Como lembrei há dias, passaram 10 anos (7/12/2004, jogava o FC Porto com o Chelsea e antes de ir ganhar a Yokohama a 2ª Taça Intercontinental) sobre o interrogatório de Pinto da Costa no Tribunal de Gondomar, onde se deslocou voluntariamente depois de ter ido descansar à Galiza., no âmbito do processo conhecido por Apito Vermelho Dourado nascido nas margens do Douro e transformado, sub-repticiamente, num furacão com epicentro no Dragão inaugurado apenas um ano antes. Ah, o FC Porto, entretanto, em Outubro, ganhara na Luz com um tiraço de McCarthy, bem dentro da baliza de Moreira, protestando os benfiquistas que um tiraço de Petit também tinha entrado mas apenas com a sua proverbial jactância e exagero nas medições de tudo e de nada, do nº de adeptos ao de títulos, sendo que nada era e é o que vêem à frente do nariz. E uma série de acusações gratuitas, como o "meio metro dentro da baliza" dito pelo Trapalhoni, ao costumeiro epíteto de "ladrões de troféus" que os de telhados de vidro (lã de vidro, amiúde pelos ares em dias mais ventosos) atiram aos dos vizinhos - o panfleto do Benfica não tardaria a questionar jogos de 2004 na Champions...
O processo, nascido nas profundezas lisbonenses e movido, interna e revulsivamente, pelos poderes fácticos cedo identificados com o Apito Avermelhado, em pouco mais de um ano e quando o novo Poder Executivo eleito em 2005 remexeu o Código de Processo Penal para aliviar as dores pederastas de uns quantos assarapantados, acabou no Pito Dourado revelado a mentir em Tribunal e por fim extinguiu-se no Pífio Dourado que não deu verdadeiramente em nada para o que foi superior e malignamente orientado.
Pelo meio, com condenações e motins no famoso 4 de Julho de 2008 na FPF das madrugadas que cantavam, muita gente na lama; Boavista e Leiria despromovidos; várias personalidades passaram uns maus bocados até as reparações judiciais reporem a normalidade dos factos. Entre eles, para atalhar, estava um Pinto de Sousa, ex-líder dos árbitros, que Pinto da Costa jurou "pôr as mãos no fogo" pelo amigo que, como o presidente do FC Porto e o do Boavista de que José António Pinto de Sousa era associado e ex-dirigente, foi enxovalhado na Justiça.
Mas a Justiça fez-se, demorou a agir mas actuou no seu tempo, apesar do me(r)diatismo vibrante, de capas e violações de segredo de Justiça que abriam escutas em telejornais - como na RTP de onde o pivot de então, Rui Cerqueira, chegou a director de Comunicação do FC Porto após alegres estardalhaços com as capas do Correio da Manhã nos telejornais do almoço e as nada púdicas emissões do Monte da Virgem assestando baterias sobre o FC Porto e o FC Porto mais do que tudo o resto, assim ditavam as manchetes várias que a RTP amplificava, reproduzindo os pormenores picantes de excertos judiciários e resenhas de livro de alcova de uma amarga Salgado que passou de 1ª dama a alternadeira condenada e também já desaparecida, consta que pelo Além-Tejo...
Mas, hoje, as coisas são como são, 10 anos não têm os mesmos largos dias que 100 anos, e tivemos a visita de Pinto da Costa a um Pinto de Sousa que, por sinal, era o Primeiro-Sinistro desse tempo de ferro e fogo sobre o FC Porto,:com a Justiça manipulada e ameaçada (procuradores do Freeport, toupeira no Eurojust), a PGR agachada junto ao sonso beirão Pinto Sousa Monteiro e a cândida Almeida que secundava "não haver corrupção em Portugal", e a Imprensa em vias de ser assaltada numa Face Oculta em que, no meio da sucata de Ovar, os "amigos do Joaquim" preparavam o atentado ao Estado de Direito que se escapou pelas traseiras: era o golpe via PT onde pontificava o ganadeiro Granadeiro e o indiano Bava além de um puto Pinto de Sousa Pedro Soares Dragão de Ouro que tanto comprava direitos da Liga espanhola para uma tv a surgir com o dinheiro de alguém como fazem os socialistas do capitalismo dos outros como se aprestava, silenciando a Moura Guedes mas elogiando o Marcelino, entre a rapina de emails de jornalistas de outros periódicos e "jornalismo de sarjeta" ou algo "travestido de jornalismo" na TVI a arrombar, para montar um império de comunicação que não era propriamente em favor do FC Porto...
Talvez Pinto da Costa, esquecido dessas manigâncias embora ressentido com as mesmas, queira partilhar com o Pinto de Sousa o que são as agruras destas vidas; ou explicar-lhe que montar a Justiça a dedo, para os amigos, como foi feito pelo então ministro da dita que lá safou a pedofilia a contento e ao custo de se "cagar para o segredo de Justiça", devia ser igual para todos mas nunca é; ou que peça finalmente explicações ao preso preventivo 44 indiciado de crimes graves como é que, sem ter estado preso, o presidente do FC Porto teve de passar, ainda hoje passará, por estas provações.
Confesso que já me palpitava, e estive para escrever essa possibilidade, que tal visita pudesse suceder, mas além da proverbial falta de educação nota-se uma falta de tacto para escolher data mais tardia e que o livrasse de novo assalto me(r)diático que por estes dias é inevitável enquanto se contorcem direitos e conceitos para libertar o 44 de Évora.
Decrépito e malcriado, como Mário Soares, é fácil passar dos "bandalhos" do ainda DDT aos "palhaços" de outro velho presidente que quis mas não conseguiu ser DDT.
Resta saber se as reminiscências do Pífio Dourado fizeram confundir um Pinto de Sousa com outro, sendo que nem o dos árbitros nem Pinto da Costa foram indiciados dos crimes que se imputam ao presidiário eborense que no seu tempo de DDT não foi tido como solidário para com o Pinto de Sousa dos árbitros ou o perseguido presidente do FC Porto. Pinto da Costa acaba de fazer uma inusitada amplificação de um caso que pode trazer ligações e ilacções justicialistas como o Apito Avermelhado que não afectou os vermelhos e nem os trâmites da Justiça foram os mesmos para agora se desacreditar o sistema.
Como Pinto da Costa diz ter feito uma visita pessoal a alguém "que muito prezo" (sic), pode ter sido por outra coisa qualquer mas decerto não foi por coisa boa. É possível separar a condição privada da institucional? Mas já nem nesta eu reconheço legitimidade a Pinto da Costa, que como portista não me representa e do qual há muito me afastei!
Podem retorquir sobre a condição da solidariedade pessoal e por aí fora. Mas se o cidadão Pinto da Costa, radical de Esquerda ou não, me é totalmente alheio ao ponto de me marimbar, como escrevi, se ele perdeu dinheiro em aplicações eventualmente especulativas no BES, a verdade é que sendo eu portista de muito antes de Pinto da Costa ser reconhecido como tal sei que Pinto da Costa está confundido, para o bem e para o mal, com o FC Porto. E o que se passou com o FC Porto este século foi imperdoável para poder passar em claro a portistas que se prezem e esses nunca se reverão em aspectos marginais que se pretendam como "pessoais". E fazer a figurinha triste que fez, com observações abjectas a familiares de jornalistas que possam estar presos, pode ser uma marca própria do baixo nível do cidadão mas, embora não para mim, o vulgo não deixará de ver nele o presidente do FC Porto - além de ver em Sócrates o maior crápula do pós 25/4 e com o seu ainda vivo séquito de ruinosos pulhíticos da desgraça tuga.
Passe o absurdo, pegando noutra figura venerada noutros tempos mas ridícula até à hora da morte que se aproxima e devia merecer outra atitude na vida dos próprios, em vez de andarem a vingar-se aqui e ali antes da descida ao Purgatório e os 9 níveis que compõe o colorido e grotesco Inferno de Dante, não se pode admitir que Mário Soares, como cidadão que foi antes presidente do Executivo e da República, diga que Isaltino Morais, cidadão preso por fraudes várias, é um bom homem e "não se percebe como foi preso" tendo este sido edil de Oeiras e política e judicialmente punido enquanto tal, neste caso ainda agravado pelas sentenças transitadas em julgado e apenas proteladas por anos devido a expedientes dilatórios que os recursos na Justiça, atamancada por manobras políticas, permitiram - tal como adiaram a detenção, inevitável, do actual preso preventivo 44 favorecido com o desterro na ala feminina do Estabelecimento Prisional de Évora.
De resto, para os desmemoriados, convém associar a tudo isto, rebobinando o filme, o apoio do presidente do FC Porto antes dado a candidatos socialistas, de Elisa Ferreira e Francisco Assis. Não há nada inocente nestas atitudes e só os néscios dissociarão os planos que fatalmente se misturam. E os lamentáveis papéis a que Pinto da Costa presidente do FC Porto se dispôs há muito me indignaram entre outras trapaças que a maioria do público desconhece.
E não se pode fazer passar este desvelo súbito ou devaneio pessoal como um separar das águas feito pelo Moisés de Lisboa que, isolando o Partido do Prisioneiro, deixará secar o terreno para fazer, pelo Natal, a travessia necessária até à outra margem, seguindo para Évora com a Terra Prometida à vista. Estas coisas não são inocentes e, obviamente, não deixaram de ser vistas como suspeitas quanto a ética, moralidade e um certo sentimento alardeado de civismo. Bah...
Podem retorquir sobre a condição da solidariedade pessoal e por aí fora. Mas se o cidadão Pinto da Costa, radical de Esquerda ou não, me é totalmente alheio ao ponto de me marimbar, como escrevi, se ele perdeu dinheiro em aplicações eventualmente especulativas no BES, a verdade é que sendo eu portista de muito antes de Pinto da Costa ser reconhecido como tal sei que Pinto da Costa está confundido, para o bem e para o mal, com o FC Porto. E o que se passou com o FC Porto este século foi imperdoável para poder passar em claro a portistas que se prezem e esses nunca se reverão em aspectos marginais que se pretendam como "pessoais". E fazer a figurinha triste que fez, com observações abjectas a familiares de jornalistas que possam estar presos, pode ser uma marca própria do baixo nível do cidadão mas, embora não para mim, o vulgo não deixará de ver nele o presidente do FC Porto - além de ver em Sócrates o maior crápula do pós 25/4 e com o seu ainda vivo séquito de ruinosos pulhíticos da desgraça tuga.
Passe o absurdo, pegando noutra figura venerada noutros tempos mas ridícula até à hora da morte que se aproxima e devia merecer outra atitude na vida dos próprios, em vez de andarem a vingar-se aqui e ali antes da descida ao Purgatório e os 9 níveis que compõe o colorido e grotesco Inferno de Dante, não se pode admitir que Mário Soares, como cidadão que foi antes presidente do Executivo e da República, diga que Isaltino Morais, cidadão preso por fraudes várias, é um bom homem e "não se percebe como foi preso" tendo este sido edil de Oeiras e política e judicialmente punido enquanto tal, neste caso ainda agravado pelas sentenças transitadas em julgado e apenas proteladas por anos devido a expedientes dilatórios que os recursos na Justiça, atamancada por manobras políticas, permitiram - tal como adiaram a detenção, inevitável, do actual preso preventivo 44 favorecido com o desterro na ala feminina do Estabelecimento Prisional de Évora.
De resto, para os desmemoriados, convém associar a tudo isto, rebobinando o filme, o apoio do presidente do FC Porto antes dado a candidatos socialistas, de Elisa Ferreira e Francisco Assis. Não há nada inocente nestas atitudes e só os néscios dissociarão os planos que fatalmente se misturam. E os lamentáveis papéis a que Pinto da Costa presidente do FC Porto se dispôs há muito me indignaram entre outras trapaças que a maioria do público desconhece.
E não se pode fazer passar este desvelo súbito ou devaneio pessoal como um separar das águas feito pelo Moisés de Lisboa que, isolando o Partido do Prisioneiro, deixará secar o terreno para fazer, pelo Natal, a travessia necessária até à outra margem, seguindo para Évora com a Terra Prometida à vista. Estas coisas não são inocentes e, obviamente, não deixaram de ser vistas como suspeitas quanto a ética, moralidade e um certo sentimento alardeado de civismo. Bah...
Eu certos amigos nunca tive e orgulho em certa gente muito menos. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és aplica-se perfeitamente ao caso. E não se recomenda todo e qualquer gesto, porque não é tudo e porque a linguagem trauliteira atraiçoa o espírito, nada natalício.
De resto, gosto pouco de alegados e autoproclamados "salvadores da Pátria".E sei distinguir os filmes e reconhecer os personagens.
Os homens não seguem títulos, mas a honra - de William Wallace, filme Braveheart
De resto, gosto pouco de alegados e autoproclamados "salvadores da Pátria".E sei distinguir os filmes e reconhecer os personagens.
Os homens não seguem títulos, mas a honra - de William Wallace, filme Braveheart
Excelente!
ResponderEliminarMas desde há muito que sabemos que PC é PS!!!!!
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