08 março 2012

Vítor Pereira é um fracasso outra vez e o Schmeichel nem sabe que Sá Pinto treina o Sporting

Algum chico-esperto já tirou esta conclusão depois de ver o retranqueiro Sporting aguentar o Man. City relaxado e ganhar num ressalto após bola parada. Os ingleses iniciaram a partida em Alvalade com seis - 6 - alterações no onze em relação ao que começou no Dragão. Dispensaram o treino de véspera no palco do jogo. Viram que o adversário, tipo Real Madrid em casa com o Barcelona, se refugiava atrás e dava a bola para o pastoso City jogar se quisesse. O City também não queria muito. Deu-se ao desplante de jogar vários minutos com 10, por lesão de Kompany que demorou a ser substituído por Lescott. Mesmo sofrendo um golo, após defesa incompleta de Hart num livre de Matias que é daqueles centro-remate que nunca se sabe no que vai dar, o City atirou três bolas aos ferros, Patrício defendeu um par de remates de golo, viu outro par de remates não entrar por acaso. E quando não estava Patrício, estava um colega a impedir que a bola fosse para a baliza.
O FC Porto assumiu o jogo, correu riscos, enfrentou o City e, cá como lá, quis ganhar, não especular com o resultado. Resultou ao Sporting ganhar com um espírito construtivo do jogo totalmente diferente. Em vez de lesões da sua equipa, como sucedeu ao FC Porto, o Sporting viu o City ter de fazer uma troca aos 6 minutos de um central que se lesionou sozinho, sem sequer esforçar. O FC Porto não teve três bolas nos ferros da sua baliza e os seus deslizes defensivos, ao contrário do tudo a monte do Sporting, renderam golos "foleiros" aos ingleses. Um deles, Álvaro Pereira marcou na própria baliza, enquanto hoje um defesa evitou um golo com Patrício batido.
A conclusão já alguns a tiraram, entre todas as asneiras e os cúmulos de estupidez natural de comentadeiros e parvoíces de comparar orçamentos e ornamentos, como se o Sporting não acabasse de perder em Setúbal onde imperam salários em atraso e o treinador foi há pouco substituído.
Não há pachorra para esta idiosincrasia tuga que tira conclusões de tudo o que é feito à face da Terra. E quando relatadores confundem um jogador de cor com um loiro ou dizem que foi mão e a bola bateu no cu (do Kolo Touré), então é de rir à gargalhada de tanta macacada.
Sá Pinto é o maior na quinta dos viscondes falidos onde mais vale ser duque por um dia do que rei toda a vida.
Isto num dia, e após vários dias de ressentimento idiota da rapaziada leonina sobre a indiferença com que os jogadores do City olhavam o adversário que é 5º na Liga tuga, em que há uma capa de pasquim que diz tudo da mentalidade saloia. O Rascord parece que foi a Copenhaga ouvir Schmeichel dizer que o City era melhor e tinha-o provado com o Porto que, acha o dinamarquês, é melhor do que o Sporting mas isso não vem na capa.
E quanto a os ingleses não conhecerem jogadores sportinguistas, é notável como se zangam os queques da lagartagem enquanto o ex-guardião da casa diz na entrevista nem saber que Sá Pinto treina o Sporting e muito menos conhecer que resultados obteve tendo já disputado a eliminatória da Liga Europa.

Sabia que Sá Pinto é o atual treinador do Sporting?
Peter Schmeichel - Não, não sabia. (...) Há quanto tempo está o Sá Pinto a treinar o Sporting?
Fez 4 jogos [a conversa ocorreu antes do Setúbal-Sporting].
PS – E que resultados teve?

Melhor balde de merda do que o do grunho viking não podia haver. E a culpa é dos ingleses!
Entretanto, jogando futebol e ganhando com mais jogo e golos bonitos, mesmo que um em fora-de-jogo, o Athletic de Bilbau foi ganhar a Old Trafford. Os dois primeiros da Liga inglesa perderam e não podem, entre vizinhos, atirar pedras ao telhado alheio. O United, aliás, já perdera em casa com o Ajax e bate um recorde de duas derrotas seguidas ante os seus adeptos.
Deve ser por isso que Jesus reza por "uma equipa inglesa" (sobra apenas o Chelsea, que não deve superar o Nápoles), quando era suposto querer medir forças com o Barcelona de quem se acha igual. Ou talvez não...

6 comentários:

  1. O problema é que existe uma 2ª mão em Inglaterra...e a sorte não calha sempre aos mesmos.

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  2. "O FC Porto assumiu o jogo, correu riscos, enfrentou o City e, cá como lá, quis ganhar, não especular com o resultado. Resultou ao Sporting ganhar com um espírito construtivo do jogo totalmente diferente. Em vez de lesões da sua equipa, como sucedeu ao FC Porto, o Sporting viu o City ter de fazer uma troca aos 6 minutos de um central que se lesionou sozinho, sem sequer esforçar. O FC Porto não teve três bolas nos ferros da sua baliza e os seus deslizes defensivos, ao contrário do tudo a monte do Sporting, renderam golos "foleiros" aos ingleses. Um deles, Álvaro Pereira marcou na própria baliza, enquanto hoje um defesa evitou um golo com Patrício batido."

    Pois é, isto resume na perfeição a questão que é o futebol e as voltas que bola dá ou não dá!
    Mas apesar disto, o que há mais é iluminados (e aqui falo principalemnte de Portistas) que reflectem sobre o resultado e apenas o resultado e daí tiram exclusivamente as brilhantes conclusões e albitram sobre a valia deste ou daquele treinador e sua equipa!

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  3. miguel, essa reflexão resultadista começa nos jornalistas que devem ser os primeiros a pronunciarem-se e a avaliar as coisas. Como eu notei, a primeira conclusão é que VP foi um morcão, expôs-se, quis armar-se em valente e lixou-se. Está escrito por aí, pelas abencerragens do costume e para cuja carta de alforria não é preciso exames, cursos ou QI superior à média que é abaixo de cão.

    Por exemplo, como avaliar Vítor Pereira nos jogos com o Benfica?
    - no Dragão, com 2-1, perto do fim, tira Guarín e mete Belluschi, lança Hulk no meio e espera matar em contra-ataque no pouco que faltava; ao invés, o mestre da táctica fez trocas directas, a perder, e chegou ao empate, com que se contentou, com um golo saído do nada, um bambúrrio

    Sabemos como foi avaliada a coisa, o resultado e o feeling dos treinadores. Foi feito por portistas e por jornalistas da mesma forma, não sei bem quem pôs primeiro o ovo e se há uma relação de causa-efeito, de mimetismo ou de simples conformismo com o que uns e outros foram aprendendo do passado, incapazes de ver o jogo para lá do resultado.

    - na Luz, VP (e os jogadores) arriscou tudo e só quis ganhar, desde o 1º minuto; a perder, lança a equipa mais para o ataque; tira até um central, recua um extremo para lateral, mete um extremo/2º ponta-de-lança, arrisca e até com 2-2 tira um médio e mete um avançado. Ganha o jogo naquele momento, feliz, porque a entrada de Kléber como um 2º pdl não foi determinante em si para o 2-3, mas coincidiu e mostrou, para além disso, que o FCP só queria a vitória e mais nada que a vitória.

    Pois não houve gentinha parva, portista e colunista que falou que o treinador teve sorte e se tivesse perdido ir-se-ia dizer que falhou?

    Esta gente náo mede as consequências, só os resultados. Ganhou? ´bestial! Perdeu? É uma besta!

    É assim que a mentalidade desta gentinha de merda está formatada. Gente que não percebe, claramente, de coisa nenhuma e especificamente de futebol.

    Eu diria sempre que VP teve tomates e quis ganhar o jogo, ganhasse, empatasse ou perdesse. Como disse que o FC Porto foi melhor do que o Benfica no 2-2 da 1ª volta e o acaso não influencia nada nem dá mérito ao alegado mestre da táctica que nada arriscou, foi conservador na táctica e nas substituições (a perder) e quando teve 2-2 meteu um trinco em vez do Cardozo. Eu não avalio agora essa função, avaliei na altura.

    Sobre o Sporting igual, seja de Sá Pinto ou do Sá Galo. Ou do Mourinho, já agora: um cobarde é um cobarde, mesmo que fique vivo emv ez de herói morto e felizmente não estamos a falar de situações extremas como essa.

    E um cobarde é um basófias. Percebe-se em tudo. No discurso e no resultado.

    Infelizmente, o FC Porto não tem os sócios ou adeptos que mrece. E haverá disso no futebol? Uns são "críticos" e "exigentes" mas não percebem um caralho; outros são burros e subservientes por não fazerem crítica alguma mesmo que se sintam capazes de ser "exigentes".

    Há de tudo, de todos os fregueses e por isso se lê e ouve o que se sabe. Tudo e nada. Na mesma proporção.

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  4. O problema da 2ª mão não interessa. O Sporting vai ainda defender mais do que em casa. Talvez tenha sorte, talvez caia de maduro ou podre. Mas que não tem futebol, é uma constatação. E a falta de medo de que falava Sá Pinto pressupunha que ia jogar à espera. Correu bem, logo é o maior.
    Depois, vê-se...
    Se peder no último minuto, é azar e resistiu à brava.
    Se perder por culpa do árbitro, então é a consagração absoluta. Os lagartos já viram não sei quantos pen+altis que o árbiro não marcou e, afinal, quem deu mão na bola foi o Pereirinha na área, apesar de o árbitro dizer que viu jogar a bola com o peito.

    Ah, o árbitro foi o que acabou de negar 3 penáltis ao Barça frente ao Gijon.

    Enfim, mais do mesmo.

    Depois, vê-se.

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  5. Zé Luis, obrigado por essas palavras! Já não me sinto o único a pregar no deserto...

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  6. Miguel, já devias saber o que a casa gasta. Eu sei o que a clientela acha e considero-te como um dos que partilho sensivelmente as mesmas ideias.

    Qual a surpresa?

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