31 dezembro 2014

RTP, a tv norte-coreana que nos dá um Madrid-Milan no Dubai

Voa mais alto do que a TAP, estando há tanto tempo para ser despachada com os bebés lá dentro e a água endinheirada em que se banham, mas a janela estreita-se e a companhia aérea é bem capaz de levantar voo sozinha...
Temos tido, especialmente no ano que ora se despe(d), a informação mais estatizada que só na Coreia do Norte. O kil il-sunguismo acentuado da sua História tem agora uma verve kim jong-.ilismo que nas notícias do futebol internacional nos deixa, apenas, o Cristiano Ronaldo, e o Real Madrid, e o Mourinho, e o Chelsea. Não há mais nada a face da terra, nem que a RTP continue a voar muito alto ao ponto de nos prometer a Champions já a partir da próxima época, onde teremos ainda mais Cristiano Ronaldo, e o Real Madrid, e Mourinho, e o Chelsea, muito acima do assolapado fervor já patente na TVI nos resumos da Champions.
A despedir-se, infelizmente ainda não das sobras do erário público, a RTP ontem garantiu-nos para ontem à tarde um Madrid-Milan, como amistoso disto tudo mas sem interesse algo. Ah, a não ser o pretexto, ouvido ontem com ênfase num telejornal, de que o profissionalismo de CR7 estava tão adiantado que passava férias nos Emirados (Dubai) precisamente a preparar, em férias obviamente e antecipadamente luxuosas, o grande jogo com que a barbárie informativa de uns basbaques chico-espertos nos concedem depois de toda a tortura de um ano infame de cada vez mais telelixo.

A propósito de pseudo-informação, sub-informação e telelixo: um bom retrato da coisa estupidificante, em 2014 mas que se agrava a cada ano que passa.

Os mesmos telejornais que, diariamente, nos trazem as estórias da crise, dos cortes e da infindável lista de privações provocadas pela “austeridade”, são os mesmos telejornais que, 30 segundos depois, nos levam aos hotéis de 5 estrelas e os seus menus de Natal e Fim de Ano completamente esgotados

Não sou psicólogo nem psiquiatra, mas, que impacto terá este tipo de bombardeamento mediático sobre as pessoas, nomeadamente, aquelas que são mais “influenciáveis” ao que veem na "caixinha que mudou o mundo"?       

Metade dos noticiários é passado a condenar a sociedade de consumo e o “capitalismo”, para logo a seguir, nos presentearem com reportagens que mais não são do que um verdadeiro endeusamento das coisas materiais: os últimos gadgets da tecnologia, o último “AiFone” ou a última viagem de sonho (em cuecas) do “rÓnaldo” e da Irina…

Até o RÓnaldo tinha de entrar como mau exemplo da xungaria tuga.

30 dezembro 2014

Gostei

Intensidade, variedade e seriedade numa boa vitoria com equipa empenhada e rodada. Valeu para ver um bom jogo, ao invés do anterior que só vi até meio e sem interesse.  Voltei a não gostar de Campana.

Temo pelo desconforto leonino do presidente do Sporting Comics of Portugal





O bric-à-brac do rapazola de Alvalade, mais os boçais de serviço quais agentes infiltrados norte-coreanos, vale o que vale e tem data de validade curta. Agora, o que me ficou com temor foi como se degradou tanto o "pouco conforto que tenho em casa" dito, sem se rir, pelo palhacito alvi-verde. Não esqueçam que em Janeiro há plebiscito a excelência excrescência leonina...
É o que me vai pesar mais na despedida de 2014.
 Marcante evolução do Sporting Comics of Portugal, ou Só Porting onde o dono daquilo tudo, nos intervalos de conferências em inglês entre fundos de jogadores e edge funds, retira a bola quando está chateado. Para quem luta contra fundos não admira não ter onde cair.

Vou passando, dia terceiros, os olhos pelos blogs leoninos, delirantes como os benfas quando ganham um jogo importante, mas com os pés na terra e pouca confiança nos deuses do olimpo verde-branco. Há alguns lambe-cús mas muitos muito críticos. Justamente o contrário da bluegosfera. E, entretanto, o presidente foi de férias a quem lhe pedia lérias. Nem isso. Sem saberem muitos portistas, o Porto é uma tristeza. Outro contraponto ao Sporting: um manicómio. Perguntem: e os benfas? Não são deste mundo!

Quanto ao joguinho de merda em Guimarães, o Rascord não vai dizer que o Vitória merecia mais, como diz quando é o Sporting, vai chamar leão de raça e a gente faz de conta que, sem se rir, é assim que tem de ser. Cumprimentos aos primos. Até a vitória pífia deu para rir.

O presidente, afinal, é que teve razão depois da derrota no campeonato e os reforços dele é que valem. O futebol é isto, diria o outro. Espertos.

29 dezembro 2014

O benfas também ameaçou que não jogava a taça da treta...

Além de ter, à última hora, feito um flic-flac à retaguarda, conseguiu dar um prazo de 2 dias ao seu treinador, coincidindo com a visita ao local onde marcou a diferença do "gestor" para o "treinador".
Depois, ainda, de ter marcado um plebiscito à sua pessoa, para Janeiro, não há dúvidas que tem dado azo a ser seguido pela sua indomável legião de fãs. O futebol tuga ainda produz destes (últimos, como os que cederam em Granada perante os Reis Católicos) abencerragens... mais os que apoiam todas as suas atitudes de "líder" e tiques de cacique local, algo acima de "chefe de claque". Mouros de merda, em suma!
E foi capaz rapaz de ir à tv do clube respeitar o canal de cão municação de permanentemente mais ladrar do que filosofar baratinho para não quebrar o blécaut. E os pategos acarditam que é tudo uma manobra dos jornais, o Grunhinho é o maior e o Marco um vendido.

Parece que vão jogar só mesmo os juniores - e depois do que os profissionais fizeram em Guimarães para o campeonato...
Entretanto, o presidente que uniu a Nação sportinguista, kkkkkkkkkkkkk, decidiu-se deixar de falar. O blackout é ainda melhor quando se aplica ao próprio. O grunho do Carvalho nem Pinto da Costa sabe ser. E decerto não fica por aqui. Como ele diz, a velhice é um posto mas em alguns fica mesmo mal por antecipação e... precipitação.
Para terminar o ano não poderia encontrar-se palhaço mais digno de Tiririca.
Só faltava um Octávio Malvado num certo Zé Edu, não o mafioso de Angola, mas um ex-jogador que acha sabermos todos do que ele está a palrar... é o papagaio do palhaço que leva a vóvó ao circo...
Essa de o Marco Silva ser uma marioneta na mão dos fundos (jjjjjj) é de um Goebbels imorredoiro. à laia do Hitler da Buraca.
A melhor do ano.

27 dezembro 2014

Ainda bem que Pinto da Costa não alinha em «palhaçadas»

Começou o ano de forma patética, acaba coberto de ridículo. Um 2014 à imagem da precariedade do presidente do FC Porto. Olha se alinhasse em palhaçadas...
 
Além da irrelevância institucional, empobrecendo a imagem do FC Porto, Pinto da Costa deu uma ideia clara da sua incapacidade em matéria económica, advogando "políticas" que arruinaram o País, secundando quem as protagonizou, temendo-se o risco próximo de tal noção debilitante fazer acabar com o FC Porto.
 
Os que apoiam a sua recandidatura perfilham a necedade patente no ex-vibrante, enérgico e estimulante líder portista, uma imagem de outro século.

26 dezembro 2014

Premiership - o que tem de ser tem muita força!

Chelsea's bid to retain their place at the top of the Premier League kicks off a full Boxing Day programme across England's top four divisions.


The Blues, who have a three-point lead over Manchester City, host fourth-placed West Ham United at 12:45 GMT.

It will be Chelsea's second match in a busy sequence of four games in 11 days.

"It doesn't matter - English or not English - the moment you are a football player in this country, I respect you a lot," said Chelsea boss Jose Mourinho.

"At this moment the German guys are on the beach, the Spanish guys are in the Maldives getting sun - everybody else is doing that.

"But in this country you play on the 22nd, you play on Boxing Day, you play on the 28th, you play on New Year's Day. There is no Christmas - just football, and I think the players deserve respect.

"The supporters all around the country give them that respect because every stadium is sold out. And I think the way to do it is with the kind of professionalism my players have shown."
 
Chelsea played their first four Premier League games of the season over the space of 27 days.
Over the Christmas period, where games are squeezed into every nook and cranny of the calendar, the league leaders will play for another 12 points - this time over 11 days.
Put together a run of form and you could head into 2015 flying. Hit a sticky patch and suddenly you could be free-falling down the table.
So who has the festive fixture list favoured and cursed?


Louis van Gaal: Man Utd boss unhappy with festive fixture list

Manchester United manager Louis van Gaal is 'unhappy' with the number of fixtures played in the festive period.

United could play four matches in nine days between Boxing Day and 3 January, depending on the FA Cup draw.

Their itinerary in the Premier League sees them host Newcastle on Boxing Day, away at Tottenham two days later before travelling to Stoke on New Year's Day.

"I have a wife, kids and grandchildren, and I cannot see them at Christmas," said Van Gaal, 63.

"But I want to work in the Premier League, so I have to adapt, and I shall adapt," he added.
 
Ir para a Premier League é muito bom, não é? Pois, são ossos do ofício, talvez o melhor do Mundo!
 
Já Jaime Pacheco queixava-se de que não gostaria de estar no futebol pelo Natal e ei-lo, ontem, num jogo da Liga egípcia (1ª derrota e suplantado no 1º lugar) precisamente a 25 de Dezembro!

Pinto da Costa a fazer as coisas por outro lado

Podia ter ido falar ao vi-te ó Pereira, e decerto com menos visibilidade e até talvez mais utilidade, se o FC Porto fosse mesmo, mas não é, a sua única e exclusiva preocupação e responsabilidade. Mas não seria a mesma coisa, irreconhecível, que é agora. Fora a pandilha sócretina, e ex-mulher que ninguém conhecia como latifundiária no Além Tejo onde a vista pouco alcança e o poder capitolino não chega, o preso preventivo 44 de Évora recebeu como únicas visitas a do cidadão que por acaso, ou não, é presidente do FC Porto, decerto por solidariedade de quem partilha o sentimento de liberdade e também na área informativa; e, li com o mesmo espanto e repugnância, a visita de um jornalista da RTP (Luís Castro), no que foi tão pouco publicitado, apesar de ser a mesma palhaçada.

25 dezembro 2014

É Natal desde Agosto


«Merry Christmas everybody» (recordar Slade)

Do bom rock, simples, despretensioso, divertido, fashion, crazy sem ser maluco, contemporâneo do nascimento dos Queen, os Slade eram um grupo porreiro que só os de meia idade conheceram e raramente foram publicitados na rádio em que hoje os tuguinhas amestrados que repetem músicas banais da modernidade jamais ouviram falar.
 
Tem a pureza dos originais, e um som muito suave, de resto com as cabeleiras - os fatos eram menos vistosos na tv a preto e branco da altura em Portugal, tal como os Abba apareceram a ganhar o Eurofestival em 1974 com algo similar vestido - como eu gostava de ver nos jogadores ingleses da época.
 
Oriundos de Wolverhampton, quando o clube de Molineux era ainda importante, além de histórico, e que foi despachado pelo FC Porto na Taça UEFA de 1974 em que Gomes se estreou a marcar na Europa, os Slade tiveram canções de top (17 em 20 êxitos notáveis à época) e cedo ganharam a minha simpatia juvenil, depois dos Beatles já extintos na altura. O que de bom, descontraído, próximo, amigável até, havia na pureza do rock estava com os Slade. Uma das músicas da época para esta época e para recordar uma banda, julgo eu, inimitável, cujos My oh My e Come Feel the Noise são lendários e podem ouvir graças à internet, sempre mais democrática do que o gosto discutível de quem hoje passa música na rádio elitista-pimba.

22 dezembro 2014

Melhor do que uma estátua, só duas estátuas

Desde que me ausentei, apressando a partida com uma falsa partida alegadamente de futebol profissional no Dragão, com o 2-0 do FC Porto ao Setúbal ao intervalo, na 6ª feira passada, que julgava ter ascendido ao fórum das raridades celestiais a minissaia com que a Judite se apresentou, debutante liceal aos 52 anos, ao confundir a emissão do telejornal da TVI com a condução da Casa dos Degredos.
Kim il-Sung e Kim Jong-il, descubra qual é o fundador e o seguidor da dinastia norte-coreana
Afinal, no carro ainda ouvi que Brahimi marcara um golo acabado de entrar, quase no fim, e só no dia seguinte tomei conta que ainda tinha havido outro golo e a coisa fechou em 4-0, no que os sadinos conseguiram resistir, decerto estoicamente, mais do que eu suportei com enfado.
 
Devia pedir desculpa por esta interrupção. Mas, contudo, no intervalo das peculiaridades tugas, percebi que uma estátua se inaugurara no Funchal, onde já paira um Museu em jeito de epopeia de um rapaz de 29 anos que não é tão imberbe nem modesto, como a Judite, pois quer que em vida todos se ajoelhem perante a sua providencial existência.
 
Tal como o resultado do FC Porto, só muito tardiamente soube das outras proezas da bola tuga e, pior ainda, apenas hoje acedi à terra dos mortais e das prosaicas falcatruas, não sem um frémito de medo face a tão agonizante visão do Inferno: uma vitória do Benfica maculada na capa da Bolha com um erro de arbitragem. Foi o que me calhou. Por exemplo, podia ter aparecido uma capa do Rascord com um garrafal ROUBO, mas o destaque dado à vitória do 4º classificado retirou espaço ao magnânimo trunfo encarnado que lhe mantém, incólume e porventura inultrapassável, a vantagem de 6 pontos para o 2º lugar.

Entretanto, depois de ter pensado que Capela dirigiria o Benfica-Braga da Taça - afinal, sempre tinha lido algures que o Capela iria arbitrar um jogo do benfas!... -, não resisti a uma pequena pesquisa: quem seria o árbitro-auxiliar? Foi Pedro Felisberto, o artista de serviço. Ainda bem que Tiago Rocha estava do outro lado: seria coincidência que, depois de ter anulado um golo limpo ao Setúbal no 0-5 caseiro com o campeão (4ª jornada), além de o Capela ser o mesmo com o apito, Tiago Rocha se distinguisse por voltar a favorecer o clube da Luz. Ainda nem que não foi com ele desta vez, senão o que se pensaria e, pior, o que se diria... 
 
Tudo isto seria cómico se não fosse trágico ou simplesmente inesperado ou meramente fruto do acaso.
 
Enfim, no país de capelas, onde presumo que tenham voltado a encarniçar-.se contra um padre em Canelas, é tudo tão trivial e corriqueiro que passa despercebido. Um dia, ao clamarem com o medo do lobo, ninguém vai ligar.
 
O primeiro a fazer orelhas moucas, sem ligar ao que se passa, é Pinto da Costa. O seu presépio será silencioso, nem tuge nem muge.
 
Já quanto a estátuas, ouvi na rádio que o comentador António Oliveira jura votar na reeleição de Pinto da Costa. Ter há um mês dito estar absolutamente convicto de que o FC Porto seria campeão esta época, com Lopetegui ao comando, e depois afiançar que se fosse Jesus o treinador já o FC Porto levaria por esta altura 10 ou 12 pontos de vantagem é só um pormenor de somenos.
 
Já a arbitragem e os seus desmandos, que devem fazer as delícias de uma carroceira Liga da Falsidade que certos pasquins entronizam sem se rirem, não me constou ter sido assoprada por aí aos quatro ventos. Cruzada de Pinto da Costa, que me lembre, só como mais um andor a pedir a libertação do 44 de Évora. Acho que nem o seu, do 44 de Évora, pacóvio advogado, sempre a reinar com os jornaleiros que lhe dão corda ou, no caso da Judite, tentam ludibriar com visão feminina improvável de minissaia num telejornal em que acabará por entrevistá-lo, é capaz e rapaz para ser tão convincente quanto um Oliveira, um presidente ou um juiz de Capela. 
 
Como no caso das Capelas, das estátuas, dos presidentes, dos roubos, melhor do que um só dois. Ou muitos. Mas basta a aparição, a imagem, e todos exercem a genuflexão congénita. Se, afinal, os árbitros andam de minissaia como a Judite em ocasião e contexto improváveis, convém que não se baixem tanto, pode ver-se outra coisa...

19 dezembro 2014

Uma crónica só de meia parte

Não gostei da atitude, sem raiva nem empenho de entusiasmar ao que o público antecipou com a ausência, e o 2-0 ao intervalo chega para caracterizar  jogo frente a um Setúbal sem ideia da baliza contrária. O FC porto cumpriu obrigação e calendário mas isto não e um elogio. H via que dar outra resposta de ânimo alto  ambição renovada, tipo responder com 6 golos aos 6 pontos de desvantagem.
Como não vislumbrava isso para a 2a parte fui a minha vida. Os 20 mil e poucos presentes terão perguntado o que fazer. Podem ser muitos comparados com os 28 mil da Luz pós-Dragão, mas  equipa não inspira euforias, apesar do pelo da bancada para não desistir.
Isto não pode ser uma formalidade burocrática.

18 dezembro 2014

Pois é!



Só soube do prognóstico no fim do jogo, vi apenas um frame de um golo que, se fosse marcado por Jackson (como já sucedeu), seria provavelmente anulado. E nem sei quem cometeu mais faltas. Ou foi mais ineficaz. Não vi, só me interessava saber da reacção do Sérgio Conceição no fim. Quem ri melhor...

O Espesso nem depois das 23.30h tinha uma linha sobre o jogo: quanto não vale ter a tal edição diária online...

Árbitro que não via os bloqueios do Benfica sabe já do exemplo de Jorge Sousa para usar só a seu favor

É isto, o despudor! O mote é lançado a Artur Soares Dias, nomeado para o jogo grande da Taça (julguei ter lido algures de que seria João Capela...).
"Em Lisboa isso não será permitido pelo árbitro", frisou Jorge Jesus. Coluna, num bate-papo na RTP, uma vez lembrou o seu tempo de jogador quando "o Benfica não tinha [anos 60] esse constrangimento dos árbitros"...

ASD costuma ter critério largo, mas só quando convém. Ficou conhecido como o árbitro que não via os bloqueios denunciados por Vítor Pereira - eis a importância de um treinador tuga que conheça as manhas todas e o historial desta gente. Contudo, convém avisar e de forma veemente. Jesus acendeu uma vela para o andor continuar erguido pelos sacristãos.
O Jorge Sousa já sabia, até pelo anterior clássico no Dragão, como agir em caso de faltas repetidas a truncar o jogo e deixar os adversários do Benfica sempre de costas para a baliza.
Com Jorge Sousa devia funcionar por sinais de fumo, estava longe, em Paredes.
Com outro portuense ASD, não vá o diabo tecê-las, mais vale dar um berro.
Este desplante não merecerá um ui, nem ai, nem ei, antes ii, dos editorialistas da bola tuga.
O regime é assim e por isso se fala dos Espírito Santo: Filho e tementes a Deus. E reforça: a catedral ajuda. Pois. O árbitro ajoelhará. Tudo isto é de bradar aos céus!

Ainda não tinha visto esta capa comovente, condigna com o Natal e o seu significado.
O exemplo da PROPAGANDA NO SÉCULO XXI
Acho que vou apenas tomar atenção ao que Sérgio Conceição dirá no fim do jogo. Isto se ninguém se meter com ele antes do túnel...

À espera das entrevistas

 
Com tantos ventríloquos cá fora em seu nome só falta mesmo ouvir a voz do ex-Primeiro-Sinistro contra comentadores, jornalistas, juízes e tudo para gáudio das "pessoas decentes". Entretanto, além das carpideiras súcia listas, o advogado vai distraindo o pessoal com promessas de títulos (de entrevistas) e garantias de "deixar cair uma bomba".

 
Acho que para terminar o ano da forma como o começou mais vale estar calado, se não tem nada para dizer. Mas como o velho Maroscas Chulares, Pinto da Costa não se dá conta, e a corte cala-se à sua volta, de que só faz rir e ter pena da decadência intelectual com o avanço inexorável do tempo. Porque só nos diria poder contar o que "seria uma bomba".

Antes do Tema do Dia de ontem, já tinha isto escrito e agendado para a madrugada, mas o me(r)diatismo e a contextualização impunham uma cronologia nesta cegada que se torna pior ao meter bola e política tugas.

17 dezembro 2014

Pinto da Costa visita Pinto de Sousa mas não o que foi dos árbitros...

Como lembrei há dias, passaram 10 anos (7/12/2004, jogava o FC Porto com o Chelsea e antes de ir ganhar a Yokohama a 2ª Taça Intercontinental) sobre o interrogatório de Pinto da Costa no Tribunal de Gondomar, onde se deslocou voluntariamente depois de ter ido descansar à Galiza., no âmbito do processo conhecido por Apito Vermelho Dourado nascido nas margens do Douro e transformado, sub-repticiamente, num furacão com epicentro no Dragão inaugurado apenas um ano antes. Ah, o FC Porto, entretanto, em Outubro, ganhara na Luz com um tiraço de McCarthy, bem dentro da baliza de Moreira, protestando os benfiquistas que um tiraço de Petit também tinha entrado mas apenas com a sua proverbial jactância e exagero nas medições de tudo e de nada, do nº de adeptos ao de títulos, sendo que nada era e é o que vêem à frente do nariz. E uma série de acusações gratuitas, como o "meio metro dentro da baliza" dito pelo Trapalhoni, ao costumeiro epíteto de "ladrões de troféus" que os de telhados de vidro (lã de vidro, amiúde pelos ares em dias mais ventosos) atiram aos dos vizinhos - o panfleto do Benfica não tardaria a questionar jogos de 2004 na Champions...
 
O processo, nascido nas profundezas lisbonenses e movido, interna e revulsivamente, pelos poderes fácticos cedo identificados com o Apito Avermelhado, em pouco mais de um ano e quando o novo Poder Executivo eleito em 2005 remexeu o Código de Processo Penal para aliviar as dores pederastas de uns quantos assarapantados, acabou no Pito Dourado revelado a mentir em Tribunal e por fim extinguiu-se no Pífio Dourado que não deu verdadeiramente em nada para o que foi superior e malignamente orientado.

 
Pelo meio, com condenações e motins no famoso 4 de Julho de 2008 na FPF das madrugadas que cantavam, muita gente na lama; Boavista e Leiria despromovidos; várias personalidades passaram uns maus bocados até as reparações judiciais reporem a normalidade dos factos. Entre eles, para atalhar, estava um Pinto de Sousa, ex-líder dos árbitros, que Pinto da Costa jurou "pôr as mãos no fogo" pelo amigo que, como o presidente do FC Porto e o do Boavista de que José António Pinto de Sousa era associado e ex-dirigente, foi enxovalhado na Justiça.
 
Mas a Justiça fez-se, demorou a agir mas actuou no seu tempo, apesar do me(r)diatismo vibrante, de capas e violações de segredo de Justiça que abriam escutas em telejornais - como na RTP de onde o pivot de então, Rui Cerqueira, chegou a director de Comunicação do FC Porto após alegres estardalhaços com as capas do Correio da Manhã nos telejornais do almoço e as nada púdicas emissões do Monte da Virgem assestando baterias sobre o FC Porto e o FC Porto mais do que tudo o resto, assim ditavam as manchetes várias que a RTP amplificava, reproduzindo os pormenores picantes de excertos judiciários e resenhas de livro de alcova de uma amarga Salgado que passou de 1ª dama a alternadeira condenada e também já desaparecida, consta que pelo Além-Tejo...
 
Mas, hoje, as coisas são como são, 10 anos não têm os mesmos largos dias que 100 anos, e tivemos a visita de Pinto da Costa a um Pinto de Sousa que, por sinal, era o Primeiro-Sinistro desse tempo de ferro e fogo sobre o FC Porto,:com a Justiça manipulada e ameaçada (procuradores do Freeport, toupeira no Eurojust), a PGR agachada junto ao sonso beirão Pinto Sousa Monteiro e a cândida Almeida que secundava "não haver corrupção em Portugal", e a Imprensa em vias de ser assaltada numa Face Oculta em que, no meio da sucata de Ovar, os "amigos do Joaquim" preparavam o atentado ao Estado de Direito que se escapou pelas traseiras: era o golpe via PT onde pontificava o ganadeiro Granadeiro e o indiano Bava além de um puto Pinto de Sousa Pedro Soares  Dragão de Ouro que tanto comprava direitos da Liga espanhola para uma tv a surgir com o dinheiro de alguém como fazem os socialistas do capitalismo dos outros como se aprestava, silenciando a Moura Guedes mas elogiando o Marcelino, entre a rapina de emails de jornalistas de outros periódicos e "jornalismo de sarjeta" ou algo "travestido de jornalismo" na TVI a arrombar, para montar um império de comunicação que não era propriamente em favor do FC Porto...
 
Talvez Pinto da Costa, esquecido dessas manigâncias embora ressentido com as mesmas, queira partilhar com o Pinto de Sousa o que são as agruras destas vidas; ou explicar-lhe que montar a Justiça a dedo, para os amigos, como foi feito pelo então ministro da dita que lá safou a pedofilia a contento e ao custo de se "cagar para o segredo de Justiça", devia ser igual para todos mas nunca é; ou que peça finalmente explicações ao preso preventivo 44 indiciado de crimes graves como é que, sem ter estado preso, o presidente do FC Porto teve de passar, ainda hoje passará, por estas provações.
 
 
Decrépito e malcriado, como Mário Soares, é fácil passar dos "bandalhos" do ainda DDT aos "palhaços" de outro velho presidente que quis mas não conseguiu ser DDT.
 
Resta saber se as reminiscências do Pífio Dourado fizeram confundir um Pinto de Sousa com outro, sendo que nem o dos árbitros nem Pinto da Costa foram indiciados dos crimes que se imputam ao presidiário eborense que no seu tempo de DDT não foi tido como solidário para com o Pinto de Sousa dos árbitros ou o perseguido presidente do FC Porto. Pinto da Costa acaba de fazer uma inusitada amplificação de um caso que pode trazer ligações e ilacções justicialistas como o Apito Avermelhado que não afectou os vermelhos e nem os trâmites da Justiça foram os mesmos para agora se desacreditar o sistema.
 
Como Pinto da Costa diz ter feito uma visita pessoal a alguém "que muito prezo" (sic), pode ter sido por outra coisa qualquer mas decerto não foi por coisa boa. É possível separar a condição privada da institucional? Mas já nem nesta eu reconheço legitimidade a Pinto da Costa, que como portista não me representa e do qual há muito me afastei!

Podem retorquir sobre a condição da solidariedade pessoal e por aí fora. Mas se o cidadão Pinto da Costa, radical de Esquerda ou não, me é totalmente alheio ao ponto de me marimbar, como escrevi, se ele perdeu dinheiro em aplicações eventualmente especulativas no BES, a verdade é que sendo eu portista de muito antes de Pinto da Costa ser reconhecido como tal sei que Pinto da Costa está confundido, para o bem e para o mal, com o FC Porto. E o que se passou com o FC Porto este século foi imperdoável para poder passar em claro a portistas que se prezem e esses nunca se reverão em aspectos marginais que se pretendam como "pessoais". E fazer a figurinha triste que fez, com observações abjectas a familiares de jornalistas que possam estar presos, pode ser uma marca própria do baixo nível do cidadão mas, embora não para mim, o vulgo não deixará de ver nele o presidente do FC Porto - além de ver em Sócrates o maior crápula do pós 25/4 e com o seu ainda vivo séquito de ruinosos pulhíticos da desgraça tuga.

Passe o absurdo, pegando noutra figura venerada noutros tempos mas ridícula até à hora da morte que se aproxima e devia merecer outra atitude na vida dos próprios, em vez de andarem a vingar-se aqui e ali antes da descida ao Purgatório e os 9 níveis que compõe o colorido e grotesco Inferno de Dante, não se pode admitir que Mário Soares, como cidadão que foi antes presidente do Executivo e da República, diga que Isaltino Morais, cidadão preso por fraudes várias, é um bom homem e "não se percebe como foi preso" tendo este sido edil de Oeiras e política e judicialmente punido enquanto tal, neste caso ainda agravado pelas sentenças transitadas em julgado e apenas proteladas por anos devido a expedientes dilatórios que os recursos na Justiça, atamancada por manobras políticas, permitiram - tal como adiaram a detenção, inevitável, do actual preso preventivo 44 favorecido com o desterro na ala feminina do Estabelecimento Prisional de Évora.

De resto, para os desmemoriados, convém associar a tudo isto, rebobinando o filme, o apoio do presidente do FC Porto antes dado a candidatos socialistas, de Elisa Ferreira e Francisco Assis. Não há nada inocente nestas atitudes e só os néscios dissociarão os planos que fatalmente se misturam. E os lamentáveis papéis a que Pinto da Costa presidente do FC Porto se dispôs há muito me indignaram entre outras trapaças que a maioria do público desconhece.

E não se pode fazer passar este desvelo súbito ou devaneio pessoal como um separar das águas feito pelo Moisés de Lisboa que, isolando o Partido do Prisioneiro, deixará secar o terreno para fazer, pelo Natal, a travessia necessária até à outra margem, seguindo para Évora com a Terra Prometida à vista. Estas coisas não são inocentes e, obviamente, não deixaram de ser vistas como suspeitas quanto a ética, moralidade e um certo sentimento alardeado de civismo. Bah...
 
Eu certos amigos nunca tive e orgulho em certa gente muito menos. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és aplica-se perfeitamente ao caso. E não se recomenda todo e qualquer gesto, porque não é tudo e porque a linguagem trauliteira atraiçoa o espírito, nada natalício.

De resto, gosto pouco de alegados e autoproclamados "salvadores da Pátria".E sei distinguir os filmes e reconhecer os personagens.

Os homens não seguem títulos, mas a honra - de William Wallace, filme Braveheart

16 dezembro 2014

Mau dia para visitar um benfiquista mesmo em "a título pessoal"

PInto da Costa, cidadão livre e independente, também acha que somos todos iguais mas uns mais iguais do que outros...
Terá ido lembrar certos conceitos ao Pinto de Sousa? Ou falar das incidências do clássico? Para animar o preso preventivo que andava abatido com a exclusão europeia?

Ainda bem que foi uma "visita privada"...

 
... podia querer levar uma camisola autografada ao velho amigo Pinto de Sousa!
Conta-me uma história que tenha Barbas: por exemplo, comprar 12 livros carolíngios

Qual destes podia descair-se e visitar um amigo público na prisão?

DVD de Natal para Jorge Sousa

Evitei tocar no assunto após o clássico, tal como fiz frente ao Sporting na Taça de Portugal, para não se pensar que são de atribuir só às arbitragens os maus resultados no futebol. Mas as más arbitragens existem, não devem ser escamoteadas e até são patentes, visíveis e risíveis - cada vez pior, como venho assinalando há vários anos, apesar do profissionalismo, das condições de trabalho, dos apoios da mais diversa ordem (técnica, psicológica, financeira).
 
Acontece que entre muitas variáveis (uma pelo menos em cada pessoa em campo, mais as nuances trazidas para dentro dele por pessoas que acabam de fora mas determinam bastante do que pode suceder lá dentro) num jogo de futebol temos ainda a sorte do jogo: é um jogo, tem uma margem de sorte(azar e isso mede-se pelas incidências diversas que podem influenciar o curso de um jogo e ditar o resultado final. Nada de novo neste introito e não quero alargá-lo ao ponto de aborrecer e levar a desistir-se da leitura seguinte.
 
Uma das sortes ou dos azares do jogo tem a ver, não só com a bola que bate no poste ou a defesa acidental de um g.r. ou o desvio de um defesa para golo ou para fora, implica com as decisões dos árbitros, mesmo que sejam inocentes, inconscientes, humanamente possíveis de avaliar e de decidir na hora.
 
O FC Porto não tem tido a sorte de boas arbitragens, ao contrário do Benfica. Podia repetir tantos resultados adulterados pelas arbitragens que levaram o Benfica com 3 pontos de avanço ao Dragão, pegando em árbitros que tenham apitado jogos do FC Porto e outros jogos, com o Benfica ou outras equipas, para analisar o tão criterioso... critério.
 
Mas fiquemo-nos por Jorge Sousa, presente nas duas derrotas no Dragão esta época.
 
Já nem quero pegar na bola no braço de Maurício em Alvalade, que para mim considerei acidental a remate de Jackson. Tomo apenas o ressalto que levou a bola ao braço, claramente visto, de Jonathan Silva no jogo da Taça, com 1-2 no marcador, e que Jorge Sousa terá decerto visto, de tão evidente, mas decerto considerado acidental.
 
Pegue-se na bola no braço de Jackson, de cuja recarga o colombiano fez um golo depois invalidado e que daria o 1-2 frente ao Benfica, talvez potenciando a reviravolta que outra bola na trave (o primeiro remate já batera na trave antes deste lance de golo anulado) poderia transformar em termos de resultado.
 
Eu percebo que o golo seja anulado, numa daquelas jogadas de qualquer decisão boa, ou seja podia ter valido. A bola bate acidentalmente no braço, rematada por um colega, e Jackson não o mexeu, não controlou a bola deliberadamente: aproveitou o ressalto, o remate, e marcou. Ninguém pode dizer que não foi acidental a bola no braço, mas o certo é que desta vez o acidental foi deliberado para Jorge Sousa e o FC Porto não teve sorte com estas decisões de arbitragem que podem suceder a qualquer equipa e a qualquer árbitro mas marcam a actuação do juiz portuense que as más-línguas marcaram, ridiculamente, como ex-elemento dos Super Dragões, algo nunca provado mas sempre referido.
 
O FC Porto, pelo Torto Canal, poderia enviar um DVD simpático a Jorge Sousa, à CA da FPF, ao vi-te ó Pereira, ao Senhor Lucílio Baptista até a um ministro que o deite depois pela janela fora como já sucedeu noutras circunstâncias com outro clube.
 
Os lances de bola na mão perdoadas aos adversários e castigando o FC Porto são apenas exemplos do aleatório do jogo que, entre bolas nos postes e ressaltos que dão golos, definem jogos e resultados mercê da actuação dos árbitros, seja nos fora-de-jogo milimétricos tirados a uns e negados a outros ou na acção disciplinar de que, ao contrário da Europa, o Benfica também não se queixa.
 
Ainda esta jornada voltei a perceber a atenção dedicada a dois figurões novatos mas já a deixarem os seus nomes em brasa nestas jornadas e ambos de Braga: Luís Ferreira e Jorge Ferreira. O 1º voltou a expulsar jogadores por dá cá aquela palha, queixou-se o Estoril na Madeira, sendo que perdoou um vermelho directo a Maxi Pereira no jogo com o Moreirense e quando os minhotos ganhavam 1-0 na Luz podendo jogar grande parte da partida em superioridade numérica mas acabando por acabá-la com 10 e a perder também com um penálti de risota de Lima em si próprio... O 2º, o tal que expulsou Maicon mas foi brando com um Sturgeon do Belenenses frente ao V. Setúbal, podia ter expulsado Maurício no Sporting-Moreirense, por braço na cara de um jogador minhoto, mas acabou a expulsar Ramon Cardozo já nos descontos por um 2º amarelo numa falta que nem existiu, embora o 1-1 já não sofresse alteração.
 
Quanto ao campeonato, vai assim, com o andor ao alto, rumo ao Natal protector do menino Jesus. O Benfica, fora da Europa e com arbitragens amigas, é o grande favorito ao título, mas ainda falta muito, muito jogo. É diferente ser favorito de estar já tudo decidido, como é diferente o tratamento de bola no braço, de braço na cara e de cara e coroa em que os maus árbitros tugas se enredam a coberto de encobrirem os seus desmandos arbitrais para que vingue o beneplácito de agora tudo ser às mil maravilhas. Bas ver as classificações avulso e a solo que se vão fazendo mesmo nos pasquins que nelas desvirtuam tanto ou mais os jogos, e deliberadamente, do que os maus árbitros em campo.

15 dezembro 2014

Sorte suíça com o Basileia

Enquanto começaram por sair os mais difíceis PSG - reencontro com o Chelsea - e M. City - idem com o Barça -, além de a Juve recuperar memórias de antigas finais com B. Dortmund (1993, UEFA a 2 mãos; 97 Champions em Munique), os alemães acessíveis calharam aos espanhóis sobrantes: Leverkusen-Atl. Madrid e Schalke-Real Madrid que é também um reencontro da época passada - uma inevitabilidade dada a estratificação solidificada dos crónicos presentes na Champions.
 
Ficou a emoção final para dividir entre Mónaco e FC Porto quanto ao Basileia e Arsenal, já que o Shakhtar calhou ao Bayern e não podia defrontar o FC Porto, cabendo por fim a Wenger reencontrar o Mónaco e sobrar o Basileia para o FC Porto.
 
É um bom adversário suíço para o FC Porto, ainda que não um propriamente fácil: o já crónico campeão suíço tem crescido imenso na Europa e este ano com Paulo Sousa ao comando logrou passar a fase de grupos à custa do Liverpool. Lá para Fevereiro o campeonato helvético ainda estará parado pelo Inverno, pelo que a rodagem portista pode ser outra mais-valia no confronto inédito com este opositor, falta acertar o calendário que traz a vantagem de quatro datas diferentes para cada ronda.
 
Boas perspectivas de seguir em frente, até lá a equipa de Lopetegui tem de crescer mentalmente. E não dar um passo em falso, perdendo a oportunidade de chegar aos 8 melhores da Europa e, quiçá, sonhar ir uma eliminatória mais longe.
ACT.:
O calendário vai, desta vez, permitir ver os melhores jogos separadamente, já que com quatro alemães presentes o jogo Juve-Dortmund não poderia ser noutros dias (preferia-o ao Arsenal-Mónaco, mas vale por Leo Jardim e os portugueses):
Round of 16 draw:
17 February & 11 March
Paris Saint-Germain (FRA) v Chelsea FC (ENG)
FC Shakhtar Donetsk (UKR) v FC Bayern München (GER)
18 February & 10 March
FC Schalke 04 (GER) v Real Madrid CF (ESP)
FC Basel 1893 (SUI) v FC Porto (POR)
24 February & 18 March
Manchester City FC (ENG) v FC Barcelona (ESP)
Juventus (ITA) v Borussia Dortmund (GER)
25 February & 17 March
Bayer 04 Leverkusen (GER) v Club Atlético de Madrid (ESP)
Arsenal FC (ENG) v AS Monaco FC (FRA)

O que nos dará a Champions?

Para já, a ilusão de sendo 1º do grupo apanhar um 2º de outro grupo e com o 2º jogo em casa. Mas se temos PSG, Juve e M. City como adversários mais fortes e a evitar, leque em que não enquadro o actual Arsenal que fica num patamar equilibrado, enquanto os sobrantes Leverkusen, Schalke e Basileia são mais acessíveis às possibilidades do FC Porto de passar aos 1/4 da Champions, as hipóteses de nos calhar mesmo um tubarão dos mais cotados crescem com as restrições impostas a outros vencedores de grupo que forçosamente evitam alguns destes, no caso pelo menos o M. City e Arsenal face ao Chelsea que, deste modo, fica reduzido a ter entre Leverkusen, Juve, PSG e Basileia, pois também o Schalke, que foi do seu grupo, lhe está vedado.
 
Finda a fase de grupos, é curioso notar o que nunca se realça como balanço dessa 1ª parte da temporada europeia:
 
- dos primeiros 13 entrados directamente nos grupos mediante o seu coeficiente, apenas o Benfica não se manteve na Europa, sendo 5º nessa tabela;
- os vencedores de grupo foram todos os 6 primeiros à excepção do Benfica, mais o B. Dortmund (8º), o Mónaco (22º) e o FC Porto, vindo do Play-Off mas cujo coeficiente de 105,459 pontos lhe daria o 8º lugar que, de resto, o colocou como cabeça-de-série na 1ª fase e, como tal, venceu o seu grupo a par dos primeiros, por esta ordem, Real Madrid, Barelona, Bayern, Chelsea, Atl. Madrid (6º) e o já citado B. Dortmund e o Mónaco.
- de todos os 22 (até ao Mónaco) com melhor coeficiente entrados na fase de grupos, além do Benfica, só CSKA Moscovo e Galatasaray ficaram remetidos às lides domésticas;
- entre os 10 sobreviventes do Play-Off, entre os quais o FC Porto, os 5 com coeficiente mais elevado continuam na Europa e os 3 de coeficiente mais alto continuam na Champions, sendo Arsenal e Leverkusen precisamente os outros apurados que, como o FC Porto, continuam em prova.
- ou seja, a estratificação é um dado adquirido e de outras equipas do PO da Champions só o Zenit e o Athl. Bilbau transitam para a Liga Europa;
- por fim, de todas as outras equipas envolvidas nos grupos da Campions, à excepção dos citados Benfica (5º), CSKA (15º) e Galatasaray (19º coeficiente), todos continuam na Europa, seguindo uma boa parte para a Liga Europa.
 
Dos possíveis adversários para o sorteio desta manhã (11h) em Nyon (Suíça), o FC Porto só nunca defrontou o Basileia, agora dirigido por Paulo Sousa. Que seja agora! E que haja boa sorte!

Ao fim e ao cabo, todos querem o mesmo!

14 dezembro 2014

Uns com o futebol outros com os golos

Além da forma pífia de sofrer os golos - num lancamento lateral e numa má defesa de fabiano - o FC Porto volta a padecer dos seus erros de finalizacao, como sucedeu com a eliminacao da taça frente ao Sporting.
Repõe o problema da juventude e inexperiencia da equipa que sofre com as manhas de conjuntos mais traquejados, nas inevitaveis dores de crescimento.
Só o tempo levará ao amadurecimento por forma a superar as vicissitudes dos jogos, como a infelicidade de lances inocuos na defesa e as ocasiões goradas na frente. Na 1a parte, até pelo golo sofrido, o futebol perdia para o raguebi. O 2o golo, também saído do nada, matou o jogo, até porque o golo caseiro redentor foi escapando sabe-se lá como. A equipa portista voltou a não ter sorte nos remates. Um golo estimularia a reviravolta. A eficácia da champions anda arrredia no campeonato.
De resto, como antevi, a eliminacao europeia do Benfica só favorece a concentracao nas provas domesticas.
Ainda hoje o Liverpool falhou 6 golos feitos, de Gea foi o melhor em campo e o M. Unites venceu 3-0. Há que aceitar os resultados.

13 dezembro 2014

Efemérides com Justiça rumo à liderança

Passa mais um aniversário da 1ª conquista de Tóquio, era madrugada de 13 de Dezembro em Portugal e dia alto, com nevão impressionante, na capital nipónica. Uma Taça Intercontinental em 1987, quando o Peñarol ainda era um dos mais cotados emblemas sul-americanos, depois outra em 2004, fez ontem 10 anos do remate certeiro de Pedro Emanuel que fez esquecer os dois golos mal anulados a McCarthy e que evitariam o suplício do prolongamento e dos penáltis levados ao extremo pelo desmaio, ainda no tempo extra, de Vítor Baía e o amarelo, 2º cartão e expulsão, de Diego a encher-se de razões contra o g.r. cabeludo que fazia as delícias do Once Caldas.

E se tivemos em 2013 o 11 de Maio, no Momento Kelvin, agora poderemos festejar o 14 de Dezembro de ascensão ao 1º lugar do campeonato para o que basta uma vitória amanhã.

Uma vitória que não será fácil ante um opositor rodado e experiente, que manteve a base e o treinador o que é uma dupla vantagem face uma equipa nova e com novo treinador mas já ambos adaptados ao nível tuga que não é acessível a qualquer neófito da estranja, como já percebeu Lopetegui.

Acontece o desejado Porto-Benfica, claramente já o jogo de maior cartaz na parvónia apesar do paroquialismo saloio dos que apenas conhecem os limites alfacinhas e quedam na ignorância territorial normalmente identificada com o regime, e sucede o embate dos velhos e mais encarniçados rivais num ambiente, diz-se, de menor distensão entre os seus já velhos presidentes que, de tão calejados, conseguem encontrar circunstâncias favoráveis para aproximações, mesmo que indirectas, estratégicas e pontuais que não só esqueçam antigas diatribes recíprocas como enfurecem os novatos irados com tais recuos julgados impossíveis (falo do caso da Liga, ao que já nem ligo tal a podridão generalizada).
 
E tudo isto num contexto turbulento do País que reclama e já aplaude uma Justiça pró-activa e que não se deixa levar pelas emoções e picos de me(r)diatismo serôdio, com sucessivos casos graves finalmente postos a descoberto. Há precisamente 10 anos dava-se o êxtase do Pífio Dourado e com o frenesim recente até passou despercebido o 7 de Dezembro de 2004 em que o Porto, precisamente, preparava a ida a Yokohama para a 2ª Taça Intercontinental, a última do seu género mas das que contam e não uma qualquer taça latrina, e recebeu o Chelsea de Mourinho, acabado de deixar o Dragão com a conquista do Mónaco em Gelsenkirchen, para vencer (2-1, Diego e McCarthy, que marcariam o resto do ano até ao Japão como acima evocado) e seguir em frente na Champions.
 
Nessa noite, precisamente, causando a sua ausência da "final" do Dragão, Pinto da Costa era ainda interrogado tendo livremente assumido a ida à Judiciária para prestar declarações após o furibundo acto de devassa e prostituição em redor de um anódino caso de corrupção de arbitragem nascida no âmago regional entre duas localidades separadas pelo Douro (Sandim e Gondomar). É que ninguém mais lembrou isto, nem os escrevinhadores de ocasião de então nem os que, na voragem noticieira actual, esquecem o que ontem se passou e debitam fogachos e enchem programações de fait-divers - esquecimento, de resto, fomentado ainda pela actuação, serena e desligada de interesses obscuros em que amiúde alguns a envolvem, da Justiça de que hoje tanto se fala e que, em toda a linha, absolveu Pinto da Costa e o FC Porto das malfeitorias que uns bandalhos, no dizer de Maroscas Chulares, encenaram alarvemente.
 
Até o grunho vieirista saberá agora calar as atoardas que ao longo deste tempo andou a propagar. Oportunista e silenciosamente passando sempre entre os pingos da chuva, não levantará tempestade em copo de água como lhe deu jeito fazer para ganhar dois campeonatos de permeio entre os do FC Porto que, mesmo com o Pito Final, não deixou de ganhar, nem pelo de antes, nem pelos que se ergueram contra a potência futebolística incapazes de derrubar.

12 dezembro 2014

Dos siameses cativantes de Lisboa

Uns começaram a perder em casa, sofrendo os horrores dos rigores arbitrais, mas coroados com aplausos.
 
Outros foram aos rigores londrinos andar ao soco entre si e festejarem com petardos a eliminação, entre insultos ao Mourinho e à Gazprom.

Seria fastidioso enumerar os muitos atributos consistentes com a afirmação de ambos os dois clubes capitolinos terem patenteado "muita qualidade" na Champions. Afinal, a Imprensa faz as capas e essas revestem tudo. É como certa gentinha armar-se aos cucos e fazer tudo menos querer saber o essencial... como o faz de conta do PS na CPI ao BES/GES.
 
Ainda bem que o Costa do Castelo não exigirá taxa turística à entrada de mirones em Lisboa. Estou cheio de vontadinha de lá passar uns tempos, aproveitando a borla para entrar e sair sempre que quiser.
 
Tomara o preso 44 poder fazer o mesmo. Eu sei dar valor à liberdade.

10 dezembro 2014

Novo reino do leão feito benfiquinha

E prontos, o FC Porto tem mais hipóteses com o Schalke como possível adversário na fase seguinte da Champions mas pouco futuro a sorrir-lhe na competição só para os maiorais. Passaram os alemães e transita o Sporting para a Liga Europa, para fazer a vez do Benfica e alegrar as transmissões da SICK na Primavera.
 
Não podia ver os jogos e em trânsito de volta à fronteira já captava rádios tugas e pressentia o velório ao intervalo, de resto extensível ao songa-monga do Dragão que não entusiasma muita malta a sofrer de amores pelas equipas lisbonenses. Valia então que o Schalke ainda não ganhava na Eslovénia e o Sporting não aguentava a pedalada cicloturista do Chelsea que, com pesar radiofónico, marcara dois de rajada e surpreendia os radialistas tugas talvez convictos de que seria possível vencer em Londres e de cuja hipotética proeza, e proclamada força leonina, as capas dos pasquins capitolinos gabavam antecipadamente.
 
Enquanto o FC Porto cumpria calendário, o Sporting afundava-se e o destino fugia-lhe das mãos com o Schalke a vencer onde ninguém conseguira. Independentemente de o FC Porto marcar ou perder, o som e o tom ecoavam de Londres e amplificava-se em Lisboa, consumada a eliminação prevista, mas muito lamentada e lamuriosa, da equipazinha que ainda vi encher-se de amarelos e ao Silva argentino ser perdoada a expulsão por acumulação, já eu jantava do lado de cá e via, por fim, todos os golos no fecho da emissão da SportTV.
 
Pareceu-me, sem ouvir se o Marco "nunca falo de arbitragens" Silva da moral de trazer por casa comentava alguma espécie de "o árbitro condicionou os meus jogadores com amarelos", que o Sporting acima de tudo se comportou como o Benfica, com arbitragens suaves na paróquia e com árbitros sem titubearem lá na estranja, mas isso deve ser também culpa da Gazprom que também patrocina o Chelsea, todos esses malandros, diria o nº 44 de Évora, o Marocas Chulares e até o amargo Salgado...
 
De volta à estrada e à rádio do carro, novo ânimo. O FC Porto vai continuar a cumprir calendário na Champions, está feito ao bife até porque com o Chelsea a evitar dois 2ºs como M. City e Arsenal estes ficam como mais prováveis adversários do FC Porto no sorteio de 2ª feira.
 
Quanto ao Sporting, entre esfusiantes delírios de que justificou ir mais longe não sei bem como nem porquê pois só conseguiu ganhar dois jogos de ganhar em casa, passou de fiel defunto a promitente vencedor da nova competição para a qual se apurou, afinal, com garbo e dará muitas alegrias e capas de pasquins doravante.
 
Mais uma vez, o fracasso na Champions desencadeará a fanfarra exuberante dos repescados e fartaram-se de colocar os leões no patamar dos favoritos, isto sem se saber que outros adversários sairão da Liga Europa além de outros repescados como Roma e Liverpool.
 
Claramente, senti que voltara a Portugal. Parabéns aos siameses de Lisboa, que não aos primos do Espírito Santo.

Obviamente, só ao chegar, tarde, a casa e ler algumas coisas avulsas dou conta tanto de mais uma bizantinice sócretina desta vez por um sucateiro daqueles que insitem em condenar o preso preventivo, como lembrar-me dos solilóquios ouvidos na rádio sobre Carrillo partir toda a defesa do Chelsea e Adrien Silva ser um portento de jogador.

Estou de volta ao Portugal que conheço de memória.

Sporting sem Champions interessa ao FC Porto e... à SICK

À parte o pormenor de o Chelsea poupar jogadores, mesmo que não perder em casa seja questão de honra mas sem necessidade de forçar mais do que o q.b. para o empate que sirva ao Sporting, temos um pormenor fundamental na perspectiva do FC Porto.

O FC Porto usará menos titulares, não é mais nem menos que os outros, e fará substituições com alguns titulares para domingo chamados a "aquecimento". Pelo que me apercebi ontem pela hora de jogo, no único vislumbre que dei ao jogo, a entrada de Talisca por Lima é um exemplo, o titular entra para a meia hora final, não para ganhar, apenas para rodar. Lima será suplente no Dragão onde, hoje, por exemplo, Adrián Lopez ou Aboubacar será titular até entrar Jackson para um treininho.

Há, de facto, preocupações notórias se avaliarmos o ângulo correcto, e despartidarizado, que merecem aferição. E bem melhor do que comentadores encartados mas já devidamente gastos sejam capazes de zurzir ou urdir teorias e afinar conceitos espúrios, como o pateta Marcelo a falar do caso Sócrates como um caso político e não de crimes vários em sede judicial, assim a modos como o Salgado era o responsável de tudo mas não sabia de nada, era antes o último a saber...
 
O Sporting terminar em 2º lugar no seu grupo é menos uma vaga, que seria a do Schalke mais acessível para os 1/8 final, para o FC Porto na fase seguinte. Porque ser 1º do grupo pode ter vantagens, mas havendo aí alguns 2ºs lugares como escolher entre ser o Atl. Madrid ou a Juventus (ontem, Juve é 2ªa e potencial adversário do FC Porto) ou entre o Barça ou o Paris SG (a definir hoje, os franceses para já na frente) não é coisa que se deseje para a ronda a eliminar. Se o Sporting se apurar, como não pode haver confrontos nacionais é menos um adversário que não se pode escolher e isso não é bom atendendo ao lote de tubarões que ainda sobram como 2ºs.
 
De resto, a torcer tanto ou ainda mais do que o FC Porto, a SICK (não é acrónimo, apenas a palavra inglesa para "doente" - minha nova designação dessa televisão doentiamente do regime e absurdamente centralista e mais papista que o papa - precisa desesperadamente de uma equipa, para mais lisbonense, para abrir a sua temporada europeia com a Liga Europa. Sem Benfica que foi manã caído dos céus nos dois últimos anos, depois de limitada a equipas menores nos dois últimos anos na 1ª fase de grupos, a SIC terá uma época ruinosa se o Sporting prosseguir na Champions. Decerto haveria aí várias equipas europeias com portugueses a justificarem umas transmissões mais apelativas mas provavelmente em horário de lanche e não em prime-time. Mas não seria a mesma coisa.

Para finalizar estas reflexões da Champions, o tema da Champions futuramente na RTP tem sido evitado mas não deixa de ser uma escandaleira. Sobre o que é, o que pode ser e o que não se admite que seja essa treta mastodôntica da RTP renitente a travar prejuízos está aqui resumido e com suporte linkado.

09 dezembro 2014

BESfica histórico

Poucos momentos na história recente de Portugal tiveram o seu dia em cheio como o de hoje e bem preenchido. Não a despedida europeia do Benfica, mas a revelação do colapso do BESfica, como designei o conluio entre banco e clube sempre a reboque de oportunismos de circunstância e, como em tudo o que a gestão sócretina se intrometia, atendendo à simpatia do ex-Primeiro-Sinistro que ainda se rodeia, mesmo na prisão, de amigos benfiquistas como o de hoje Manuel Alegre, com transferências financeiras decerto escoradas nas relações privilegiadas do regime com as instituições venerandas do mesmo.
 
A maratona em comissão de inquérito parlamentar, que segui interessadamente por largos períodos da manhã e da noite, é daqueles tempos em que se faz história e se expõe, no fundo, o regime e se percebe a magnitude, não a grandeza balofa, de personalidades e instituições.
 
Do Salgado, meloso e manhoso, que mandava em tudo mas nada sabia ao Ricciardi de faca na liga pondo sempre o primo como que já atrás das grades, não foi a infausta jornada da Champions a dominar o dia, mas o falso e falido império, mais um, que por uns tempos foi uma instituição de relevo, como um Big Borther a pairar sobre tudo e todos e a ditar muitas regras e conluios num tempo de governança em que muitos se governaram e quem se acobertou à sombra do poder instituído pôde andar sossegado - lembro, por exemplo, a roda livre justiceira movida pelo Benfica contra o FC Porto no auge de uma certa maneira de ser e de estar que foram os anos mais negros desde o 25/4. Só os parvos e distraídos julgaram casual o feroz ataque de que o FC Porto foi alvo, helás, por causa da Champions aqui há uns tempos.

Como associar o BES, o Benfica, Salgado, a governança e um Governo Sócrates? José Guilherme, ora nem mais... Ou só um patarata como Marcelo acha ser político o caso do prisioneiro preventivo 44? Não há mais motoristas, mais amigos da Silva, mais confrades e genuínos parceiros nas teias do poder? E no enriquecimento exuberante de umas quantas figuras? E os negócios fora futebol de um presidente de um clube de futebol, que até se blinda, como os bancos, num "ring fencing" estatutário que inibe concorrência e mata dissidência? 
 
E se este catra-pum bancário pudesse ser uma premonição para um futuro menos risonho de alguma entidade, escorada noutra de pés de barro, endividada até ao pescoço e cujo afastamento europeu se configuraria o prenúncio de mais cortes no aventureirismo tuga de empreitadas não propriamente lucrativas e que não granjeiam bom nome?

Estranha Champions... das equipas B

Não é da Youth League que se trata, mas parece. A solidificação deste modelo de Champions - aquele que, a 8 grupos de 4 equipas, mais tempo durou e pior fez à competição pelo acréscimo de jogos de significado nulo - só demonstra o risco, não direi perigo, de massificação desastrada da principal prova de clubes do mundo. Já não há muitos jogos decisivos na última jornada que hoje começa e parece-me ser este o ano, contas por alto, em que aumentam os jogos do tudo ou nada que... não valem nada.
 
Temos hoje o Benfica B, amanhã o FC Porto e até um Chelsea B, entre outros. Se isto não é descredibilizar a Champions... bem, temos a audiência de Ricardo Salgado principal DDT por mais de uma década mas que não sabia de nada de mais importante na trama GES/BES.
 
E nada como isto, inopinadamente, suceder no futebol ao Benfica B, que não joga para nada, nem para ganhar jogadores como diz Jesus que os ostracizou até à data, nem para dinheiro, que não precisa a avaliar pela desvalorização do impacto sem Europa nas contas como costumam negar a evidência na Luz, embora possa interferir, directamente, na definição do 1º lugar do grupo, à mercê do visitante Bayer Leverkusen que tem tudo a lucrar com o desinvestimento súbito do Benfica nesta ronda até à custa de uma receita substancial para despedida - ah, pois, o dinheiro não interessa, há aí aos montes em parcerias e projectos visionários.
 
Há dois anos era o Benfica que contestava o Barcelona por jogar em Glasgow com o Celtic com uma equipa sem muitos titulares e os escoceses ganharam 2-1. O mesmo Benfica que precisava de vencer em Camp Nou e defrontou um Barcelona sem 10 titulares mas que não se queixou do antidesportivismo catalão e o desinteresse seu que prejudicava terceiros, no caso o Celtic que só precisava de fazer o mesmo resultado em casa com o Spartak de Moscovo que o Benfica fizesse em Barcelona.
 
Mas não é só o Benfica que volta a ser apanhado em contrapé na moral e bons costumes. Não, o FC Porto amanhã não fará igual, porque já é 1º firme no grupo e o Shakhtar também está já apurado, o jogo do Dragão não interessa, isso sim, nem ao menino Jesus.
 
Já o Chelsea, apurado e seguro 1º lugar, pode apresentar uma equipa de recurso ante o Sporting. Sporting que precisa apenas de um empate para passar. Imagine-se o chinfrim que seria em comunicados e visitas a UEFA, FIFA e ONU se fosse o Schalke a beneficiar do potencial mais reduzido do Chelsea para lhe bastar um empate para a qualificação. Era a Gazprom, o árbitro, uma conexão qualquer casual e rara, enfim, baste ver as capas dos pasquins para se perceber que mesmo sem Champions em Lisboa a Champions está presente sem nunca estar presente.
 
Porque o Benfica já se poupa para domingo e porque o Sporting, bem, não interessa que o Chelsea jogue sem meia equipa titular, talvez, nem convém fazer ondas e questionar Mourinho sobre o assunto.
 
Por acaso até foi bom o Chelsea perder pela 1ª vez esta época, ou teríamos o sonho leonino de fazer a façanha primeiro, para mais vencendo em Stamford Bridge onde o nosso Zé não gosta de perder nem a feijões mas também é verdade que com o M. City a 3 pontos na Liga inglesa o feijão já começa a não caber no olhinho do Mourinho...
 
Em resumo, discutir a perda de interesse da Chanpions nesta fase não é importante. Pelo menos não se sente alguma reflexão sobre o assunto.
 
Coincide que eu também não terei tempo de ver os jogos, especialmente amanhã, pelo que a mim calha interessar-me pouco. A não ser esta chamada de atenção aos moralistas do costume que, como ´
e hábito, metem a viola no saco.
 
Domingo o chip mudou por completo. Ou talvez já a partir de amanhã nos dediquemos às coisas de mais doméstica e ordinária administração.

06 dezembro 2014

Mais além

Num jogo com intensidade certa desde o inicio, com dois belos golos de Jackson e um entendimento perfeito Tello-Herrera,  cedo o FC Porto marcou distâncias para a Academica e esvaziando o risco de barraca comi na derrota da época passada. Mas passou a pensar-se no duelo pela liderança ainda para lá do próximo jogo da champions. Lopetegui podia ter feito substituicoes mais cedo. Entraram Quintero,  quaresma e Aboubacar, percebendo-se que podem seer eles os titulares na 4a feira cabendo aos outros   entrarem.
Melhor ataque e defesa, mais ampla diferença de golos, agora também Jackson lidera os marcadores: o FC Porto parece chegar ao momento-chave da 1a metade da temporada no melhor momento também.
O jogo de domingo é essencial.

05 dezembro 2014

Boavista em estado Sócrates contra o "sistema"

Foram quatro cartas a OCS e nenhuma de trunfo as jogadas me(r)diáticas de um enclausurado Sócrates, ontem visitado pelo comissário da ONU para os refugiados, Guterres. Ainda há jornais para satisfazer, sabe-se lá se não mesmo para o Correio da Manhã que o assombra como o Sol,  porventura alguns amigos a quem duplicar as súplicas que denunciam o mal-estar do preso preventivo desacostumado destas torturas, versão pagante, pois exerceu as mais variadas enquanto mandante.

Mas em nenhuma deu o trunfo de desmentir os indícios que lhe apontam, logrando só dizer (à RTP, em nome de respeitinho antigo e como ex-colaborador próximo e pro bono) que o apartement de Paris era alugado graças a um amigo "avantajado" e não acheté... E lá vai dizendo cobras e lagartos, num ressentimento conhecido, mas parece que alguém pôs os pontos nos ii de tão desinteressada punção para contar a verdade dos factos. A carta ao DN de ontem já foi denunciada  como aquela em que não respondeu ao que lhe perguntaram e até o delfim do Marcelino deixou de se pautar pelo amiguismo marca da casa. E logo entre jornalistas, que Sócrates conheceu distintamente perseguindo uns tantos, entre o elogio ao Marcelino ou o ódio ao "jornalismo travestido" numa dupla ofensa a Manuela Moura Guedes. Tudo sob os auspícios das "gentes de bem", sejam as que o visitam assolapadamente a coberto do amiguismo pulhítico mas ainda sem Vara, nem Costa, nem "o" Câncio, ou os que requerem um habeas corpus só para saber mais umas coisas comprometedoras da detenção e do perigo público que representava.
 
Do mesmo modo, num momento em que o "sistema" mantém apertado controlo na táctica da cacetada, o Boavista insurgiu-se contra os juízes de campo, as apreciações críticas na Imprensa e no fundo contra os experts que ou menosprezam os axadrezados ou denunciam a sua violência. Três expulsos de uma vez, no passado domingo, fizeram transbordar o copo axadrezado.

Genericamente, ficamos a saber que em todos os jogos que perdeu, creio que 5 (ou 6), o Boavista teve jogadores expulsos. Relação de causa-efeito é desconhecida e não foi desmontada por quem há muitos anos usou o expediente, socrático dir-se-á, do escape da Imprensa. Sobram, portanto, uns 3 jogos com vitória e sem expulsões e um empate também a acabar com 11 - o único empate no Dragão, por sinal num jogo em que, contrariando também as expectativas, foi o FC Porto a acabar com 10, sendo Maicon expulso com meia hora de jogo.
 
Como Sócrates coberto pela Justiça a seu mando enquanto Primeiro-Sinistro, também o Boavista não se queixou das arbitragens quando não perdeu e decerto nem nesse empate sem golos no dérbi, embora o árbitro rigoroso Jorge Ferreira não usasse com dois ou três boavisteiros o zelo disciplinar exercido sobre Maicon, e bem volto a frisar mas não perdendo de vista as entradas dos boavisteiros.
 
Em vésperas de receber o Sporting, clube Calimero por excelência, esta reacção do Boavista contra o "sistema" só não teve, porque a Imprensa lisbonense não dá eco e muito menos as tv's alheias a minudências portuenses, repercussão maior por receber precisamente um grande da capital. Já em 2000-2001, a equipa de Jaime Pacheco era muito elogiada e foi devidamente amparada pela Imprensa que preferia o xeque-mate ao FC Porto e um título "histórico". Na época seguinte, a mesma equipa de Pacheco e onde pontificava Petit no meio-campo, já se tornou numa equipa, histérica, de caceteiros, tal e qual, na compita pelo título com o Sporting.
 
Enquanto recebe visitas, Sócrates tagarela, pelo que contam, sobre o Benfica e terá muito ainda para filosofar quanto ao aproveitamento da formação do Seixal preconizado pelo Grande Líder Vieira perante o qual, finalmente?, Jesus terá de ajoelhar-se mas, à boa maneira socialista em defesa dos "pobrezinhos", veremos se a promessa será cumprida...
 
Nas horas de vazio, ao que parece existencial, a filosofia é um bocado desprendida mas austera, ao modo estóico. Ainda veremos, a par dos paradoxos em que labora mentalmente e enquanto insiste em fintas à Justiça com o endiabrado advogado, Sócrates transformado em Zenão, estático no topo de um pilar do EP de Évora, ensinando a rectidão de carácter e o dever democrático genuíno de respeito pelas instituições - quiçá uma premonição para beber, como o grego, a cicuta a que o Povo votou o velho filósofo ateniense.

O Boavista-Sporting, por fim, permitirá ver o "easy going" do árbitro portuense Jorge Sousa que apitou o Sporting no Porto para a Taça.

04 dezembro 2014

Na eleição do melhor do ano a letra diz com a careta?

É complicado e até algo tortuoso tentar explicar como se elege o melhor do ano no mundo e, contudo, aí segue a campanha de marketing e publicidade a despeito de, invariavelmente e inexplicavelmente, sempre aparecerem Cristiano Ronaldo e Leonel Messi entre os três melhores.
 
Os argumentos já foram expostos, mas os de uma facção só não são aplicáveis ao Universo dos votantes representando 209 federações inscritas na FIFA e cujos selecionadores e capitães de equipa votam sob as mais variáveis tentações e circunstâncias, como divertidamente se constata ano a ano desde as remotas ilhas do Pacífico aos igualmente suspeitos enclaves pouco falados algures em cada continente, de San Marino e Ilhas Faroe a Burundi em África e Ilha Dominica nas Caraíbas ou Trinidad e Tobago ao largo da costa sul-americana mas inserida na confederação da América do Norte e Central (CONCACAF).
 
Do lado português, é legítimo que presidente federativo e seleccionador, este ou o anterior há pouco afastado, puxem e votem em CR7.
 
Mas ao elencar o argumento, Fernando Gomes volta a mostrar pouca inteligência e capacidade de expressão, pois alegar que o melhor do Mundial não tem de ser o melhor do Mundo num ano porque no Mundial já recebeu o seu prémio individual é o mesmo para quem foi Bota de Ouro e recebeu o troféu de melhor marcador europeu, por sinal ex-aequo com Luís Suarez...
 
Prefiro sempre não ir por aí. Embora admita como certa a opinião de Buffon: "Messi é o melhor do Mundo, mas CR7 foi o melhor de 2014". É límpido, convicto, pessoal mas objectivo e directo. Não tem subterfúgios como os do idiota presidente da FPF que de licenciado parece sempre mostrar muito pouco em fluidez verbal, Português escorreito e sólida argumentação lógica e correspondente à realidade.
 
O que fez Messi para estar nos 3 melhores do ano? Pouco, tendo em conta que nada ganhou e o título de melhor do Mundial cuja final perdeu foi tão surpreendente para ele como para todos. Estou à vontade porque prefiro Messi desde sempre e acho-o melhor jogador da actualidade desde há vários anos.
 
A minha eleição foi feita antes e depois do Mundial:
- no final da época europeia 2013-14, concluídos os campeonatos, o melhor foi para mim Gareth Bale:
i) protagonizou a mais cara transferência de sempre, o que pode ser apenas um rótulo mas que demonstrou em campo e comprovou o elevadíssimo valor pago pelo Real Madrid;
ii) além de golos a solo absolutamente incríveis ao longo da época, o galês fez o golo vitorioso da final da Taça do Rei com o Barcelona, correndo mais de meio campo; e marcou o decisivo 2-1 na final da Champions em Lisboa, praticamente decidindo a 10ª do Real Madrid
 
- mas no total da época passada, já com o Mundial em cima, e o que vai desta, o melhor do ano para mim foi Angel di Maria:
i) nunca jogou tanto e de forma tão intensa e contínua ao longo da época como desta vez, decerto contribuindo a sagacidade táctica de Carlo Ancelotti numa harmoniosa arrumação do Real Madrid;
ii) marcou um golo (1-0) na final da Taça do Rei com o Barcelona e para Bale marcar o 2-1 no prolongamento da Champions com o Atlético foi di Maria quem entortou toda a defesa conchonera em Lisboa, tanto que a descrição do golo de Bale só vale pela jogada que o propiciou;
iii) além de golos e jogo toda a época, di Maria fez um Mundial sensacional, ao nível de Messi e não fosse a sua lesão que o afastou da meia-final e da final talvez, acredito, a Argentina vencesse a Alemanha;
iv) para 2014-15, confirmando toda a época anterior, di Maria custou cerca de 80ME ao M. United.
 
Bolas, se isto não são números de melhor de um ano não imagino quais possam ser.
 
Fala-se dos golos de CR7, sempre aos montes e com um novo recorde na Champions. Mas teve de partilhar a Bota de Ouro com Suarez, ganhou o mesmo que di Maria no tocante a troféus mas o Mundial de Portugal desfaz o resto, pois Ronaldo nem passou a 1ª fase. A penosa final de Lisboa, com um casual penálti aos 120' para mostrar o peito num jogo em que correu sempre por fora, foi o mote para o Mundial por arames. Decidiu a Supertaça Europeia e tem marcado com consistência na Liga esta época e também na Champions mas com muitos penáltis a favor.
 
Põe-se no meio disto tudo a questão alemã: o Bayern foi cilindrado pelo Real Madrid na Champions, mas voltou a ganhar a Bundesliga e a Taça da Alemanha e foi o esqueleto da selecção alemã campeã mundial. Sem um jogador arrebatador, mas uma equipa dominadora em clube e na selecção, o futebol alemão pode mostrar um g.r. de nível superior ao mundo, como Neuer, mas para quem tem Goetze a decidir o Mundial ou Th. Mueller de novo um dos melhores marcadores do Mundial como em 2010, a coisa não convence muito quanto a "nomes".
 
Ora, mesmo não ganhando o Mundial, mas com um brilhante 3º lugar, a Holanda pode exibir Robben, campeão alemão com o Bayern. Mas Robben não aparece, da mesma forma que Sneijder não apareceu nos 3 primeiros em 2010, mesmo tendo ganho tudo com o Inter de Milão (campeonato e taça de Itália, Champions em Madrid com Mourinho), depois finalista vencido e infeliz do Mundial da Áf. Sul.
 
Como foi possível não escolher, melhor, definir Sneijder o melhor de 2010? Como, para cúmulo, não foi universalmente apreciado para figurar nos 3 primeiros? Como, com este exemplo, poderia agora Robben aparecer? E como o futebol holandês com executantes de primeira água passa despercebido no contexto mundial?
 
Ontem mesmo, via Twitter, ripostei a um tuíte de um jornal inglês que evocava a saída de Kevin Keegan, em 1977, do Liverpool para o Hamburgo para justificar a Bola de Ouro, então só para jogadores europeus, mas uma justificação que 10 anos depois não serviu a Paulo Futre, campeão europeu e uma final de sonho em Viena, antes de sair do FC Porto para o Atlético de Madrid. Quem ganhou em 1987 foi Gullit, apenas campeão holandês pelo PSV e que se transferiu para o Milan mas ainda era um relativo desconhecido e só em Itália, num ano, explodiu para a ribalta.
 
Em todo este enquadramento histórico e esquadrinhamento dos momentos de 2014, para determinar quem merecerá ser eleito o melhor jogador de 2014, a descobrir em Janeiro próximo, talvez se recorrermos à eleição do melhor treinador do ano se possa ter uma ideia do resultado, favorecendo o Mundial - como eu o fiz em relação a di Maria.
 
Apesar do extraordinário trabalho de Simeone com o Atlético campeão espanhol e de novo infeliz vencido da Champions 40 anos depois da desfeita com o Bayern, sendo que o futebol colchonero não primava pelo brilhantismo nem sequer pelo "cavalheirismo", presumo que será Loew o premiado pelo título mundial indiscutível no Brasil.
 
Como assim? Se em Espanha, apesar de tudo, mesmo com Simeone eleito o melhor treinador no seu campeonato, nenhum jogador do Atlético figurou na equipa do ano da Liga, como poderia incluir-se algum colchonero numa disputa mundial, incluindo o seu treinador de resto com um perfil truculento e complicativo pouco do agrado do público em geral?

Pois mesmo sem di Maria, por causa do Mundial em que apesar de tudo Messi foi um dos protagonistas principais até ao fim - e numa jogada só sua quase resolvia a final do Maracanã -, o argentino deve ter mais hipóteses do que na época passada onde uma jogada de bastidores da FIFA favoreceu CR7 na contenda com o estender da votação a abarcar os feliz 3 golos na Suécia.
 
O que torna tudo isto pouco apelativo, depois do episódio grotesco de 2013, e os argumentos usados em geral são pouco razoáveis mas sobre um de peso que o Mundo pode validar: o Mundial foi mesmo o acontecimento do ano. E só esse em 2014. E Messi, já recordista de sempre em Espanha e também na Champions, deve contar mais desta vez.