em que os músicos tocavam, sentados num barco, atrás do Rei*. Jorge I, agradado e embevecido, ordenou que fosse tocada três vezes. Foi como o FC Porto na 1ª parte. Depois, a ária delicada da 2ª parte completou a obra.


Esta suite nº 2 em Ré chamada "Alla Hornpipe", sintetiza nos sentidos mais profundos de cada apreciador o que os olhos, deslumbrados, acompanharam no jogo do FC Porto, como um cisne flamejante na água calma mas de corrente firme e determinada. Daí ficar a música a par do resumo da beleza técnica no tapete mágico do Dragão.






Um regalo para os olhos do público que gosta do jogo, ainda que muitos aziagos da blogosfera não lhe tenham dado o merecido relevo e alguns, os mais aziagos que pensam que calar é esquecer ou menosprezar, nem cumprem o seu alegado preceito de comentarem o futebol em geral num sempre estapafúrdio processo de isenção que não deixa de esconder as tenebrosas intenções de amesquinhar os êxitos dos dragões. Alguns daqueles recessos, apesar de muito bem vistos e na moda, até colocaram a questão ao contrário, não pelo mérito portista mas pelo demérito bracarense, o que releva como tais recalcamentos fazem remoer as entranhas e apressar a morte. Paz à sua alma.


Celebre-se Händel e o FC Porto. A honra ao mérito. Da grandiosidade.


* - dados extraídos da colectânea "Os Grandes Mestres da Música Clássica", que em boa hora reuni.

22 fevereiro 2010

O "mal do adepto" nos jornalistas é do pior


Os sportinguistas do Record atacam o Sporting de forma vil. Carvalhal chamou-lhes "o gordo, o barbas e o shreck". O Carnaval continuou em Olhão. Querem ver o jornal a "puxar" pelo FC Porto no domingo?


Primeiro foi a reacção ao "gordo, barbas e o shreck"; no domingo o contra-ataque rascord.

Os benfiquistas podem passar, no domingo, a torcer pelo Sporting frente ao FC Porto, como agora preferiram que o Porto ganhásse ao Braga só para ficarem em 1º lugar, isolados, ao menos uma vez. Veremos se os cálculos sairão furados no final...

Mas nota-se a perspectiva de haver quem, imprevistamente, se torne um "aliado" do FC Porto na próxima jornada em Alvalade. Será que o Record vai estar com o FC Porto para os seus responsáveis editoriais poderem cravar mais o punhal com que têm ferido Carvalhal?

O Sporting emitiu hoje um comunicado em que lamenta e critica o posicionamento (inabitual, de facto) do jornal no confronto com o clube e, pior, personalizado em Carvalhal. Basta ver a capa de domingo, culpando o treinador pelo empate em Olhão num jogo disputado em condições climatéricas dificílimas em que ganharia quem pudesse e soubesse beneficiar da sua meia parte com o vento pelas costas e sob uma chuva por vezes diluviana. O Sporting podia ter arrumado a questão com esse condicionalismo a seu favor primeiro, depois acabou ameaçado de derrota com o empertigamento dos algarvios quando tiveram esse factor a seu favor. Não fosse o vento e o campo encharcado, nenhuma equipa teria apresentado futebol e oportunidades de golo para vencer, pelo que o 0-0 assentou bem num jogo, repita-se, extremamente complicado pelas condições climatéricas.

Neste ponto, eu elogio o profissionalismo dos jogadores a quem não pode ser exigido mais. Mas quando os jornais estão no "contra", realmente, não há nada a fazer. Sendo um director-adjunto e o chefe de Redacção sportinguistas, escrevendo "pelos cotovelos" e amparando sempre a política leonina, convidendo de perto com dirigentes e outras fontes menos notórias, dourando a "pílula Paulo Bento" sempre, há o risco de a mostarda chegar ao nariz e passarem a "cascar". Tem sido o caso e a capa de domingo, acima reproduzida, é mais uma acha para a fogueira.

Há dias, Carvalhal falou do "gordo, do barbas e do shreck" e houve quem, prontamente, quisesse desvendar os personagens. Obviamente, chegou-se a alguns dos responsáveis editoriais do Record, curiosamente o gordo sendo sportinguista, o barbas (mas também volumoso) um benfiquista e o shreck do Belenenses mas que já fez ao Luís Filipe Vieira o favor de despachar o cronista Ferreira Fernandes que era tão incómodo para o Benfica quanto Mário Crespo para José Sócrates. Além de ter permitido, o cabotino director, que um seleccionador estrangeiro insultasse alto e bom som, curiosamente em Alvalade, uma jornalista que teve de comer e calar e nem o irmão a salvou da complacência do cabeça rapada do periódico, o que diz bem do nível, já para não falar da essência profissional, dessa gente.

Há tempos defini o "mal do adepto", capaz de criticar violentamente e amiúde sem critério o que não gosta ou corre mal no seu clube, um comportamento que, agora, se transporta para jornalistas. Há fenómenos parecidos em Espanha, por exemplo a Marca é o órgão oficioso do Real Madrid mas quando se lembra de puxar o tapete não há colosso que resista nem o mais pintado dos treinadores e presidentes bicampeões europeus como Lorenzo Sanz ou Vicente del Bosque. Idem nos desportivos de Barcelona quando têm de "malhar" no presidente do clube e despachar Rijkaard depois de o ter incensado.
Mas, passada esta tempestado, ainda que o olho do furacão esteja centrado no jogo com o Everton, não acredito que o Record, por um joguinho apenas, "seja" pelo FC Porto. Para venderem a alma, antes a venderiam ao diabo e o Benfica dá mais jeito às audiências, à publicidade e à submissão total da informação desportiva mais controlada desde a Luz que no tempo da Censura do Estado Novo.

Do Ordinário Benquerença ao "Circo" Cardinal


O árbitro-auxiliar ultimamente tão em destaque como o José "do cachaço" Ramalho fez-se logo notar nos primeiros 10 minutos do jogo do Dragão
Enquanto o José Correia aponta (http://reflexaoportista.blogspot.com/2010/02/os-criterios-disciplinares-de-olegario.html) as discrepâncias de critério do Ordinário Benquerença - dando amarelo a Luisão após pontapear com tanta violência quanta raiva um jogador do Nacional na Taça da Liga, para dias depois expulsar João Pereira na 1ª falta mais aparatosa sobre Ramires na mesma competição -, eu confesso que, vendo bem os ziguezagues do árbitro-esticadinho como se tivesse um apito espetado nalgum lado mais recôndito do corpo sempre hirto, foquei a minha atenção num inimigo público de quem há dias discorri o seguinte:
"O mesmo a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Benfica
José Cardinal, árbitro-auxiliar que habitualmente acompanha Jorge Sousa
Terá levado um cachaço também na Luz, como o José Ramalho?
- validou dois golos do Benfica em situação-limite de fora-de-jogo no Belenenses-Benfica, da 4ª jornada, os lances que ditaram 0-2 e 0-4, assumindo bem que em caso de dúvida beneficia-se (ou não se prejudica) quem ataca mas num critério que nem sempre respeita
- anulou um golo limpo a Farias, por fora-de-jogo inexistente, frente ao Belenenses (9ª jornada) e o FC Porto acabou empatado 1-1
- anulou um golo limpo ao Nacional, na Luz, por fora-de-jogo inexistente em recente jogo da Taça da Treta que daria 0-1 (resultado final 1-0)
- anulou lance de perigo iminente com Pongolle a isolar-se no recente Sporting-Benfica da Taça da Treta, e que poderia dar 2-2, assinalando fora-de-jogo "assassino".
É que, no domingo, logo ao minuto e tal de jogo já tinha feito vista grossa a uma falta rude de um bracarense e, pelos 10 minutos, num derrube ostensivo a Fucile que fez o uruguaio rebolar como uma bola mesmo, o árbitro não auxiliou o Ordinário chefe de equipa e este mandou jogar.

Por o "circo" Cardinal, desta vez, ter decorrido à minha frente, decerto ouvindo os meus berros que objectivamente lhe eram dirigidos pela identificação do apelido, não deixei de o invectivar durante todo o jogo. Não para espanto meu, porque a admiração é filha da ignorância, um adepto atrás de mim ficava perplexo por eu xingar o homem. Um daqueles adeptos que não sabem que esta equipa de arbitragem esbulhou o FC Porto frente ao Belenenses em casa (1-1) precisamente pelo golo mal anulado a Farias e da responsabilidade de Cardinal.

A sua folha de serviço, de resto, elenquei-a, mas os adeptos esquecem os roubos de catedral e preferem dizer que perdemos porque jogámos mal, cedemos pontos que não devíamos ceder e tal. Quanto ao Cardinal, pois fez parte, com o Pais "Ferrari de Setúbal" António, da equipa do Lucílio Vigarista capaz de, a roubar com todos os dedos da mão, marcar aquele penálti-fantasma da final da taça da treta que deu a caneca ao recreativo no confronto com o desportivo. Sim, entre a omissão de Cardinal, não indicando que Pedro Silva jogou a bola com o peito, e a acção do outro auxiliar a sugerir ao árbitro um penálti de regime, o Benfica lá se safou mais uma vez.
Quando eu era miúdo, em boa verdade, espantava-me que os meus amigos mais velhos soubessem os nomes dos árbitros e, pior, dos fiscais-de-linha. Eles lá sabiam porquê... E durante muitos anos ignorei-os, até compreender, já com tv nos jogos e diários desportivos, que foras-de-jogo "assassinos" e omissões de ajuda ao chefe de equipa vituperavam os resultados - precisamente quando o International Board lhes confiou algumas prerrogativas, mais intervenção no jogo e dever de assistir o chefe de equipa para validar as melhores decisões em que pudessem opinar na sua área de jurisdição.
A cada golo, até na baliza contrária fora da sua área de jurisdição, ontem, eu gritava sempre para o Cardinal "anular mais este". Quase no fim, a ignomínia: Cardinal marca pontapé de baliza para o FC Porto e o Ordinário assinalou canto, lá longe de onde ele não viu um corno, desautorizando o seu auxiliar. E vão estes dois ao Mundial...
Mas o coro do Dragão, com décadas de repugnância arbitrária, ainda não aprendeu a fazer o que recomendava Paulo Bento (e aí sempre lhe dei razão): deixar de ser simpáticos para esses ladrões de coro.
Os portistas que, genericamente, parecem mostrar uma predilecção para engrossarem os comentários de blogues alheios e antiportistas, devem gostar disto que respigo do Google numa entrada dedicada ao próprio Cardinal:
"Apesar de internacional, não é de todo um auxiliar em quem se possa confiar de olhos fechados. São muitos os escândalos em que se deixa envolver e a maior deles devido a erros que deixam transparecer uma determinada tendência. José Cardinal nasceu em Massarelos no Porto e é um dragão de bandeira e cachecol assim como toda a sua família. Fez escola com Paulo Paraty de quem foi assistente durante vários anos".

Dizer que o Cardinal é dragão só mesmo na teoria da conspiração de artistas bem consabidos. A família não sei, nem me interessa. E não se pode lembrar que Cardinal tenha favorecido o FC Porto, pelo menos tanto quanto já prejudicou. E se tendência tem havido, muito depois destas linhas escritas em 28/9/2007, é a que cito em cima com dados desta época. E eloquentes.
Podia ser do ogre sem génio Queirós, mas esse perfil foi tirado do não menos abominável Marinho das Neves subitamente desaparecido da blogosfera com o seu "Blog da bola". Um e outro, aliás, conhecedores dos meandros da arbitragem e sempre de agenda actualizada para descrever alegados actos em favor do FC Porto, omitindo tudo o resto: tendências... Só que o circo deste Cardinal faz-se com outras pantominices. E há muito passei a conhecer também os árbitros-auxiliares.

Uma onda que afogou o Belenenses em 1978


Também os azuis chegaram às Antas, à 22ª jornada, só com oito golos sofridos. Naquela tarde levaram seis secos...
Há dias assim e o que aconteceu ao Braga na visita ao FC Porto, sofrendo 5 golos defesa que tinha apenas 8 encaixados em 19 jornadas, já sucedeu ao Belenenses.
Há tempos, a propósito de qualquer coisa, trouxe aqui essa memória. À 22ª jornada de 1977-78, com oito golos sofridos até então, os azuis apresentaram-se nas Antas, de tarde naquele tempo, com uma superdefesa, Jorge Martins na baliza salvo erro, que tinha encaixado golos em apenas 4 jogos: 2-0 do Benfica e do Braga (2ª e 4ª jornadas, respectivamente), 3-1 do Sporting e um golo do Estoril (2-1).
Pois esse recorde levou seis rombos, depois de Pedroto tirar Gabriel, o defesa-direito, e lançar o "foguete" Seninho" logo aos 15'. O Mestre não pactuava com ferrolhos alheios e a gaiola abriu logo, acho que chegou a 2-0 ou 3-0 ao intervalo e acabou na meia dúzia, pelo que me lembro.
O lance magistral de contra-ataque deu o 3-0 no domingo, com a bola sacudida da área, Álvaro Pereira a sair a jogar, tabelar e lançar Varela para a fuga que permitiu a "assistência" para Falcao carimbar.
Um golo, então em 1978, o 4-0 ou 5-0, surgiu na sequência de um canto do Belenenses, a bola sacudida para fora da área, um lançamento subsequente para a direita e a fuga de Seninho até à linha para cruzar e Gomes encostar. Foi um festival do FC Porto que marcaria 81 golos em 30 jornadas, superaria o Benfica por abismal diferença de golos e ainda levou o Belenenses, nas restantes jornadas, a acabar com 21 golos sofridos, tantos quantos os encaixados pelo FC Porto.
Gomes fez 25 golos, Seninho apenas 5 mas era o abono de família do bi-Bota de Ouro, saltando quase sempre do banco apesar de perfazer 28 presenças nesse campeonato em que venceu o título, marcou pelo meio os dois golos ao M. United em Old Trafford (2-5) e saiu para o Cosmos de Nova Iorque.
Boas memórias. Para quem se lembrar e quiser recordar faça favor.

É amanhã, mas conviria ser na hora de expediente...

Sinceramente, há duas coisas que o público do Dragão não consegue fazer:
- ir além do estafado "slb, slb, slb, fdp, slb, fdp, slb"
- entoar cânticos que amachuquem o adversário ou, especialmente o árbitro, tipo "Ó Ordinário, vai prò caralho!", "ó Cardinal, vai prò caralho", já que os protagonistas são mais variados que o vernáculo passível de utilização nestas situações.
Pelo que, incapazes de mostrar panos com mensagens políticas mais contundentes do que "roubalheira" ou "indignação", não sei o que os portistas pretendem com esta vigília, amanhã, ao lusco-fusco, porventura de guarda-chuva - mas ao menos cortem a Rua da Constituição se não quiserem apedrejar a sede da Liga.


Lembre-se, contudo, que era melhor um horário condizente com o expediente. Nem o Ricardo Bosta lá vai estar e o Vi-te ó Pereira já escolhe os árbitros, "com dois meses de antecedência", à quinta-feira pelo almoço.
Os cozinhados - e o concomitante cheiro a esturro - têm horas mais apropriadas naquela taberna mal frequentada, mas os adeptos portistas querem ir lá apanhar os restos?... (ou nunca viram a sede da Liga?)
Não é por nada, mas não digam que não alertei.
nota (já tenho repugnância em escrever p.s.) - será que os adeptos do Braga, pouco solidários nos protestos do Dragão contra a mafia da Liga que já os apertou e vai decerto apertar mais, estarão presentes como prometeram há dias, ou a prisão do chefe de claque por tráfico de droga desmobilizou a rapaziada que gosta de insultar outras cidades e outros cidadãos?

Um vintém é um vintém...

... e cesteiro que faz um cesto, faz um cento.

Com esta manchete de hoje,


não há dúvida que a fama tem um preço. E de esquecimento, pelo menos em geral, não poderá queixar-se.




















A vida é assim. O sol quando nasce não é para todos. Há quem tenha de viver o que a vida dá. Mesmo na face mais obscura da lua.

Já há lugar marcado para todos os reencontros.

21 fevereiro 2010

Ser Dragão é isto

FCPorto 5 - 1 Braga
Marcadores: Raul Meireles (16'), Alvaro Pereira ( 35'), Falcão (36' e 73´) Belluschi (83') e Alan 90'+1

Equipa : Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Raul Meireles, Fernando e Ruben Micael; Mariano, Falcao e Varela
Substituições: Rúben Micael por Tomás Costa (68m), Varela por Belluschi (77m) e Fernando por Valeri (78m)

O FCPorto demonstrou, para quem quis apreciar, o porquê de ser Tetracampeão e do porquê de ser um alvo, sistematicamente, a abater nas manobras de bastidores de quem manda no futebol português.

Contra a equipa que, regularmente, melhor praticava futebol nos campo
s nacionais, aquela equipa que ainda não tinha sofrido mais do que 2 golos numa partida, e uma das candidatas à discussão do título de campeão, o FCPorto realizou uma exibição demasiada perfeita para quem quer pôr em dúvida a justiça da vitória portista.

São nestas alturas, nas alturas onde mais nos atacam, onde mais ratoeiras nos colocam no caminho, que o FCPorto se agiganta e demonstra qual é a sua força, uma força que mete receio aos nossos inimigos. E quase como adivinhando esta exibição plena de raiva, de ambição, de união e de magia, o FCPorto, nos anúncios de lançamento desta partida, já dizia que “ Ser Dragão é isto” e o que se passou no relvado foi a imagem do que é ser Dragão.

Foi com camisolas com os nomes e números de Hulk e Sapunaru que os jogadores entraram para o aquecimento e foi para eles, e em nome da injustiça que eles foram vítimas nesta semana, que a equipa se uniu com o pensamento de vencer uma partida que poderia ditar o fim das esperanças do revalidar o título. Mas, pelo menos para já, o F
CPorto ainda pode acalentar esperanças no Penta campeonato, continua a ser muito difícil, continuamos a estar atrasados, mas ainda estamos na luta.

Quanto à partida, Jesualdo Ferreira lançou a equipa esperada, e o FCPorto dominou tacticamente a partida desde o primeiro minuto, nunca deixando que o Braga tomasse conta do jogo, e quando o fez foi um domínio consentido e controlado pelos azuis e brancos.

A equipa portista demonstrou raiva e muita ambição de fazer um resultado positivo, tendo sempre muita posse de bol
a desde o inicio, marcando sempre nas alturas certas, indo para o intervalo já com o resultado quase decidido.

Tudo saiu perfeito, aos 16 minutos, depois de um belo trabalho de Varela na esquerda, Raul Meireles deu o mote para uma noite que viria a ser de gala. Aos 35 minutos, Álvaro Pereira fez um golão, um remate fora da área, colocado e sem hipóteses para Eduardo que apenas iria buscar no fundo das redes. Mas o intervalo ainda não iria acontecer, até que Falcao respondesse a mais um cruzamento perfeito de Varela, antecipando-se a tudo e todos, fazendo o terceiro golo para a equipa portista, perante um Braga estupefacto para tanto Porto.

Na segunda parte, o FCPorto baixou o ritmo, com isso o Braga equilibrou um bocadinho, mas ficou-se sempre com a sensação que o FCPorto tinha consentido esse domínio aos bracarenses, para, em qualquer altura matar, ainda mais, a partida.

Isso aconteceu aos 73 minutos, através de um canto marcado de forma perfeita por Raul Meireles, Falcao iria se erguer no meio de todos e marcar de cabeça. Mas, o FCPorto ainda queria mais, a raiva ainda não se tinha desvanecido e aos 81 minutos, depois de um trabalho incansável de Mariano Gonzalez, a bola sobraria para Belluschi que rematou forte par ao fundo das redes.

Ainda houve tempo para uma única desatenção na defesa portista, que Alan aproveitaria para fazer o tento de honra.

Os pontos de atraso ainda são alguns, com a dificuldade de estarem duas equipas à nossa frente, mas são estas exibições que nos fazem acreditar neste Porto. Uma vitória em Alvalade será essencial nesta caminhada, mas com esta reacção, esta união, esta crença e vontade dos seus atletas, os adeptos portistas ainda podem acreditar num final feliz.

Em noite de tudo ou nada, pede-se união

Antes da partida quem falou foi Nuno, um dos capitães da equipa, em representação do plantel do FCPorto.

"Na última vez que estivemos aqui todos juntos estávamos muito felizes, pois festejávamos o tetracampeonato. Hoje estamos indignados e revoltados, principalmente o Hulk, mas também o Sapunaru que já cá não está. Queremos manifestar a nossa solidariedade com eles e dizer que ninguém nos vai fazer desistir. Não há ninguém, mas ninguém, que nos vai desviar do nosso rumo. Nós somos tetracampeões. Merecemos respeito. E vamos voltar a ganhar. Juntos, sempre juntos, vamos voltar a ganhar. Não há ninguém, não há injustiça nenhuma, que nos tire a nossa união. Estamos cada dia, cada treino, cada jogo mais unidos. Queremos enviar para todo o país, uma mensagem de indignação pelo que o clube está a viver. E também temos uma mensagem para os nossos adeptos, para toda a gente que gosta do FC Porto: somos Porto, continuaremos a ser Porto e vamos ganhar. Sempre e cada dia mais. Somos Porto e estamos unidos. Não se esqueçam disso..."

O FCPorto joga, esta noite, o futuro das suas aspirações ao título. Perder ou empatar seria quase dizer adeus às esperanças da conquista do Pentacampeonato. Em tempos conturbados e onde somos atacados de todos os lados, é essencial que o público corresponda aos apelos dos seus atletas em apoiar a equipa de forma inequívoca. E acreditar que a equipa corresponda a esse apoio com uma grande vitória.

O FCPorto raramente falha nas alturas decisivas, e esta será a maior prova para esta equipa. Espera-se que não se ressintam fisicamente depois de um jogo tão intenso como foi na 4ª feira, no outro lado teremos o líder do campeonato, a equipa que pratica o melhor futebol, e que quer embalar definitivamente para um facto histórico. Resta ao FCP não deixar que isso aconteça.

FCPORTO – BRAGA
ESTÁDIO DO DRAGÃO
20:15 HORAS, SPORTTV
ÁRBITRO : OLEGÁRIO BENQUERENÇA ( AFLEIRIA)


20 fevereiro 2010

FC Porto tem de ser isto!


"Somos Porto, continuaremos a ser Porto, e vamos ganhar sempre e cada vez mais. Somos Porto e estamos sempre unidos. Não se esqueçam disso. É a nossa mensagem para todo o País, pela indignação de que estamos a ser vítimas."
Hoje, pelo plantel do FC Porto, falou o g.r. Nuno, ladeado pelos outros capitães.
O País anda distraído, infelizmente agora vive o drama do temporal que fustigou a Madeira, mas o futebol tem de emergir da merda que afunda Portugal e só o FC Porto é o emblema que tira esta choldra do anonimato. O "Pavão" só convoca as tv's por causa do FC Porto e os 23 jogos de castigo a Hulk hão-de pesar na sepultura desse filho da puta que tem a cara da Bosta da Liga.

19 fevereiro 2010

Depois do "Caixão", o "Pavão" na efeméride


Nos 10 anos de Campo Maior pelo cúmulo da vergonha da arbitragem nacional, a disciplina selectiva no seu horrível esplendor com os castigos a Hulk e Sapunaru

Hulk 4 meses suspenso, Sapunaru meio ano de fora. Tudo porque a Comixão Xixiplinar considera agressões a ARD's sobre os quais não tem poder sancionatório mas, estranhamente, fazem parte do jogo para efeitos suspensivos de jogadores visitantes a quem, comprovadamente, provocaram.
Kafka não faria melhor, se "O Processo" da trama sobre Josef K. tivesse um rosto e leis e regulamentos concretos que não conheceu fossem pasto sujeitos ao mesmo arbítrio da carneirada que os aplica cegamente.
Por "eles", os "stewards", paga o Benfica, sempre mal fica em cada estória da bola quadrada, mas uma multa (1500 euros) ainda inferior à que puniu o cachaço de um seu adepto a um árbitro-auxiliar (2500 euros).
Ainda bem que o "Pavão", de novo aberto ao espectáculo televisivo em directo a lembrar o Pífio Final de 2008, considera que estão errados os regulamentos que permitem suspensões e sanções tão desproporcionadas para os factos em apreço no famigerado túnel da Luz.
O FC Porto não deve recorrer de tão agradecido pode estar por a temível suspensão até 6 anos (!!!) não ser aplicada. Os jogadores tiveram "atenuantes", como as provocações sistemáticas, ostensivas e ofensivas dadas como provadas e potencialmente desencadeadoras da "resposta" dos jogadores. Provocações e espírito de seita no antro da malvadez que, repita-se, valeu apenas a pena de 1500 euros de multa ao clube da casa e, por isso, "responsável". Já os "agressores" verbais e gestuais, contratados para servirem de isco a saco de pancada, não podem ser sancionados porque, considerados "elegíveis" para efeitos de aplicação disciplinar a quem neles tocar com uma flor, a Liga não tem poder disciplinar e, assim, passam de raspão de uma punição que se adivinharia exemplar por parte de quem tão diligente e comiseradamente aplica o Direito Destrutivo que a Comixão Xixiplinar tão bem é capaz de executar.
Não se esqueça a diferença de "tratamento" de um penálti que interfira no resultado final e o de um penálti que nada "transpire" no desfecho de um jogo. Lisandro foi suspenso e Aimar não. Não é a batota que está em jogo, supostamente igual em ambos por alegadamente simularem um penálti cada qual à sua maneira. O que está em jogo é o resultado, não a acção em si que deveria merecer idêntica reprovação - mas a Imprensa do regime, que incensa esta Liga de Lama, tratou na devida proporção os castigos aplicados aos dois jogadores.
Assim, Bruno "Caixão" celebra 10 anos de infâmia na arbitragem e o "Pavão", atreito ao espalhafato televisivo, junta-se-lhe na efeméride com mais uma aberração disciplinar que só estes idiotas do futebol, com o taberneiro da tasca à cabeça, podem consumir.
Para Sapunaru, punido em mais 50% (6 meses contra 4) do que Hulk por ter feito o dobro das agressões (2-1), emprestado ao Rapid de Bucareste este campeonato teria acabado.
Com Hulk disponível para jogar as últimas 3 jornadas, uma delas com o Benfica, talvez os actuais 9 pontos de atraso do FC Porto - forjados na mentira desportiva das arbitragens que fedem a corrupção e nas merdas dos bastidores disciplinares que tresandam a protecção de regime a um só clube mafioso - não cheguem para quem faz as coisas por outro lado ser campeão. A Bosta pode resultar numa grande cagada para o campeonato mais viciado e truncado de sempre.
Nota (já me custa escrever um simplex p.s.): como o outro, pSTJ, fui ouvindo as sentenças (e pressentindo as caganças do "Pavão") às "bochechas" (também há no masculino...), via rádio, em diferentes períodos da tarde. À noite, nas tv's, genericamente a mesma coisa. Constou-me que foi uma conferência de Imprensa, mas não me chegaram ecos de perguntas de jornalistas, nem em on nem em off, ao menos para saber do idiota iluminado se os ARD's são agentes desportivos e, se sim, porque não caem na alçada da comixão xixiplinar da Liga, essa, a do Bosta. De relance, ouvi um pateta careca (não era o taberneiro), falar numa tvi do acessório (tempo do inquérito, justiça tardia e tal) e olvidar o essencial (em que ficam os ARD's?), assim a jeitos de o sinistro Primeiro-Ministro falar de segredo de Justiça como se o seu antecessor como sec.-geral do PS (Ferro Rodrigues) não se tivesse "cagado para o segredo de justiça".
Figo: A gente sabe que os jornalistas nunca vão a direito às questões, normalmente por desconhecimento generalizado, é o que dá quando sobram Claras e Judites e faltam Manuelas, vá lá que reapareceu MST. E aos deputados, como ontem na audição de Felícia Cabrita numa das famigeradas e inúteis, além de estapafúrdias, comixões do Parlamento, não falta audácia e um "socialista de pacotilha" também ousou perguntar à jornalista o que ela achava do segredo de justiça. Deputados há muitos, jornalistas cada vez menos. Felizmente, resta o Sol. Agora chamou-lhe um Figo. Figo? Dirá este nome alguma coisa aos jornalistas? Um contrato leonino, alegadamente numa off-shore, faz-me lembrar quem reivindicou, após o Euro-2000, que os prémios da selecção deviam ser isentos de... IRS. A quem sabe nunca esquece. Por sinal, vai ser mais uma a esquecer aos mesmos tristes, desmiolados, sabujos, servis e pascácios de sempre...

18 fevereiro 2010

Bruno*, a longa viagem vai a meio



* um símbolo condizente a rimar com o seu apelido, uma imagem e um "nickname" a espelhar a sua passagem pelo futebol português que ainda tem muito para estragar

Faz hoje 10 anos. O maior roubo da história do futebol português em pleno crescimento competitivo de uma ou duas equipas que prestigiavam o nome do País na Europa.

Campomaiorense-FC Porto, 1-0, foi a 19/2/2000. Quatro nítidas grandes penalidades por marcar (além de mais duas susceptíveis de serem assinaladas), um golo anulado de forma inexplicável a Jardel, repetidamente agredido e agarrado pelo defesa José Soares.

Esta nódoa da Liga portuguesa nunca se apagará, como lembrei aqui há um ano e também no auge de uma campanha arbitral para afastar o FC Porto do Tetra, como agora cresceu, macabra e hedionda, para evitar o Penta. Há 10 anos impediu o Hexa, numa jornada em que o FC Porto podia ficar a 4 pontos distante do Sporting e viu a liderança presa apenas por um ponto, depois do Gil Vicente empatar em Alvalade antes do infame jogo de Campo Maior.

Aproveitei para evocar, aqui, os maiores roubos do campeonato português. Praticamente todos neste século, alguns em jogos de nomeada, outros em jogos de que ninguém se lembra, porque a maioria vê o futebol só através do seu clube e não do gosto pelo jogo e com a panorâmica geral da modalidade no País que gosta do futebol mas olha-o com desdém, amiúde justificadamente, apesar de não se "esquecer" dele.

O árbitro, há 10 anos, foi Bruno Paixão, a maior vergonha de sempre da arbitragem portuguesa.

Passou uma década e, para mim que nem consegui dormir nessa noite de tão revoltado, sei que outra se seguirá nos mesmos moldes. Por falta de coragem para afastar os medíocres, este Bruno com apelido que rima com caixão, enterrando a verdade desportiva e até a ética e honorabilidade da arbitragem, ainda há tempos se gabou que vai continuar mais 11 (agora serão 10) anos a apitar.

A sua longa viagem, tortuosa, indecifrável, pelo visto impagável e imparável, vai prosseguir a conspurcar o jogo, a suscitar o mesmo debate de sempre mas agora com mais seguidores da tese então defendida por Pôncio Monteiro mas que os cronistas do regime desvalorizaram: devia ter sido irradiado. Não foi. Agora sofram, sofremos, que se sofram quem não mata o mal pela raiz.

Às imagens do jogo, poucas que restaram na net aqui retomadas, tem de aduzir-se a imagem que representa este árbitro que vê e consegue fazer que não vê, como no penálti escandalosamente sonegado a Ruben Micael no sábado no Mar.


Jesualdo, Wenger e a "imagem" dos treinadores


E um golo do Bayern tão irregular como o do Benfica ao Porto mas que tantos não "viram"...
A honestidade, intelectual e profissional, de Jesualdo Ferreira ficou patente com a confissão, algo inocente mas crua e sincera, de que também ele teria ficado "possesso" se a sua equipa sofresse um golo como o de Falcao ao Arsenal. Não é questão de legalidade, que não se põe, mas de pressão e desconcentração a roçar a ingenuidade que é suposto não existir ao mais alto nível. Desta vez penalizou o Arsenal e fez justiça a uma boa vitória portista e um atestado de qualidade futebolística que não pode ser posta em causa com um jogo "atípico" mas tipicamente português como o de sábado com o Leixões.
Só uma grande equipa ganha ao Arsenal e contam-se pelos dedos de uma mão as derrotas europeias dos "gunners" em cada época onde amiúde joga até às fases mais adiantadas das eurotaças. Na intensa, imprevisível e até louca Liga inglesa o Arsenal perde muito mais vezes, até com o modesto Stoke City. Da mesma forma, o FC Porto empata com últimos como o Belenenses, o Leixões e o P. Ferreira, não de forma sistemática mas de quando em vez.
A Europa é outra loiça, de fino quilate, mas onde ocorrem erros que comprometem equipas e justificam resultados, ainda que o êxito azul e branco tenha tido muito que ver com qualidade e capacidade de novo comprovadas ao mais alto nível. Esperemos que, depois do 2-1, tal como em 2004 com o M. United, o FC Porto saia qualificado do Emirates a 9 de Março, seis anos após o empate nos derradeiros instantes por Costinha em Old Trafford.
A questão do frango de Fabiansky é irrelevante, porque Helton também já comprometeu de forma inacreditável uma eliminatória que parecia ganha no campo do Chelsea e, antes dele, também Vítor Baía tinha "caído" numa saída em falso que determinou uma derrota na primeira visita dos dragões a Stamford Bridge.
O golo do 2-1 decidiu o resultado desta 4ª feira e enfureceu Arsene Wenger. Mais do que condená-lo pela sua "fúria" e eventual mau-perder, até por esquecer-se de já ter ganho em lance do género (Henry frente ao Chelsea, ver aqui http://www.youtube.com/watch?v=gCWjioIR5MM&feature=related, como logo assinalou Alex na caixa de comentários), deve compreender-se o seu estado de espírito, mas não é aceitável a tolerância do árbitro sem uma admoestação ao técnico francês. Protestar, sim, com razão mas sem excessos e ele não pode ter essa prerrogativa. Ele, de resto, como Ferguson conferenciam muito com os árbitros em Inglaterra.
Não será, porém, o caso de "condená-lo" ou lamentar a sua atitude, porque Wenger é, como Jesualdo, alguém capaz de fazer equipas competitivas com menos dinheiro que muitos dos principais concorrentes. Wenger e o Arsenal não ganham nada há 5 anos, desde a conquista do título sem derrotas em 2004 sob inspiração de Henry que agora voltou a ser muito lembrado, também a propósito deste árbitro no França-Irlanda. É injusto.
Jesualdo também tem o seu coro de reprovadores portistas, não obstante os inúmeros êxitos sob a sua batuta. Wenger também não cai no goto de muitos adeptos e ganhou mais alguns indesejados após o protesto no Dragão. Mas a "imagem" dos treinadores tem de ser mais do que isso e os seus triunfos falam por si.
Evoca-se Henry e ele fez muito mais de positivo pelo futebol do que de negativo e não merece ser recordado por um lance ou outro menos regular. Ao marcar rápido um livre contra o Chelsea, enquanto Cech fazia a barreira (e quantas equipas não sofreram já com isso?; lembram-se do livre de Cunningham em 1979 enquanto Fonseca orientava a barreira e o francês Vautrot autorizou o pontapé que deu golo ao Real Madrid e que valeria para passar a eliminatória apesar do bis de Gomes nas Antas?), Henry foi tão matreiro, com a conivência do árbitro mas não de forma ilegal, como R. Micael a passar a Falcao para marcar. E quanto ao golo precedido de mão na bola, é um gesto instintito na "hora h" e difícil para qualquer árbitro ver.
Também Wenger não pode ser "crucificado" por antes ter beneficiado de uma matreirice de Henry. Pode ficar-lhe mal esquecê-lo, mas é como diz Jesualdo: a qualquer um cai mal um lance assim quando é... contra "nós".
Mas Wenger ainda tem, para sempre, um gesto sublime de fair-play, quando aceitou e ele mesmo sugeriu repetir uma eliminatória da FA Cup com o Sheffield United, porque um jogador seu aproveitou mal uma situação para marcar golo do Arsenal e ele não gostou.
Podem pegar pelo lado que quiserem, mas ainda não vi ninguém a fazer o que ele fez a bem do fair-play.
Porque o fair-play não é só de boca, é por acções. Muitos treinadores portugueses falam de fair-play, mas alguém vê essa prática em campo? Já nem digo na terrível luta pelo "pontinho", como no sábado o Leixões, mas em circunstâncias normais vêem-se lances de fair-play dignos de nota?
Há muito a mania de criticar por tudo e por nada. Há tempos um comentador televisivo falava de Ferguson "mastigar chiclete com a boca aberta", como se Jorge Jesus não o fizesse dentro de nossa casa, todas as semanas na televisão.
Jorge Jesus já aludiu a poder apenas ganhar certos jogos na Playstation, quando o seu Braga perdeu na Luz na época passada. Mas ninguém lhe aponta ser praticamente impossível ganhar em Portugal ao Benfica que hoje orienta sem ser na Playstation, tantas as ajudas arbitrais (e de secretaria) que levam o "andor" tão longe...
Na jornada da Champions de 4ª feira, mais do que o frango de Fabiansky e o 2-1 marcado à pressa por Falcao, o 2-1 do Bayern à Fiorentina é quanto a mim algo de mais escandaloso, Klose marcou claramente adiantado após toque de Olic.
No resumo televisivo não faltou apontamento algum para salientar tamanha irregularidade, algo do género até um cego veria...
São precisamente os "mesmos" que, em lance de toque para a frente com a bola para um colega adiantado e em posição flagrante de fora-de-jogo, não descortinaram o fora-de-jogo de Urreta no infame Benfica-Porto de Dezembro, quando Saviola tocou a bola para o colega uruguaio na jogada que antecedeu, por não ter sido assinalada tão evidente infracção, o golo benfiquista que da sequência da jogada sentenciou o jogo. Ninguém deu por ela e muitos recusaram-se a vê-la no dia seguinte... "Estes" já se esqueceram da sua "branca" e são dos primeiros a falar de golo irregular do Bayern. Pois...