Passa mais um aniversário da 1ª conquista de Tóquio, era madrugada de 13 de Dezembro em Portugal e dia alto, com nevão impressionante, na capital nipónica. Uma Taça Intercontinental em 1987, quando o Peñarol ainda era um dos mais cotados emblemas sul-americanos, depois outra em 2004, fez ontem 10 anos do remate certeiro de Pedro Emanuel que fez esquecer os dois golos mal anulados a McCarthy e que evitariam o suplício do prolongamento e dos penáltis levados ao extremo pelo desmaio, ainda no tempo extra, de Vítor Baía e o amarelo, 2º cartão e expulsão, de Diego a encher-se de razões contra o g.r. cabeludo que fazia as delícias do Once Caldas.
E se tivemos em 2013 o 11 de Maio, no Momento Kelvin, agora poderemos festejar o 14 de Dezembro de ascensão ao 1º lugar do campeonato para o que basta uma vitória amanhã.
Uma vitória que não será fácil ante um opositor rodado e experiente, que manteve a base e o treinador o que é uma dupla vantagem face uma equipa nova e com novo treinador mas já ambos adaptados ao nível tuga que não é acessível a qualquer neófito da estranja, como já percebeu Lopetegui.
Acontece o desejado Porto-Benfica, claramente já o jogo de maior cartaz na parvónia apesar do paroquialismo saloio dos que apenas conhecem os limites alfacinhas e quedam na ignorância territorial normalmente identificada com o regime, e sucede o embate dos velhos e mais encarniçados rivais num ambiente, diz-se, de menor distensão entre os seus já velhos presidentes que, de tão calejados, conseguem encontrar circunstâncias favoráveis para aproximações, mesmo que indirectas, estratégicas e pontuais que não só esqueçam antigas diatribes recíprocas como enfurecem os novatos irados com tais recuos julgados impossíveis (falo do caso da Liga, ao que já nem ligo tal a podridão generalizada).
E tudo isto num contexto turbulento do País que reclama e já aplaude uma Justiça pró-activa e que não se deixa levar pelas emoções e picos de me(r)diatismo serôdio, com sucessivos casos graves finalmente postos a descoberto. Há precisamente 10 anos dava-se o êxtase do Pífio Dourado e com o frenesim recente até passou despercebido o 7 de Dezembro de 2004 em que o Porto, precisamente, preparava a ida a Yokohama para a 2ª Taça Intercontinental, a última do seu género mas das que contam e não uma qualquer taça latrina, e recebeu o Chelsea de Mourinho, acabado de deixar o Dragão com a conquista do Mónaco em Gelsenkirchen, para vencer (2-1, Diego e McCarthy, que marcariam o resto do ano até ao Japão como acima evocado) e seguir em frente na Champions.
Nessa noite, precisamente, causando a sua ausência da "final" do Dragão, Pinto da Costa era ainda interrogado tendo livremente assumido a ida à Judiciária para prestar declarações após o furibundo acto de devassa e prostituição em redor de um anódino caso de corrupção de arbitragem nascida no âmago regional entre duas localidades separadas pelo Douro (Sandim e Gondomar). É que ninguém mais lembrou isto, nem os escrevinhadores de ocasião de então nem os que, na voragem noticieira actual, esquecem o que ontem se passou e debitam fogachos e enchem programações de fait-divers - esquecimento, de resto, fomentado ainda pela actuação, serena e desligada de interesses obscuros em que amiúde alguns a envolvem, da Justiça de que hoje tanto se fala e que, em toda a linha, absolveu Pinto da Costa e o FC Porto das malfeitorias que uns bandalhos, no dizer de Maroscas Chulares, encenaram alarvemente.
Até o grunho vieirista saberá agora calar as atoardas que ao longo deste tempo andou a propagar. Oportunista e silenciosamente passando sempre entre os pingos da chuva, não levantará tempestade em copo de água como lhe deu jeito fazer para ganhar dois campeonatos de permeio entre os do FC Porto que, mesmo com o Pito Final, não deixou de ganhar, nem pelo de antes, nem pelos que se ergueram contra a potência futebolística incapazes de derrubar.
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