31 janeiro 2007

Justiças

"Como diria George Orwell se se interessasse pelo assunto, as cotoveladas são todas iguais, mas pelos vistos há algumas que são mais cotoveladas do que as outras. A cotovelada com que Quaresma terá atingido Tixier na primeira jornada da segunda volta do campeonato, por exemplo, é mais cotovelada do que aquela com que Tixier fracturou o maxilar a Quaresma na primeira jornada da primeira volta do campeonato. E é certamente muito mais cotovelada do que aquela com que Nani, por exemplo, atingiu Ricardo Sousa no jogo entre o Sporting e o Boavista. Tanto assim, que alguns especialistas nem sequer foram capazes de a classificar como cotovela, preferindo dizer que o jogador do Sporting atingiu o jogador do Boavista na cabeça com o braço, mas garantindo desde logo que não o fez de forma intencional. Sim, porque a intencionalidade destas coisas é perfeitamente perceptível para o olho treinado e todos sabemos que há por aí quem tenha o olho bem inflamado de tanto treino. Aliás, o problema é que a violência e intenção das cotoveladas, tal como a beleza, está precisamente nos olhos de quem as vê e depende da cor das lentes com que cada um olha para cada jogo. E é assim que, aquilo que para uns é uma cotovelada bárbara no queixo de algum desgraçado, para outros não passa de uma queixada traiçoeira no cotovelo de outro. Ora, esta dualidade de critérios, de pesos e de medidas, seria normal à mesa do café, numa discussão entre adeptos de clubes diferentes, mas é incompreensível quando interpretada pelos árbitros de futebol responsáveis pela aplicação da leis do jogo. E traduz-se em algumas injustiças gritantes. "
Jorge Maia in O Jogo

Agora faço eu o título:
Critérios

"Quaresma vai perder os próximos dois jogos do F.C. Porto"

In maisfutebol

Quem tiver alguma memória deve estar a perguntar: mas não falta aí qualquer coisa nesse teu título?
Mas é claro que falta, falta: Dualidade de..

PS: Acho importante todos lerem este comentário, até para alguns esclarecimentos, retirado do site mais futebol, de alguém denominado Ninja:
"Quanto a esta questão, gostaria de salientar os seguintes pontos:

1) Os cartões não são acumuláveis de uma época para outra, portanto, quando se fala na reincidência de um jogador, apenas são considerados os cartões mostrados na época presentemente a decorrer.

2) A definição dos castigos deve ter em consideração a decisão do árbitro durante o decorrer da partida, portanto, mesmo que, eventualmente, se possa considerar que a expulsão do Quaresma foi exagerada, a punição de 2 jogos é perfeitamente justificada em função do cartão vermelho mostrado pelo árbitro.

3) O Quaresma não é reincidente visto que este foi o PRIMEIRO cartão vermelho que viu na presente época. Logo, a punição de 2 jogos é adequada e normal, tendo em conta os critérios de épocas anteriores.

4) O agravamento de 1 jogo a mais para o Zé Pedro é justificável visto que este jogador é reincidente, tendo sido este o SEGUNDO cartão vermelho que viu esta época.

5) A dualidade de critérios demonstrada pela CD da Liga prende-se apenas pelo facto do Nuno Gomes ter sido punido com apenas 1 jogo de castigo, uma decisão justificada pela Liga com o falso argumento de que este jogador do SLB não era reincidente. Na verdade, tratava-se do SEGUNDO vermelho que o jogador via na presente época, logo, havia clara e inequívoca reincidência de mau comportamento.

6) Mesmo que a CD tivesse legitimidade para considerar que o Nuno Gomes não era reincidente, a punição nunca poderia ser inferior à do Quaresma, ou seja, de 2 jogos, uma vez que esse é o castigo normal para um jogador que vê um cartão vermelho pela 1ª vez. Não foi isso que aconteceu.

7) No caso do Zé Pedro, verificou-se um agravamento dos castigos do 1º para o 2º cartão. No caso do Nuno Gomes, pelo contrário, considerando que, no 1º cartão vermelho foi punido com 2 jogos e no 2º cartão com apenas 1 jogo, verificou-se um claro desagravamento dos castigos, o que contraria completamente a lógica.

Perante estes factos, ficamos à espera para ver qual será a interpretação da comunicação social sobre este caso. Será que iremos finalmente ver uma procura de clarificação ou iremos uma vez mais assistir a uma estratégia vergonhosa de branqueamento tal como se assistiu na semana passada em relação à escandalosa arbitragem do sr. Elmano Santos em Leiria?"
PS2: Leitura obrigatória sobre este tema:

30 janeiro 2007

Era só o que faltava...

“O campeão teve os 15 minutos mais fáceis da temporada. Mas desperdiçou-os. Depois faltou-lhe força interior para lidar com a desvantagem e a desigualdade numérica. Os suplentes que entraram nada acrescentaram à equipa. Mais lamentáveis do que a derrota foram as declarações no final. O líder do campeonato e campeão em título deveria ser o último a contribuir para a suspeição infelizmente generalizada. Querem o quê, que as pessoas deixem de acreditar em tudo, até no mérito dos pontos conseguidos até aqui? Momento muito mau, até porque as discussões sérias não têm lugar nas salas de imprensa, como se sabe.”

Este extracto de texto pertence a um artigo do Maisfutebol de um “jornalista” de seu nome Luís Sobral, que é também o comentador da TVI nos jogos de futebol, o que já por si dá para subentender algo, e se nos lembramos que já foi, só por acaso, editor da secção Benfica no jornal A Bola, ainda mais coisas se entenderão.

Por isso este artigo não pode surpreender ninguém e não reflecte mais do que é o jornalismo desportivo em Portugal. Ou seja, um jornalismo na sua maior parte subserviente a um poder obscuro com tons avermelhados e em que o código deontológico é mandado às malvas quando a inveja se sobrepõe à verdade. Assim, o objectivo deste texto e de outros como este visa apenas o desviar de atenções do essencial para o acessório. Tentando ao mesmo tempo dar uma ideia de moralidade que, claro está, só funciona para os azui-e-brancos, mas que cheira tão a falso que se entende logo a alegria que apenas uma derrota do FCPorto proporcionou. Terá escrito o autor um artigo destes aquando dos protestos da dupla V&V numa celebre conferência de imprensa na Luz, após um alegado golo que nunca ninguém conseguiu provar ter existido? E sobre Paulo Bento, que no ano passado numa meia final da taça de Portugal com o FCPorto, teve tudo menos a sua celebre tranquilidade?

Diz o escriba, demonstrando o seu anti-portismo primário, que o FCPorto “deveria ser o último a contribuir para a suspeição”. Pois claro que sim sr. Sobral, já não bastam quase todos os órgãos de comunicação social branquearem quase por completo o que se passou em Leiria e também os adeptos e responsáveis do FCPorto se deveriam calar, para ainda maior agrado de pessoas como o senhor e já agora, apesar da redundância, para a maior parte dos “seis milhões” que, não importa como, querem é ver o campeão derrotado e sem muito alarido.

Já agora e dando assim para entender “porque as discussões sérias não têm lugar nas salas de imprensa”, este senhor, além de todas as desculpas que tenta arranjar para a derrota do FCPorto, o que por si só mostra que tenta esconder o essencial, dá a entender que, também por estar envolvido num determinado processo, o nosso clube tem de calar a sua revolta, tendo o escriba já determinando a sentença e respectivos culpados. Enfim, para ele e outros como ele serem felizes, era mesmo só o que faltava, que o FCPorto se calasse e pactuasse com todas as, já normais, orquestrações desta imprensa que tenta fazer por qualquer meio campeões na secretaria.

Era mesmo só o que faltava...

PS: Duas leituras obrigatórias sobre Lacroix:

29 janeiro 2007

Esplendor do sistema ou o terror arbitrário

“Elmano Santos é um medíocre. Não percebo, mais uma vez, que não se respeite uma regra básica que estava instituída, a de que nos jogos a envolver os três primeiros da tabela estivessem só árbitros internacionais. Estes não só ganham mais, têm até direito a percentagem maior do patrocínio da Era que ostentam nas camisolas (mangas), como devem ser mais responsabilizados se falharem (o que é costume). Se mandam estes ratos de porão e algo correr mal, fica a desculpa de terem um estatuto menor e lá se questionará a razão de Vítor Pereira não nomear internacionais para os jogos que envolvam os primeiros.

Bom, o Elmano não só fez a triste figura de expulsar injustamente o Lucho [Porto-Leiria], como no recente Porto-Boavista permitiu tudo, tudo, tudo aos caceteiros do Bessa. A sua permissividade com o jogo violento, de resto, manifesta-se em cada jogo do FC Porto quando os visados são os dragões. Se um portista fizer metade das faltas que um "encartado" caceteiro faz com a complacência de um árbitro medíocre, então havia amarelo e porventura vermelho.

Aliás, na esteira deste Elmano execrável, Hélio Santos é a mesma coisa. Eu chamo-lhes os assassinos sorridentes. Sorriem muito, mas enganam mais ainda.

Nem de propósito, Hélio Santos e Elmano Santos apitam os jogos da dobragem do campeonato. O primeiro esteve nas Aves a permitir o jogo violento dos locais que se viu (poupou três expulsões), o segundo já o vimos no Porto-Boavista de Novembro.

Eu tenho sempre muito medo da viragem do campeonato, especialmente quando o Porto joga fora duas vezes seguidas como vem sucedendo há muito tempo (azar?). É que, a par do calendário, há árbitros enganadores que podem deitar tudo a perder. Os dois que citei, nestas duas jornadas com Aves e Leiria, são os melhores exemplos.

Confio, porém, que a capacidade da equipa supere o adversário, o árbitro e as adversidades que qualquer jogo pode ter”.

Deixei este comentário no lançamento do jogo feito pelo Zirtaev.

Confirmados os receios, conferida a perplexidade pela reflexão pós-jogo de Jesualdo Ferreira sobre as nomeações, de critério tão díspar quanto a aplicação de normas disciplinares, o que fica além da derrota de Leiria que de forma alguma o FC Porto, à falta de melhor pontaria e falta de sorte, podia evitar?

Para já, a expectativa de ver em que resulta a diligência da SAD portista junto da CA da Liga, em princípio amanhã. E, ainda amanhã, a ver que castigo sai a Quaresma, já com um rol de sombras sobre os juízos da nova CD que não tranquilizam ninguém em termos de se advogar um mundo novo e isento em matéria disciplinar.

Harry Potter e Terrier, o rei feito bobo

Quaresma, de novo o melhor jogador da Liga até ao momento, escapou por pouco de paragem maior que duas semanas quando foi abalroado na 1ª jornada pelo “terrier” que agora teatralizou uma “alegada-simulação-de-tentativa-de-agressão”.

Em Outubro foi Anderson posto fora de acção por um mínimo de quatro meses. Mais uma entrada à margem das leis (nem falta, nem cartão, nem reparo, nem sumário…) que os árbitros internacionais, Duarte Gomes e Lucílio Baptista, respectivamente, mantiveram nos limites legais para não agirem contra os agressores e não protegerem os artistas; mas também a não darem um ar de seriedade (e equidade de tratamento de jogadores e equipas diversas) ao seu trabalho a que juntam, assim, razões de contestação à sua isenção e grandes suspeitas sobre a idoneidade que o estatuto lhes impõe.

Escapou, o Harry Potter, jogo a jogo, a agressões bárbaras (Linz), sem evitar patadas e abalroamentos. Alegrou o pobre campeonato com a sua técnica simplex de montar uma empresa na hora, inventar uma jogada no momento. Voltou aos golos brilhantes (Benfica). Tornou-se decisivo e desequilibrador quando entrou nos eixos depois de sofrer dos queixos logo na abertura…

Agora, Quaresma arrisca de 1 a 4 jogos de suspensão enquanto a horda dos agressores continua impune por aí. De rei do futebol pode tornar-se o bobo para a corte se rir com um castigo iminente. E o seu exemplo de virtuoso pode transformar-se num exemplo justiceiro para gáudio da plebe.

Lição (que já devia ter sido adquirida)

Os antecedentes de Elmano Santos e Sérgio Lacroix contra o FC Porto são já conhecidos. Até o seu envolvimento, de alguma forma, no famigerado Apito Dourado. Aos adversários permitem tudo, vide Lacroix auxiliar em Setúbal e o próprio Elmano no derby portuense. Canelas portistas a prémio com a contemporização dos árbitros.

Se daqui nada podemos esperar, nem justiça sequer na secretaria e menos ainda na Imprensa, os jogadores campeões nacionais e o treinador que queira sê-lo só podem, doravante, desconfiar e jogar para não acertarem nos postes e superarem, como é marca portista, não só os adversários mas também, e cada vez mais, arbitragens que podiam esconder melhor que são indiferentes ao tratamento abrasivo dos adversários aos jogadores de dragão ao peito sem perdoarem alguma entrada mais ríspida que Pepe, Bruno Alves ou Paulo Assunção porventura tenham.

Um internacional na Choupana… e dois penáltis por marcar

Porque, além dos antecedentes “criminosos” citados, acabará por não haver distinção, nos jogos do FC Porto, entre árbitros com insígnias FIFA e os da “vala comum”.

Dos últimos quatro jogos da Liga, só Paulo Costa é internacional e apitou um jogo do FC Porto, no Nacional da Madeira. Pois com ou sem insígnias, tal como Elmano na 6ª feira, Paulo Costa também negou na Choupana dois penáltis ao FC Porto que lutou, mais uma vez contra tudo e todos (até a azia de Carlos Brito, além da rispidez costumeira dos alvi-negros nunca reprimida), para vencer no último minuto. E já ninguém se lembra disso porque o FC Porto venceu.

E se já demonstrámos que o FC Porto tem menos penáltis assinalados a seu favor nos últimos 11 anos (a que podemos juntar já a corrente época) é por estes e muitos mais maus exemplos. E revela-se a verdade, também, de só as vitórias portistas não permitirem mais ruído sobre arbitragens ruinosas, tal o sentido prejudicial que as orientam e obrigam os portistas a correrem mais e serem melhores para vencerem.

Apitos, ambientes e arbitrariedades

Não creio -- mas deixo à vossa consideração --, apesar da restauração do ambiente circense ao ritmo de um Apito Avermelhado que foi eficaz na época do terror arbitrário de 2004-2005, que o recomeço das festividades judiciais à volta do FC Porto justifiquem isto.

Porque nem acredito que os dois penaltis negados por Paulo Costa na Choupana, antes do novo fôlego do Apito Avermelhado, fossem fruto de um acto premonitório.

Premeditado sim, porque a cegueira de julgamento, se retrata alguém investido da função de juiz, já ultrapassou a marca da indecência na classe arbitral.

O sistema, simplesmente, é que é o mesmo e visa, só, prejudicar o FC Porto.

28 janeiro 2007

A primeira reacção da SAD

«OFC Porto perdeu pela segunda vez esta temporada e os seus dirigentes não gostaram da actuação do árbitro Elmano Santos, a quem acusaram de ter prejudicado a equipa em três lances capitais do jogo, nomeadamente a expulsão de Quaresma perto do intervalo e ao não assinalar duas grandes penalidades. Os portistas estranharam a nomeação do juiz madeirense pela terceira vez esta temporada e recordaram que foi o mesmo auxiliar [Sérgio Lacroix] quem tinha expulsado Quaresma na temporada de 2004/05, num lance semelhante. Ao lado de Pinto da Costa, o administrador da SAD portista, Reinado Teles, não conteve a indignação perante os factos ocorridos no Municipal de Leiria e, a O JOGO, exigiu medidas imediatas de quem está no poder. "Ganhar ou perder faz parte do futebol, mas só queria duas coisas: que mandassem os peritos de arbitragem analisar esta actuação, nomeadamente a expulsão do Quaresma e os dois penáltis, tanto a mão do Renato como a carga sobre o Postiga, para depois fazerem o que entenderem com o que aqui se passou; e que investiguem o critério da nomeação deste árbitro", começou por dizer o braço direito de Pinto da Costa. E depois explicou o motivos deste pedido: "Estamos a meio do campeonato e este árbitro fez apenas seis jogos, três dos quais do FC Porto enquanto há árbitros internacionais que não apitam um único jogo nosso. Nesta jornada, por exemplo, os três primeiros jogam fora e dois têm internacionais e o FC Porto tem, pela terceira vez, este senhor e este árbitro auxiliar que já expulsou o Quaresma da mesma maneira num jogo em que o FC Porto hipotecou as esperanças de vencer um título em Moreira de Cónegos. Não faço mais comentários, só peço que investiguem o critério de nomeação", sublinhou. Reinaldo Teles mostrou-se particularmente irritado com Sérgio Lacroix - que indicou a expulsão de Quaresma - por ter alertado para a situação antes do encontro. "Na reunião que tive, e perante a presença dos delegados, disse que esperava que o senhor Lacroix não viesse fazer o mesmo que fez em Moreira de Cónegos. Foi coincidência ou não? Não sei, mas a verdade é que aconteceu", recordou.

Perante estes factos que ditaram a primeira derrota na Liga, o FC Porto vai tomar medidas e a primeira será convocar uma reunião com os responsáveis pela arbitragem. "Vamos pedir para sermos recebidos pela Comissão de Arbitragem da Liga para esclarecer determinadas situações. Se não forem esclarecidas sabemos o que iremos fazer", alertou perante a concordância de Pinto da Costa.»

In O Jogo

"Se não forem esclarecidas sabemos o que iremos fazer"

Esperemos que sim.

PS: Porque será que falou Reinaldo Teles se Pinto da Costa estava ao lado dele?! Porque não fala o nosso presidente?!

27 janeiro 2007

Preparem-se portistas para o que aí vem...

U. Leiria 1-0 FCPorto
Tixier

À hora que escrevo estas palavras ainda estou completamente enervado, furioso, revoltado, nem sei ao certo. Sei que hoje foi só o primeiro exemplo das dificuldades que vão ser criadas à nossa equipa até ao final do campeonato, já tinha dito algures que 8 pontos de vantagem serão poucos. Quem costuma ler os meus textos sabe que evito ao máximo falar das arbitragens, tento ver o jogo pelo jogo em si, minimizando os eventuais erros que possam acontecer. Mas hoje não posso deixar passar em claro o que vi. E o que vi revolta qualquer pessoa que gosta deste jogo de paixões, isto mesmo depois de já estar à espera do que aconteceu. Afinal de contas os adversários vão ou não ter jogos complicados este fim de semana?

Nem vale a pena descrever os lances, são tantos que me perdia com isto. Quando penso na suposta falta que deu o golo da partida só me apetece gritar bem alto: Portugal não merece o FCPorto, é dar pérolas a porcos. O Pepe entra ao lance sem nunca tocar no jogador adversário, como é que é possível o auxiliar ter o desplante de, depois de tudo o que já tinha feito, ainda marcar falta num lance daqueles?!?!?! A SAD do FCPorto, como representante de todos os portistas tem de reagir a esta pouca-vergonha que aconteceu hoje, seja de que maneira for, mas com veemência porque um portista não pode deixar passar em branco uma vergonha destas.

Prefiro então dar os parabéns àqueles jogadores que foram aguentando em lances atrás de lances as provocações daquele homem que se diz árbitro de futebol. Parabéns dragões estou orgulhoso de vós.

Mas vamos ao futebol jogado. Este jogo acabou por ser mais do mesmo nesta liga. Apenas uma equipa a jogar verdadeiro futebol e a outra ia aguentando como podia. O FCPorto entrou muito bem na partida e criou várias oportunidades logo nos primeiros dez minutos, levando até uma bola ao poste por Quaresma num excelente lance individual. Entretanto a equipa foi-se acomodando ao lento desenrolar do jogo, acusando talvez a demorada paragem no campeonato. Ainda assim os lances sucediam-se na área do U. Leiria e Pepe respondendo a um livre de Quaresma enviou a bola à trave. Já perto do intervalo Quaresma foi expulso num lance em que disputa a bola com Tixier, com o mesmo auxiliar que daria também a falta no lance do golo, a não ter dúvidas da agressão, claro está.

Para a segunda parte e com apenas dez jogadores viu-se o mesmo que na primeira parte. Quem mandava era o FCPorto, que foi tendo mais oportunidades e até poderia ter marcado. Mas num livre, o lance que já mencionei atrás, o U. Leiria chega ao golo e Pepe não fica muito bem na fotografia, já que deixa o leiriense cabecear à vontade. A seguir foi o continuar do mesmo, tanto pela parte do FCPorto, como pela parte do juiz e auxiliares da partida. Já perto do final do jogo Bruno Moraes ainda teve uma grande oportunidade de chegar ao golo, mas estava escrito algures que o FCPorto tinha de perder.

Preparem-se portistas para o que aí vem…

PS: Esquecia-me de referir os comentadores da SportTv que só faltava dizerem que o FCPorto tinha sido beneficiado. N-O-J-E-N-T-O-S. Acreditem que amanhã tudo será muito normal e estará esquecido por parte dos do costume. Temos de ser nós a gritar bem alto que o que aconteceu hoje não foi normal. A procuradora que investigue este jogo e não ande a perder tempo onde não tem ponta por onde se pegue. Ok, já estou a sonhar.

26 janeiro 2007

Ganhar para embalar rumo ao bi

O campeão de Inverno depois de ter mais que tempo para descanso, inicia já hoje (ainda me hão de explicar o porquê do jogo ser a uma sexta-feira) a segunda volta em Leiria onde terá com certeza um jogo muito complicado, iniciando a procura do título que verdadeiramente interessa. Mas esta jornada prevê-se muito difícil também para os adversários mais directos do FCPorto. Daí se revelar de extrema importância um vitória do Dragão, já que, e como é o primeiro a jogar, relegaria para cima dos rivais ainda mais pressão que a já existente pela diferença pontual, obrigando-os a não poderem de maneira alguma perder pontos, o que se será muito possível acontecer dadas as difíceis deslocações a que estão sujeitos.

O União de Leiria tem uma equipa bem organizada pelo ex-Dragão Domingos Paciência, que conta com jogadores rápidos como Sougou (que já foi anunciado em alguns pasquins como jogador do FCPorto, resta saber se será verdade) e com vários jovens de grande valor emprestados pelo FCPorto, como Ivanildo e Paulo Machado. Jogadores que fazem deste União perigoso no ataque e principalmente no contra-ataque, já que a equipa é forte a defender e consegue fazer a bola chegar a esses jogadores com facilidade, o que poderá causar grandes problemas na nossa defesa.

O FCPorto deve entrar com o mesmo esquema que o tem feito ser o mais forte desta liga. Os jogadores a utilizar devem ser os mesmos do onze base de Jesualdo com apenas uma alteração aguardada e que constitui mais um aliciante para esta partida, a entrada do argentino Lucas Mareque para o lado esquerdo da defesa em detrimento de Fucile que fará o lugar do castigado Bosingwa no lado direito e isto porque o outro Marek, o Cech, se encontra lesionado e nem foi convocado, já que acredito que o treinador, caso Bosingwa ou Cech estivessem aptos, não atiraria às feras de imediato e neste tão importante jogo o recém chegado jogador. Assim, equipa para este jogo seria a seguinte:

Quero só relembrar que outras dificuldades poderão aparecer para o líder do campeonato no jogo de hoje. Se se recordarem, Elmano Santos, o árbitro designado para este jogo, além de outras "qualidades", é o mesmo que apitou na época passada o FCPorto 1-0 U.Leiria e que cometeu a proeza de, injustamente, ter sido o único árbitro na carreira de Lucho Gonzalez a expulsá-lo. Fica só a nota.

U.Leiria - FCPorto, SportTv1 - 20H30

PS: Quem deverá ver este jogo ao vivo será a nova aquisição do FCPorto. O jovem avançado colombiano de 21 anos que veio do Internacional de Porto Alegre, actual campeão do mundo de clubes, de seu nome Wason Rentería, deverá assinar ainda hoje pelo FCPorto que terá adquirido 50% do passe. Para quem quiser ver alguns dos seus golos e, já agora, ouvir a música que existe dedicada a ele, clique aqui.

25 janeiro 2007

Perdemos por penáltis

Recapitulemos, a começar, o essencial das lições anteriores, com o fim de finalizarmos a matéria com um último capítulo dos esclarecimentos às meninges mais perturbadas:

- o FC Porto fez mais jogos do que os grandes rivais (o correspondente a 2 campeonatos a mais do que o Benfica e 3 a mais do que o Sporting, em jogos oficiais dos 15 campeonatos seguidos a 18 clubes, ver posta de 26/12/2006 Gloriosa Década e Meia),

- e invariavelmente dobrava a 1ª volta no 1º lugar e em 15 ocasiões ganhou 11 desses campeonatos (posta de 16/1/2007 General de Inverno sobrevive ao Inferno)

- superando o facto de ter tido nos últimos 12 anos Lucílio Baptista a apitar-lhe 26 jogos, António Costa 24, José Pratas 20, Vítor Pereira 19, Paulo Paraty e Paulo Costa 18 cada, Jorge Coroado 16, Isidoro Rodrigues 14 e por aí fora (posta de ontem, 24/1/2007 Está tudo doido ou todos estão em causa)

- e ainda foi a equipa que perdeu… por penáltis.

Jardel, Deco, Sérgio, Domingos, Rui, Za, Drulo, etc. – bah!...

Eu demonstro. Os dados compilados nas classificações finais dos últimos 11 campeonatos (desde 95-96) a que pude chegar acreditando nos números lançados na Imprensa indicam que o FC Porto, autor de mais vitórias, criador de mais golos, campeão mais vezes, com jogadores de qualidade acima da dos rivais, com craques de craveira mundial nos seus plantéis (Jardel, Deco, Domingos, Capucho, Zahovic, Drulovic, Sérgio Conceição, Ricardo Carvalho, Aloísio, Rui Barros e tutti quanti), com produção reconhecida de futebol de categoria, volume de jogo ofensivo, predisposição atacante e fautor de uma hegemonia que já chateia, pelo incómodo de quem não gosta de vê-lo ganhar quase sempre, pois essa equipa dominadora ao longo dos anos, também com troféus internacionais conquistados em 10 finais disputadas, foi a equipa que teve menos penáltis a favor e só por três foi suplantada pelo Benfica em penáltis assinalados contra si.

Pior, só em duas épocas (96-97 e 97-98), das 11 consideradas pela facilidade de recuperar essa estatística, o FC Porto teve mais penáltis assinalados do que os rivais de Lisboa.

Pior, ao volume de golos dos dragões, equivalente à sua força atacante a que não é alheia a conquista do prémio de melhor marcador da Liga em quase todos os anos (e Jardel foi duas vezes quem mais marcou na Europa, ao serviço dos dragões, e uma vez pelo Sporting), nunca foi contabilizado um número significativo de penáltis adequado a esse vendaval ofensivo.

Calimero queixinhas e perdido às voltas na 2ª Circular

Por exemplo, o incrível número de 17 penáltis dos leões em 2002 e 11 em 2004 jamais bafejou os dragões. Mesmo o Sporting marcando menos golos, teve sempre muita generosidade dos árbitros na concessão de grandes penalidades.

À parte estão as tabelas finais (Cliquem na imagem para ampliar) dos últimos 11 campeonatos, com totais de vitórias, empates, derrotas, pontos, golos marcados e sofridos, mais os penáltis a favor ou contra. Numa ou outra época, considerei até a intromissão saudável de Boavista e V. Guimarães nas contas do alto da tabela. Os minhotos foram terceiros uma vez sem algum penálti assinalado a seu favor!

A contabilidade dos penáltis ficou assim ordenada em 11 anos:

FC Porto 61 a favor, 27 contra

Benfica 69 a favor, 30 contra

Sporting 78 a favor, 20 contra

Com mais 17 penáltis do que o FC Porto e menos 7 assinalados contra si, os leões não deveriam ter muito de que se queixarem. Mas sabemos como é e o Calimero tem tendência a vaguear, choramingas, entre os dois lados da 2ª Circular. Às voltas, às voltas, não sabe onde parar e fica por ali, perdido, sem sentido, dolente e à espera da caridade arbitral.

Cinco anos e 160 jogos sem penáltis contra o Sporting

Convém lembrar, as tabelas finais provam-no, que em quatro épocas inteirinhas o Sporting não lhe viu assinalado qualquer penálti contra, mas até sofrer um num derby em 2000 com o Benfica passaram cerca de cinco anos e à volta de 160 jogos sem uma falta assinalada na sua área a favor do adversário.

Já vimos muito penálti perdoado ao Benfica na Luz (até golos contrários não validados) e muitos ainda em Alvalade (só quatro num jogo do FC Porto que Lucílio Baptista negou) e é em barda que se marcam penáltis a favor das cores daquelas bandas.

Pois é, perdemos nos penáltis.

Mas vão ver que muitos não acreditam.

P.S. - Retenham os factos e não se incomodem a mostrá-los a quem quiser dizer o contrário só de falar.

24 janeiro 2007

Está tudo doido ou todos estão em causa?

Bastaria publicar o quadro abaixo para se entender a questão. Mas convém sempre dar umas dicas para se perceber o que se pretende revelar.

Simplesmente dei-me ao trabalho, a que muitos se poupam, de saber que árbitros apitaram jogos do FC Porto, Benfica e Sporting. Consultei as fichas de jogos disponíveis e sistematizadas em revistas de fim de época até recuar a 1994-95. Uma boa fatia da História recente. Não contando com a época em curso (mas cuja actualização tenho feito em cada jornada), sempre são 12 anos de campeonatos, 8 deles ganhos pelo FC Porto, 2 pelo Sporting, 1 pelo Boavista e 1 pelo Benfica. Parece um bom começo. Recorde-se que, antes dessa época que marcou o início da saga do penta portista (até 98-99), FC Porto e Benfica distribuíam os títulos entre si com muita regularidade e algum equilíbrio desde 1984-85.

Do equilíbrio…

Como tenho boa memória e retenho muito do que vejo, graças também a boa memória visual porque gosto de ver e não que me venham contar, lembro, rapidamente, que ano a ano os títulos iam ficando assim: 84-85 e 85-86 para o FC Porto, 86-87 Benfica, 87-88 FC Porto, 88-89 Benfica, 89-90 FC Porto, 90-91 Benfica, 91-92 e 92-93 FC Porto, 93-94 Benfica. Uma bagatela de 6-4 títulos neste período favorável ao FC Porto mas que não atemorizava nem fragilizava o detentor do recorde de títulos nacionais. Mesmo assim, como um “bis” já era muito, como foi o “bis” de 77-78 e 78-79, o sistema vigente lá impedia que houvesse um “tri”.

… À hegemonia

Pois, mas de 94-95 para cá ficou tudo muito pior. O FC Porto ganhou 8 dos 12 títulos desde então. O Benfica venceu em 2004-2005 da forma que se sabe…

E a teoria da conspiração, de um polvo, sistema, manigância ou outro nome qualquer deu azo a que se atribuísse o mérito dos títulos portistas ao controlo das arbitragens. Inclusive, chegou-se ao desplante de engrossar a má fama portista com factos com outros intervenientes, nomeadamente o Francisco Silva irradiado por ter sido apanhado com a mão na massa num Penafiel-Belenenses, um José Guímaro condenado por idêntico problema num Leça-Ac. Viseu (da II Divisão) com o presidente leceiro José Manuel Rodrigues também suspenso pelos quinhentinhos. Pelo meio, a fama de um tal José Silvano era tal em favor do FC Porto que, à falta de lembrança de um caso comprometedor, o que veio à baila foi um penálti de gargalhada assinalado a favor do Benfica num jogo nos Barreiros contra o União da Madeira (1990).

Criminosos…

Atenta a lista em baixo, a que pode ter-me escapado um ou outro nome mas sem desfazer a conclusão a tirar, note-se o número de 62 árbitros que, de 1994-95 a 2005-06, apitaram jogos dos três grandes. Bom, pode ser tão grande como lista de eventuais criminosos como é o rol de títulos que, de uma forma ou outra, o FC Porto ganhou com eles como protagonistas.

Comparem-se, agora, alguns números que envolvam, por exemplo, árbitros visados no chamado Apito Dourado, como Martins dos Santos e Augusto Duarte, com números de árbitros mais cotados, bem vistos, aparentemente acima de qualquer suspeita. Destes, Jorge Coroado é reputado comentador em rádio, TV e jornais, Vítor Pereira hoje é o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, veteranos como Paulo Paraty e Paulo Costa, azarentos (contra o FC Porto) como Lucílio Baptista e João Ferreira ou outros credenciados já retirados há mais ou menos tempo como Isidoro Rodrigues e António Costa.

Note-se bem o número de jogos por eles apitados. Uns com mais jogos do FC Porto (19 de Vítor Pereira), outros com boa média (18 de Paulo Costa e Paraty) mas inferior à de presenças em jogos do Benfica (23 e 27, respectivamente) e do Sporting (14-27).

Ninguém saberia que Vítor Pereira apitou o dobro de jogos do FC Porto do que do Sporting (19-9)! Tal como Coroado (16-11)! Ou que Martins dos Santos dirigiu mais jogos do Sporting (18) do que do FC Porto (15)! Ou que Isidoro Rodrigues, de Viseu berço de muitos adeptos leoninos, tenha apitado 23 jogos do Sporting, quase o dobro do FC Porto (14)!

… e (In)Competência

A outra conclusão -- notando que Augusto Duarte apitou 9 jogos de FC Porto, tantos como do Benfica e do Sporting, ou Carlos Calheiros (3 cada) que também já andou na berra, ou Jacinto Paixão envolvido no FC Porto-E. Amadora agora de novo em apreciação tenha repartido as suas actuações pelos três grandes mas menos pelo FC Porto – é que ou todos os árbitros foram incompetentes, para não dizer que todos foram corrompidos, ou havia muito mérito nos títulos do FC Porto, o que custa mais a engolir a muitos adeptos rivais.

Sabendo os portistas que Lucílio Baptista não marca penáltis para o FC Porto em Alvalade incluindo quatro num só jogo (2003) e até na Luz (1996) levou António Oliveira a ajoelhar-se junto à linha lateral por um penálti flagrante não marcado sobre Zahovic, como é possível os dragões terem sido tantas vezes campeões com o árbitro que mais jogos dirigiu (26) entre todos estes aqui considerados?

O que fez o FC Porto de tão brilhante para superar prejuízos e sequelas (lembram-se de Aloísio, atleta exemplar na lisura de processos e a quem nunca se ouviu levantar a voz, ser frequentemente expulso por Jorge Coroado?) em 20 jogos com José Pratas, 16 com Coroado, 19 com Vítor Pereira, 24 com António Costa, 9 com Bento Marques, 14 com Isidoro, até aos 18 dos que ainda estão no activo como Paraty e Paulo Costa, 12 de João Ferreira, 13 de Olegário, 9 de Elmano Santos, 6 de António Marçal e 5 de António Rola estes dois também retirados?

Mais os “roubos de Igreja”

Se José Maria Pedroto fosse vivo, os famosos “roubos de Igreja” não estariam confinados à poeira da História. Talvez um dia se faça o ranking dos “roubos de Igreja” modernos, sendo certo que o Campomaiorense-FC Porto, apitado por Bruno Paixão em Fevereiro de 2000, seria imbatível na eleição da mais vergonhosa arbitragem num jogo de futebol que teve a coincidência de prejudicar impunemente o FC Porto. Mesmo negando quatro penáltis aos dragões, como Lucílio em Alvalade, Paixão ainda anulou um golo portista com justificação nunca conhecida.

Há tempos prometera pôr os “nomes aos bois” (sem ofensa) e aqui ficam aqueles a que, para muitos rivais, estarão indissociavelmente ligados os triunfos, entre alguns inêxitos, do FC Porto que tanto faz estrebuchar Lisboa.

Como alguém ironizou, o FC Porto pode ter sido duas vezes campeão do Mundo, mas falta convencer os arredores…

(Clique na imagem para ampliar)


23 janeiro 2007

O porco não cai à velocidade da Luz

Não é por se deixar cair um porco e uma lanterna de uma árvore,
e verificarmos que caem mais ou menos à mesma velocidade,
que podemos concluir que um porco anda à
velocidade da luz.

Faz por estes dias três anos do já famoso FC Porto-E. Amadora (2-0). Insípido, irrelevante para a “economia” desse campeonato, o jogo ficou retido na História por suspeitas, via caminhos enviesados, que numa primeira fase entraram para a prateleira do arquivo de um tribunal mas de cujo bolor e verdete alguém entendeu retirá-lo com o bafo de uma Morgado de antigos solares atarefada em pôr a brilhar o baço sistema judicial português.

Será já, talvez, o jogo mais badalado da História. Contudo, tendo sido alvo de transmissão televisiva, nenhuma tv se propôs repetir o encontro na íntegra. Estranho que algo à mão de semear, ainda que os boatos sejam alvo mais fácil para medrar, para satisfação dos adeptos, da curiosidade geral e da reposição do valor e da verdade das coisas não se tenha alguma vez retransmitido o jogo. Fica uma espécie de um boato…

Este caso, além das escutas telefónicas transversais a um outro momento de investigação, teve, ainda, uma minuciosa verificação técnica feita por três ex-árbitros de reputado perfil. E nada encontraram de suspeito na condução do referido jogo, atribuída ao árbitro eborense Jacinto Paixão. Aliás, se uma equipa foi beneficiada nessa partida foi a do E. Amadora, com um jogador poupado a expulsão por entrada violenta sobre Costinha, ao que me lembro, além de várias situações de fora-de-jogo indevido assinaladas ao FC Porto, na conclusão pericial.

Manhas que cantam

João Manha, na Record Dez, de 16/12/2006, subitamente recuperou o “diz-se que é uma espécie de escândalo”. Já não dava crédito a esse julgamento especializado, entendendo menorizar, cito, “averiguações técnicas da Polícia, envolvendo peritos acima da suspeita generalizada com o objectivo ridículo de encontrar um nexo de causalidade directa para os alegados crimes de corrupção e tráfico de influências”.

Reparem, e sublinho-o, no ridículo da tese. Tem de provar-se, como na primeira avaliação judicial se concluiu, que haja um prémio correspondente a uma falcatrua. Mas não se detectou falcatrua. Nada de suspeito ocorreu no jogo, chispa suficiente para justificar uma investigação.

Se há indícios, ou suspeitas de crime, deve investigar-se, embora o nosso baço ministro da Defesa o tenha negado sobre os voos da CIA nos Açores: “Não há indícios, não há averiguações”, disse sem convencer.

Escrevia ainda o mesmo ex-jornalista de causas antiportistas, a concluir a sua fedorenta tese da corrupção-que-tem-de-haver:

“Com a mesma lógica das análises [as dos árbitros peritos] que se seguiram aos jogos denunciados nas escutas telefónicas, ainda vai aparecer alguém a lembrar-se que o Porto perdeu um clássico na Luz apitado por Martins dos Santos ou que Augusto Duarte raramente dirigiu jogos dos azuis e brancos”.

Claro que o Augusto Duarte dirigiu jogos dos azuis e brancos. Esse campeonato alegadamente sob suspeita levou o apito bracarense, que viria a ser despromovido à 2ª categoria, ao Beira-Mar-FC Porto (0-0), único jogo em que dirigiu os portistas, outro jogo sem influência na “economia” do campeonato.

Mas essa das manhãs que cantam, dos manhosos comentários cuja insídia não colhe, é só para distraídos.

O golo virtual de Clayton

E não é que o próprio Manha conhece um clássico perdido pelo Porto na Luz apitado por Martins dos Santos?

Eu lembro-me, o João Manha lembra-se, que a 1 de Abril de 2000 o 1-0 final, além de muito feliz num tiro para o ar de Sabry, teve muito para contar e o deixou embaraçado.

O agora também suspeito Martins dos Santos, alegadamente um árbitro do chamado sistema mas cujo pretenso proteccionismo de dirigentes manobradores não chegou para erguê-lo a internacional da arbitragem, influenciou o resultado.

Um canto directo de Clayton, da esquerda, foi tirado dentro da baliza por Bossio. O auxiliar também não viu a bola dentro da baliza, apesar do ângulo favorável que um “liner” sempre tem na marcação de um canto. O FC Porto viria a perder o campeonato e nesse jogo agravou-se a diferença pontual para o então líder Sporting. Em Alvalade, o FC Porto perdeu o comando da Liga num jogo em que um golo portista foi invalidado a Jardel por alegadamente a bola ter sido cruzada para lá da linha de fundo, com o mesmo árbitro-auxiliar a ver, dessa vez, a situação irregular. Para precisar, o árbitro-auxiliar comum aos dois jogos foi (é) Paulo Januário, que me dizem ser portista (Martins dos Santos confessou sê-lo, numa entrevista)

Pior: nessa altura a RTP tinha câmaras para fazer “imagens virtuais” e demonstrou, claramente, que o golo de Clayton na Luz devia ter sido validado. Mas só no dia seguinte à noite, no Domingo Desportivo, pôs no ar as imagens. E levou o embaraçado João Manha a lamentar a má visão de jogo que teve, suplantado pela óptica mais certeira das câmaras, ainda que o ex-director do Record, Rui Cartaxana, nem nessas imagens quisesse acreditar.

Vamos ver o porco voar…

Pelo sim pelo não, desconfiado como sou, dei-me ao luxo de escrutinar não as arbitragens, embora lhes conheça as manhas e tendências, mas todos os árbitros que desde 1994-95, início da saga do penta portista, dirigiram jogos dos três grandes.

Apanhei 62 árbitros no total, uma lista e conclusões que darei amanhã a conhecer, já que vamos entrar na 2ª volta da Liga e convém avivar as meninges com factos, não com interpretações e nexos de causalidade cuja semântica não desdenha do sexo dos anjos. Para já ficam os interessados a saber que, de 408 jogos possíveis do FC Porto em todos os últimos 12 anos (doze, é muita fruta), Augusto Duarte apitou nove (só 9) e Martins dos Santos quinze (só 15) jogos do FC Porto. Não chega para rotulá-lo de “testemunho sólido”, terminologia aconselhada a fixar e exprimir mesmo sem ligá-la a acórdão jurídico algum, de que foi o suficiente para 8 desses títulos serem ganhos pelos dragões.

Como rampa de lançamento, deixo no ar a comparação com o porco e ridícula tese de cair à velocidade da luz se for lançado de uma árvore ao mesmo tempo que uma lanterna.

22 janeiro 2007

Se passarmos o Chelsea...

- Qual a equipa que te parece com mais hipóteses de ganhar a Champions?
- Depois dos oitavos-de-final, as oito equipas que se apurarem, ainda por cima com os jogos a serem decididos por sorteio, terão todas hipótese de chegarem ao título.

- O FC Porto inclusive...
- Sim, se passar dos oitavos-de-final. Nessa altura, as equipas serão todas muito iguais.

Parte de uma entrevista de António Tavares Teles a Jesualdo Ferreira na passada Quinta-Feira in O Jogo. Podem ler a entrevista completa aqui.

"Jesualdo Ferreira disse que o FC Porto pode este ano ser campeão europeu. A resposta gerou o silêncio, quebrado aqui e acolá pelo ruído das facas a serem afiadas numa pedra abrasiva. Estarão prontas para o eventual dia em que o treinador do FC Porto se torne na vítima. Ou então, serão guardas bem afiadinhas, esperando outra oportunidade para serem utilizadas, nem que seja noutro pescoço. O risco é real: os portistas podem ser, de novo, donos da Liga dos Campeões. Ou ficar já pelo caminho. O que não será uma derrota, nem a tal oportunidade para ir buscar a faca afiada. Perder com o Chelsea não é o mesmo que ser eliminado pelo Atlético, ultrapassar um dos pedaços da fortuna de Roman Abramovich será diferente do que uma equipa da II Divisão ganhar a um campeão de Portugal.

O treinador do FC Porto poderia ter jogado fácil, optando pelo discurso do lugar comum e garantindo, de peito feito, que "jogará olhos nos olhos" com o bicampeão inglês. E ficar por aí, tranquilamente sentado no topo do campeonato português, podendo, por enquanto, olhar para a discussão, mais abaixo, entre vizinhos. Preferiu falar da possibilidade de ir mais longe, tão longe como o treinador do próximo obstáculo europeu. Um obstáculo enorme, rodeado de milhões por todos os lados. E fez sem que com isso tenha dado aos adversários, por enquanto mudos, uma arma de arremesso. A declaração de Jesualdo não tem características de boomerang. Afinal, de que poderão acusá-lo se for eliminado pelo Chelsea? De ter sido a equipa portuguesa que mais jogos fez nesta edição da Liga dos Campeões. Só se for."

Alcides Freire in O Jogo

E se, logo este ano, em que os dourados mais falados são outros, fosse realmente um ano dourado para o FCPorto mas na Europa?

21 janeiro 2007

Estaremos só um passo à frente?

Outra razão (1.ª ?) de Dragão líder...

"dIZ a classificação da I Liga do futebol português ser o FC Porto a equipa que vai arrancar para a 2.ª volta com substanciais 7 pontos sobre o mais imediato perseguidor. Tendo ainda este outro substrato competitivo: é o actual campeão. Logo, pois, por conseguinte, alguma coisa (se não muita...) continua mal no Sporting e no Benfica. O que não pode deixar de incluir — dir-se-ia mesmo como razão de fundo... — menor qualidade dos respectivos quadros de jogadores, face ao existente no Dragão. Daí a evidente necessidade de chegarem bons reforços ao Sporting e ao Benfica neste mês de reabertura do mercado de transferências. Acontece que Janeiro já entrou na recta final... e, em Alvalade e na Luz, concretizadas ou bem à vista, apenas... saídas. Ou como o único reforço certo para candidato ao título está... no Dragão — e desde o início do ano, o que lhe dá a ele próprio, Mareque, e ao treinador Jesualdo Ferreira, tempo para imprescindível trabalho de adaptação. O campeonato já recomeçou e os muito mais pressionados Paulo Bento e Fernando Santos continuam sem saber com o que poderão contar. Indiscutível: a necessidade pode aguçar o engenho em múltiplas áreas, mas quase impossivelmente na das finanças... No entanto, isso não explica tudo; o que é feito a tempo e horas no FC Porto e o contraponto de, nesta matéria, Sporting e Benfica parecerem andar pouco menos que ao sabor do vento."

Santos Neves In A Bola

20 janeiro 2007

Realidade pura e dura

Eles bem tentam desviar as atenções com alternadeiras salgadas, apitos coloridos e procuradoras salvadoras. Vão tentando que a realidade vá passando despercebida, mas ela é pura (7 pontos) e dura (8 pontos). E em jeito de complemento à excepcional crónica do Zé Luís "General de Inverno sobrevive ao Inferno", o nosso presidente dá-lhes a devida resposta no Editorial do Presidente da revista Dragões.

"CAMPEÕES DE INVERNO...OLÉ.

Sem que esse facto notável constitua qualquer motivo de interesse jornalístico, como se tem visto pelos pasquins de sempre, a verdade é que o FC Porto continua a vencer e acima de tudo a convencer, a dar espectáculos desportivos e a contribuir decisivamente para o aumento do PIB nacional ao provocar uma procura fora do comum nas farmácias de pastilhas contra a azia. Parece sina, mas não é... As vitórias do FC Porto serão sempre secundarizadas hoje, como o foram no passado, e sê-lo-ão no futuro, completamente ultrapassadas pelos êxitos fantasmas dos clubes da toda poderosa Lisboa que nos tenta sufocar, nos persegue em permanência e se esforçar para nos calar a alma! Valha à pena, ao menos isso, que no momento presente não nos encontramos sós neste abandona por parte da comunicação social... Curiosamente, ou não, o Caso Casa Pia queixa-se do mesmo, da mesma falta de atenção jornalística. Mas, como contra factos não há argumentos, aí vai o "pouco" que já fizemos esta época:

- Vencedor da Supertaça.
- Qualificação para os oitavos-de-final da Champions.
- Líder convincente no Campeonato Nacional.
- Melhor ataque.
- Melhor defesa.
- Melhor goleador

Não chega, nós sabemos bem! No FC Porto já nos habituamos à ideia de que tudo o que for menos do que vencer os marcianos, e se possível por 15-0, é pouco. Paciência! Porém é o que temos para dar a este Portugal doente, com tanto esquizofrénico à solta e com uma plêiade de estúpidos que gostam de tratar os outros como eles são: isso mesmo, estúpidos!"

Jorge Nuno Pinto da Costa in revista Dragões

PS: A propósito
da acima falada crónica do Zé Luís, reparei que nos vários jornais ditos desportivos, vários artigos apareceram a falar exactamente do mesmo assunto e até com quadros parecidos, isto já depois da crónica sair no Portistas de Bancada. Será que os podemos acusar de plágio?

19 janeiro 2007

Valores...

Hugo Almeida vai valer…

“O clube alemão está interessado em accionar a cláusula de opção do internacional português, estipulada em quatro milhões de euros”
In O Jogo

É um excelente negócio, mas dá sempre pena que um jogador nascido e criado no FCPorto e que sente o clube como poucos, não se dê bem no Dragão. Como tu próprio disseste “santos da casa não fazem milagres”. Boa sorte Hugo.

Ricardo Costa poderá valer…

“o Maiorca vai tentar junto do F.C. Porto o empréstimo do jogador, com opção de compra no final da época”
In Mais Futebol

Se o final for parecido com o do Hugo Almeida, acho que todos ficamos contentes.

Quaresma vale…

“Para Paulo Barbosa o extremo valerá «cinco, seis, sete milhões de euros no máximo»”

“Jorge Manuel Mendes diz, andará entre os dez e os quinze milhões de euros.”

“Amadeu Paixão avalia o jogador entre «oito e dez milhões de euros»”
In Mais Futebol

Quanto?!?! De que Quaresma estarão a falar?

Bruno Moraes a valorizar…

“Aluísio Moraes, pai e empresário do jogador, garante ter uma proposta muito aliciante de Espanha. (…)Bruno Moraes não é intransferível, mas os dragões só admitem a saída mediante bom encaixe”
In Record

Tem calma Bruno, espera a tua oportunidade e aproveita-a. E não te esqueças que deves muito a este clube. Agora que estás bom já queres sair?

Pedro Emanuel tem muito valor…

“Pedro Emanuel foi hoje submetido a uma pequena intervenção cirúrgica com o objectivo de debelar uma necrose parcial do tendão de Aquiles do pé esquerdo.”
In fcporto.pt

Que o capitão volte em força para o início da próxima temporada porque qualquer balneário necessita de homens de carácter e de campeões.

18 janeiro 2007

Reduzir para melhorar

Depois do jogo entediante de domingo na Vila das Aves e da fraqueza do adversário, que infelizmente não é caso único nesta liga em que o FCPorto tem de jogar, e que mesmo não estando a grande nível venceu com alguma tranquilidade, dei comigo a pensar que realmente o futebol português é fraco porque os seus “donos” o deixam ser.

Há muito tempo que uma ideia me atravessa a mente, ideia que não tenho a presunção de dizer que é minha, mas que acho que melhoraria e de que maneira a competitividade da primeira liga. A ideia iria mexer com todos os clubes que ano após ano apenas lutam para se manterem na principal divisão do futebol português e por isso teria à partida grandes dificuldade de ser concretizada.

A ideia consiste acima de tudo na redução de cubes para um máximo de 12 e a organização poderia ser feita de duas maneiras diferentes:

Opção 1- Campeonato a 4 voltas
Esta é a pior opção já que teriam de ser feitas 44 jornadas, o que, e com todas as competições em que os grandes clubes estão envolvidos, seria vetado logo à partida por estes clubes.

Opção 2 - Campeonato com duas fases
Esta seria para mim a melhor opção. As equipas lutariam pelos principais lugares da classificação entre as 12 iniciais. No fim da primeira fase as seis primeiras lutariam entre si para serem campeãs e as seis últimas lutariam pela manutenção. A primeira fase teria 22 jogos ao que seriam acrescentados mais 10 jogos da segunda fase. 32 jornadas no total, por aqui os clubes não teriam por que reclamar, lembro que o actual campeonato tem 30.

Este tipo de prova é um formato tirado do actual campeonato de hóquei em patins e as vantagens, penso, serem mais que muitas. Para os grandes e caso se apurassem todos para lutar pelo campeonato, teriam mais hipóteses de o vencer, caso a primeira fase não tivesse corrido pelo melhor, além de que teríamos o dobro dos clássicos, logo, mais competitividade, mais emoção e mais receitas. E reparem que os últimos 10 jogos seriam feitos ao mais alto nível. Para um pequeno clube que conseguísse o apuramento para os seis primeiros o mesmo se passaria, já que jogariam mais duas vezes com os três grandes, com tudo de bom que isso lhes proporciona.

Os clubes mais pequenos, neste formato, lutariam mais para tentarem ser apurados para a fase de decisão do campeão, que funcionaria para eles como uma pequena Liga dos Campeões e mesmo que saissem derrotadas em mais jogos na primeira fase da prova, poderiam sempre mudar as coisas na segunda fase, ou seja, nada estaria perdido.

É evidente que também existiriam algumas desvantagens, mas as vantagens (que não serão só as que enumerei) não as compensariam? Claro que alguns pormenores teriam que ser acertados, como por exemplo, que pontuação seria transferida para a fase seguinte, quantos clubes desceriam, para não falar de outros.

Além de tudo, com 12 equipas, clubes que apenas vêm para a primeira liga para lutarem para não descer (como o D. Aves) deixariam de existir, porque como todos sabem, por mais desculpas que se arranjem, que este campeonato com 16 equipas reduz-se na realidade a não mais de 10.

17 janeiro 2007

As verdadeiras razões de tanta inveja

- O FCPorto é o clube português com mais títulos internacionais (6).

- O FCPorto é o clube português com mais botas de ouro conquistadas (3).

- O FCPorto é o único clube pentacampeão nacional.

- O FCPorto é o clube com mais Supertaças Nacionais conquistadas.

- O FCPorto já disputou 22 das 28 finais da Supertaça Nacional.

- O FCPorto é o clube português com maior número de títulos no Futebol, contando actualmente 264 títulos oficiais!

- O FCPorto conseguiu, até hoje, fazer a "Dobradinha" por 5 ocasiões (1955/56; 1987/88; 1997/98; 2002/03; 2005/06), ou seja, ser Campeão Nacional e Vencedor da Taça de Portugal, na mesma época.

- O FCPorto já fez o pleno nacional ou arrecadou a "Tripla" por 3 vezes (1997/98; 2002/03; 2005/06), ou seja, ser Campeão Nacional, Vencedor da Taça de Portugal e Vencedor da Supertaça Nacional, na mesma época.

- O FCPorto é o clube português com mais participações na Liga dos Campeões com o formato actual falhando apenas na época 1994-95, e na época 2002-03, quando venceu a Taça UEFA.

- O FCPorto tem um dos 15 melhores registos mundiais de invencibilidade em campeonatos nacionais. Os Portistas estiveram sem perder um encontro entre 22-10-94 e 24-03-96.

- O FCPorto tem um dos melhores registos mundiais de invencibilidade, em casa, a nível das competições internacionais: 29 jogos (1974/75 até 1977/78).

- O FCPorto é o único clube português que conseguiu vencer na mesma temporada o campeonato e a competição Europeia onde esteve envolvido. Ainda por cima, fê-lo em dois anos consecutivos (2003 e 2004).

- O FCPorto contém no seus quadros futebolísticos, uma das maiores referências da história do futebol português e particularmente do FC Porto, Vítor Baía. Actualmente, Baía é o jogador com mais títulos da história do Futebol mundial, com 30. Atrás aparecem Pelé e Rijkaard com 25 cada um.

- O FCPorto tem, segundo a última revisão realizada em 2005, cerca de 100 000 sócios pagantes. Sendo assim, é o 6º clube do Mundo com mais sócios pagantes.

- O FCPorto é, segundo um estudo da empresa "EuroExpansão", um dos clubes portugueses com maior número de adeptos, em que cerca de 30% da população portuguesa é adepta ou simpatizannte do clube. No caso particular do distrito do Porto, onde a população ronda 2 milhões de pessoas, aproximadamente 80% da população é adepta do FCPorto.

- O FCPorto é o único clube português que faz parte do Grupo G-14, o grupo dos clubes mais poderosos da Europa.

- O FCPorto é, segundo o Ranking Histórico Mundial de Clubes, considerado, em termos de currículo, o maior clube português, o 10º maior da Europa e o 17º maior do Mundo!

- O FCPorto é, tendo em conta um estudo da "FutureBand" (uma empresa especializada em consultoria de marcas), a marca mais valiosa do futebol português. O estudo apresenta as 30 marcas da Europa mais cotadas e Portugal conta apenas com um representante, o FCPorto. O estudo teve em conta factores, como: o valor das marcas, a lealdade dos adeptos, a capacidade de conseguir aumentar a venda de bilhetes para os jogos e o valor financeiro do clube. Neste ranking de marcas europeias, o FCPorto ocupa a 1ª posição em Portugal e a 27ª na Europa.

PS: Texto e dados recebidos por email, desconheço o autor. O título é meu, estive para colocar "As verdadeiras razões de tanto alarido à volta de um certo livro e do processo Apito Dourado" mas achei ser um título muito longo, por isso, como disse e bem o nosso presidente "Portugal é um país de invejosos", inveja adequa-se perfeitamente.

16 janeiro 2007

General do Inverno sobrevive ao Inferno

Vinte anos depois, voltamos às 16 equipas na divisão principal. Em 1986-87, de boa memória para o FC Porto pela razão que o triunfo de Viena ditou, deu-se o último campeonato a 16. Um arremedo de ousadia portista, então, não fazia antever que a supremacia benfiquista em títulos conquistados estaria, hoje, em causa. Et pour cause, a hegemonia entretanto cimentada pelo FC Porto está constantemente na berlinda por alegados favores arbitrais que têm dado bastante que falar, tanto como as contradições do discurso de quem, à falta de melhores argumentos em campo, tenta obter na secretaria, ou pela via judicial, os êxitos com uma cerca marca de vício de azul e branco.

Em 20 campeonatos, o FC Porto ganhou 12, contra 5 do Benfica, 2 do Sporting e 1 do Boavista. Ao fim da 1ª volta, por 16 vezes os dragões foram primeiros. Significa que não aguentaram a vantagem no final em quatro ocasiões, mesmo que, remontando ao início do período ora em análise, em 86-87 a diferença pontual para o 2º classificado fosse nula: Porto e Benfica tinham os mesmos pontos e, com a preocupação azul-branca centrada na Europa, os encarnados seriam campeões com 3 pontos de avanço. Também em 2004-2005 Porto e Sporting tinham os mesmos pontos na viragem do campeonato e o título fugiu para a Luz por obra de árbitros iluminados que desequilibraram a balança no ano da grande bagunça graças ao expediente/bode expiatório do “Apito Dourado”.

Hoje, com 7 pontos de avanço sobre o Sporting, igual à diferença no campeonato de há 10 anos sobre o mesmo adversário mas num campeonato a 17 jogos em cada volta, afundam-se uma série de teorias:

1) que a redução de clubes na I Liga aumentaria a competitividade
2) que mais frescura dos jogadores se traduziria em melhores espectáculos
3) que a arbitragem seria melhor, até por alguma “independência” garantida pelo processo “Apito Dourado” em que teimam envolver o nome do FC Porto

Nem os constantes apelos/sugestões capciosas a encadear-se uma relação de causa/efeito entre os títulos portistas e os escândalos de arbitragem ensombram mais um passeio da supremacia portista. Às vezes dá jeito, a cada golpe pretensamente informativo, aludir a essa relação “ganhar é consequência de corrupção”. Outras nem tanto. Na época passada ninguém falou de benefícios arbitrais no título portista. Em 1999, no ano do penta, mesmo a antiga cantilena do “blackout” nas Antas não funcionou porque não houve em toda a época bloqueio algum à Comunicação Social.

As “chagas” vão desaparecendo, independentemente de surgirem, quais vírus de época, aqui e ali. Umas vezes dá-se credibilidade às “fontes”, noutras nem tanto. Entre episódios com algo de salgado ou muito de insosso, a caminhada do FC Porto segue imperturbável.

O já crónico “campeão de Inverno” merece as honras de general. Com a ocorrência do “Apito Dourado”, o general dá mostras de resistir ao Inferno da descredibilização. Vantagem maior só em 2002-2003: 11 pontos de avanço sobre o Benfica, vantagem garantida também no final depois de ter chegado a 13 com o triunfo na Luz que levou Mourinho a zombar da Imprensa dita especializada: “Vocês [jornalistas] são fantásticos que quiseram fazer crer que este era o jogo do título”. Deco assegurara a vitória de 1-0.

Hoje, à falta de melhores argumentos, remete-se para outras épocas em que, alegadamente comprando favores dos árbitros, o FC Porto foi campeão. Logo, foi mais vezes à Liga dos Campeões. E com o dinheiro daí proveniente pôde reforçar-se sempre mais e melhor. Logo, em cadeia, a corrupção que pode não existir agora, prossegue este raciocínio actual dos “mentideros”, mas foi útil noutra fase da expansão portista. Nem Maquiavel chegaria a tanto. Veremos a Morgado…

Para já fica o registo em quadro, que denuncia ainda a criminosa presença do FC Porto sempre nos dois primeiros lugares, à excepção de 2001-02, prova da maior competitividade da equipa também alargada aos cenários europeus e que granjearam não só dinheiro, mas também muita experiência e recordes de jogos oficiais numa época na ordem das 55 e até 56 partidas entre as várias competições.

Em 86-87, 16 clubes; em 87-88, 88-89 e 90-91, 20 clubes; outras épocas: 18 clubes

Quanto aos alegados corruptos que em tantos anos ajudaram o FC Porto a criar tal hegemonia que já atemoriza Lisboa e arredores, falaremos para a semana. Os bois serão chamados pelos próprios nomes.