18 novembro 2013

O jogo do gato e do rato

No dia em que se celebra o "nascimento" do rato Mickey, há 85 anos, há coisas de fazer espantar o mundo só em Portugal. A curiosidade é que este rato, ao contrário de outros ou similares (o "Coyote" do Blade Runner ou o Silvestre do Tweety ou os gatos destroçados pelo Speedy Gonzalez), nunca foi ameaçado por um gato. Uma espécie de gata borralheira sem miasmas ou um rato tão humanizado quanto a sempre educada e muito senhora a namorada Minnie.
 
Os juizes criticam apelo a advogados para denunciarem polícias e magistrados. É um permanentemente jogo do gato e do rato, sem se saber quem viola o segredo de Justiça, infracção que pode dar jeito a qualquer das partes.
 
O jogo do gato e do rato sucedeu, ainda, também hoje, no Campus da Justiça, em Lisboa, onde Jesus, de manhã, mesmo com uma hora de atraso segundo o relato televisionado em directo, não deu com a porta. Resta saber se do Inferno ou do Céu. Porém, num processo mediático irracional, sem interesse noticioso e muito menos justificativo do espalhafato sem conteúdo informativo algum, à saída o seu advogado falou, falou, falou para dizer, sem o dizer, que Jesus é inocente.
 
O advogado falava, vi num telejornal do almoço em directo (!) - os directos devem custar, digo eu, muito dinheiro, mas as tv's usam e abusam de directos, especialmente em futebol, que são um desperdício de dinheiro e uma inutilidade jornalística de pôr os cabelos em pé - antes de desligar a tv, de um caso excepcional por um crime eventual ter sido transmitido em directo (o jogo e o seu final turbulento). Quanto à conduta do arguido, nada de nada e espera-se que os juízes, tão cientes dos seus privilégios´régios como de mordomias inacessíveis a qualquer outro mortal, porém sem aceitarem que se belisque a sua idoneidade e até experiência para a função e casos melindrosos que lhe cabem julgar e decidir, não fazem disto também um jogo do garo e do rato. Do advogado, falou, falou em figuras mediáticas, em pressão, em redes sociais e exposição mas, no fundo, não se percebeu puto do que disse ou queria dizer, entre manipulações, coacção e pressões sobre a Justiça que ele,  convenientemente, deixou veladamente expressas.

Outro é aquele que o socialismo, feição tipo democrata para estar de bem com Deus e o Diabo, neoliberalismo ao que dizem, impõe em Portugal para não comer criancinhas assustar velhinhas irritar meninges violentadas de jornalistas que não sabem a ponta de um corno receber ameaças da Oposição como se a Democracia as dispensasse. Um socialismo neoliberalismo que olha, agora, parvo para a Irlanda que vai deixar de receber assistência e onde não se jogou ao gato e ao rato para perder pau e bola como ocorre em Portugal e tudo graças ao Portugalório que fala mas não decide nem se impõe. 
 
No fds, a TVI quis fazer-nos acreditar o "drama" que alegadamente vivem as eventuais figuras públicas. Obviamente, sendo juiz em causa própria e acabada de passar por um processo de divórcio, Judite de Sousa, directora de Informação da estação, entrou em cena. Seria um jogo do gato e do rato o interesse mediático em tais figuras. Foda-se, esta gente nem se enxerga e julga-se com uma importância que não tem. Como jornalista, dizem que até com trajecto de formação na área para os futuros discípulos a 500 euros, ela devia saber que um jornalista nunca deve ser notícia por coisa alguma, mas as pindéricas de hoje em dia pensam que as redes sociais - e ela nem lê blogs, onde podia aprender alguma coisa de Informação e Comunicação de verdade que interessa a leitores ou espectadores, aliás segundo um concelho de Medina Carreira que a atura a cada segunda-feira - são o mundo virtual onde pairam como ideia de sucesso sem se perceberem a triste figura que se sabe. Por exemplo, esta lambisgóia só soube dizer que andou no liceu a subir e descer escadas "em que passou a vida de estudante"...
 
O Suécia-Portugal será outro, mas amanhã.

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