O reencontro com a Académica no campeonato tem a particularidade de o FC Porto não ter algo no sapato em relação ao jogo da 1ª volta (0-3), mas sim ao sucedido depois na segunda visita a Coimbra para a Taça (3-0). Só que em relação a essa competição nada há a fazer. Com ou sem vingança, o importante agora é manter a liderança do campeonato a pelo menos três pontos. E confirmar a sequência de bons jogos portistas, mesmo contando as derrotas da Liga Europa onde o campeão nacional e detentor do troféu da UEFA fez boa figura mascarada pelos resultados de uma forma totalmente diferente, no sentido construtivo e de competitividade e jogo de igual para igual e de poder a poder, do que o Sporting alcançou, ainda com mais sorte (os lagartos que optaram pelo jogo rasteirinho) do que com os azuis celeste da Lazio, ante o Manchester City, ontem (1-0).
Com um jogo por semana para fazer, estabilizados os índices físicos muito díspares em vários jogadores ao longo da época também marcada por lesões e arbitragens desfavoráveis, o FC Porto tem obrigação de ganhar o campeonato e também de manter o nível, como pediu Vítor Pereira. A equipa atingiu um pico notável na fantástica vitória na Luz, tão justa quanto indiscutível apesar de escrita a direito por linhas tortas que até sublevam o facto de Pedro Proença ir para a jarra - agora castigado pelo sistema por um erro anti-sistema do seu auxiliar, sem nunca ter apitado alguma vez por favor para o FC Porto, pelo que só pode entender-se a sua não nomeação para o fim-de-semana por ter prejudicado o FC Porto como facilmente se constatou e de nenhuma outra forma pode apontar-se-lhe o que quer que seja para a vítima ocasional forçar o líder alegado dos árbitros a baixar as calças mais uma vez enquanto a acção disciplinar bate a bola baixa perante mais uns grunhos surpreendidos com o que não estariam a contar tal a onda de arbitragens favoráveis desde Agosto.
Com o roliço Marco Ferreira para apitar a recepção à Académica, o FC Porto tem uma oportunidade de marcar a diferença para a concorrência de quem não se esperam deslizes. O Braga recebe o último Leiria que lhe ganhou na 1ª volta na estreia de Cajuda pelos do Lis, e o Benfica vai à Mata Real onde o ressurgimento pacense pode causar engulhos a um dos "oito melhores da Europa com o APOEL", mas o árbitro sadino Bruno Esteves está ali para não deixar a coisa descambar - ele que inventou na época passada um penálti, de que Jesus não se queixou, num desarme limpo de um pacense a Caientrão mas que, pelo sim pelo não, assegurou o 2-0 sem mais sobressaltos.
A tónica do jogo positivo, construtivo, para ganhar sem dúvidas em atitude de conquista como se viu e vingou na Luz, é o mote para o FC Porto se lançar para as nove finais até atingir o título. A questão de gestão de esforço não se coloca, depois de calendário apertado que no final do mês afectará o Benfica em três competições num período de 15 dias a partir do momento que o fantasma portista volte à Luz, e ao timorato Jesus, na semifinal da taça da treta, dia 20. Pode colocar-se já a gestão da folha disciplinar, com Hulk e Maicon à bica de falharem o próximo jogo na Choupana, daqui a uma semana (antecipado para 6ª feira, dia 16, por causa da ida seguinte à Luz), ou a subsequente a Paços de Ferreira, três jogos de alto risco mas que chegam numa altura de confiança recobrada na melhor altura da época para a plena afirmação do positivo e aventureiro futebol portista.
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