É algo que não devemos ver fazer em Portugal e eu não acredito, no entanto, tal ocorreu-me (ver) na 2ª parte do Villarreal-Real Madrid que passou a pouca-vergonha do costume com os merengues e, já agora, com os técnicos tugas e Mourinho à cabeça: expulso, Rui Faria também, tal como ainda Sérgio Ramos e por fim até o pacato - e grande jogador - Özil.
O Madrid perdeu mais dois pontos, já tem o Barça só a 6 e acaba de sofrer outro golo de livre, indiscutível o livre e irrepreensível o tiro do veterano mas sempre grande jogador Marcos Senna. Tal como no domingo ante o Málaga, no livre directo de Cazorla. Pode acontecer, acontece mesmo e nada a dizer quando é normal, natural e não justifica o chirivari seguinte.
Afinal, o miguel87 já me tinha informado (tá aí em baixo num comentário ao post do Messi x3), o relatador inglês do streaming que vi também o afirmou e os próprios jornais de Madrid não o escondem: ficou mais um penálti por marcar contra o Real Madrid e a imagem é claríssima do agarrão da camisola de Nilmar por Arbeloa na área merengue. O MD de Barcelona fala em dois penáltis, mas basta um para ter razão. O Ás e a Marca assumem-no, nestas coisa, em nome da credibilidade e do respeitável leitor/público, não ziguezagueiam com a verdade desportiva como a porca Imprensa lusitana. Como pode ler-se, de resto, a expulsão de Sergio Ramos é justa e o livre que deu o golo também. Isto, repita-se, além do penálti não marcado, como tem sucedido muitas vezes com o Real Madrid na proporção inversa aos que lhe marcam a favor e, no caso, os que negam ao Barça e os que lhe marcam contra: o MD conta já 5 jogos em casa com 2 penáltis contra como ontem com o Granada e nunca o RM teve 2 penáltis contra em casa...
Adiante: feito o 1-1, aos 84', Mourinho aplaudiu o árbitro. Foi expulso, pelo gesto e talvez por palavras. Mourinho, via-se na tv/net, contestara a falta do 1-1. E foi falta claríssima. O pior é que o árbitro, tipo a dois metros do lance como Artur Soares Dias a ver os dois pés do carroceiro Javi numa dividida com um pé apenas de Moutinho mas nem a marcar falta, viu e demorou a marcar. Subitamente, teve um rebate de consciência, passaram largos segundos até aperceber-se do sucedido, demorou mentalmente a processar a informação que a sua experiência e um cérebro treinado deviam ditar-lhe, de consciência, de forma imediata, instintiva, instantânea.
O árbitro, finalmente, marcou a falta. Deve ter sido isso que irritou Mourinho, porque demorou a ver uma coisa óbvia à sua frente. Da falta deu o golo e depois o sururu que a mentalidade tuga à solta no Bernabéu acirra mais, mesmo não tendo razão. Entretanto, em replay, CR7 fazia o gesto característico de Paulo Bento com os dedos de uma mão a movimentarem-se à vez em rotação de cima para baixo... e juntava, Ronaldo, ao seu belo golo (o 100º em 91 jogos da Liga espanhola!), palavras que se liam nos seus lábios: ROUBAR.
A mim custava-me a crer, e a muitos periodistas madridlenos também o denunciam há muito, que tão grande clube como o RM descesse a este inferno de descrédito, má imagem e cabeça perdida. Espero que não fique por aqui e há ainda jogos muito difíceis seguidos para o líder tão bajulado e ajudado da Liga espanhola.
E nada fazia prever este rebate de consciência do árbitro: afinal, depois do 0-1 merecido (pelo que vi na 2ª parte), o RM entreteve-se a fazer morrer o jogo na banda esquerda, entre Marcelo e Ronaldo, com o árbitro a marcar todas as faltas possíveis aos da casa e nenhuma ao RM! Marcelo simulou por três vezes faltas não existentes e o árbitro contemporizou. Se puderem ver o filme do jogo entre os minutos 65 e 75, mais ou menos, verão como é impressionante o proteccionismo arbitral ao RM que se sentiu cómodo e nunca ameaçado pela inviabilidade de o Villarreal atacar a área de Casillas.
Pois é, subitamente o árbitro até ia deixar passar um pé em riste claro de Arbeloa, já perdoado no penálti, mas um raio tê-lo-á fulminado em cheio. Marcou a falta, deu golo, Mourinho explodiu e aí está o pior dos tugas no futebol ao arrepio das Leis do Jogo. Por muito que os burros de palmarés português zurrem ao ponto de serem gozados em Espanha.
Isto cai-me bem, pela confirmação do miserável e abjecto comportamento dos portugueses (Pepe desta vez esteve muito bem e sem dar cacetada e CR7 só se preocupou em jogar bem como sabe) do banco. Rui Faria já foi expulso quatro vezes e Mourinho é uma vergonha nacional e, como já o repeti, o seu mito terminou, por muitas carícias que lhe dediquem os basbaques tugas ns tv's saloias cá da terrinha.
E cai-me bem depois de ver mais uma arbitragem miserável e tendendicosa na Luz a influir em mais um resultado negativo do FC Porto na capital do império falido.
Mas como dos árbitros tugas, da mediocridade que os protege de críticas e a inevitabilidade de nada se mudar nesta redoma de merda em que os acrisolam bovinamente, não espero coisa semelhante, ao menos que o FC Porto jogue para se pôr a livre deles e ganhe o campeonato que a mim me parece muito distante ainda tal o frenesim arbitrário que aí vai para levar o andor ao altar outra vez e Jesus ressuscitar mesmo na Páscoa.
E que o FC Porto saiba ver como se perdem pontos quando menos se espera, até com um árbitro a favorecer o RM a coisa pode descambar subitamente. Nenhum por cá terá a consciência para ser rebatida, pois não se constata o que não existe, pelo que resta aos portistas serem campeões e deixar os burros zurrar, os cretinos cretinar e os vinténs desvalorizar.
Mas como dos árbitros tugas, da mediocridade que os protege de críticas e a inevitabilidade de nada se mudar nesta redoma de merda em que os acrisolam bovinamente, não espero coisa semelhante, ao menos que o FC Porto jogue para se pôr a livre deles e ganhe o campeonato que a mim me parece muito distante ainda tal o frenesim arbitrário que aí vai para levar o andor ao altar outra vez e Jesus ressuscitar mesmo na Páscoa.
E que o FC Porto saiba ver como se perdem pontos quando menos se espera, até com um árbitro a favorecer o RM a coisa pode descambar subitamente. Nenhum por cá terá a consciência para ser rebatida, pois não se constata o que não existe, pelo que resta aos portistas serem campeões e deixar os burros zurrar, os cretinos cretinar e os vinténs desvalorizar.
Ai se eu te pego, ai, ai, se eu te pego...
Não foi falta, foi apenas um corte limpo seguido de um mergulhão por parte do de amarelo. Em Inglaterra teria continuado o jogo. Não admira que o Mourinho queira voltar para lá. É um futebol muito mais decente que o espanhol. Enfim, o RM nao merecia ter perdido.
ResponderEliminarPor esta altura já devias saber porque Mourinho age desta forma. Ele fá-lo pelos jogadores. Ele fá-lo pela equipa. Indigna-se para dar força aos jogadores. Ele tem de fazer ver aos jogadores (mesmo que esteja errado por vezes) que eles têm de sentir que têm o seu apoio inequívoco e fervoroso, numa altura tão importante da época. É psicologia.
Só falta acrescentar que Pepe foi expulso já depois de terminado o jogo (vem hoje nos jornais) e que, ao terminar a 1ª parte, viu um amarelo injusto por mostrar as beiças ensanguentadas ao arbitro de uma cacetada que levou de um adversário... provou do próprio veneno e ainda levou amarelo por cima. Se tivesse acontecido a outro eu até tinha tido pena :)
ResponderEliminarflip, um comandante pode fazer, e deve fazer, tudo pelos seus soldados, menos levá-los a cometer erros de apreciação que, em último caso, pode levá-los à morte e à derrota.
ResponderEliminarO tema do local e do caldo de cultura inerente já o abordei aqui.
Mourinho estaria melhor em Inglaterra, como já confessou, porque lá há uma cultura diferente. Nesse contexto, ele próprio não passaria das marcas como repetidamente passa em Espanha.
O problema é que há um sentimento de impunidade no RM e em Mourinho, fruto do peso esmagador do clube, da tradição de proteccionismo radicado no fundo das consciências que remonta aos tempos do franquismo e da cobertura dos media que na sua maioria puxam as brasas todas àquelas sardinhas.
Sabes que RM e Benfica e Mourinho e JJ são comparáveis no caldo de cultura espanhola e portuguesa pelas mesmas e exactas razões.
Ou seja, Mourinho nunca poderia exceder-se em Inglaterra, até porque com exemplos assim levaria semanas e milhões de libras de penalização. O contexto geral não lho permitiria e todos, sem excepção, lhe cairiam em cima: dos treinadores adversários à Imprensa que não é sectária, apesar de preferir, por razões óbvias, os clubs de Londres como o Chelsea (para mais da parte rica da cidade).
Em Espanha Mourinho pode fazer esperas ao árbitro no túnel do campo adversário, como fez vergonhosamente em Barcelona.
Estes exemplos são uma afronta e passam todas as marcas que nem os técnicos espanhóis passam. Não há exemplo algum em Espanha como deste tresloucado que, como Jesus no benfas, nunca vê o que os árbitros lhe permitem e perdoam e reclama o mínimo que seja que não lhe seja concedido.
Quanto à falta é a tua opinião que nem vou discutir.
Não sei se merecia ou não ganhar, estava por cima no que vi da 2ª parte, nem interessa a justiça do resultado. O RM, segundo o próprio treinador, tem ganho vários jogos fora de casa (lembro os últimos no Bétis e no Rayo) sem o merecer. E com penáltis perdoados ao RM.
Não concebo que um treinador reclame de uma arbitragem por uma falta, que é visível o pé em riste e jogo perigoso em frente à área, quando há um penálti clamoroso por marcar contra a sua equipa.
Nos relatos da imprensa tuga, nos resumos televisivos, isto nunca é referido e parece que o RM ganha justamente quando é beneficiado como eu já não julgava ser possível e vejo futebol, também de Espanha, há décadas.
A ideia de Mourinho ou qualquer treinador poder fazer e dizer tudo, aceitando-o como natural em defesa dos seus, não tem cabimento se a fronteira é tão larga e a malha tão larga como defendes.
Isso é o caminho para a impunidade total e o silenciamento público. Isso é uma ditadura do pensamento, da opinião, da informação e não o aceito de forma alguma.
Não se pode justificar tudo, muito menos quando não tem razão.
Tal e qual o grunho do benfas e o pensamento desse clube mafioso.
miguel, li depois que Pepe teve registado no relatório o insulto de filho da puta ao árbitro.
ResponderEliminarParece que o árbitro escreveu tudo.
Feliz rebate de consciência.
É só esperar para ver a acção disciplinar.
Mas Espanha não é exemplo para nada neste capítulo. E é isso que nunca pode fazer a Liga um campeonato limpo como o inglês. Ou alemão.
Porquê? Pelo sentido de impunidade.
Isto está até à raiz dos cabelos de certos países e, consequentemente, dos seus cidadãos.
A cultura da mafia, do engano, de ludibriar, de não ser sério, de ganhar a todo o custo.
O futebol não é diferente do resto, diz-se e com razão.
A minha cultura bebi-a no futebol inglês. Admiro o futebol alemão. Não me confundo com a maioria do adepto ou comentador tuga, que abomino.
É só saber as práticas e os países de sucesso. E os falhados.
Miguel, sou brasileiro e achei o seu texto sensacional.
ResponderEliminarCostumo acompanhar a La Liga e sou torcedor do Barcelona. Depois do jogo de ontem, perdi a paciência de uma vez por todas com o Real Madrid.
O pênalti em Nilmar foi claríssimo, mas não marcaram. Lá no site oficial do Real Madrid, criticaram a arbitragem.
Mas isso não existe. Como você disse no seu excelente texto, a falta que originou o gol foi clara e, digo mais, não seria exagero expulsar o jogador do Real.
Quanto a Mourinho, nunca vi uma pessoa tão arrogante. Reclamou da falta e foi expulso corretamente. Depois, Sergio Ramos quis matar Nilmar (mesmo se não tivesse amarelo, era pra ter sido expulso). E Ozil não tinha o que reclamar.
O problema é que o Real Madrid virou time pequeno, que reclama da arbitragem toda as vezes que perde pontos. E o responsável é Mourinho. Não aguento mais isso... o Real Madrid é um exemplo claríssimo de que o grupo de jogadores segue o seu líder. E neste momento, o psicológico do Real fará com que o Barcelona seja campeão, de novo.
Abraço e parabéns pelo texto,
Felipe Melo