31 agosto 2013

CaliMourinho ao fim de 10 anos virou «cheerleader»

Obviamente que não seria a TVI a lembrar a final de 2003 da Supertaça no Mónaco, eventualmente evocou-a de passagem (e poucos retiveram) e decerto não de propósito, muito menos para fazer pedagogia. Mas vi o Bayern-Chelsea, desta vez com os penáltis a premiarem mesmo a melhor equipa ao contrário da Champions'2012 em Munique, e em Praga foi palpitante mas pelas incidências do marcador, com a "pior" equipa a adiantar-se duas vezes e a ir a penáltis nos últimos instantes. Um duelo com história e acumulada pelo choque Mou-Pep.
E ocorreu-me sempre verificar as diferenças de 2003 para 2013, com Mourinho como protagonista.

 
Até porque o golo bem finalizado por Torres, num rasgo do genial Hazard e abertura para Schürrle com cruzamento para o pdl espanhol, aos 8', lembrou-me os 9' de 2003 no Mónaco, quando Rui Costa fugiu pela direita ao improvisado Ricardo Costa a defesa-esquerdo (Nuno Valente tinha sido expulso na final com o Celtic em Sevilha) e cruzou para Shevchenko, como ontem Torres, "fuzilar" Vítor Baía, de cabeça, no coração da área.
 
A partir daí pus-me a recordar o que era o futebol portista vencedor da Taça UEFA e o futebol que via o Chelsea, novo vencedor da Liga Europa, ambas sob o comando de Mourinho. Diferença da água para o vinho, com vantagem para o FC Porto. Maniche e Deco bem tentaram mas não vergaram o Milan, apenas campeão europeu em 2003 por penáltis (ante a Juve) e então orientado por Ancelotti. Como assisti em 2003 no Mónaco, tenho bem presente muitos episódios de então e as incidências de ontem levaram-me ao paralelismo fatal. E diferença, ainda, porque Mourinho perdeu uma Supertaça mesmo e não só deixou para os outros jogarem (Fernandez em 2004, por exemplo). Desta vez caiu-lhe no colo, mas perdeu à mesma 10 anos depois, embora de forma distinta.
 
Pois o FC Porto bem tentou mas não chegou a prolongamento, sufocando o Milan em 2003. O relvado do Louis II era péssimo (e nunca melhorou, na verdade) mas só a falta de finalização travou o FC Porto ante um Milan defensivo ainda no auge de Maldini a comandar a defesa e Dida a segurar a vantagem. Mourinho acabou entusiasta, ainda assim, e prenunciando uma grande época, que em 2004 viria a culminar na Champions de Gelsenkirchen, com o Milan de Ancelotti a ficar pelos quartos-de-final com 4-0 na Corunha, que por acaso também vi ao vivo enquanto o Porto empatava em Lyon (2-2).
 
Pois o Porto, nada favorito em 2003, fez o Milan defender com tudo, o árbitro Graham Barber perdoou um segundo amarelo a Seedorf, dizendo que fora por respeito à carreira do holandês (?!) prejudicando objectivamente os portistas. Mourinho lamentou o jogo calculista do Milan, Ancelotti regozijou-se por "saber defender também é uma arte e bom futebol" (sic). Mourinho, ontem, deve ter pensado o mesmo, a sua abordagem ao jogo foi totalmente diferente.

Em 2003 Mourinho construiu uma equipa de tostões, em 2013 apresta-se para cercear a sede de conquista de uma equipa de milhões, desperdiçando talento a rodos (Mata está "morto", agora que chega Willian) e sempre com livro de cheques à mão. Esta é a diferença que os pategas tugas não descortinam e já foi patente em Madrid.
 
Desta feita, vi o Chelsea defender sempre, como no início da semana vi em Old Trafford. A defender o 1-0 de Torres ou empatado 1-1 depois de Ribéry ter igualado, o Chelsea nunca assumiu o jogo. Nem quis bola, deixado a um Bayern sem critério com ela, dependente do novo melhor jogador europeu Ribéry, enquanto todos os Robben, Th. Muller, Alaba, Kroos (sem arriscar o remate nas subidas) não pegavam uma de jeito. Posse, pressão mas sem mossa, do Bayern, e o Chelsea sempre a defender a pé fixo e Mourinho, como no Real Madrid, sem avançar com qualquer lateral pelo corredor, esperando as diagonais de Hazard e a geometria e respeito táctico do expediente Schürrle. O Chelsea foi isto, repelir jogo, repetir faltas, espalhar umas jogadas individuais com 3 ou 4 jogadores apenas visando a baliza de Neuer.
 
Que diferença de Mourinho em 10 anos, para mim, como se não viesse notando a decadência da aura do português a cada ano, com incidência em Madrid onde saiu derrotado, claramente, por um clube enorme demais para o seu narcisismo. Está a tornar-se o Calimerinho, porque nada sai de jeito... O Mourinho Calimero, agora, pode queixar-se também de Ribéry, o melhor da Europa, estar novamente contra ele, como antes Messi ou Iniesta. It's na injustice, it is!...
 
Com o Bayern ainda às voltas com o modelo de Pep Guardiola, amiúde sem saber que jogo joga, a equipa alemã perdeu o dinamismo do campeão europeu, ainda que melhor finalização em tantas jogadas na área pudesse amenizar um jogo que sempre custou aos bávaros. Apesar de um par de sustos, esporádicos, na 2ª parte, o Chelsea foi sempre o parceiro menor e o Bayern o parceiro empreendedor mas também "emperrador": duvidava nos passes, nas tabelas, nas desmarcações e confiava em Ribéry. Era justo que vencesse e esteve perto nos 90', mas lá foi a prolongamento e lá sofreu mais um golo de contra-ataque, com frango de Neuer.
 
Entretanto, se em 2003 podia ter ficado em vantagem numérica se Seedorf tivesse sido expulso, como era justo, Mourinho teve de acabar o jogo com menos um. Ramires, talvez ainda com a marca de cacetada da Luz, lá foi expulso, justamente, forçando o Chelsea a defender mais, mas sem evitar que o genial Hazard, só superado como MVP pelo extraordinário Chech, marcasse 1-2 quando menos se esperava. Mourinho não só empilhou defesas, e o Chelsea acumulou amarelos naturais a truncar jogo de forma grosseira, como acabou a meter Terry, depois de Mikel, para segurar tudo até aos dentes. Para cúmulo, porque as suas forças não davam para mais, e o milagre de acabar com 10 mas vitorioso como em Barcelona com aquele infame jogo do Inter em 2010 não se repete sempre, Mourinho revelou a faceta de... líder de claque.
 
Mourinho, prometi que voltaria ao tema do seu "mito finito" que lhe vaticinei quando chegou a Espanha para se amedrontar com o Barça de Pep, pode dizer ser o "Happy One" de volta a Bridge, mas no tempo que passou no Chelsea já se queixara que os adeptos não faziam ambiente no seu estádio. Agora, vimo-lo a incitar os adeptos a puxarem pela equipa, como se pretendesse puxá-la para a frente. Mourinho queria mais um jogador em campo e, à falta de melhor argumento, já que preferiu Lukaku por Torres em vez de Mata por quem não morre de amores, pedia o seu público para encher a área.
 
Felizmente, depois de oportunidades que davam para golear em 5', Javi Martinez empatou aos 120+1. Os penáltis redimiram Neuer a salvar o remate de Lukaku e o melhor futebol venceu sem ainda se ter encontrado.
 
Mourinho impante, mandão (agora é só bocas, até mind games passaram de moda), foi em 2003 e o FC Porto inspirou-o mas era mal-amado por cá. Agora torna as suas grandes equipas em pequenas no jogo jogado mas é idolatrado pelos tugas. E continua a perder, embora o sorteio da Champions nos evoque a mesma sorte presente na sua carreira. O Chelsea menor que vi em Manchester na 2ª feira foi o mesmo que se inferiorizou ao Bayern.
 
À terceira, depois de Benfica e M. United, ainda bem que prevaleceu o vermelho sobre o azul.
 
Se em Maio o Chelsea foi surpreendido pela determinação do Benfica com 14 jogos a menos nas pernas, agora não há desculpa para um jogo com tracção atrás. Há apenas efeito do treinador e é a carreira de Mourinho que dificilmente vai em frente. Já orquestrou sururus com a Imprensa em Espanha e trazia recados, mal feitos, em papéis secundários perante jornalistas que saíam por cima nas conferências. Agora mantém diferentes pontos de vista, que só ele e Rui Faria partilham) com a UEFA pelas expulsões. Sempre a mesma ladainha, seja Pep ou o Barça do outro lado, os do Atléti tocaram o mesmo bombo para fazerem ruído e atraírem lágrimas e palmadinhas nas costas...
 
Talvez para corresponder aos apelos femininos com que acenaram de Inglaterra com o regresso da sua bela figura com fatos de marca, quando as colunistas dos tabloides descreveram as suas delícias por verem o handsome José de volta, que uma vez apelidaram de "love rat", parece condizer ver Mourinho como "cheerleader". Treinador arrojado e com rasgo, há muito acabou porque os sucessos, muito felizes, incharam o ego mais do a rã em frente à vaca da fábula e o fatídico espelho do lago onde Narciso se admirava.

De resto, não se admirem que os títulos dos pasquins tugas sejam tão condescendentes - exemplar e não único - quanto Mourinho se sente vitimizado, desta vez sem Pepe para o ramalhete e esquecendo a escola da Luz em Ramires... Afinal, quando Mourinho foi demitido em Madrid, tal nunca perpassou pelos média lusitanos (Mourinho sai de Madrid, não que foi demitido ou que o contrato interrompido), onde se transformam banalidades ou equivalências em heroísmo (o Estoril portou-se bem, mas não é menos estreante do que os israelitas e austríacos que eliminou, embora se enfatize e não pareça assim). Quando ganham os mais maiores grandes, então é histerismo. O parolismo é assim no periodismo serôdio cá da parvónia (*).
Mas quando derem conta do fogo a lavrar, é como querer apagar labaredas com um copo meio cheio...

(*) Ontem notei que as edições online dos média tuga não abordavam a votação para o Melhor jogador europeu. Um jornal até titulou que Ribéry venceu Messi (Cristiano esteve mesmo "ausente") e vi por acaso O Jogo e o JN com menção aos 36-13-3 votos dos finalistas quando isso eram apenas menções de cada um para o 1º lugar, sendo que os votos eram distribuídos por três categorias (5, 3 e 1). Portugal é o que é. Pode mudar o nome. Ou a mosca.

30 agosto 2013

Gala de Cristiano com os pobres da Corunha

Sem títulos que se vissem (a Supertaça de Espanha foi oferecida por Valdés a di Maria no Camp Nou), Cristiano Ronaldo voltou a faltar, ontem,. à Gala do Mónaco, onde era suposto ser um dos três melhores do ano mas a quem faltavam, de facto, argumentos. Teve 3 votos como 1º, o bonzo da Marca, o delgado da Bola e o shvili qualquer da Geórgia... mas nenhuma edição online da Imprensa de trazer por casa mencionou sequer ao de leve a votação, não fosse o brilho da estrela empalidecer...
CR7, "inspirado" por José Mourinho que também alegou dores de cotovelo para não ir ver o vencedor de "melhor da Europa" em 2012, faltou já no ano passado. Curiosamente, Mourinho instava os votantes (jornalistas ou similares) a premiar os 47 golos do melhor marcador em Espanha na época anterior 2010-2011 e Bota de Ouro...
 
Ganhou Messi em 2011. Em 2012, apesar de Messi ter pulverizado o recorde de golos de CR7 do ano anterior (50-47) e marcado quase 100 golos num ano civil para recorde mundial, foi consagrado Iniesta, a quem faltou o título espanhol mas sobrou o europeu de selecções, mais o resto dos troféus em Espanha. Mourinho não gostou, nem de del Bosque "part-time" com a "Roja"...
 
Fartos de dar lições de desportivismo deste calibre, os mais renomados tugas no mundo - de tal forma que o "banqueiro" Horta Osório é chamado "Mourinho do Money" à frente do Lloyds inglês - continuam em grande esta época.
 
Mourinho parte hoje para a Supertaça europeia em Praga - os lambe-botas da TVI já lhe estão no encalço... - e o reencontro com Guardiola a vangloriar-se das vitórias e a esquecer as derrotas com Pep do tempo do Barça. Não fez puto para estar na Supertaça e o Chelsea, ganhando a Liga Europa ao Benfica "traumatizado", até acabou a época a somar mais pontos de bónus (26) no ranking da UEFA do que o Madrid de Mourinho (25) na Champions...
 
A UEFA não elegeu treinadores de 2012-13, não sei porquê, mas lá levou avante a votação de melhor jogador europeu pela 3ª vez. Ganhou Ribery (36 votos como 1º), naturalmente (Bundesliga, DFB Pokal, Champions), não obstante outros 50 golos de Messi (13 vezes nomeado 1º) que, como em 2012, de nada valeram ante a mestreia de Iniesta, agora do diabólico dribler gaulês no auge do seu futebol.
 
Pois Cristiano Ronaldo, fazendo gala da sua soberba, desta vez faltou porque o Madrid jogou, ontem à tarde, o Teresa Herrera na Corunha, a um jogo (era um quadrangular de grande prestígio), nada cobrando ao Depor e até com o lendário Lendoiro pedindo ovação para os merengues por não cobrarem caché no Riazor.
 
Ou seja, a subserviente Imprensa tuga pode vangloriar-se de CR7 ajudar os "pobres": o Depor voltou a descer à 2ª divisão, de onde os tugas aos montes desertaram entretanto, e continua em risco de, por finanças arruinadas, desaparecer do mapa, bem como Lendoiro a quem acusam da tragédia... CR7 foi snob com os ricos e, qual Robin dos Bosques, acorreu a dar uma mão aos galegos.
 
Entretanto, num Agosto mortífero pelos fogos a sério e não pelas faúlhas do futebol que são tanga na vida real, nem Mourinho nem CR7 se lembraram, ainda, de elogiarem os nossos Bombeiros e darem uma palavra de apreço pelo seu trabalho. A esquerdalha das redes sociais ainda não se lembrou disso, mas cantam o hino e beijam o escudo e as quinas se os nossos da estranja aparecem nos píncaros e elevam o "sentir português" dando lições ao mundo e levantando o moral da malta tuga.
 
Aliás, vai cumprir-se a 3ª jornada da Liga este mês e o futebol tuga também não dará sequer um minuto de silêncio, e respeito, pelos "Soldados da Paz", os que lutam arduamente e os infelizes 5 mortos já contabilizados.  Nem sempre o futebol parece ser o melhor veículo para nos unirmos por causas nobres e gestos patrióticos. Não há bandeiras às janelas, nem a meia-haste. Um nojo!

A mesma esquerdalhada que não se incomodou com o simulacro do Chiado, a apoteose de Costa que já quer Woody Allen (ou o Woody Woodpecker?) a filmar em Lisboa picando o ponto ao erário municipal público e o palco para a RTP instalar e produzir a parafernália do seu telejornal no sábado à noite... Isto é que é uma Nação! 

28 agosto 2013

Faz diferença estar no 1º ou 2º pote amanhã? (Correu bem, hoje)

ACT (18h). então ficou assim e perdeu-se a oportunidade de em Portugal saberem designar o Viktoria Plzen (lêem Plezen, os burros nunca aprendem!) como a cerveja Pilsen(er), que caiu para o grupo do Bayern e deixou o Áustria de Viena de tantas recordações para o Porto e onde vamos começar antes de receber espanhóis e russos, acabando no Calderon (da última vez foi com 3-0 a impor a pior derrota europeia caseira dos colchoneros, golos de Bruno Alves, Falcao e Hulk que já não temos).
 Bem, acabou melhor um bocadinho entre tantos reencontros.
Porto, Atl. Madrid (sem Falcao), Zenit (com Hulk), Áustria Viena.
 
Porque até sair o último estava complicado, podia vir o Nápoles, Celtic, Steaua...
Atenção aos madrilenos, agora desatam a dar porrada (como ontem ao Barça) a quem joga a bola, parecia o Madrid de Mourinho, a bater em Messi e Neymar: só eles levaram metade das faltas (25) dos colchoneros, que foram quase o triplo das do Barça (9) que viu quase os mesmos amarelos... e os de Madrid, claro, é que se queixaram!
 
No fim, não foi mau de todo. Nem para o Benfica, ainda que seja menos fácil o reencontro com PSG, Olympiacos e Anderlecht, este deve espreitar o 3º lugar...
 
Na Champions mais difícil de sempre, parecia que o Arsenal ia voltar a ter um grupo fácil e agora parece tremido que avance para as eliminatórias. Cagueira mesmo teve o Chelsea...
 
Repararam nos duelos (4) entre alemães e ingleses?
United-Schalke; Bayern-City; Chelsea-Leverkusen; Arsenal-Dortmund
E entre italianos e espanhóis?:
Madrid-Juve; Barça-Milan
O Ajax, metido neste último, paga as favas como há um ano (Madrid, Dortmund, City), agora é ainda pior (com o Celtic, a quem vendeu Boerrigter)
 
Os tugas não se podem queixar, ainda que não vá ser fácil como pode parecer. Resta saber o calendário, daqui a umas horas.
 
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ACT (11h). vejam quem os ingleses britânicos preferem, com o Celtic, claro (tirado da BBC Sport).


Possible best/worst case group stage scenario

Chelsea/Man Utd/Arsenal Best case: Marseille, FC Basel, Austria Vienna
Worst case: Paris St-Germain, Borussia Dortmund, Napoli
Man City Best case: Benfica, Marseille and Austria Vienna
Worst case: Bayern Munich, PSG and Napoli
Celtic Best case: Benfica, Marseille, FC Basel
Worst case: Barcelona, PSG and Borussia Dortmund

27 agosto 2013

Ponto da situação

Por motivos vários estive apenas perto de ver o jogo com o guardanapo da Madeira mas vi apenas os golos ao intervalo durante uma "bucha", e tão perto quanto foi possível, no momento: por incrível que pareça, o 1-0 apareceu numa incursão minha na Av. F. Magalhães justamente em frente ao Dragão; e no regresso, por Costa Cabral junto a Silva Tapada, lá fui deslizando no carro para o 2-0. Mais à frente, ao virar em Santa Justa, soou o 3-0 mas foi invalidado, creio eu, que ouvi gritar golo mas não contou, não cheguei a perceber a razão por não ter visto qualquer replay...
 
Obviamente, procurei ler referências por aí e já dei conta que alguns vislumbram mais um 4x4x2, como salientei no jogo do Bonfim, do que o 4x2x3x1 que ouvi o Manuel Queiroz reafirmar na A1. Mas isto dos clichés é tão inabalável quanto as garantias dos EUA de haver armas químicas na Síria como havia das de destruição maciça no Iraque. Ou de os suópes serem obra malévola do Governo que está segundo os talibã do Governo que os criou maciçamente para destruição do País com conveniente destruição maciça de papéis de trabalho por causa de umas investigações que em Portugal só ficam pelo papel se não forem destruídos maciçamente a seguir.

(tirado daqui)
Isto de certezas inabaláveis, no futebol e não só, não existem, talvez apenas a morte mas até lá anda muita gente distraída. Volto a ler, conforme vi eu no jogo do Bonfim, que não se vê claramente Defour ao lado de Fernando e o duplo pivot não existe. Acredito. Não vi, desta feita, mas ainda bem que mais alguém vai abrindo os olhos e fechando-os às garantias dos experts, chico-espertos em português. Do mesmo modo, até como construiu o 1-0 e fez o 2-0 da forma que abriu caminho na Supertaça, Licá é um segundo ponta-de-lança que os italianos chamam "punta laterale" e os espanhóis "segunda punta" (diferente de segundo "delantero" tido como jogando ao lado do pdl), porque parte de posição fora do centro mas é apoio directo do nº 9. Claro que, assim, o meio-campo leva quatro jogadores e a forma geométrica pode ser variada, mais regular (losango, mesmo que rombudo pelas aberturas nas alas) ou mais irregular, se Josué avançar mais do que Defour e sair dali um trapézio onde felizmente só os adversários se desequilibram pela capacidade de romper dos alas que fazem o tal jogo interior desejado por Paulo Fonseca e que no início de Julho, ao ler esse postulado, lembrei que assim só o Barça porque tinha jogadores para isso. Como nunca liguei a mestres da táctica e desconfio dos sabedores de pacotilha, fico-me pelos factos e mando a bola para a frente. As coisas são como são e, no caso, Paulo Fonseca tem um estilo mais "italiano", o que não é forçosamente pejorativo, pelo menos muito longe do tradicional 4x4x2 inglês, se é que isso importa mais alguma coisa do que rotular isto e aquilo ainda que convenha dar nomes às coisas e não andar a metê-las por sítios esconsos que o futebol falado sustenta em vão para a credibilidade dos paineleiros.
 
Por cá chega e sobra, mantém-se até a média de 3 golos por jogo que vaticinei no Bonfim, mas até fechar a semana não se sabe se Fernando fica ou sai e, daí, como então alertei no início da pré-época sem ver jogos, com o Polvo em campo deixar-se-á de falar de duplo pivot pois Fernando não o "permite". Daí eu enquadrar esta noção posicional e espacial na observação que leio agora sobre menor protecção dos centrais, o que pode ser um problema na Europa. Depois de fechar o mercado e já com a Champions no horizonte, as equipas poderão trabalhar tranquilamente os seus modelos, nem o do Benfica "hegemónico" está consolidado...
 
Entretanto, a novela que vai dar Óscar lá teve a confirmação de o presidente fazer ajoelhar Jesus e dar-lhe a tal peitaça à moda de Luisão que, pelo visto, voltou a "festejar" com as bancadas como tem sido sua marca visível. Pelo caminho, a instituição não perdoou um devaneio pessoal que, na sua óptica, fica interdita a quem assumir cargo institucional. Daí ao pedido de demissão do COP é um passo como o de um ministro atirar um DVD com casos de arbitragem pela janela fora. São as reacções epidérmicas tugas. Por um lado, os croniqueiros comunas insultam Cavaco por não se solidarizar com os Bombeiros, enquanto o PR o fez em recato como a comoção e respeito exigem na circunstância. Mas isto de os croniqueiros comunas se queixarem de tudo e mais alguma coisa, bem, diria Paulo Fonseca, é como o José Mota se queixar sempre... Por outro lado, quem emitir uma opinião dirigida à instituição tem de se demitir antes que seja convidado a fazê-lo. Há sempre uma forma distintiva, o que não é o mesmo que distinta, de verbalizar as coisas e marcar posições. Esdrúxulas, mas posições, que não é só o Kama Sutra a marcar a agenda do putedo opinativo. Ao mesmo tempo que se perora sobre a limpeza das matas que o Estado falha nas suas propriedades, deputados agora na Oposição criticam os meios, as acções e os distanciamentos dos governantes. Punir severamente os incendiários, tá queto! A AR até poderia legislar, aumentar as penas, mas haveria sempre uma associação com microfone à disposição para criticar a "desumanidade", nem que seja o Bloco de Esquerda sempre a pegar fogo ao Governo mas sem criar uma alternativa de Lei para os pirómanos. Disse pirómanos?... Ah, aqueles que falam dos frigoríficos do Valentim e agora das ofertas do Menezes, esquecendo os turbantes nas manifs do Sócrates; como aqueles que nunca viram Soares ou Sampaio no combate aos fogos mas exigem a presença de Cavaco e Passos Coelho. Idiosincrasias tugas, sempre; mais que os velhos do Restelo.
 
Percebe-se que o Benfica se sente assediado - o presidente falou em traumatismo mas continua a dizer clichés como os periodistas ou a ler só o que lhe põem à frente como os pivots televisivos -, a despeito da blague dos "90+2", da mesma forma que por ali é tudo sorrisos amarelos, até porque aquilo é tudo servo freio e não sérvio a sério. Nunca se sabe quando cai o andor, já nem é questão de saber se ainda no adro ao já em plena romaria. Não há prosápia que resista à realidade, ainda hoje revia o resumo nas nossas tv's com marca do canal Benfica e ontem vi o United-Chelsea, com o Mourinho cagão como se habituou em Itália e Espanha, pela net...
 
Bruma do tempo, em Portugal, continuam a ser decisões da justiça desportiva, neste caso de direito laboral. Mas, como sempre, muitas pontes vão cair sob acção das águas e as vitórias de Pirro ficaram consagradas para nos dar lições milhares de anos depois.
 
O Deco, que há muito pendurara as botas, lembrou-se do aniversário e despediu-se. Do Mágico 10 portista todos nos lembramos, até os que antes o vituperavam porque era do FC Porto. Aliás, à moda dos salamaleques tugas em cada elogio fúnebre (como com o economista agora falecido), até quem foi contra a sua inclusão na Selecção agora o elogia. Os tugas são assim, por isso ninguém os leva a sério por cá. Não têm respeito e não se dão ao respeito de verem méritos nas suas opiniões e decisões. Mas também não esqueço a patifaria do Mundial-2010, num comportamento que não julgava possível em Deco. Outros evocarão a bota ao Paraty no Bessa, blá, blá, numa hermenêutica da bola que rola sem parar. Eu lembro a garantia do Linhares do Salgueiros em como Deco não tinha assinado 4,5 anos pelo FC Porto, algures pelo Natal de 1998 (tens ideia, Jorge?).
 

20 agosto 2013

Cinco jornadas nº 1 sem ganhar?

Vi de raspão que o Record dá 2 manchetes seguidas ao Sporting e ainda se queixam de o Manha ser benfiquista vendo tão bem os lances capitais dos jogos da jornada inaugural. Ao invés, como aquele "E agora, Luís?", a cuja capa no arquivo não acedo por estar longe e a net ser mais inconstante que o já estável PIB tuga, A Bola já pede um milagre por Jesus. Está na ordem do dia as cinco jornadas sem ganhar de Jesus no Benfica, parece, muito mais do que o foguetório de Alvalade por darem 5-1 a um neófito com barracas de bradar aos céus de Arouca e g.r. e defesas dignos de correr à frente de um boi da raça local... Neste campo, pândegos como sempre fazendo-se grandes em bicos de pés, até já li que os 29 mil oficialmente anunciados nas bancadas seriam muitos para aí ou mais num clube que disputou uma semifinal europeia em casa há 10 épocas e só teve 35 mil com o AZ nas bancadas... Delírios...
 
Ah, sobre as cinco jornadas sem ganhar nas contas do crucificado treinador, vou dar só um termo de comparação:
 
ainda nem eu via futebol - que não sou precoce como o Lobo das tácticas mais novo do que eu mas já se deleitava em 1970 com o Brasil campeão mundial - e o FC Porto perdia sempre na 1ª jornada, foi assim durante cinco épocas consecutivas, algumas ainda apanhei, de 1970 a 74.
 
O enguiço foi quebrado, vi eu que já era certinho nas Antas, em 1974, precisamente, com bis de um puto estreante Fernando Gomes à CUF (2-1).
 
Ao tempo que foi e ninguém imaginava, nem sabe fazer contas e de estatísticas é só as da cor que convém, que o mais maior grande iria passar por isto com o exterminador implacável que já pede penáltis onde não existem mas ninguém lhe dedica - coitado, isolado, sozinho, sem ninguém... - uma capa a dizer que viu mal e escusa de ver fantasmas onde é tudo limpinho, limpinho, limpinho...

18 agosto 2013

Meca a Norte e um Kintero na esteira de Kelvin

Apenas flashes da estreia do campeonato em que, apesar de as manchetes se dirigirem a quem marcou pontualmente mais golos mas contará pouco para o título, descobri que, sim, existe uma Meca ali perto de Paredes de Coura e, acredito, para a qual todos os aficionados da bola se virarão esta época, mercê da capacidade e força demonstradas pelo FC Porto no Bonfim.
 
Pelo caminho da esterqueira que percebi ser o famoso festival nos confins do Norte do País, onde porventura a malta da cidade não se queixará para vir a protestar coisas menos anódinas nos seus burgos seguramente mais civilizados do que os "acampamentos" ao som de um pretenso rol e menos rock, lá passei perto da Meca, fui em busca do Alvarinho e acabei o dia a ver a vitória do tricampeão que promete uma média de três golos por época.
 
Soube que o Benfica perdeu onde há uns meses praticamente festejara o título por antecipação e à hora desta escrita temporária não vi golos para além dos de Setúbal. Por sinal, embora pouco diga ao tricampeão, aquele (Ramon) Cardozo dos sadinos deu-nos água pela barba e nem sei em que modas pára o outro que leva um Óscar iluminado pelos louvaminheiros da capital mas é uma espada de Dâmocles na cabeça do fariseu transformado em santo.
 
Achei, de resto, curioso o sistema portista, ou do novo treinador, quando muitos se entretinham em saber se era assim ou assado. Foi praticamente um 4x4x2, Mota fez com que Lucho ficasse longe do apoio a Jackson e Licá teve de fazer mesmo de ponta-de-lança de apoio, lateral, que é o que lhe está no sangue, enquanto Josué foi mais interior do que extremo, à falta de Varela. Ou seja, a realidade dos jogos demonstra-nos coisas inauditas até o ritmo de competição assentar. Se Paulo Fonseca preconizava um jogo de "interiores" foi obrigado a isso, à falta de extremos puros e por os sadinos defenderem em profundidade, bem posicionados atrás e com as laterais cobertas. É daquelas coisas que se torna irrisório discutir na pré-época e o jogo do Bonfim demonstrou-o cabalmente. O resto do campeonato vai ser mato, assim, com defesas porfiadas e mais nada.
 
Ora, o jogo complicou-se pelo golo sadino no primeiro remate à baliza, acontece a muito boa gente, e porque se havia noção de saber e de estar nos locais faltava a noção de posicionamento no FC Porto. Para ilustrar, como epítome, a falta de marcação de Danilo a fechar no meio concedendo espaço para golo na ressaca. E todo o resto a falhar na ligação ao Jackson, por mérito sadino e por o pensado 4x2x3x1 não existir. Por não haver o elo a ligar a Jackson e por o tal duplo pivot não existir, como se isso fosse primordial a ver o sistema dito de Paulo Fonseca. Foi como teve de ser e não como era falado antes.
 
Pode ainda haver as sacrossantas discussões de arbitragem e muito haveria para falar do tal liner Santos que, diria Jesus (sobre o golo de Maicon...), só não viu um golo portista "porque não quis"... Mais o penálti, mais a expulsão do empertigado Kiesczek, mas se quisermos focar no jogo, como sempre, perceberemos que a vitória portista é justíssima e devia ter redundado em goleada. Já quanto ao jogo e o sistema que teve de acontecer, faltou mais posicionamento do que a percepção de como a equipa queria jogar de início, sendo forçada ao tal 4x4x2 de improviso quebrado, depois, pela entrada de Quintero que abre um outro capítulo de análise.
 
Pois se acabámos o outro campeonato sob o signo de Kelvin, este começa com Kintero ou Quintero, que deu dois toques antes de um pontapé fulminante para o 2-1 numa jogada de simulação, drible e tiro que já vimos em escassos apontamentos do moço colombiano. Um canhoto milagroso e poderoso que só não fez terminar o jogo porque o soberbo Setúbal, seguramente a voar alto esta época, mesmo com 10 não se rendeu. Jackson, assistido por Josué, acabou com a história de 30 anos sem perder no Bonfim e quase metade deles a ganhar sempre nos últimos lustros.
 
É curioso que chego ao fim sem saber com quem jogará o único rival para a estreia do tal canal que nem no Irão conhecido de Toni. É que, sem querer, descobrimos uma Meca onde menos esperamos... E destas coisas, a mim, é que cabe a surpresa do momento.

13 agosto 2013

Supertraças

Não é que tenha visto bem, com qualidade de imagem e tempo de observação, a Supertaça e felizmente que o Licá chegou rápido à bola para abrir o marcador antes de eu me posicionar diante do televisor, mas pareceu-me uma boa exibição, acima de tudo e tanto assim que, sem os ver por estes dias, imagino a quantidade de elogios da Bola até ao ponto de ver hoje o Guerra a falar bem, passado estes dias todos, de alguma coisa no título porque o resto nem leio.
 
Ora, imagino que a Bola, apesar de tudo, se mostrou recatada para não embandeirar em arco como se fosse o Benfica a fazer uma exibição assim, noutros tempos. Claro que há política nisto, porque sabe-se como Guerra e Cª fizeram guerra ao Jesus, que os deixou às portas do Inferno em Maio, e tão relevante sacrilégio impõe um jejum que nos leva, no fim, a engolir tudo e a vomitar o que não se quer. Portanto, tendo também entreaberta uma porta no Olival, onde já assiste aos treinos que lhe eram vedados nos últimos anos, a Bola sabe que para já tem de rolar bem na direcção certa, o benfas está em queda e o Porto a somar títulos como lembrou o Paulo Fonseca... É que, do outro lado, o Record parece caído em desgraça para os lados das Antas e isto é sempre um jogo de duas metades...
 
Mas a exibição portista, que mesmo aos soluços vi ser estável e agressivamente saudável, parece que não foi de molde a entusiasmar os adeptos que escrevem como tal em blogues. Basta, como é curial nesta fase do mercado, um jogador ou dois mijar fora do penico e há mijo por todo o lado, não há jogador santo que não passe a sacripanta, que o diga Rolando que ainda há dois anos marcou os dois golos ao Guimarães para ganhar uma Supertaça. No futebol há mentalidades e sensibilidades, hoje em dia temos as dos comentadeiros e dos bloguers, sempre tão objectivamente fora do sítio e a só verem o que está à frente do nariz.
 
Não só a exibição passou para segundo plano, como os fundamentos da exibição mal foram dissecados. Como não vi muito bem não posso alongar-me, mas parece-me, como há um mês estava ainda a coisa para começar, ser cedo para leituras definitivas, tipo o 4x2x3x1 ou 4x2x1x3 ou... O plano e o desenho dependem do adversário e o Vitória foi dócil, no campeonato será mais duro apesar de tratar-se de uma prova oficial no passado sábado mas todas as equipas estão ainda em rodagem.
 
Paulo Fonseca não inventou, nem sequer inventou Licá. A surpresa, que uns quantos já vinham denegrindo alarvemente, mostrou-se como segundo ponta-de-lança que era no Estoril, um ponta-de-lança lateral como dizem os italianos, correndo do flanco para o centro. Se PF advogava que o jogo interior fosse forte, mais do que o figurino assim ou assado, pois tivemos bastas vezes a prova a toda a prova. Lembremos que Varela também marca assim mas desta vez os extremos têm mesmo ordem para ir à linha e não, como com VP, para parar, esperar um apoio e entrar na área em tabelas. A surpresa e o lado letal dos cruzamentos nascem da espontaneidade, marcou-se assim e criaram-se muitas situações de golo, é bom sinal. É menos um Porto à Barcelona do que era com VP. Há quem chame verticalização, algo que até hoje vejo no Barça falarem em relação a Pep e Tito, mas depois vamos ver porque de intenções boas...
 
O treinador foi até conservador, meteu todos os que eram titulares e só Licá destoou, mas pouco, pois foi fazer o lugar de um extremo que podia ser Hulk, há um ano, enquanto Lucho fez mais de James, pareceu-me. Continuo sem ver o duplo pivot, há um mais descentrado e, assim, a leitura pode ser como quisermos e o modelo é para ir aperfeiçoando, mais do que o figurino ou sistema de jogo.
 
Deve ser por isso que, ao passar hoje os olhos pelo Record num café, o Rui Dias escreveu as banalidades do costume que dizem tudo e um par de botas, desta ou daquela equipa, sem tocar sequer no sistema, no modelo ou no que quisermos, foi redondo e vago, como sempre, prova de que viu o jogo ainda menos do que eu para não ter uma ideia concreta do jogo do FC Porto que se mudou um pouco com o novo treinador. Vá lá, lembrou-se dos predicados, de livro, e não há melhor do que repisar o que se sabe em vez de tentar acompanhar o que se vê para descrever assertivamente. Muitos jornalistas transformaram-se em guionistas, marcam um roteiro para toda a época, alguns para toda a vida.
 
Mas para aqueles que endeusam os dirigentes e esquecem que são os jogadores os protagonistas sempre, dentro e fora do campo, é claro que nem os dirigentes os sossegam quando os jogadores mandam uns bitaites do tempo, como as cerejas.
 
O FC Porto ganhou a Supertaça de forma brilhante, pelo que pude ver, mas a semana é passada com supertraças que cortam a eito e falham o ponto. Ainda bem que a equipa funciona.

07 agosto 2013

Quem se arrependeu? Só um castigado, de joelhos outra vez...

No ano passado foi o Ilusão na peitaça ao alemão que me fez reabrir o blog.








 
Agora, a peitaça é do presidente ao treinador. Está em jogo outro Óscar para filme de série D, de derrotados. Todos. Um clube ridículo, pessoas abstrusas, comunicação de pressão a fazer as vezes da antiga forma de apertar os colarinhos a alguém. Coisas da agremiação.
A pusilanimidade de 2012 com Luisão é a mesma de agora com Cardozão.
Vieira já se arrependeu de ter renovado, guloso e obcecado, com o treinador a quem "comprometeu" quando via os troféus ao longe e não imaginava os percalços e a falta de força e categoria na recta da meta.
Cardozo não foi castigado. O castigado é quem se ajoelha outra vez.
Espero que, também de novo, "isto é só o começo".
Uma triste novela de Verão com um fim previsto. O da cláusula de 60ME que só ia vendido por 1/4 do valor, regateado pelo vendedor, é o prenúncio de "vamos ter uma época de sucessos".
Aliás, o FC Porto vencer a Supertaça já no sábado a abrir a temporada será mais um empurrão para o clube ridículo de gente que não sabe estar e se atraiçoa e tropeça em si mesma para o mais grande maior, daqui a um ano, ficar mais pequenino. Só pode. Entre o apoio "irrevogável" ao treinador pós-Jamor e os gritos de "Tacuara" pela voz dos sócios que mandam efectivamente, o presidente borrou-se. Mais arrependido do que Cardozo, este só forçado a um golpe de teatro depois da cena de Maio, e mais fraco do que o fraco treinador, que engole um sapo de quase 1,90m, Vieira é o gestor rasteiro certo para tamanha grandeza nas ruas da amargura em que a passada "época de sonho" se transformou.
Enfim, como Ilusão ao árbitro alemão, tudo estendido ao comprido.
Mas que dá ânimo e risos, isso é um bálsamo para tugas tão deprimidos ultimamente e que engolem suópes e grupes de qualquer jeito.
Vou ver se não recomeço de novo também aqui. É uma chatice, afinal, andarmos sempre neste caminho tão mal acompanhados e acicatados apenas por coisas tristes.

01 agosto 2013

Pantalhas dos pasquins

 
As tv's dos pasquins tugas andam aí em bicos de pés a contar escassos milhares de viewers e as redes de cabo, porque lhes interessa, ajudam à missa.
 
Como se Portugal fosse um País consumidor de informação e esta não contribuísse também para não haver consumo de informação.
 
Tangas e tretas já bastam nas tv's do regime. Nacionais e tão paroquiais.

Entretanto, por cá, mais uma vez os bons esprits se rencontre... Vamos a caminho da Liga do Norte contra a Liga dos Mouros.