30 novembro 2013

Os bonzos

Além do fraco conhecimento do jogo que patenteiam, como vulgares paineleiros que amiúde criticam, uma série de paspalhos da bluegosfera tem a desdita de temer:
- mais do que nunca ter resultado uma troca de treinador no FC Porto capaz de capturar o título...
- achar-se que este bonzo deve continuar confiando que seja campeão...
- com o risco que se vê à distância de, finalmente, o Benfica poder ser campeão no Dragão a fechar o campeonato...
 
... mas há algumas vantagem com Preocupações Fonseca, o mais desastrado treinador que me lembro, já lá vão 40 anos e não assisti à última derrota do FC Porto com a Académica para o campeonato (ia em 42 anos):
- não voltará a dizer na próxima conferência de Imprensa que pensava estar e está no 1º lugar nesta altura.
- se for despedido (dirão que se demitiu...) dirá que deixou o FC Porto em 1º lugar!
- e retira ao Benfica, talvez até ao Braga, ao Rio Ave e ao Olhanense, quem sabe?, a satisfação de impor a 1\ª derrota em 50 e tal jogos.
 
Bah...

Não me quero repetir


Lembro-me de tudo o que escrevi sobre o novo treinador, desde o Verão.
Esta noite conseguiu perder talvez as últimas 3 apostas suas
Josué ao lado de Fernando, quando mal sabe desenrascar-se sozinho quanto mais fazer de armador de jogo que eu já rejeitara na última 4ª feira (ninguém deu por isso na 1ª parte);
Quintero nº 10 que não joga a nº 10 e duvido que jogue mais do que metade disso;
Danilo a marcar penáltis usando naturalmente o pé direito quando os únicos, ou quase todos, golos que marcou pelo Porto foram de pé esquerdo em bola corrida e porque foi o pé que apanhou mais à mão.
 
A culpa não é dele se durar mais um dia como treinador do FC Porto.

Na CNN não aceitam Artur Batista da Silva



29 novembro 2013

O islamita de Alvalade

Parece que o bronco do carvalho de Alvalade sugeriu uma bandeira de Portugal toda verde. É legítima a ideia de resolver os problemas de Portugal" eliminando o vermelho da bandeira nacional. Há quem defenda variantes para tirar o País da crise, da "austeridade inteligente" à "reforma do Estado sem cortar no Estado Social e na Função Pública que gastam o dinheiro de todos na ordem dos 70/75%".
 
Gracejam que o novo grunho do Sporting disse aquilo após o almoço, um momento expost já antes atribuído a Soares Franco. Sabemos que certa "nobreza", vendo falta dela a quem só beba água por exemplo e não tenha roupa de marca como "casuals" dos tempos modernos, abusa dos elixires e nem todos para a pele, antes para o estômago, vulgarmente conhecidos por digestivos.
 
Portugal, desde há 870 anos, teve praticamente uma única bandeira, branca com cruz azul. Ainda hoje isso fere certos instintos republicanos, mesmo que a única bandeira seja motivo de bandalheira mesmo em cerimónias da República (como o 5 de Outubro do ano passado, com a bandeira de pernas para o ar).
 
Mas se o bronco do carvalho de Alvalade, confortado pelo generoso líquido que envelhece em casco da dita madeira, perceber o que é uma bandeira toda verde, idealiza um símbolo nacional próprio apenas de país islâmico e, contra o seu fundamentalismo fanático, nesse caso são terminantemente proibidas bebidas alcoólicas. Embora beber apenas chá seja dos costumes próprios também da Nobreza. Mas essa nem todos têm.
 
Eu também não gosto da combinação de cores da bandeira portuguesa que é a bandeira da República, e não de Portugal, tive de ensinar isto à minha filha mais nova que pensava que Portugal era o nome oficial deste País. Mas se não gostava, descobri por acaso que o gosto muito pessoano também era avesso a tal dicotomia com algo de mais antinatural do que surreal.
“O regime [republicano] está, na verdade, expresso naquele ignóbil trapo que, imposto por uma reduzidíssima minoria de esfarrapados morais, nos serve de bandeira nacional — trapo contrário à heráldica e à estética, porque duas cores se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicano português — o encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que, por direito mental, devem alimentar-se.”  --- Fernando Pessoa

28 novembro 2013

Pe(i)daços de história

Não é bem o assalto ao Palácio de Inverno de S. Petersburgo, em 1917. É muito à maneira americana na Baía dos Porcos, mas os yankees foram labregos no assalto à ilha de Fidel e derrotados, de forma amadora, por uns maltrapilhos mal armados e sem onde caírem mortos, do que se fez uma encenação à maneira marxista da invencibilidade do proletariado.
A confusão histórica não sucede por acaso e, a propósito, retomo a capa inacreditável da inspiração saloia que esqueceu Nuno Álvares Pereira, Antão de Almada para não falar da Padeira de Aljubarrota ou a Patuleia do Lanhoso.
 
O cretinismo tuga exprime-se pelo mau gosto já conhecido. O exemplo é mais do que foleiro. A lição digna de palhaços. E o objectivo, obviamente, falhado: se era para lançar CR7 para a Bola não sei quê de ouro, põem o Ronaldo a discutir com um de Rosário, Argentina, que não é o Messi. 
 
Há demagogia e bacoquice por cá e em Madrid, desesperados para ganharem algum "ouro", continuam no fomento do marketing, o que é legítimo e fica bem, numa pressão mediática orquestrada pelos órgãos do regime.

Quando não se sabe fazer até os colhões estorvam!

Ainda vamos ver algum pascácio a fazer de Nicolás Maduro numa foto de Luís Filipe Vieira, outro "maduro".

27 novembro 2013

Como se falham tantos passes no Porto de Fonseca?

Esta era, ao que li em "gordas", porque nem para ouvir no imediato tenho paciência e desisti dos directos com perguntas idiotas e temerosas, a pergunta de Jackson. Mas, claro, Jackson não se lembra sequer de Viena, o começo da história do afundanço programático portista. Muitos portistas perguntam o mesmo e, enquanto não alinhavam uma sequer tentativa de resposta como o PS uma alternativa válida de poder, vão-se desfiando lamentos mas sem apontar o problema concreto, muito menos a solução.
 
A organização do meio-campo e a (in)definição do "modo de jogar" - já instei a lerem o livro "Mourinho, porquê tantas vitórias?" - são da responsabilidade do treinador, como é a escolha do onze, a ideia de substituições e, a longo prazo, a escolha do plantel (depois de lhe ter sido apresentado faz opções e fica com quem quer). Preocupações Fonseca acumulou erros a mais que não se coadunam com a responsabilidade de treinar o FC Porto, ou Paços de Ferreira Porto de Fonseca como se pode chamar-lhe. E só vamos em quatro meses de época com a Champions já a arder não sem perder a hipótese de um recorde negativo.
 
Dizer que o Porto joga pouco ou mal é tão vago quanto clamar pela necessidade de uma "austeridade inteligente" ou "reformar o Estado sem reduzir a despesa". Para os chico-espertos isso é solução de "governabilidade". Para a arraia miúda, vêm aí mais impostos, seja pelos defensores do "Estado Social", porque convém manter o povo atrelado ao miserabilismo da oferta de serviços que é preciso pagar e só o povo pode pagá-los; seja pelos "fassistas" dos "neoliberais" que tomam medidas de autêntico socialismo e, amiúde, puro "norte-coreanismo".
 
Com adversários plantados na defesa não se podem fazer variações de flanco ou passes a 30 metros, facilmente interceptados. Um treinador com um modelo de jogo não o permite. Sabe que está lá um adversário para ficar com a bola. Isto não se corrige na hora, leva-se ensinado para o campo. O lateral não pode meter a bola no meio quando alivia junto à linha de fundo. Isto tem de estar inculcado na mente dos jogadores. O "modo de jogar" começa assim: fazes isto, não fazes aquilo.
 
Nenhum dos erros que têm custado golos era inevitável. Não é "azar". A sua repetição indica que não são corrigidos. E a falta de organização, que venho clamando desde o início da época, é falta de treinador. O "não saber jogar" é da ausência de treinador. Há azar aqui e ali, mas há quem espreite a ver como e quem comete tantos "azares" seguidos, sempre por erros de princípio. E o princípio é o Verbo: NÃO FAZES, RESPEITA OS PRINCÍPIOS DO JOGO. Há tempos disse que desta maneira tão má só me lembra, a última porque antes houve outras, de 2004, do Fernandez que até tinha currículo e ganhou a Supertaça e a Taça Intercontinental. 

 
O P.F. actual é uma lástima pela incompreensão interna das falhas do processo. E, contudo, as gentes debitam generalidades, talvez porque a antena do clube, o Torto Canal, não instrui como deve nem aproveita como lhe cabe para enunciar o a,b,c do jogo com imagens próprias. Este é todo o paradigma da falta de comunicação, inerentemente do foro interno do clube para o exterior mas que chegou ao âmago do jogo, no campo.
 
Como qualquer pobrezinho ou reformado ou sindicalista ou professor ou juiz, nos extremos da escala social, muitos portistas esperam pela Providência e a intervenção do Nosso Senhor. Pois foi ele que
- não logrou manter Vítor Pereira depois de excomungar AVB;
- permite a exclusão do lendário Kelvin em favor do refractário Xismailov;
- tem em agenda, perante o fracasso de bilheteira de um filme do Produções Fictícias, mais uma para breve hemorragia do plantel com a venda de alguém para compensar;
- tendo o Fernando para sair livre a partir de Janeiro e o Jackson há meses a falar-se de renovação.
 
Isto sobra para o treinador,
- como sobrou vender Falcao após a 1ª jornada;
- renovar com Jesualdo por dois anos (meses após uma demissão "iminente") depois de uma dobradinha mas antes da dobradinha de vender Lucho e Lisandro no Verão;
- encaixar 70ME em vendas e ter um de 8ME e outro de 10ME no banco ou na B como em telenovela mexicana.
 
Mas o treinador, mesmo com 11 mancos em campo, tem de mostrar que os pôs a jogar decentemente, que formam um todo e actuam como um cardume com movimentos instintivos naturais de aprendizagem feita sentindo-se a equipa como peixe na água - mas ele destruiu tudo o que a Musa antiga cantava e agora é digna de Museu.
 
Nasceu primeiro o ovo ou a galinha, o erro individual ou o desastre colectivo? Se houver "modo de jogar" tudo flui em harmonia, ganha-se confiança e o erro individual é reduzido ao mínimo.
 
Exponenciado como tem sido o erro individual em tantos e tantos jogos sabe-se tanto o resultado, catastrófico e onde ninguém quer estar, como a causa. Falha-se atrás, precipita-se à frente, desacerta-se no meio, a confiança mina todos os sectores entre as perdas de bola e a falta de posicionamento correcto e racional ocupação de espaços. O jogo segue aos tropeções, cede à iniciativa individual, tolda-se pela miragem de estar na mais forte equipa portuguesa que cria a ilusão de tudo ser fácil de conseguir e a camisola ajudar. Também já escrevi que PF não faz ideia do que é o FC Porto, ouviu falar e ocasionalmente mirou à distância, sem mais, nunca pensando poder estar ali onde todos queriam estar mas não pode qualquer um.
 
São coisas de tal modo perceptíveis que o "ideário" competitivo do treinador já denunciava ser inadequado só de falar. A prática demonstra que tudo está a zero e só o esforço dos jogadores, mal comandados e orientados, foi compensando, até ter traído os próprios, caídos em desgraça de asneiras sem fim.
 
Rio-me quando falam do azar, como se fosse do bruxo de Fafe a culpa de tantos golos oferecidos. Azar, apesar da má memória do personagem, lembro-me da época de Octávio, quando cada adversário beneficiava de um livre directo e marcava, marcava, marcava sempre em remates indefensáveis e coincidências negativas acidentais que saíam bem aos contrários. Octávio tivera a originalidade dos Três Trincos: Costinha, Paredes (jogador banalíssimo que alguém imaginou grande e hoje nem se lembra) e até um Quintana.
 
Preocupações Fonseca acha que com Josué e Licá se atacam defesas fechadas na Europa e não só. E que Josué pode ser o regedor da freguesia, tendo Quintero no bamco e Lucho colado a Jackson. Fonseca é só um sucedâneo de Octávio, modelo Dois Trincos e sem saber qual melhor segundo a escolher: Defour, um dia destes, também se queixará da indefinição porque quer ir ao Mundial. E o Preocupações Fonseca continuará a falhar.

Um mau treinador estraga qualquer equipa

Quem tenha visto, como eu, os dois jogos do grupo da Champions percebe a diferença: o Atlético sem meia equipa titular só não ganhou ao Zenit na Rússia por infelicidade até no golo sofrido (p.b. mas ainda foi preciso um frango de Courtois); o FC Porto podia ter aproveitado e, se ganhasse, saltaria para 2º lugar, mas voltou a fazer um jogo miserável, como em Viena e como faz com equipas que correm, saltam, lutam, esperneiam e aproveitam brindes defensivos. O brinde coube a Danilo, estúpido e virulento por contaminar perigosamente toda a equipa, mas a fava continua a ser o bacoco treinador que alguém imaginou um dia pôr a treinar o FC Porto.
 
Simeone teve um Atlético garboso e que foi senhor do jogo, sem ter mais bola mas tendo mais oportunidades de golo. Preocupações Fonseca voltou a meter os pés pelas mãos e a recuperar muito do que escrevi na vitória pífia de Viena (a 18 de Setembro!) que me fez vaticinar o apuramento para a Liga Europa logo à 1ª jornada (há aí um engraçadinho que chega sempre atrasado, escreve livros mas só se deve ler a si próprio):
 
"Paulo Fonseca deve perceber que isto não é o Paços de Ferreira e na Europa pede-se mais futebol que Licá e Josué, como o estreante treinador, não tiveram para alimentar Jackson, de novo desamparado na frente e, pareceu, desmoralizado. Quintero entrar no final quando era preciso alguém saber jogar a bola? Não, não vamos longe. Até faltou Defour: assim é titular de caras".
 
Torna-se indefensável a posição do medíocre treinador do Porto: querer ganhar um jogo europeu em casa ante um adversário que se antevia fechado e sem espaços para flanqueadores como Josué e Licá poderem usar de caminho livre (seria e são de contra-ataque), é de um principiante que, como sabemos, deslumbrou-se com a sua primeira e única vitória europeia. Tirar Defour, um dos melhores na 1ª parte até pelo pior jogo de Fernando, ao intervalo e manter Licá inconsequente na 2ª parte foi de bradar aos céus. Juntando, como notei desde o início da época e enfatizei no pós-Viena,, a desorganização de jogo, a falta de sentido colectivo por os jogadores desconhecerem onde e como devem jogar, potenciando como tem sucedido os erros individuais, foi o atestado de incompetência absoluta de um treinador que vai cumprir o objectivo para o qual estava destinado.

Quê, as soluções são fracas? Ok, até pode ser, mas arranja outras. Não aprender com o que se vai fazendo, bem ou mal, e pensar obter melhores resultados com as mesmas fórmulas só de um burro (que não aprende...). A Liga Europa, pela repescagem, é uma vergonha e refúgio de incompetentes por muito que possam cantar vitória no final. Mas é o lugar devido aos medíocres. Um tipo que não acerta o meio-campo e deixa Josué ser o maestro na 1ª parte, com o outro ex-pacense do plantel a julgar-se nos treinos com o Rebordosa, dá cabo dos jogadores um a um. Josué que já no sábado fartou-se de fazer asneiras. Como chegou, enfim, à selecção do bentinho onde Fernando aspira estar, a coisa contagia e só dá porcaria.

Se chegar ao Natal e superar a 1ª volta do campeonato (na Luz, 12/1/2014), depois de jogar em Alvalade a taça da treta, Preocupações Fonseca irá à Liga Europa onde era suposto estar neste momento pelo Paços de Ferreira, pois seria naturalmente afastado da Champions e cumpriria o calendário, como Costinha e Calisto, na fase de grupos após repescagem. E treinador tão fraco só capaz de estragar uma equipa e um estilo de jogo - superiormente autorizado, convém realçar para a culpa não ser do bode expiatório esperado - merece ser repescado na Europa para o FC Porto continuar a fazer a triste figurinha que se tem visto.
 
De resto, ao recorde de único treinador a perder dois jogos em casa na fase de grupos, Produções Fictícias conseguiu o estrelato porventura inigualável: 3 jogos sem vencer no Dragão. É obra e digna do Museu.
 
Como já tinha observado, atempadamente, que "a sério não temos treinador", aliás logo após Viena com aquela coisa do Estoril, agora peço, pela primeira vez, à moda do Mário Chulares, que afastem este medíocre com justa causa.
 
O FC Porto que eu registava em progressão, com linhas mais próximas para retirar o erro do passe, voltou a jogar largo e espaçado no terreno. Isso não implica, necessariamente, que os jogadores:
i) tenham de correr muito com a bola
ii) tenham de a passar à distância e com elevado risco.
 
Mas quando os jogadores fazem isso, usando e abusando com fracassos frequentes, para mais visível no golo idiota da autoria de Danilo num passe disparatado que se ensina aos juvenis para não fazerem, mas com as coisas repetindo-se na 2ª parte, até com os substitutos entrados, como Quintero, Maicon e tutti quanti a despejarem bolas na frente e a fazerem passes laterais de 30 metros destinados aos austríacos, é a falta de presença de treinador - graças a uma ausência do mesmo na definição do modo de jogar, já nem digo do estilo porque a vitória interessava fosse como fosse, para além da falta de organização e de sistematização (se houvesse não faziam esses passes, dahhh!) de jogo.
 
E na parte final conseguiu permitir ao adversário sonhar em marcar de novo, tal o desnorte em campo e sem uma voz de comando dentro e fora. Horrível! Com o Nacional não actuou para precaver o contra-ataque e o 1-1 surgiu da forma que se sabe como se a equipa acorresse furibunda em busca da vantagem quando já liderava por 1-0.
 
Simeone com metade de titulares apresentou um Atlético de alto nível que o Porto podia ter beneficiado à distância; Produções Fictícias estragou, e já é irremediável, o que vinha sendo feito, quase diria, há décadas, inaugurando um filme que é já fracasso e não só de bilheteira mas cujo argumentista e, especialmente, produtor são os mais altos responsáveis.
 
Como tenho dito esta semana, é importante ter, além de bons jogadores que pelo menos saibam passar a bola jogável a um colega, um bom treinador. Para mau treinador, mais vale pôr a equipa a jogar sozinha que, sabendo como jogava, desenrascava-se melhor. E os jogadores lutam e suam, correm ainda que à toa que dão pena! Da aplicação deles o treinador não se pode queixar. O FC Porto paga estupidamente a impreparação e diletantismo que só gente distraída e amadora poderia permitir. Todos pagam a porcaria de treinador que há. Nunca pensei dizer isto, mas pior do que o resultado - afinal valeu o 3º lugar seguro! -, irritam-me estes jogos à toa sem rei nem roque.
 
Os culpados, agora, vão calar-se apontando entre si a culpa para outros lados. Ao que o Porto chegou!

Coincidentemente, para os mais optimistas, o Chelsea do consagrado Mourinho de que falam diariamente as tv's da porcalhota voltou a perder com o Basileia, o que fica na história do treinador. A sério, Who's the Happy One?

26 novembro 2013

Títulos patuscos

As edições online dos pasquins tugas têm headlines muito soft para a porcaria do Porto.
 
Em Inglaterra há coisas bem divertidas, mas dizem que é tabloidismo.
 
 
Entretanto, antes de escrever o jogo vi os resultados e os golos na net, não aturo os palhacitos excitados da TVI saloia, o Nuno Eiró das coisas da bola e a Boca de Sapo sempre excitada com o Ronaldo.
 
Vi que o Mourinho retirou excitação à parelha de cromos, ao perder pela 2ª vez numa Salahda insossa com o Basileia - o que é recorde pessoal do maior treinador do mundo tuga.
 
E sobre o par de cromos que o Barça precisa de mudar (disse-o já na época passada), Piqué e Puyol, fazem ridículo uma equipa de futebol que queira ser séria.

Voltando à vaca fria, como os pasquins não têm seriedade nem piada, não são carne nem peixe, ao menos há títulos na blogosfera que valem a pena: ficha do jogo Constitucional.

Nu...tícias

Já achava difícil os pés-de-microfone falarem desbragadamente de jogos de futebol sem eles acontecerem, especialmente antes deles se iniciarem. Confesso que, esta manhã, depois de ver excitadas pés-de-microfone, para não falar de partes pudendas femininas, na RTP relatarem manifestações, particularmente antes delas acontecerem, com "resultados" e "prognósticos" até já antecipados, afinei o estado de arte.
 
A forma de fazer notícias em Portugal continua a envergonhar o periodismo tuga e parolo.
 
É que torna-se complicado fazer um título com o "apuro das contas" como: FC Porto=131; Sporting e Benfica=530, quando se parte do título do Público (sem link): Três grandes têm 660ME de passivo financeiro. Na abertura percebe-se que 80% do total é obra dos grandes de Lisboa, cujos males particulares são, regimentalmente, distribuídos pelo País. O País funciona assim e é isto mesmo: saloio, com a mania socialista de privatizar os prejuízos e nacionalizar os custos.
 
Como é que querem que as culpas sejam atribuídas ao que sucede em Portugal? Como é que o Público, no seu escrutínio selectivo de Esquerda falhada, como praticamente toda a Imprensa tuga, cumpra o papel de informar os cidadãos e formar uma sociedade esclarecida?

ACT.
Disse esclarecida? Bem,

temos a perspectiva de vencido quando dá jeito (no futebol é o mesmo).
temos mais do mesmo com a nuance que não importa evocar aos pobrezinhos idolatrados dos que fazem deles escravos das suas intenções psicossociais.
Depois temos o excesso, típico de Esquerda mas este tem pinta de "direitolas" e como é do Sporting também está perdoado.
 
Do resto, a Esquerda de todas as vitórias só aplaude o árbitro, como Jesus o Benfica, quando ganha. Se perde a culpa é do árbitro e nem o Constitucional lhes vale. Há 38 anos, no Verão Quente de 75, mandavam "fascistas para o Campo Pequeno". Hoje, os sindicalistas dão-se ao Campo Grande. Bela Democracia destes apaniguados.
 
Como há 38 anos, esta malta não se atreveu, nem atreve, a fazer isto no Porto. Porque será? Em Lisboa é que é quentinho e protegido. O Funcionalismo Público e o Sindicalismo Impúdico reivindicam-se estes "direitos". Deveres é só com os outros.

Guardiola goleou Klopp sem tiki-taka



Passaram ontem 60 anos do triunfo empolgante da Hungria em Wembley e os ingleses, agora inundados de estrangeiros como naquele tempo afogados no seu isolamento de ilhéus, ainda pensam sobre a necessidade de ter melhores jogadores.

Há poucas semanas o treinador do Bor. Dortmund teve um trejeito depreciativo sobre a sua "ideia" de futebol, leia-se ideia aplicada aos outros: que se fosse criança e tivesse visto o Barça (recente) jogar ter-se-ia dedicado ao ténis. São opiniões, livres e aceitáveis, da mesma forma que, ao anúncio de Guardiola ir para o Bayern, no Verão, Jurgen Klopp disse que, na Bundesliga alemã, ele seria o (terrível) Mourinho para o ex-técnico do Barça.
 
Os linguareiros pagam sempre a sua língua de pau e de palmo. Vi atentamente o Dortmund-Bayern de sábado, como gosto de apreciar os grandes jogos com grandes intérpretes. E fico sempre a pensar no que me foi dado ver, juntando ainda o background do jogo e que remonta ao Verão, precisamente, ou até à final da Champions em Wembley entre as duas equipas.
 
Tal como em Maio, em Londres, no sábado estive sempre mais bem impressionado com os amarelos que via capazes de ganharem. Perderam em Wembley num belíssimo jogo em que mereciam o prolongamento. E perderam, agora, em casa, de forma mais retumbante. O que o fabuloso Bayern de Heynckes não logrou, subjugar e "convencer" da sua superioridade, o Bayern de Guardiola - independentemente das deixas aos jornalistas, impensável num clube de topo - conseguiu, mesmo que a 1ª parte tenha sido dos da casa. Porém, como em Wembley, faltava ali algo para materializar nos amarelos o seu futebol escorreito e lúcido, mas naquele momento incapaz de passar aos golos.
 
Guardiola, ouvi-o depois no final num alemão que estou a tentar atingir e para isso queria ouvir os intérpretes no final (e os comentários de Lothar Matthäus), não exultou pelo 3-0 e os 7 pontos a que deixou o rival. Reconheceu uma 1ª parte sofrível, em que o Dortmund dominou e o Bayern defendeu sem riscos de maior mas incapaz por si de virar o jogo.
 
O jogo virou-o Guardiola, à hora certa: meteu o ex-Dortmund Mario Götze, que marcaria o 0-1 respeitando a "afición" local sem festejar. Depois (ainda antes do 0-1), meteu Thiago Alcântara, ex-Barça. Os dois jogadores, com toque de bola e trato de bola acima da média, alteraram a forma de jogar do Bayern porque a bola saiu sempre mais redondinha, circulou melhor e chegou à frente em condições. Foi Thiago, num magistral passe de 40 metros, que lançou Robben para o 0-2. Endspiel! Mas Muller ainda ampliou (0-3) e o resultado já não escandalizou, após incursão e passe de Lahm. "Bons médios asseguram melhor jogo, sintetizou Guardiola.
 
É preciso bons jogadores para produzir bom futebol e, ao contrário do que alguns dizem, até contra si próprios, os treinadores não são indispensáveis, ajudam a melhorar os jogadores e a manter a equipa a rolar. Em resumo:
- num clássico de campeões, Guardiola foi ao rival ganhar 3-0, para o que tirou um avançado (Mandzukic) e meteu um médio-ofensivo (Götze); logo a seguir tirou um central (Boateng, já amarelado e que teve uma intervenção de altíssimo risco a impedir Reus de se isolar com um corte incrível, ainda com 0-0) e meteu outro médio (Thiago). De repente, aquilo chegou ao 0-3.
- num jogo típico da Liga Tuga, com um Nacional superfechado mesmo a perder 1-0, Paulo Fonseca tirou Varela e meteu Licá, tirou Josué e meteu Quintero; apesar de certos apaniguados do "mau futebol" escrito e falso como os jornaleiros que dizem criticar, PF procurou ampliar, e não defender, o resultado. Não teve sorte, nem na finalização nem na defesa do resultado: o novo figurino da equipa desequilibrou-a um bocado numa busca incessante, ainda que desconhecida de certos bacocos das redes sociais portistas, mas louca e injustificada, por mais um golo e a coisa terminou como se sabe, fruto de um deslize individual inadmissível, não em zona proibida mas no momento proibitivo por toda a equipa estar à frente e Otamendi já no meio-campo adversário!!!
 
"Tata" Martino manteve o Barça em alto nível e Guardiola fez o mesmo no Bayern, equipas intratáveis nos seus campeonatos e na Champions. Paulo Fonseca teve liberdades que o FC Porto não deveria permitir a um novato sem tarimba destas andanças e descaracterizou o futebol portista, demorando a retomar o caminho de que não deveria ter saída apesar da saída do mentor maior do tiki-taka portista, Vítor Pereira. O FC Porto paga a transição de treinador e a pusilanimidade de ver alguém mexer a mais onde não devia, a cultura de jogo enraizada. Disso, porém, fui falando desde o Verão, materializando-se a incompatibilidade das ideias do treinador com as características dos jogadores.
 
Mas para vencer o Dortmund diante dos seus fiéis 80 mil semanais, não foi o tiki-taka que derrotou Klopp. Guardiola já pediu para não se rever no Bayern o seu Barcelona época e glorioso. O Bayern não faz tiki-taka, de passar a bola ad infinitum, o que não quer dizer que não cultive o gosto de jogar bem, caminho essencial para ganhar mais. Privilegia os jogadores que sabem jogar mesmo com a adaptação de algumas peças julgada impensável.
 
Também nas últimas semanas deu brado a "reclamação" de Philip Lahm por jogar na posição 6, a trinco puro, quando sempre foi lateral, normalmente à direita mas sabendo também da poda à esquerda. Vi Lahm pela primeira vez a trinco e parece que nasceu para a função: sabe passar, receber, jogar para trás e para a frente, desarma, faz tackle, vai ao ataque. Lahm não pode temer pelo seu lugar na Mannschaft, mesmo que Löw o dispense das laterais, nem pelo Mundial.
 
Os grandes jogadores sabem fazer a diferença em qualquer lado. O Bayern, contido e até envergonhado, precisou de dois tratados de bola para desarmar a fúria dos panzers amarelos, deixando Klopp cabisbaixo. Quando assim é, nada há a fazer. E o sucedido na Supertaça da Alemanha (4-2 para o Dortmund) era apenas o início de um caminho que Guardiola, também em dificuldades na Supertaça europeia com o Chelsea (ganha nos penáltis), estava apenas a começar mas agora vai destacado. Na Champions, o Borússia corre o risco de ser relegado para a Liga Europa se não vencer o Nápoles hoje.
 
Importa é ver bom futebol e aprender, sem temor de replicar algum modelo ou "sugestão". Guardiola sabe a importância dos médios (Götze entrou em vez do avançado Mandzukic), mas mais o que é preciso para fazer jogo e chegar aos golos. Jogar bem, tratar a bola como deve ser retirou a iniciativa que o Dortmund teve durante 60 minutos. O tiki-taka pode não satisfazer todos, mas o futebol também não é só correr.

25 novembro 2013

Interpretar a Constituição

O Tribunal Constitucional decidiu que os trabalhadores da função pública vão mesmo ter de cumprir 40 horas semanais, em vez das 35 que vigoravam até Julho. Num acórdão enviado nesta segunda-feira aos grupos parlamentares da oposição, os juízes do palácio Ratton declaram a proposta de lei do Governo conforme à Constituição, numa decisão tomada por sete votos contra seis - in Público.
 
Isto da Constituição é uma merda, lá diria Vasco Gonçalves (na verdade, disse mesmo: "Esta política, é uma merda, esta política é uma merda", ouvia eu) antes do 25 de Novembro de 1975.
 
Então há seis juízes que apontam inconstitucionalidades e sete que julgam ser constitucional?
 
E esta, hein?!

Portugal é normalmente isto o que o PREC não acabou ou apenas iludiu

Concordo inteiramente com este mestre da escrita e da observação sagaz do Portugal contemporâneo. De resto, com os defeitos que todos podem ter como humanos, não vejo Português a sério que se destaque mais do que este, antes, agora e sempre.

 
É claro que o pequeno bronco do ideário chucha, sempre em nome do Povo e para servir a Democracia, não pode ser diferente daquele brinco socialista da Inês Medeiros de Paris a quem o Povo, em nome da Democracia, tinha de pagar as viagens desde Paris para nos prodigalizar com a sua oportuna verve e dizer a razão prática de como a Democracia custa dinheiro, segundo certa cartilha tão em voga e que o Tuga estúpido abraça com enlevo e grita com perseverança.
.

Porque é que há jogadores que não podem ter a bola nos pés para mais de um toque?

AVB teve o seu dia de "levar 5", ao tempo que ontem escrevia isto ainda não tinha fechado a conta em 6-0 mas vejam os dois primeiros golos sofridos começarem em duas más reposições do g.r. Lloris...
 
Já agora, na véspera, o Southampton começou a perder no Arsenal por Boruc, g.r. dos Saints, armar-se em dançarino de polka, com o ridículo que se sabe e na ginástica artística ficaria abaixo de cão...
 
Os repetidos erros dos centrais do Porto, com Otamendi à cabeça e que já vêem com ele da época passada que só aos desmemoriados não ocorre lembrar, são apenas a confirmação de um velho ditado do futebol: centrais é para despacharem a bola à primeira e mais nada.
 
Da proibição absoluta de os centrais do Porto terem a bola por mais de um toque já tinha afirmado depois da cagada do Restelo. O jogo do Porto, apesar dos ceguetas e exegetas vários do mercado, vai evoluir se forem eliminadas as últimas pechas. Quanto às bolas que não entram, em maioria, é uma questão de sorte ou falta dela, o que se agrava quando se sofre um golo em raro (e permitido) contra-ataque.

De resto, como o futebol mostra a todos que queiram ver mesmo "o jogo" independentemente das equipas (hoje impossível nas tv's tugas da bestialidade e leviandade patrioteiras), os avançados custam mais e valem mais por alguma coisa: podem não vencer todos os jogos, mas dificilmente é por eles que se perde; o que valida uma atenção, e talvez preço, maior por um defesa - e um guarda-redes, pois impedir golos é meio caminho andado para não perder, quiçá para aguentar vitórias adiantadas e que devem ser preservadas a todo o custo. Mas, ainda em Inglaterra, vimos Liverpool e M. United cederem pontos com golos sofridos na pequena área em pontapés de canto ou livre.
 
Mas também será impossível erradicar as palermices recorrentes da bluegosfera na análise de jogos - não viam a merda que se fazia quando se ganhava e não vê agora as melhorias bastando não ganhar porque fixa-se nos erros primários individuais - se a atenção for centrada no acessório e desfocar do essencial. As análises são praticamente iguais no 1-1 do Restelo e no 1-1 com o Nacional em jogos tão diferentes que parecem inalcançáveis para o comum perdigueiro das redes sociais.
Devo ter sido o único que vi um bom jogo do Porto no sábado, tal como em Guimarães, mas também who cares?...
 E quanto a perceber que a sério, não temos treinador, já foi há dois meses e podia ter-me queixado da arbitragem;
dei-lhe um prazo de validade e antevi que não chegaria ao Natal e que em breve chegaria uma derrota a macular o campeonato;
juntei-lhe outro título menos abonatório tal a quantidade das suas invenções líricas; 
 
Agora que antevejo uma inversão de rumo, independentemente dos resultados, não vou dizer que tinha razão e juntar-me à chusma que nada viu até há pouco tempo. Vamos ter competição contínua por dois meses, um breve interregno do Natal que espero impeça férias no Brasil e a sorte pode mudar um pouco e encarreirar a equipa, atraindo de novo adeptos que falam só de barriga cheia.

Talvez o que escrevi do jogo de sábado, suscitando tantas visitas decerto incrédulas com o meu desplante, possa ajudar se complementarem - e estão dispensados de citarem, como é hábito nalguns fóruns já conhecidos e se for preciso cito os termos e os nomes - a leitura para actualização com os links acima. Já o que escrevi no Verão, da minha perplexidade com as "ideias" do novo treinador antes ainda de a bola pinchar, lamento mas terão de procurar por vocês e não irem em conversa fiada.

Há males já feitos e irremediáveis: a Champions está por um fio, o Atlético joga no Zenit sem meia equipa e dava jeito um empate. Mas o campeonato vai encarreirar, está mais próximo disso. Varela precisa de ser mais constante e Alex Sandro de deixar de inventar. A ganhar, não meter toda a gente na frente e deixar os centrais com a bola. Só falta isso. Os enervados parecem os outros. A equipa parece-me bem, critico quando devo e apoio quando merecem. Força Porto!

24 novembro 2013

Borrar a pintura

Não vou falar da injustiça do resultado ou da irreparável falha, mais uma, do recalcitrante Otamendi. O 1-1 com o Nacional regista-se assim: imperdoável. Podia fazer como o Mário Chulares, insatisfeito, insultuoso e indecoroso (a senda dos "i"), convocar uma aula de catedráticos e dizer mal ao jeito, caquético, dele e inventando palavras como "i não se pode ixterminá-lo?", sem eira nem beira, senil e desligado da realidade. Se calhar, em contraciclo como o Chulares e Chuxialistas e Cª indiferentes (mais um i) àquilo que os rodeia e preocupados com o seu umbigo e amigos das fundações do regime que repetidamente nos levou perto da bancarrota e com persistência feroz, haverá por aí doutores para aulas magnas mas incapazes (i) de verem o óbvio e ficarem com a ispuma espuma dos dias e os soundbytes capangas da Imprensa (este i está certo) até se perceberem bem como são as coisas em Loures ou em Lisboa...
 
Porém, como nunca me fico pelo resultado, que pouco diz do jogo, quero realçar ser pena a equipa sair assim penalizada quando fez um bom jogo e parece reencontrada com o futebol de bola no pé, circulação, passe e constância de jogo e procura da vitória, tal como se viu em Guimarães, fruto das linhas mais próximas, um laço entre elas que dispensou a saída de bola dos centrais e com a equipa bem instalada num meio-campo contrário que o Nacional sempre povoou imenso.
 
Mas foi ao deixar uma bola entregue a um central, de novo, que o Porto perdeu pontos, ainda que possa aspirar a jogar melhor se converter o caudal ofensivo que podia ter sido premiado por Jackson nos descontos, mas houve também de novo um g.r. a brilhar e até no ressalto da bola Gottardi teve sorte.
 
Gostei, insisto, do jogo do Porto e assim acredito que vai ganhar muitos mais jogos. Mesmo com Varela improdutivo, Alex Sandro ainda uma sombra do que foi na época passada e Josué também ainda emocionado pelo apuramento da selecção, a equipa jogou, criou, marcou, podia ter ampliado e procurou sempre um melhor resultado. Foi atraiçoada internamente. Mas isso fez o resultado, não condiciona o futuro porque a equipa volta a ser pressionante e a sustentar o seu jogo ofensivo, mesmo que já sem Hulk e Moutinho e James e mesmo que Herrera continue a falhar passes e a não saber rematar.
 
Dos "i" já relatados (injusto, irreparável, imperdoável) posso acrescentar imoral, porque o que o Nacional conseguiu segue a lógica da batata que pode dar um prémio de vez em quando e a lotaria saiu toda a Manuel Machado. Não só manteve toda a equipa atrás, sempre, como a perder não tirou a equipa de trás, deixou-a na mesma acantonada na sua área e meteu três jogadores na frente para correrem e verem se saía alguma coisa. Saiu, o FC Porto "de Paulo Fonseca" não optou, como era timbre, por defender o 1-0, deixando de atacar. Com toda a equipa na frente, à excepção dos centrais, uma perda de bola inadmissível - faltava este "i" - mas nada inesperada (outro i) face ao passado recente de lapsos defensivos, tirou o merecido prémio à equipa e transferiu-o, de forma inquietante (mais um) para o outro lado: o Nacional só aos 73' fez Helton defender um remate. Mas passou-se assim, e assim isto parece irritante (faltava este), mas incomoda-me menos este empate 1-1 do que o 1-1 do Restelo que, de tão mau e há tanto tempo que nem me lembro, já tinha esquecido.
 
I... tudo continua, sem problemas de maior desde que as asneiras costumeiras não se repitam. Outros porventura acentuarão os defeitos marcantes da época, mas ontem só houve um, sobraram muitos méritos.
 
Assim, não há treinador que resista, de facto, e como tenho criticado imenso Paulo Fonseca desta vez até poupo a gana demonstrada de ganhar, ao substituir os piores jogadores da equipa (Josué, Varela, Herrera) até Otamendi - que estivera impecável (não tinha dito este i) até então - entrar em cena, procurando o 2-0 que podia ter surgido várias vezes. O FC Porto que jogava pouco até podia não ter cedido pontos neste jogo, mas com centrais que fazem do Natal todo o ano nunca se sabe.
 
Prefiro ficar com o jogo seguro, até enleante, com movimentos excelentes (aquele tiro de primeira de Lucho pensei que tinha dado golo). Podia criticar por não se ter retido a bola e obrigado o Nacional a procurá-la no meio-campo do Porto: encontrou-a sem querer. Nada que não se tenha visto em futebol e nada que possa perturbar um caminho que só agora, penso eu de que começa a ser trilhado, depois de meses a jogar para nada e a não dar esperança a ninguém.
 
A equipa tem muito pouco digno de merecer reprimenda mas deve crescer com estes erros. Podem parecer iguais, os erros, mas a forma de os resolver foi recuperada, assim creio e, agora, confio. Paulo Fonseca, pelas razões erradas, será alvo de incompreensão e de pressão me(r)diática, mas a culpa dele foi ter descaracterizado a equipa e agora sujeitar-se a umas "pauladas" quando procura acertar o rumo e trilhar caminhos seguros - mas nunca os há imunes (último i) a percalços. Foi pena.

(não vi o Benfica-Braga, vi o Dortmund-Bayern e reportagens em trabalho televisivo que é impensável fazer por cá por muito que vejam os outros fazer: e lá meti mais um "i", parece que o inverso do Dragão aconteceu na Luz, ganhou quem menos merecia e um deslize defensivo beneficiou o vencedor, mas é usual em futebol e quem mais joga acabará sempre por mais ganhar, o futebol também nos diz isso, é preciso acreditar no que se faz se se faz bem).

23 novembro 2013

Barcelona leva tudo a sério, até a Imagem e a Comunicação

El FC Barcelona destituye a Xavier Martín

  • Lograr estabilidad en este departamento es la asignatura pendiente de la actual junta

Xavi Martín en la sala de prensa del Camp Nou / FOTO: Pere Puntí - MD
 
19/11/2013 16:54
El FC Barcelona ha emitido un comunicado en el que informa de la destitución de Xavier Martín como director de comunicación del club. Martín, que llegó al cargo en diciembre de 2011, concluye de esta forma una etapa al frente de su departamento de dos años.
La noticia confirma que lograr estabilidad en el área de comunicación es la asignatura pendiente de la junta que preside Sandro Rosell, ya que desde que accedió a la presidencia ha tenido cuatro directores de comunicación, si se cuenta a Albert Montagut, persona escogida para sustituir a Martín.
Pere Jansà, quien en la actualidad es el director del área social del club, llegó al cargo en verano de 2010, pero fue relevado por Ketty Calatayud al cabo de año y medio, y ésta, a su vez, fue reemplazada por Xavi Martín.
Una de las causas probables de la decisión de prescindir de los servicios de Martín está en la incapacidad del club de proyectar una imagen positiva cuando se considera, desde la directiva, que la situación deportiva, económica y social es en líneas generales envidiable. La sensación que se tiene, sin embargo, es que desde comunicación no se ha logrado transmitir esa bonanza.
Xavier Martín (48 años) llegó al Barça procedente de la Agencia de Comunicación TAPSA, de la que era director general. El pasado 22 de octubre las cámaras de Sky Sport captaron una discusión subida de tono entre Sandro Rosell y Martín en el palco de San Siro antes de la disputa del Milan Barça de Champions.
El club ha hecho público el nombre de Albert Montagut (56 años) como nuevo director de comunicación. Montagut es periodista y tiene una larga experiencia en varios medios de comunicación. El objetivo será conseguir al fin un período de estabilidad en el departamento de comunicación hasta 2016, año del fin del mandato

Cheira de novo a pó branco ou a pneu furado?

 
Ok, não foi ele que disse que ainda estará para nascer alguém mais escroque escrupuloso e vigarista honesto do que ele...

22 novembro 2013

To be or not to be

 
Para compor o ramalhete, põem na capa uma notícia dada na véspera pela concorrência: Quaresma. E é (só) "hipótese".
 
Deve ser do Natal: só prendas bestiais que os tais directores oferecem a si próprios.

A indecisão é grande que nos deixa doidos e tanta angústia nos mata de tanto puxar pela cabeça.

To do or not to do

A TVI resolveu, hoje, publicitar um vídeo, com legendagem própria, específica e modificada em relação ao original dado a conhecer em Portugal em Maio, de uma mulher húngara num concurso de riso desconchavado. Se fosse uma novidade, tudo bem, teria piada; mas não era: alguém, se não a própria estação, resolveu fazer de chico-esperto e meter isto num telejornal, à hora de almoço, porventura a repetir noutro horário nobre, quiçá ad nauseum na canal de informações repetidas 24 horas por dia.
 
A ideia de as tv's, e muitos jornais, apanharem coisas do Youtube ou da net e das redes sociais em geral não tem mal nenhum. Os diversos OCS apreendem uma coisa que milhões de pessoas conhecem e vêem. O que serve para, todos os OCS, perceberem que não vendem nem gato por lebre aos leitores ou espectadores a quem chama  hoje "espetadores", nem podem fazer de chico-espertos como se mais ninguém soubesse e descobrissem, esses OCS, a pólvora, há milénios inventada pelos chineses ao que consta.
 
Agora, apanhar um sketch por uma determinada ocasião e não apanhar o mesmo sketch de outra opinião equivale, para medir a isenção, idoneidade e idiossincrasia desse OCS, a esperar que deturpe outras coisas e chegue, porventura, ao cúmulo de apresentar a mesma coisa noutra circunstância e não numa circunstância diferente e já surgida antes. É que nem é em tempo real, chega atrasado pelo menos seis meses - o que dá que pensar na distracção, e ignorância, de quem é suposto providenciar notícias actuais que captem o espectador, e não o "espetador", com riqueza e circunstância, já nem digo pompa e momento...
 
É o caso deste vídeo, legendado depois do golo de Kelvin ao Benfica. Troquem-se as referências ao Benfica e ao Kelvin pelas referências à Suécia e ao Ronaldo e temos a saloiice pegada, sem eira nem beira, a denotar o sentido de oportunidade e a parvoíce jornalística de quem faz uma vez mas não faz noutra podendo sempre fazer uma vez mais noutra circunstância.
 
É por exemplos destes, repetidos ad nauseum, que a credibilidade e seriedade dos OCS e seus directores e editores de Informação é o que é, está como está e daqui não sairá, replicando-se pequenas e baratuchas imitações que, lamentavelmente, se entretêm a fazer. E, na era do infortainement, a do entretenimento da Informação, nem piada têm, sem deixarem de ser palhaços  e de segunda. Não ter seriedade e não ter piada sequer arruína qualquer pretensão de captar público.

É que nem é o caso de ser ou não ser, porque "não são", mas de fazer ou não fazer - eis a questão.

De novo o Porto-Sporting (agora pelo prisma do expediente socialista)


Enfim, os socialistas continuam no Venha a nós o Vosso Reino. O pateta Alegre e o Mário Chulares continuam a dar o mote. Da tralha socialista ainda temos (de sobra) esta para pagar em 2014. O Paulo Campos continua à solta ou ainda pede dinheiro aos pais para sobreviver?

21 novembro 2013

Lançar a confusão ou o regresso "casuals"

É o tema do Sporting-Porto na taça da treta a puxar pelo bronco do carvalho.
É o CQ a relembrar o que não vale a pena e a "provocar" o que está morto e enterrado [Mundial-2010].

 
Capas que não são inocentes e apelam à violência desbragada para depois averiguar mal os prevaricadores e limpar as mãos da merda feita. Uma dupla vergonha!
Mas a fineza de ouvir o presidente do Sporting por causa da (antecipada) visita do Porto a Alvalade fica, mais uma vez, como capa para a História. Negativamente. Até porque o bronco do carvalho não extravasou como a capa sugere, mas o que critico aqui é o pasquim e o descaramento escarrapachado, na sequência de outros bem recentes, que o gang leonino no Rascord não desarma para se fazer grande...
 
À beira disto, a "proximidade", ridícula, de Quaresma, acabado e também ele morto e enterrado como jogador por culpa sua, é uma brincadeira de crianças, ainda que, no fundo, sirva apenas de papel para embrulhar peixe. Conquanto só a capa de O Jogo traz uma notícia mesmo, ainda que embrulhada em considerandos que, face aos casos Liedson e Xizmailov, deviam o FC Porto poupar-se a refugos pelas más experiências para esconder a incompetência de fazer um plantel equilibrdo após mais um Verão de vendas milionárias.
 
Assim, todos os pasquins desportivos tiveram um mau 21 de Novembro de 2013. O Comandante Cristiano que praticamente nunca antes da fase final do Euro'2012 (Holanda e R. Checa, foi "poupado" nos penáltis com a Espanha numa aberrante decisão de Paulo Bento) decidiu um jogo "decisivo" de Portugal, é elevado a herói da Pátria. Pelo visto, há "patriotas" reumáticos dos maiores chulos do pós-25/4 a dar cum pau neste País, não sei como Portugal chegou à beira da bancarrota.
Saloios.

O desespero é do Real Madrid!

Posto isto, como sempre defendi, não dou importância de maior à Bola de Ouro, nem ao melhor jogador do mundo - que para mim continua a ser Messi e Maradona o melhor de sempre - nem ao melhor treinador do mundo. Aliás, mesmo alguns títulos de melhor equipa do mundo conquistando o Mundial têm verdadeiro significado, ainda que o título valha muito mais. Nunca dei para esses peditórios e a minha opinião não depende de troféus ou conquistas, ainda que estas legitimem quase tudo. Veja-se o frenesim por Portugal apurar-se, na repescagem, para o Mundial. Mais valia ser 1º do grupo fácil (mas não foi) e já não se falava mais nisso. A par, sucedem-se os espectáculos circenses, de psicólogos, sociólogos e tudólogos sobre a superação da crise - que fatalmente pessoa com dois dedos de testa desmente ser a bola a primeira das preocupações.
 
Já a Bota de Ouro, sim, reflete o mérito do jogador em termos concretos, de resto "amparada" em regulamento que, evitando subjectividades e diferenças entre campeonatos (principais têm mais cotação para os seus goleadores, pois marcar na Roménia não é o mesmo de Espanha), não deixam muita margem para dúvida.
 
Mesmo assim, na Bota de Ouro, há quem se espante por Ronaldo ter chegado aos 67 golos neste ano civil de 2013, quando Messi marcou 92 golos em 2012 e ainda falam que CR7 "bate todos os recordes"...
 
Messi, por sinal, recebeu ontem a Bota de Ouro de 2012 por ter marcado 45 golos em Espanha um ano depois de ter igualado os 50 golos, da época anterior, de Cristiano na Liga espanhola de 2010-11.
 
A entregar a Bota de Ouro, Stoichkov foi claro quanto à Bola de Ouro.

A importância da Bola de Ouro, fugindo à objectividade regulamentar e clareza desportiva da Bota de Ouro, pode ser demonstrada facilmente. Messi pode ser o "inimigo" de Cristiano, mas o pano de fundo é a subalternidade já permanente do Real Madrid face ao Barcelona.
 
As capas de ontem dos diários desportivos de Madrid dizem tudo, nem parece que a Espanha jogou no palco onde foi campeã mundial nem se imaginaria que o jogo da Roja fosse subalternizado pelo feito de CR7 por Portugal.
 
Reparem no pormenor superior da Marca, enquanto atirava a derrota da Roja para o fundo da página. Benzema também é destaque, joga no Real Madrid, ainda que tenha marcado um golo em claro fora-de-jogo...


O que serve, ainda, para desmentir Mourinho sobre a opinião que os espanhóis têm dos portugueses... Mas porque, acima de tudo, está a projecção que querem dar ao Real Madrid - até porque o campeonato parece escapar de novo aos merengues. E há que puxar por alguma coisa, veja-se o exemplo do ronceiro Roncero do As e as pantominices habituais descobertas, como diletantes, por algumas tv's tugas... O exemplo pátrio e prático disto, por cá, pode ser visto nos blogues extra-futebol a pegarem na coisa de que se lembram de ano a ano...

Compreensível é os jornais portugueses fazerem esse papel. Mas, afinal, apesar do jogo extraordinário feito, os golos de Ronaldo foram, em correria, força e remate, típicos de Ronaldo, bendizendo a pasmaceira e amadorismo suecos ao deixá-lo sempre sozinho. Porventura, os passes de João Moutinho (2) e Hugo Almeida, bolas metidas no espaço e à distância, foram muito mais difíceis e brilhantes, diria mesmo à Barcelona, do que a conclusão forte e feio das jogadas sem oposição. Mas, enfim, é o que há.
 
A Imprensa faz o trabalho de qualquer agência de Comunicação. Estas tanto podem fazer o que faz a Imprensa como acções falhadas de marketing ao jeito da Pepsi. Também já corre a petição para não se comprar Pepsi, como se a Coca Cola fosse melhor e a "marca branca" de uma qualquer cadeia de supermercado pudesse ser alternativa. E já não há petição nem para defender o escândalo que a FIFA permite de "rever-se" a votação para a Bola de Ouro - sinal do descrédito total.
 
Com papas e bolos se enganam os tolos. Acho que a capa de ouro da idioticie será sempre do Rascord com aquele Jesé que, interessando ao Benfica, marcou 3 golos a Portugal nos sub-20 ou sub-21 e foi o destaque... porque interessava, só, ao Benfica, mesmo que hoje continue no Real Madrid.

20 novembro 2013

Muito bem lembrado... falta medir a "ofensa à honra" que os juízes da CD não têm!


 
A Justiça Desportiva deve continuar nas boas graças de alguns - nem recorrem (se o caso subisse ao Conselho de Justiça poderia ser agravado, mas o recurso talvez impusesse a suspensão da sentença).

Mas esta Justiça Desportiva, com estes ou outros, tem sempre rabos de palha. Então, indiferentes às agressões físicas verificadas, doutos juízes convêm que Jesus agrediu, sim, mas a "honra" dos ofendidos.

Serão os mesmos juízes que, julgando a "ofensa à honra", só castigaram Jesus com 11 dias de suspensão (cumpridos numa paragem do campeonato pelas selecções) por causa do que disse de Pedro Proença na derrota de 2-3? A "honra", ao menos, parece valer mais, mas não pela dignidade dos juízes, apenas pelo avolumar dos casos de ofensa do arguido truculento.

Mas a Justiça Civil, mais uma vez, deve dar uma sentença exemplar. E não deve melindrar-se com actos de efectiva agressão, para já impune e claramente verificáveis nas imagens difundidas.

Blatter dá uma mão de ouro a Cristiano?

Portugal e França não se podem queixar da FIFA: os árbitros ajudaram e o presidente tem ideias de ouro...

Imagine-se que Blatter nem saudava sequer os 3 golos de CR7 e ao mesmo tempo a FIFA destrocava em miudezas as coisas de bastidores que os tugas tanto criticam... como não alargar, afinal, a 5 os finalistas, como pretendia e o próprio anunciou, mantendo 3; e permitir que os jogos do play-off sirvam para votar, até para alterar votos já consignados numa votação já encerrada.

Como seria? Que catástrofe não se adivinharia? Que Portugal não se atiraria ao mar com tanta fantochada?

19 novembro 2013

Extraordinário!

Mas os suecos são muito anjinhos e o treinador deve ter errado na profissão para deixar o Cristiano à solta.

Deve ser engano porque "ele não agrediu ninguém"

Mutatis mutandis.
Alguém se esqueceu de dar o castigo, agora, na altura certa dos jogos da Selecção.
O seu clube, conhecendo a peça e os andaimes dela, tanto o defendeu que o deixa entregue aos bichos. ACT: Parece um exagero, 30 dias sem verificar-se (a sério?!) agressão. UM Cristo!

Isto causa-me tanta confusão quanto o discurso em Trilogia dos "Diálogos da Religião Natural", de David Hume, uma obra pequena mas tão simples e fenomenal.

A "suspensão do juízo" varia entre a irredutibilidade do Pirronismo e a normalidade natural do Epicurismo. E por aqui me fico, não vá fazer elucubrações majestáticas em foro de Justiça, duvidando entre a terrena e a divina. Ou, para alguns confusos, a terrinha e a vizinha.

Como é que se perde uma autobiografia?

 
Descobrir 45 erros, factuais, no livro de carreira de Alex Ferguson merecia mais do que pagar ao leitor-detective o reembolso (e os portes de correio) da obra - que afinal é tanto do leitor como do autor.
 
E ao fim de 115 mil e tal cópias vendidas para um recorde britânico, acho que nem alguém lembrar ao José Rodrigues dos Santos a sua fantástica descoberta de Cristo, afinal, não ter sido católico, mas judeu...


18 novembro 2013

O jogo do gato e do rato

No dia em que se celebra o "nascimento" do rato Mickey, há 85 anos, há coisas de fazer espantar o mundo só em Portugal. A curiosidade é que este rato, ao contrário de outros ou similares (o "Coyote" do Blade Runner ou o Silvestre do Tweety ou os gatos destroçados pelo Speedy Gonzalez), nunca foi ameaçado por um gato. Uma espécie de gata borralheira sem miasmas ou um rato tão humanizado quanto a sempre educada e muito senhora a namorada Minnie.
 
Os juizes criticam apelo a advogados para denunciarem polícias e magistrados. É um permanentemente jogo do gato e do rato, sem se saber quem viola o segredo de Justiça, infracção que pode dar jeito a qualquer das partes.
 
O jogo do gato e do rato sucedeu, ainda, também hoje, no Campus da Justiça, em Lisboa, onde Jesus, de manhã, mesmo com uma hora de atraso segundo o relato televisionado em directo, não deu com a porta. Resta saber se do Inferno ou do Céu. Porém, num processo mediático irracional, sem interesse noticioso e muito menos justificativo do espalhafato sem conteúdo informativo algum, à saída o seu advogado falou, falou, falou para dizer, sem o dizer, que Jesus é inocente.
 
O advogado falava, vi num telejornal do almoço em directo (!) - os directos devem custar, digo eu, muito dinheiro, mas as tv's usam e abusam de directos, especialmente em futebol, que são um desperdício de dinheiro e uma inutilidade jornalística de pôr os cabelos em pé - antes de desligar a tv, de um caso excepcional por um crime eventual ter sido transmitido em directo (o jogo e o seu final turbulento). Quanto à conduta do arguido, nada de nada e espera-se que os juízes, tão cientes dos seus privilégios´régios como de mordomias inacessíveis a qualquer outro mortal, porém sem aceitarem que se belisque a sua idoneidade e até experiência para a função e casos melindrosos que lhe cabem julgar e decidir, não fazem disto também um jogo do garo e do rato. Do advogado, falou, falou em figuras mediáticas, em pressão, em redes sociais e exposição mas, no fundo, não se percebeu puto do que disse ou queria dizer, entre manipulações, coacção e pressões sobre a Justiça que ele,  convenientemente, deixou veladamente expressas.

Outro é aquele que o socialismo, feição tipo democrata para estar de bem com Deus e o Diabo, neoliberalismo ao que dizem, impõe em Portugal para não comer criancinhas assustar velhinhas irritar meninges violentadas de jornalistas que não sabem a ponta de um corno receber ameaças da Oposição como se a Democracia as dispensasse. Um socialismo neoliberalismo que olha, agora, parvo para a Irlanda que vai deixar de receber assistência e onde não se jogou ao gato e ao rato para perder pau e bola como ocorre em Portugal e tudo graças ao Portugalório que fala mas não decide nem se impõe. 
 
No fds, a TVI quis fazer-nos acreditar o "drama" que alegadamente vivem as eventuais figuras públicas. Obviamente, sendo juiz em causa própria e acabada de passar por um processo de divórcio, Judite de Sousa, directora de Informação da estação, entrou em cena. Seria um jogo do gato e do rato o interesse mediático em tais figuras. Foda-se, esta gente nem se enxerga e julga-se com uma importância que não tem. Como jornalista, dizem que até com trajecto de formação na área para os futuros discípulos a 500 euros, ela devia saber que um jornalista nunca deve ser notícia por coisa alguma, mas as pindéricas de hoje em dia pensam que as redes sociais - e ela nem lê blogs, onde podia aprender alguma coisa de Informação e Comunicação de verdade que interessa a leitores ou espectadores, aliás segundo um concelho de Medina Carreira que a atura a cada segunda-feira - são o mundo virtual onde pairam como ideia de sucesso sem se perceberem a triste figura que se sabe. Por exemplo, esta lambisgóia só soube dizer que andou no liceu a subir e descer escadas "em que passou a vida de estudante"...
 
O Suécia-Portugal será outro, mas amanhã.

Xizmailov

O caso de Izmaylov desaparecido é paradigmático das relações dentro e do futebol. Apenas duas coisas simples, a segunda mais gravosa do que a primeira porque fere a relação dos adeptos com o clube (ou devia ferir, há pacóvios dispostos a aceitar qualquer ditame do clube mesmo em seu desfavor):
- o jogador e o clube não podem ter uma boa relação quando o caso se arrasta por tanto tempo;
- o clube e os adeptos não podem ter uma relação de confiança quando se esconde informação que dê tranquilidade aos adeptos a quem o clube pede ou espera que nele confiem.
 
A interrogação fica sempre, até por ser um tipo problemático - que estupida, quiçá voluntariamente, se fez auto-excluir do jogo com o Benfica num jogo com vitória assegurada no Nacional e que me levou a riscá-lo para sempre das minhas preferências - que não acrescentou nada à equipa, criou precisamente uma relação de desconfiança nos adeptos e o arrastar desta incógnita não faz bem a ninguém suscitando sempre notícias contraditórias e porventura não verdadeiras, ao que o clube não acede cobrir ou aclarar. Paz podre própria de uma maçã, esta sim, podre?
 
É um tema abordado em dois diários desportivos de hoje. Com tons diversos, nenhum tranquilizador.
Isto não faz bem a ninguém e, em nome da verdade e transparência, era bom alguém explicitar o que se passa. Suspeitava-se de um problema de saúde de um familiar do jogador, mas nem na Rússia pode ser tão secreto que dure dois meses manter, como deve ser, a esfera privada a salvo do escrutínio público. Mas tudo tem um limite e o limite do FC Porto não pode ser tão alargado quanto isso, até pela sua posição no mercado, quanto à divulgação de informações ao próprio mercado, sem esquecer os adeptos que são sempre os esquecidos e no FC Porto isso é crónico e maléfico.
 
Entretanto, no mundo insano da bola moderna, o que era um espectáculo de bancada com adeptos a formarem uma banda e incentivarem a sua equipa já pode ser uma "provocação" se os adeptos recebem os adversários com música na hora da sua visita.
 
Vá lá gostar-se de tudo o que se passa fora dos relvados.

16 novembro 2013

Imprensa ou agências de Comunicação

Tornou-se uma confusão danada. Curiosa e ironicamente, há duas vertentes:
- os jornalistas profissionais deixaram (?) de distinguir fontes e notícias de dicas e de agências de Comunicação;
- as agências de Comunicação afirmaram, sempre, que não são jornalistas e até dão conselhos a jornalistas para não tentarem sê-las, se se aventurarem, por precisamente não saberem distinguir uma e outra;
- de resto, como acrescento final, não só as agências de Comunicação são formadas normalmente por consultores especializados, como não "investem" propriamente em jornalistas, por saberem que um verdadeiro profissional pode não ser um profissional de Comunicação tal como as agências (se, o) definem.

Isto a propósito da coisa velhaca em que os pasquins tugas transformaram a Selecção de Portugal.

O vestir a camisola não é andar de caneta em punha em busca do Mata, Mata.
Ou tornam-se em tristes figuras mediáticas, quais palhaços menores de um circo em que cada vez menos não pertencem a não ser, fatalmente, tornarem-se artistas menores.

O jornalismo em Portugal é uma vergonha nacional. A Tugalândia estúpida, genericamente, não só não o compra nem satisfaz a sobrevivência da indústria da mentira e mistificação, como os mais bem instruídos, precisamente, viraram-se para escreverem a seu bel-prazer, até em blogues, imagine-se!

E de há muito só me informo em blogues, de confiança, e há muito mais deixei de ligar a jornais. Já dizia um amigo que nem para embrulhar peixe já serviam...