ACT.: As nomeações, Capela mais uma vez com o Benfica e Hugo Pacheco no Paços-Porto, o rapaz do Porto que negou ao Feirense o penálti (de Javi caceteiro) que podia ter dado o 2-2 perto do fim na 2ª jornada...
Deixa-me indiferente a publicação dos dados dos árbitros portugueses na internet. Não que ache bem, mas é como muita coisa que por ali aparece "globalizada". E se teve origem nos EUA, há coisas que têm origem no Uganda ou Quénia, como já se viu e não devem ser os gorilas das montanhas... Na América, por exemplo, há quem consulte estas páginas, há muitas visitas nocturnas e algumas diurnas dos que fazem as coisas por outro lado e cujos comentários vão invariavelmente para o lixo.
Temos de saber relativizar as coisas.
Ouvir, por exemplo, o Jorge Jesus a falar de arbitragens dá não só vontade de rir, mas é causa de preocupação. Não sobre o seu pretoguês, muito menos da sua "expertise" na matéria, tanta como na língua que julga falar como de árbitros julga saber. A preocupação maior, para mim, é o perigo da uniformização.
Já viram o que é um bronco como Jorge Jesus a falar de arbitragens e se for assumido como correcto por todas as tv's o que sucederá aos montes de paineleiros das pantalhas? Podemos ver e ouvir a mesma treta toda, mas não é a mesma coisa ouvir do mesmo parolo em todo o lado ou de muitos parolos em vários lados. Aos quais, aliás, se juntam os árbitros ou ex-árbitros e até ex-dirigentes de árbitros ou similares. Ontem, em replay, para ouvir melhor, percebi o Jorge Coroado a explicar que o pé direito de João Moutinho era equivalente aos dois pés de carroça do Javi caceteiro e que estava bem nem haver falta, quanto mais amarelo...
Ou o Sporting queixar-se do Bruno Paixão? Isto é como o Saddam Hussein clamar que não foi tratado com justiça e o bin Laden ser intoxicado com a pornografia norte-americana que dizem andava a ver em Abbotabad, Paquistão, antes de ser morto.
Na melhor das hipóteses, teríamos o Carlos fretes a cumprir a bipolarização televisiva essencial para distribuir o mal pelas aldeias de parolos que dão guarida a tal espectáculo, para confirmar a tendência moderna de termos a tv de antigamente, virada para o desportivo e o recreativo e sem sombra de pecado na província dos ignaros.
Andam preocupados com Bruno Paixão? O FC Porto já o sabe desde 2000 e quem pediu a irradiação do árbitro foi apelidado de anormal, enquanto o Sporting foi campeão à custa disso e ainda levou uma Supertaça em Leiria. Vá lá, voltem a rir que isto tem piada...
Partantos, eu acho, não, tenho a certeza, como diz o bronco, que as arbitragens são todas boas desde que não me fodam e os pasquins alinhem na palhaçada, já que o periodismo serôdio não tem jornalistas versados nas Leis do Jogo, devem ser só experts em efabulações técnico-tácticas para malharem nos treinadores, atirando a bola para comentadores encartados pela APAF. É a estratégia do não me comprometa no país do respeitinho. Embora nem sempre diga a letra com a careta: vi na 3ª feira no Rascord apontarem só uma falha ao árbitro de Barcelos, o penálti de Schaars que não se sabe bem se foi dentro ou fora da área, de resto acertou em tudo mas teve nota 1 como se manchasse o resultado. Lembrar-me que o Rascord deu nota 3 no Campomaiorense-FC Porto de 19/2/2000 só dá para rir alarvemente, tanto quanto alguns fazem de conta que comentam jogos de bola sem se lavarem...
Ou escutar o PS preocupado com o BPN, nacionalizado para nos foder a todos, pelo Primeiro-Sinistro e o Sinistro dos Santos, uma comissão de inquérito e tal e parece que foi o PSD, e este Governo, o causador da tramóia sobrando o Canas para chefiar a tal comichão que vai coçar e sarar logo a ferida com a ajuda do Horta de várias agriculturas e pessegadas.
Para os árbitros, como tenho relatado ultimamente com as coincidências verificadas nos jogos do Porto, é esperar por saber as nomeações, como hoje se saberá para a próxima jornada.
Os árbitros são as encomendas finais, não os seus dados divulgados. A vigarice do futebol em Portugal tem o beneplácito dos que apontam o dedo apenas quando convém, a começar pela Imprensa dita desportiva que faz capas capciosas e desinforma como nunca, estabelecendo as suas próprias regras de pontuação dos lances e ligas de falsidade como se contassem para alguma coisa além de entreter bovinamente uns pacóvios.
Da minha parte, tenho apontado serenamente a relação de causa-efeito entre certos erros de árbitros e mais concretamente de auxiliares de árbitros. E percebo como o Armindo, delegado da Liga, se sente. Percebemos facilmente que a corrupção serve-se aos menos favorecidos. Os árbitros limitam-se a acolher as dicas dos assistentes pois, tal como os jornalistas, não querem comprometer-se.
Já sabem que o Venâncio Tomé que não vê o pisa, pisa é o mesmo do fora-de-jogo do Urreta e que o Ricardo Santos do fora-de-jogo da Luz é o mesmo do penálti negado a Hulk em Olhão ou como este Rui Licínio marca fora-de-jogo a Hulk com o Braga e o Benfica, ou o Bruno Esteves expulsa o James em Aveiro mas não o pisa, pisa em Paços de Ferreira.
Os dados são estes e verificáveis facilmente desde o início de época. O resto seria letra, porém...
Antes dos árbitros, já a disciplina regimental exerceu o seu poder, em consonância com eles que ditam as sanções a seguir. Um qualquer João "Pode vir o João" Ferreira será benvindo ao Algarve onde o Olhanense não terá Sérgio Conceição no banco - expulsado pelo bruto do Caixão - por um castigo cirúrgico de 20 dias que acaba domingo... Nem três jogadores convenientemente amarelados pelo vasquinho portuense que aspira chegar a internacional como os outros. Como qualquer borra-botas, afinal. Estão bem uns para os outros. Por isso é que isto está assim. Chamam-lhe verdade desportiva. E há quem encha a boca com isso, enchendo os bolsos. E o ego.
APLAUSOS para a temeridade do árbitro Parada Romero a escrever no relatório o que se passou.
E a
divulgação do relatório do árbitro é precisamente a evidência de que a FIFA não o proíbe, como alguns patetas acharam de quem lhes disse ao ouvido por o FC Porto não reclamar e não pedir o relatório do bruto do Caixão em Barcelos. Embrulhem, pategos!