28 fevereiro 2014

Vê a força que falta ao colectivo e estamos em Março

O treinador do Eintracht de Frankfurt, que uma vez surpreendeu a Alemanha ao levar o Estugarda ao título nos finais do século passado, é só mais um a constatar o óbvio, porque o futebol, sendo complexo, tem muita simplicidade em si mesmo.
 
Armin Veh, que arranjou uma equipa limitadíssima capaz de fazer tremer o campeão português e marcando-lhe cinco golos, percebe que o FC Porto tem plantel, tem jogadores melhores, tem qualidade individual - mas falta, desde o início da época, ver isso transposto para o colectivo.
 
E porque ainda agora vemos que falta isso? Porque faltou sempre um treinador. E um presidente que dê sinal de perceber de futebol, como lhe é reconhecido, e salve a época arranjando um treinador melhor.
 
Só por duas razões Pinto da Costa não reage, porque perdeu o tempo de agir:
1) é teimoso e não quer dizer que falhou, mas os resultados irão comprovar o falhanço no qual, com um lacinho catita, muitos pacóvios aduladores da criatura podem amarrar-se às desilusões vindouras como se não tivessem já bastantes;
2) não consegue arranjar um treinador de jeito nesta altura, pois os treinadores de jeito eventualmente à mão não querem ser associados a um fracasso de uma época sem títulos, muito mais provavelmente do que era improvável o FC Porto ser eliminado por um dos últimos da Bundesliga e esteve quase a sê-lo.
 
Como escrevi há dias, e o técnico alemão constata, Preocupações Fonseca não consegue que a soma das partes faça uma equipa e mais do que uma equipa para atemorizar qualquer adversário, seja Marítimo, Estoril ou Eintracht de Frankfurt. Uma equipa, valiosa, pode ter bons jogadores, mas só será temida, e vencedora, se valer mais do que a soma das partes. O FC Porto tem plantel e jogadores, não para brilhar na Europa e a Champions mostrou isso, mas para ser campeão em Portugal e não distar 7 pontos do Benfica, estrebuchando no 3º lugar no início de Março.
 
Há jogadores que não têm qualidade para serem titulares, mas era preciso alguém perceber isso. E, essencialmente, não há organização de jogo, pelo que a catadupa de jogos a sofrer golos é o reflexo da realidade. O futebol desconstruído de Preocupações Fonseca não parará de trazer desilusões, por muita boa vontade que tenham os jogadores. Falta inteligência à qualidade individual e uma argamassa que ponha o colectivo sólido para ter hipóteses com o Nápoles, o Sporting de permeio e o Benfica para a ponta final das competições domésticas.
 
Os carneiros, os ceguinhos e parvinhos desta vida, só perceberão quando baterem com estrondo na parede estúpida que erguem à sua volta, soldadinhos de chumbo de um exército comandado por um incapaz que só à força de fé julga vencer jogos de futebol estudados ao pormenor e revelados com esplendor.

Chicotada metodológica

Como continuo a ver a equipa bem psicologicamente, apesar de tantos contratempos e desencontros consigo própria por má orientação técnica, a mudança de treinador teria a vantagem de aportar outros meios de fazer as coisas e organizar o jogo, recuperando jogadores ostracizados e buscando novas soluções que eliminem os solavancos.
 
Para ter alguma normalidade nas taças domésticas e algumas hipóteses com o Nápoles na Europa, tendo em conta os médios disponíveis que ferem a organização quer defensiva quer ofensiva, com lances caricatos atrás e desespero finalizador à frente, eu punha Quaresma a 10, retirava Josué e Carlos Eduardo, metia Kelvin e Varela nos flancos e de certeza que teríamos sempre quatro jogadores como mínimo no ataque. A entrar Ghilas, sairia um flanqueador. Seria o tudo ou nada para o que resta e o que falta encontrar na época.
 
Nada mudar não vai alterar, também, os resultados. Está visto.  Em Março, entre jogos com o Nápoles, temos Alvalade - onde o 2º lugar já dá direito a prémio, e queixavam-se de Paulo Bento... - para dizer adeus a tudo o que importa.

E uma nota final: além do que se passa politicamente na Ucrânia, que pode sugerir tudo de mal por causa do "urso" renomado da antiga URSS que, como certos símbolos vermelhos, julga-se o centro do mundo e voltou a ser, como Rússia, ameaça à paz mundial a par dos EUA e na iminência de revermos a Guerra Fria, foi uma catástrofe a Liga Europa para Dínamo Kiev, Shakhtar Donetsk, Chernomorets Odessa e Dnipro Dnipropetrovsk. Um mal nunca vem sí.

27 fevereiro 2014

«Wunderbar?»

Nunca pensei que o FC Porto desperdiçasse o 2-0 do Dragão, até porque correspondeu a uma boa hora de jogo contra um opositor limitado; nunca pensei, pior, que o FC Porto chegasse a perder 2-0 na Alemanha com um adversário com a valentia característica das equipas germânicas mas apenas esforçado e que faz jus ao seu estatuto de luta pela manutenção na Bundesliga; nunca pensei ver o FC Porto, ou qualquer equipa portuguesa, marcar dois golos de cabeça, após lances de bola parada, num estádio teutónico, sendo certo que a impetuosidade, às  vezes excessiva e até descontrolada, de Mangala e a estatura do francês marcam a diferença para a expectativa modelar e genérica do futebol português; nunca vi o FC Porto inferior ao Eintracht de Frankfurt, apesar da reviravolta do Dragão e do surpreendente 2-0 do Commerz Bank Arena; e mesmo em esforço supremo, numa intensidade sempre alta, nunca vi a equipa caída, tal como iria custar acreditar que pudesse ser eliminada por uma modesta equipa alemã; também nunca vaticinei uma derrota só para apressar a saída de Preocupações Fonseca; Ghilas fez justiça no marcador e prova-se a injustiça de, depois do golo decisivo para continuar na Taça de Portugal, além de provocar o penálti que permitiu continuar na taça da treta, ter sido desperdiçado e o plano B táctico só a murro e pontapé ser metido com toda a carne no assador.
 
Posto isto, com o FC Porto a superar tantas dificuldades, mais suas do que outras ou de outros, não creio que o apuramento sofrido mas bravo na Alemanha possa alterar o que seja na época.
 
Nunca me queixei da falta de empenho dos jogadores nem via neles a causa dos problemas. Simplesmente há uma organização que deixa a desejar para sofrer cinco golos de uma vulgar equipa alemã, por muito que eu considere a força geral do futebol alemão, com características inatas de vencedor combativo e competitivo carácter, sempre, sempre.
 
Os jogadores superaram-se por si e pelo FC Porto, o que se saúda, mas não elimina todos os "faux pas" dados antes e que já renderam a perda do campeonato.
 
Se é motivo para Preocupações Fonseca continuar lamento-o: continua a ser parte do problema. Com o Nápoles o mais provável é sofrermos golos e não marcarmos tantos. A Liga Europa deve ficar pela próxima barreira. As provas domésticas estão ou perdidas, o campeonato, ou meramente penduradas de algum imponderável que impeça o Benfica de marcar a sua superioridade ante o FC Porto, por falta de organização, não por falta de vontade.
 
O que a eliminatória, épica, demonstra é tudo o que se via antes, para o bem e para o mal.
 
Foi uma maravilha - Wunderbar? -, foi; mas ser eliminado por uma equipa, individual e colectivamente, inferior, seria imperdoável. O sai-e-fica do treinador devia apontar o caminho da saída. Não desejo uma derrota, nunca o escrevi nem admiti, só para esse efeito. Mas com Preocupações Fonseca não vamos a lado algum, quando muito até ao sopé do Vesúvio, para nos afundarmos na baía de Nápoles. O resto será a tristeza de trazer por casa. E que PF saiba onde fica Nápoles: em alemão diz-se Napeln e pode fazer-lhe confusão
 
Ainda hoje, trocando Josué por Carlos Eduardo, percebeu-se que este, como o primeiro, não faz ideia da posição e função que é chamado a cumprir. Há uma incompatibilidade funcional que emperra a máquina, e conceptual pelo desequilíbrio táctico e a desocupação de espaços vitais. Nem ajuda o ataque nem melhora a defesa. Veja-se o golo quase sofrido e que Varela evitou, com Carlos Eduardo a sair mal e a passar péssimo com a equipa virada para a frente, propiciando um contra-ataque curto. Um descalabro. Carlos Eduardo recuara para o lugar de Herrera, que  verticaliza o jogo e fazia a sua posição e a de Carlos Eduardo na frente.
 
O lançamento desesperado de Ghilas, por fim Licá, tornou-se feliz e confirmou que, fosse como fosse, o FC Porto tinha de ser melhor e tinha de passar um opositor sem grande categoria mas que esteve prestes a eliminar o campeão português. Foram golpes de sorte, estamos felizes por isso, mas não muda nada do que padece, ainda, a equipa.
 
Vamos adiar a resolução do problema que é o treinador? Para acabar na mesma de mãos vazias?

Em defesa de Preocupações Fonseca

O Público, atento, diz que Pinto da Costa nunca despediu treinadores depois de Janeiro. Uau!, andei eu nos últimos meses e na viragem do ano a dizer que os os últimos treinadores demitidos no FC Porto tinham sido todos em Janeiro. Realmente, não há nada como o efectivamente... e é uma garantia à prova de bala. Como os diferentes planos inventados e nenhum com resultados. Ou os sucessivos balões de oxigénio que não subiam mais do que balões de S. João. Uma lástima toda a época. E, aliás, mesmo que passe na Alemanha, para que serve e o que salva?

 
Entretanto, o JN de ontem enumerava os 7 pecados capitais de PF no Dragão. Certos e escorreitos, um deles fala do problema de falta de extremos, como se não houvesse Varela e Kelvin, e quanto à qualidade dos médios nem adianta lembrar o ostracismo a que Quintero foi votado (como Mata com Mourinho) e Iturbe, à moda de Antero, posto a andar outra vez. Depois do patético projecto "Visão 611", deve ser a nova versão do "116" ou "911" que é o September Eleven dos States...
 
Pois ainda bem que a situação actual me propicia defender o Produções Fictícias que arruinou o futebol portista.. Ironia ou finta de corpo? Não, ao ponto a que isto chegou, "esta porra triste" diria Jorge de Sena, a culpa já deixou de ser do treinador. A culpa do apodrecer desta situação, arrastando Pinto da Costa para o nimbo da perda de credibilidade, é da SAD. Denunciei todos os problemas do Preocupações Fonseca antes ainda de ele entrar ao trabalho: bastou abrir a boca para me estremecer!. Ao longo do tempo, cada vez que abria a boca saía algo desconexo com a realidade: ainda ontem, afirmar que o 2-2 obriga a jogar para ganhar é como se o 2-0 não impusesse essa obrigação. Este tipo não acerta uma, nas opções técnico-tácticas e no discurso, ambos de uma pobreza confrangedora.

Até Outubro, quando lhe dei o limite do prazo de validade que a invenção do golo de Danilo ao Sporting iludiu a asneira, a responsabilidade era do treinador.

Desde Novembro que a sua continuidade é da responsabilidade da SAD no tocante a resultados e aos desastre que se viram e os que, ao tempo, eram já antevistos. PF tinha roda-livre para todos os disparates sem alguém chamar a atenção e dizer "alto e pára o baile"!
 
"O pessoal é que está de férias e está farto de outras conversas, mas quando cair em si e ver os jogos apertados no Dragão, e mesmo fora, sem abre-latas pelas extremas, bem, já se deve antecipar os assobios.
 
Uma coisa é certa: faz sentido o 4x3x3 para um avançado-centro como Jackson, mas parece fora de tom o 4x3x3 sem extremos: um contrassenso um impossibilidade material? A bota bate com a perdigota?. E para um jogo com interiores, bem, também nos falta Iniesta e Cesc Fàbregas pelo menos, para a coisa fazer sentido. Ou será mais um 4x1x4x1? Ou 3x2x4x1 aproveitando o desequilíbrio de um lateral enquanto na outra banda o outro lateral refreia um bocado o ímpeto ofensivo? Dar-se-ia assim corpo a um jogo postado no meio-campo adversário, com pressão alta permanente, como quer Paulo Fonseca. Sobre os interiores, está fora da minha compreensão. Porque Barça mesmo só há um, com aqueles jogadores que vão dando, agora, algumas dores de cabeça menos agradáveis por a fórmula já não ser bem sucedida como dantes".
 
Isto escrevi eu em Julho, agora imaginem... e nem antevia que fossem Josué e Licá os meninos bonitos de entrada e os fétiches do Preocupações Fonseca.

Mas faz algum sentido ter o treinador a prazo? Se ganhares ficas, se perderes sais? Isto é o Porto ou o Mija na Escada, como dizia o Quinito? O Quinito que quando achou que não tinha unhas para aquilo saiu e saiu na véspera da recepção ao Leixões, subitamente em Outubro de 1987 o Murça pegou na equipa (ganhou 2-0, eu estava lá). O PF já pediu para sair por mais de uma vez: a culpa é dele? Não, ele mostra até mais elevação do que o presidente, que o tortura e por arrasto enerva os adeptos com o "sai ou fica".

É de um amadorismo atroz, esta SAD e este presidente que se julga acima das críticas e pensa ser ainda válida a infalibilidade papal.
 
Defendi desde cedo a mudança de treinador e estou á vontade para criticar, agora, os que lhe atribuem culpas, insultando-o em coro no domingo como nunca se viu a um treinador portista no estádio, poupando a SAD à responsabilidade máxima e exclusiva. Ironicamente, quando a equipa parecia arrebitar caminho, como em Barcelos, fez uma boa hora com o Eintracht de Frankfurt e não pareceu muito feliz na finalização, e na asneira de Mangala estouvado como sempre e ao nível de uma híper-inflacção do seu valor que é um disparate, pelo que vi no resumo de domingo, a inconstância e os erros primários de sempre deitaram tudo a perder. O campeonato já foi e, ao que dizem as notícias seguindo as fontes do clube, a Liga Europa vai hoje também, com uma modesta equipa alemã 3 pontos acima do 16º e último lugar de despromoção.
 
Digo, então, ao Preocupações Fonseca, lembrando que apostei em aprender alemão mais depressa do que ele punha a equipa a jogar futebol de jeito com consistência, na língua de Goethe:
"Hältst du fest" (segura-te) e "Gut Reise" (boa viagem). O "Aufwiedersehen" fica para depois, no regresso.

26 fevereiro 2014

O estertor da Liga e respectiva treta em Leiria

Como não há muito a dizer do FC Porto, nem novidades até amanhã Preocupações Fonseca ir à sua vida, e por falar em ciclos, triciclos, monociclos e ciclos-espertos, tivemos actividade na Liga de Clubes, onde o rato Pinto da Costa deixou de estar desaparecido nesse areópago que é todo o retrato do futebol tuga sem moral e sem estofo para além dos dos jogadores em campo pelos clubes e a selecção.

Enquanto, pela 3ª vez, de forma tão extra e mesmo ordinária, o poder instituído, e vê-se que com o nível democrático pródigo da Madeira e as suas extensões serôdias na liderança do organismo dito agregador dos clubes, bloqueia o movimento de destituição dessa abencerragem soprada do Atlântico com vento favorável do "colonialismo" lisbonense, a taça da treta lá foi marcada para Leiria.
 
A taça da treta, o esgoto do futebol ligueiro e manancial de todas as experiências regulamentares e arbítrio dos árbitros além de palco para truculências regimentais e arrufos de clubes perdedores, ficou com a sua final para Leiria, esse elefante branco do empreendedorismo à la Sócrates e do Euro de tantas alegrias e bandeiras nas janelas que se continuam a pagar alarvemente sob o silêncio dos que aplaudiram de pé a coisa.
 
 
De resto, Pinto da Costa, com o delfim Antero, fez por pisar palcos de onde se afastara com receios de o conotarem sempre com manigâncias do poder para os rivais aproveitarem a falta de comparência portista onde nunca deveria ter deixado os outros fazerem as coisas por outro lado. Resta saber se os saloios do Spórtém não protestarão por mais um atraso portista nas coisas da Liga. E o que o conclave de presidentes decidirá, sendo que os pequenos que elegeram o energúmeno pateta agora querem apeá-lo e não podem. Chama-se o futebol um "estado dentro do Estado", com leis e regras muito próprias e um presidente tipo ucraniano inamovível nem com manifestações diárias de contestação à sua espúria liderança da treta. Um monumento ao futebol tuga em pleno século XXI mas que uns quantos acham bem, aplaudem e dizem ser só invejas, cabalas e campanhas negras como se o Figueiredo desse frutos.

De novo, de forma extra e ordinária como tem sido, sem haver pitonisas com as verdades desportivas a acenar, a coisa deu em nada mas ainda deve haver algum jornaleiro a aplaudir a resiliência desse Figueiredo sem vergonha na cara e uma entourage à moda de Jardim y sus muchachos encartados no encobrimento (várias contas e orçamentos por apresentar, como será o buraco financeiro da Liga?) e entrincheirados como lapas e como lorpas que julgam os outros tansos.
 
O estertor do FC Porto, esse, segue amanhã em Leverkusen, Dortmund ou Munique, pois é verdade que "Deutschland über alles".

O presidente do FC Porto, pelo visto e lido, voltou a falar aos jogadores, já são "n" vezes e não parece dar resultado. Há presidentes que, de facto, são só figuras de corpo presente.

(actualizado)
Por falar em coisas e bichos da Madeira:
1) deputados lá e cá
2) os quase 40 anos do Salazar da Madeira
 

Kelvin, o presidente vê-te no Museu enquanto prefere o Preocupações Fonseca e este favorece o Licá

O herói do minuto 92 quer ser feliz. Nós também. Pinto da Costa regala-se com o Museu. O FC Porto é cada vez mais passado. Pesado ambiente.

O incompetente e insensível treinador, com a cobarde cobertura da SAD renitente em emendar a mão e assumir o erro, tratou de encostar o rapaz que adiantou o título de 2012-2013. Depois de Kelvin, em favor de Licá (que não aproveitou nas duas últimas substituições por fazer em dois fiascos em casa), foi o Quintero, em favor desse estratego que é Josué; depois foi o Defour por qualquer coisa, ainda o Maicon até Otamendi calçar os patins e mesmo suplantado pelo antes emprestado e agora recauchutado Abdulaye.
Qual é a parte que não perceberam, idiotas?

25 fevereiro 2014

«No meu tempo o Benfica não tinha esses constrangimentos da arbitragem»

Parece que se foi mais um símbolo do antigamente, ainda que a arbitragem seja basicamente a mesma de sempre. Fará história o que Mário Coluna uma vez disse, com desassombro e sem ponta de vergonha, num programa da RTP que até o grunho vais concelos e o ROC, ao lado de Rui Moreira, em Moçambique, testemunharam e devem lembrar bem. Eu nunca mais esqueci.

De resto, com a subserviência de sempre, a RTP abriu o Desporto à hora de almoço com uma notícia da Benfica TV - de quem faz publicidade aos seus jogos em exclusivo - a garantir que o homem estava vivo. Há coisas que nunca morrem e tantos parvinhos a servir de correia de transmissão.

«Uma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio previne-o»


Algumas citações e frases de Albert Einstein, provavelmente o mais brilhante e inteligente ser humano para muitos dotado por algum motivo extraterrestre. Pinto da Costa poderia ler, aprender, refletir e deixar de imaginar-se único e acima de todos. Cada uma destas pérolas revela o fraco do presidente portista e a incapacidade gritante na actual crise que se não foi antecipada pelo menos devia ter sido atempadamente analisada e resolvida - não fosse a sua teimosia e o regime ditatorial e autista imposto no FC Porto.



Para bom entendedor...

A 14 de Março pode comemorar-se o 135º aniversário do nascimento de Einstein, em Ulm (sul da Alemanha), entretanto falecido a 18/4/1955, Princeton, EUA). Visitei Ulm há três anos e deparei-me com o seguinte monumento, numa rua comercial e pedonal praticamente em frente à estação central. Esta coisa estilizada apenas marca o local da casa onde nasceu um génio humano. Monumento ou Museu interessam pouco quando o futuro está em jogo, apenas a memória dos bons exemplos e o fim dos preconceitos ajudam nessa tarefa.
 
Pinto da Costa esqueceu o essencial, se calhar a sua entourage só o prejudica nesta fase. Perdeu-se mais uma oportunidade, e um ror de ocasiões para a desencadear, de provar ser possível ser campeão mudando de treinador. Só os burros não mudam.

24 fevereiro 2014

Para já há um rato desaparecido

Entenda-se como se quiser, se rejeitou o pedido de demissão de PF ou nem o recebeu, pelo que disse quando assediado pelos jornalistas para, pateticamente, falar de tangas da Polícia e evacuação de jogadores pela porta do cavalo.
 
Pinto da Costa está desorientado porque deixou a coisa fugir do controlo. Está velho, como é natural, e está fraco, como é evidente. Fez uma figurinha triste perante os jornalistas, é gozado pela postura renitente que tem assumido e não é levado a sério, o que se torna grave, pelo que diz, nem merece confiança pelo que faz.
 
O Rascord, patético igualmente pela falta de originalidade e incapacidade inventiva, fala de fim de ciclo como se o tonto PF tivesse iniciado algum.

 
O Jogo garante que PF vai a Frankfurt. Não sei fazer o quê, a Liga Europa não serve para nada nem salva nada, não dá futuro e isso já o disse na saída da Champions.
 
Pinto da Costa continua a adiar a resolução dos problemas. Praticamente todo o mundo portista vira-se para o presidente como se pudesse esperar um milagre. Esquecendo tantas asneiras cometidas nos últimos anos, incluindo massacrar treinadores, o que é irónico quando se tenta eternizar um medíocre na equipa técnica portista e pelo qual a SAD, atávica e ultrapassada, sempre a reagir sem saber agir, é a única responsável.
 
Pinto da Costa estará a tratar da substituição do treinador. Estará, não sabemos, ele até disse que não recebeu nenhum pedido de demissão do treinador. Tretas que hoje em dia não se justificam, o milionário futebol profissional não se compadece com truques de algibeira, dignos de outros tempos. Há quem acredite que alguma coisa será recuperada: não acredito, passaram várias oportunidades para mudar o treinador, cada uma fui elencando por aqui e a última foi a semana sem competição que antecedeu esta de todos os alarmes.
 
Só os alarves pensam que isto se resolve com coisas comezinhas. E pensam que golpes de mágica resolvem problemas de fundo.
 
Sobre a metáfora do rato que abandona o barco, para já há um desparecido e é o presidente. Lamentavelmente, quando costuma dizer presente e dar a cara, fugiu, escamoteou a verdade, iludiu a realidade, vive num mundo paralelo para o qual trabalhou: o famoso museu onde será sepultada esta era de desgovernança numa SAD milionária mas sem critério de exigência e uma "accountability" séria e que impulsione o FC Porto para a frente. O futuro já o perdeu. Apenas pode remediar o presente, mas até nisso adia para a Alemanha uma necessária mudança. Infelizmente, não será estrutural nem se vêem alternativas para varrer a porcaria do Dragão, aquela que viveu à custa dos êxitos de Vítor Pereira, e antes de AVB que foi tratado da forma que se sabe, para hoje em dia se confrontar, cobardemente nos gabinetes, com uma dura realidade do seu rotundo fracasso.
 
Preocupações Fonseca irá cair, sem o terem removido piedosamente como preconizei, mas a tralha da SAD continuará lá e com a qual muitos portistas se revêem. Espero que se sintam confortáveis no barco a afundar.

23 fevereiro 2014

Ratos e cobardes

Hoje não pude ver o jogo, consegui apenas a segunda metade da 1ª parte com o Estoril. Depois segui algumas incidências na rádio do carro, distraidamente, só dando conta de alguma coisa relevante como um golo. Foi do Estoril. Nem me apercebi logo que era penálti e expulsão (Mangala).
 
De registo, quase no fim, o valente repórter de pista deixou passar o som de cânticos ultrajantes para o treinador do FC Porto. Sobre o treinador do FC Porto, precisamente desde o jogo da 1ª volta no Estoril (por sinal o único que o FC Porto não vencera até à data e aquele que serviu de pretexto a Pinto da Costa para uma patética aparição televisiva a queixar-se de um árbitro umas 8 ou 9 jornadas antes mais a do clássico na Luz), não só disse que não tínhamos treinador mas daí para cá escalpelizei tudo o que estava mal no FC Porto e não era, certamente e seguramente, só o treinador. Sobre Preocupações Fonseca estou à vontade para falar face ao que escrevi, incluindo a menção das perplexidades que a sua conduta e categoria para a função me causavam, cunhando um nome e até um duplo com o Produções Fictícias.
 
Agora, creio que foi a 1ª vez, não estando no estádio, que ouvi cânticos ofensivos para um treinador do FC Porto e já lá vão 40 anos a viver as emoções da bola em azul e branco. Ouvi, na rádio, algo que me enojou: "ó Paulo Fonseca, vai prò caralho!".
 
Não tenho ideia de algo semelhante e recuso pensar que seja algo orquestrado para pressionar o treinador a sair. Ora, por mim já teria saído há muitos meses e na viragem do ano fui anotando as oportunidades no calendário para favorecerem uma alteração de comando técnico. E identifiquei claramente os responsáveis na SAD do FC Porto, com o presidente à cabeça.
 
Vejo, entretanto, ao chegar a casa, na net, que Pinto da Costa diz que "só os ratos fogem" e não percebi se seria uma indirecta a Angelino Ferreira, uma saída inesperada e até inaudita que, apanhando-me fora e longe das notícias e comentários, já sucede à de Fernando Gomes na sempre sensível pasta das Finanças.
 
Eu juntei os cânticos, indecorosos, que ouvi na rádio à metáfora que li na net com foto de Pinto da Costa.
 
Tive pena que os cânticos, igualmente indecorosos, não tivessem sido dirigidos ao próprio presidente, à sua "entourage" que vai delapidando o património do FC Porto como é a contratação de um treinador tenrinho e a manutenção de uma insustentável equipa técnica no Dragão.
 
Gostaria que os cobardes se assumissem, a começar pelo presidente que na sua tonta teimosia e atávico titubear mantém o treinador contra tudo e todos. E que os cobardes dos cânticos os dirigissem ao único responsável por esta vergonha, não de perder com o Estoril em casa pela 1ª vez, porque também vi com Boavista e Salgueiros quando julgavam impensável tal coisa, mas pelos cânticos indecorosos que, por exemplo, nunca vi dirigirem a árbitros, sendo que tais invectivas contra árbitros ouvem-se em vários estádios do País.
 
Já só falta outra intervenção patética de Pinto da Costa no Torto Canal: mas como já vi a 1ª, admito que surja mais alguma, com ratos a sacudirem a água do capote e cobardes a demorarem a assumir as suas responsabilidades.
 
A época está a ser um desastre e terminará em hecatombe, há muito apontei para o triplo homicídio em perspectiva face ao Benfica. A gestão da SAD tem sido um desastre, só mitigado pelos dois títulos que o bravo Vítor Pereira assegurou ao FC Porto. É a SAD a responsável pela situação actual e não se viu coragem, determinação e competência para resolver um problema com o treinador que só gente idiota não viu. Entretanto, no meio de tantos cobardes, alguém saiu do barco, não sei porquê mas posso desconfiar e acho até um tema muito sério.
 
Da SAD do FC Porto já não espero nem muito nem pouco: apenas o pior. Afinal, também é possível que muitos ratos, entre amigos e compinchas, não fujam e os cobardes se refugiem no silêncio, tal como se quedaram pela inacção de um problema que se arrasta há meses e agora teve apenas mais um capítulo de uma tragédia anunciada.
 
Curiosamente, das medrosas opiniões que ouvia na rádio (A1), temia-se cortar a eito tanto quanto o FC Porto fez com este treinador, suportando-o por teimosia presidencial. E davam-se números e resultados como se fossem a essência da coisa: ninguém reparou que as vitórias pífias sobre Marítimo na taça da treta e Estoril na Taça de Portugal tiveram precisamente derrotas com os mesmos adversários com um penálti em casa jogo. Andaram alguns patetas contentes não sei com quê. Os mesmos que agora insultam o treinador e poupam os verdadeiros responsáveis pelo estádio de sítio e a decadência presidencial e existencial que se augura no FC Porto, nada de bom.
 
Enfim, não vi o jogo para falar dele, mas percebo tudo o que falarem dele. Não comento mais jogos com este treinador, limito-me a incidências causadas pelos jogos na política desportiva e na deterioração competitiva que gente muito bem paga causou talvez com efeitos irremediáveis.
 
Pinto da Costa, na sua louca obsessão por mostrar que ele é quem manda, pode nem querer hipotecar o futuro do treinador e o que resta da miserável época do FC Porto. Mas deve começar a hipotecar, já, o futuro do FC Porto pela sua inacção e incapacidade de gerir a transição e projectar o clube que alguns julgam já projectado e assegurado como inamovível do pedestal.

21 fevereiro 2014

Só Quaresma faz sonhar com um golo de outros tempos ao Benfica

Mais um jogo em casa sem ganhar, a marca indelével que acompanhará o FC Porto na sua história, a SAD que não mudou de treinador enquanto era tempo e Preocupações Fonseca, claramente insuficiente para a dimensão e a qualidade exigidas neste clube e no âmbito das suas responsabilidades.
 
Por falar em responsabilidades, mesmo à distância, percebi que o serviço público da RTP, parola e pacóvia, desprezou dois dias os resultados, já nem digo a ausência de resumos, da Champions de 3ª e 4ª feiras... o que diz bem do estado da coisa e do estado a que toda a merda chegou neste país da treta.
 
Por dificuldades técnicas e temporais, só agora pude abordar o jogo e outras coisas. O jogo mostrou um FC Porto, tardiamente, de encontro à sua matriz de jogo enraizada. O golo monumental de Quaresma, se alguém lembrou por aí, foi tal e tal o golo, de trivela com o pé esquerdo depois de "entortar" Nélson, que fez o 2-0 ao Benfica, creio, em 2008, no clássico do campeonato por fim decidido por Bruno Moraes, no último minuto (3-2). Foi daquela posição, a bola bombeada numa trajectória balística de compêndio, com Quim a ver a bola passar ao poste mais distante, que Quaresma marcou o golo mais bonito que vi no Dragão, superando o golo de calcanhar de Falcao no jogo dos Cincazero. Mas Quaresma começa a ser pouco, sem chegar a ser o máximo, para o FC Porto jogar ao nível a que habituou os adeptos; estes agora só enchem meio estádio, o que é sintomático do desencanto a que a SAD, atávica, não ligou todo o Inverno e chega agora o Inverno do máximo descontentamento das bancadas. Li, já hoje, que houve assobios, eu mal pude ver o jogo na tv e sem acesso a internet. Não admira, Produções Fictícias não recuperará o crédito que o futebol portista granjeou e os títulos desertarão o Dragão após enxurrada deles nos últimos anos apesar da pasmaceira e inoperância da SAD ultrapassada pelos acontecimentos e limitada a reagir em vez de agir.
 
Foi pena que Ghilas, tosco e apenas esforçado, não conseguisse fazer o 3-2 no último minuto, como então fez Bruno Moraes, mas esse toque de Midas não está ao alcance de um golpe de asa que este FC Porto possa inspirar, desgraçadamente ausente convicção e firmeza no futebol portista.
 
Sinal dos tempos, além de Quaresma garantir que o FC Porto ganhará, sem dúvida, em Fankfurt, li que o Preocupações Fonseca confundiu tudo e todos num momento alarve de desnorte, metendo Borússia de Dortmund e Bayern Munique no tema de um jogo supostamente em Leverkusen... É verdade que Bayern (5-0) e Dortmund (4-0 no campeonato e 1-0 em Frankfurt na DFB Pokal) mostraram a diferença de classe, nas últimas semanas, para um Eintracht apenas sofrível e só três pontos acima da linha de água, mas o FC Porto não logrou marcar essa diferença por falta de classe, apesar de ter chegado a 2-0.
 
Sinal dos tempos que o improdutivo futebol ofensivo portista voltou a ter em Josué, incapaz tecnicamente e incompatível com a função, no apoio directo a Jackson. Pior, a entrada de Carlos Eduardo para esse lugar em que ainda tem pior registo efectivo deu lugar ao descalabro. Se Josué "anda por ali", sem saber como e porquê, Carlos Eduardo nem "anda" nem está "ali", é um fracasso absoluto. Perdendo o elã ofensivo, a pressão sobre a defensiva foi enorme por um opositor sem jeito mas com muita força, que teve a sorte do jogo (1-2 de ressaca) para regressar à discussão do resultado, depois empatado por novo golpe de felicidade. Está na sina portista fazer mal o trabalho de casa, mas já são muitas ocasiões para Pinto da Costa justificar com o "azar" um desastrado percurso europeu que é da absoluta responsabilidade da SAD. As teimosias do malfadado pé-frio chamado a treinar o FC Porto vão continuar a sair caro mas sobre o pacóvio técnico não removido a tempo não acrescentarei mais nada, já são muitos meses a bater na mesma tecla e com os erros básicos de sempre acrescidos da falta de qualidade que insiste em brindar os adeptos já fartos das suas idiossincrasias técnico-tácticas. Desta vez, o pulmão do Porsche C'Herrera não chegou para mais do que a 1ª parte, porque Josué decide sempre pela pior opção na frente e Jackson pga a desinspiração de tantos meses a seco com remates carentes de melhor sorte e desta vez merecia algo mais do que um golo.
 
Soube-se, entretanto, que Angelino Ferreira deixa a SAD na sensível pasta das Finanças, substituído por Fernando Gomes que da matéria deve saber tanto como eu da importância das lâminas de barbear na cultura dos agriões. Se isto não é o ruir do projecto, megalómano e suicida, de uma SAD em desvario total não sei o que será, mas o futuro próximo é mais sombrio ainda do que a hipótese de continuar na Europa...
 
Não conheço os meandros ou as justificações, se é que as há num conclave marcado pelo secretismo digno de Vaticano, mas sem dúvida que o futuro da SAD, e do FC Porto, está muito mais na corda-bamba do que a inconsistência competitiva do tenro futebol portista entregue a um técnico imberbe. Pura incompetência global e generalizada.
 
Por ironia, ao que li, o Benfica ganha rematando apenas quatro vezes, e nem se pode glosar o golo em fora-de-jogo, clamoroso, para tirar partido de ruído mediático, como parece fazer agora o Sporting, qual Bloco de Esquerda parvo e ultrapassado pelos factos e dessincronizado no tempo que julga revolucionário como os patetas da dita esquerdinha baixa e atrasada, no recurso tonto e saloio da decisão sobre a taça da treta.
 
Mesmo a ganhar tempo, nem assim o FC Porto ganhará tempo para impor futebol que impeça o Benfica de um triplo triunfo nas provas domésticas.

19 fevereiro 2014

18 fevereiro 2014

Atraso mental dos palhaços de Alvalade

Fora o ridículo do caso do atraso do Porto-Marítimo, da questão suscitada em si pela hora do início do jogo à indeterminação objectiva sobre quando poderia ter o mesmo sido dado como terminado, sujeito a tantas vicissitudes como perdas de tempo, lesões e até "rebolões" de jogadores do Marítimo de fora para dentro do campo como foi notório, toda esta patranha a ser julgada ou sentenciada hoje é de uma monstruosa imbecilidade que despreza dois factos essenciais mas revela o fácil acesso à justiça dita desportiva e a utilidade desta quando instrumentalizada alarvemente, isto para além da intoxicação informativa a que os submissos pasquins se devotam insanamente.

 
1) O facto de o início do jogo ter de ser dado rigorosamente à mesma hora não determina, nunca, que tenha de ser concluído à hora a que outro ou outros jogos terminarem, mas este é um facto de lana caprina, ou mesmo de lã de vidro, que esvazia o argumento do alegado dolo feito pateticamente pelo Sporting;
2) mas para além da comprovação - "inconseguida", segundo a novilíngua política-paralamentar... - do dolo, há outra questão, tão prática e do senso comum quanto a primeira e que acrescenta o vinagre do ridículo à ferida dos pacóvios de uma tola indignação e pueril pugna pela "verdade desportiva" e o "fim da impunidade", e que é o facto de, independentemente da hora de término dos jogos em causa, por muito tempo se ter sabido de que o FC Porto tinha imperiosamente de vencer, pois ainda perdia 1-2 e o Sporting ganhava 3-1 em Penafiel, logo enquanto o jogo durasse só a vitória serviria aos portistas e todos estavam cientes disso, dependendo tudo muito mais dos portistas, obrigados a dar à perna e marcarem dois golos nos cinco minutos finais e ainda os descontos que houvessem; já o Sporting, sabendo também que o Porto perdia 1-2 (já ao intervalo!) e calmamente ganhava 3-1 (a meio da 2ª parte) em Penafiel até praticamente ao fim do seu jogo, não sentia necessidade nenhuma de ampliar a sua vantagem para estar mais seguro do seu apuramento. E aqui está o busílis: impossível provar que o alegado atraso, inexistente em substância e forma, prejudicou efectivamente o Sporting, o que a marcha do marcador desmente mas as vicissitudes, fortuitas e imprevisíveis, do jogo do Dragão, comprovam como tendo condenado os leões fora de horas mas na mais absoluta e estrita legalidade.
 
Isto raia o absurdo quando não se tem de explicar a parvos, idiotas, nabos e afins, muito menos a gente com comportamento infantil e incapaz de aceitar uma desfeita, quanto mais uma derrota sobre a meta. Não é concebível que qualquer decisão possa ser diferente da de arquivar o caso, ainda que fosse inconcebível poder conceber-se criar um pé de vento que nem uma tempestade num copo de água suscita. Então apegar-se ao facto de Maicon ter chegado à beira do árbitro apenas constatando o facto de "atrasamo-nos" só nas cabeças mais ocas tem cabimento: Maicon era suposto levar o atestado médico de Fernando? ah, ah, ah
 
De resto, a argumentação verdadeiramente parola do Spórtém, deixando de espelhar-se no senso comum e na ciência prática das coisas, que juridicamente é muito importante e com cabimento na percepção dos factos para assumir-se uma decisão judicial até em sede descredibilizada da ordem desportiva, tinha já deixado pelo caminho duas outras vertentes que não colhiam nem na subjectividade própria dos calimeros sportinguistas - apesar de relatados no auge da sua frustração no fim do seu jogo em Penafiel.
 
a) a "tal" lesão de Fernando, que teria retardado o início do jogo, até tem fundo de verdade, para além das garantias médicas prestadas em sede de inquérito e averiguações, porque antes do intervalo Fernando foi substituído, precisamente por lesão, donde não se pode desconfiar da defesa portista e da boa-fé clínica quando um jogador sai com problemas físicos ainda na 1ª parte (entrou Josué, 42m);
b) a desculpa do tempo de compensação não cola, porque até foi por defeito (os 4 minutos deveriam ter sido 6 no mínimo), e o penálti nos descontos deixou de poder ser discutido à mesma luz racional, até pela concordância unânime - excepto para os que se julgam ser os únicos a marchar direito na parada e todos os outros andarem em passo trocado - da existência de falta, pois foi indiscutível.
 
Daí que seja absurdo admitir-se outra coisa que não dar o caixote do lixo como destino da queixa leonina.
 
Mesmo que o Spórtém recorra para o CJ, onde não terá mais argumentos de Direito para apor, logo sem hipóteses de sucesso na demanda em última instância, só fará adiar a semifinal Porto-Benfica e, consequentemente a final da taça da treta.
 
Penso que a estratégia do Spórtém é atrasar tudo e tanto que leve para muito tarde as decisões na competição e, assim, com Porto ou Benfica na final, mais as campanhas europeias de ambos, o calendário fique sobrecarregado e o Sporting possa beneficiar do desgaste alheio para atacar o título, ou pelo menos o 2º lugar que dá acesso directo à Champions que é o que eles querem.
 
Na pior das ironias, muito além de serôdio maquiavelismo de circunstância, o Sporting, para os teóricos de conspirações, estaria a fazer um favor ao FC Porto, permitindo que, de algum modo, o futebol portista se recupere para, quanto mais tarde melhor, enfrentar o Benfica com hipóteses de êxito, no que não "acardito". O Preocupações Fonseca não é capaz de tal proeza e a SAD portista deixa apodrecer a situação até todos serem trucidados pelo Benfica.
 
Para mim, além da verificação constante e ordinária do dia-a-dia da podridão ética e mental dos que se querem fazer de protagonistas do futebol com a cobertura saloia e abjecta dos pasquins de Lisboa, há duas coisas que se juntam neste caso: o meu perene desinteresse e desconsideração pela taça da treta, feita à imagem da Liga e dos taberneiros que a lideraram nos últimos cinco ou seis anos, ao súbito desconforto por existir arrivistas de meia tijela que se julgam senhores da verdade e respeitáveis percursores de uma falada nova era, mundo novo e verniz a condizer.
 
Bruto do Carvalho só veio acrescentar má fama ao antro imundo e desconsiderado em que se tornou o futebol. Por actos e palavras. Um bardamerdas que o futebol dispensava mas que o futebol não deixa de atrair. Nojo.

Escrevi isto n 5ª feira, guardadinho para hoje, dia da decisão. Na 6ª feira, uma notícia falava do incómodo do Sporting sobre as perguntas na CD da FPF, supondo-se que, enquanto se averigua factos e se procede a adequar a sua prova com o dolo a comprovar para haver condenação, nesta fase também se deve fazer perguntas. A mim só espanta que o cão municado do Spórtém reporte a perguntas veiculadas nos jornais quando o Spórtém esteve presente como assistente no processo e deve saber que perguntas foram feitas, mesmo que fosse obrigado a ficar calado porque a sua condição de assistente não lhe permite intervir. A justiça da Herdade Desportiva destes camelos é assim. Estúpidos e broncos como tudo.

E, entretanto, ontem já circulava - lá foi outra vez ao ar o recato da Justiça, mesmo dita desportiva - uma discrepância entre os delegados ao jogo e os respectivos relatórios. Ora, ainda actualizo o tema, isso é apenas mais um caso de figurões influenciados e, adivinhe-se, qual terá sido o gajo que escreveu por impulso de um clube? O Spórtém, esse antro de dignidades várias e moral em alta, só teria interesse em levantar a questão do atraso: um correligionário da Liga lá pediu, um dia depois, que se actualizasse a coisa devidamente para dar azo a um protesto sem cabimento. E, assim, de véspera da decisão, lá veio a nota para deixar no ar vigarices e a dúvida sobre quem manda nos bastidores - mas levantando de novo o tema da idoneidade e credibilidade dos delegados da Liga. Este é um processo abjecto por si mesmo que devia ser denunciado como mais um podre dos poderes de Lisboa a insinuarem-se nos órgãos de Poder, aproveitando a parcimónia dos jornalistas de merda que deslustram a Informação em Portugal. É o retrato dos que fazem as coisas por outro lado e que vêm sempre do mesmo lado: Lisboa, Lisboa, Lisboa, que não gosta de perder sem fazer um caralho para ganhar seja o que for. Os clubes de Lisboa têm o mal de sempre em Portugal: o rei na barriga e as putas na província.

17 fevereiro 2014

Quatro clubes na Liga Europa mudaram de treinador

O Tottenham foi o que se sabe, substituindo AVB depois de 0-5 em casa com o Liverpool para ter Tim Sherwood a levar 1-5 em casa com o M. City...
O Rubin Kazan foi o cansaço de muitos anos de Berdyiev, que fez a equipa tátara botar figura na Champions mas o desgaste passou factura.
Agora, dois clubes que lideram o campeonato mudar de treinador a meio da época é porque não têm Sousa Cintra a presidente e não Pinto da Costa que deixa o Preocupações Fonseca inamovível.
O Maribor, do director Zahovic, mudou o ex-seleccionador esloveno Matjaz Kek. Comanda o campeonato com dois pontos de vantagem mas menos um jogo e tudo ainda parado.
Agora, o Salzburgo, na Áustria, leva 17 pontos de vantagem depois de, no reatamento da 1. Bundesliga, despachar o 2º classificado com 6-0, o Grödig que subiu este ano à I Divisão. Mais: o Salzburgo ganhou todos os jogos do seu grupo na Liga Europa!
Ao FC Porto só dá Produções Fictícias, mas não deve ser por muito tempo.
 
No FC Porto, a surpresa e o ridículo foi despachar Otamendi a 31 de Janeiro e só comunicar que saiu a 3 de Fevereiro...
Entretanto, entra Kelvin que para o Preocupações Fonseca não conta no campeonato. Abdullaye não pode jogar por já ter representado o V. Guimarães na mesma competição.
Eis uma forma de rever o recomeço das eurotaças com os tugas da Champions mudados para a taça dos pobrezinhos repescados.
Já agora, o PAOK mudou oito jogadores para se preparar para receber o Benfica.

16 fevereiro 2014

Porsche C'Herrera sem GPS de golo

Salvé!, ao fim de vários meses viu-se um jogo com princípios de jogo no FC Porto, sem tibiezas e sem facilidades. Falharam-se vários lances de ataque prometedores, mas o campo pesado e relva alta não ajudaram. No lamaçal foi possível plantar algumas flores, trocou-se bem a bola, houve disponibilidade e variedade de movimentos dos médios, em particular Herrera, que corre, devora quilómetros mas não tem lucidez e classe na hora de brilhar, é tudo em força do princípio ao fim mas naquele campo e com adversário apostado em jogar com o físico valeu o esforço. Herrera mal sabe onde é a baliza, vá lá que o chip lhe diz para seguir em frente sem GPS para o golo, pois poderia ter marcado por mais de uma vez se tivesse jeito e estivesse programado para isso: digamos que assim teríamos um médio do caraças se fosse aproveitável no último terço do campo e soubesse como visar a baliza contrária.
 
De novo na frente do meio-campo, Josué demonstra de novo a sua falta de técnica para servir de alguma coisa naquele espaço, que lhe é estranho e para o qual não tem habilitações. Fernando esteve bem, os centrais também (o golo sofrido é um acidente, não atribuo responsabilidades e os gilistas aproveitaram bem uma ocasião que surgiu do nada), logo a equipa não tremeu, saiu a jogar, trocou a bola, desmarcou, avançou, atacou pelos dois lados: não brilhou, mas para a miséria franciscana dos últimos meses isto parece um bálsamo para a alma, aparentemente incapaz de se reencontrar e lidar com as suas insuficiências da melhor maneira.
 
É o melhor elogio que se pode fazer, sem deixar de se estremecer ao pensar no slalom com golo de Varela, numa jogada a solo desde o meio terreno portista, comparando depois com uma rotação disparatada, sem calma nem categoria, na marca de penálti a atirar um hat-trick para a bancada.
 
Por fim lá apareceram as substituições da praxe a fazer-se notar o "dedo", estropiado, do treinador. Mas se não fosse assim não seria a mesma coisa de sempre do Preocupações Fonseca, não é verdade?
 
Até ganhou onde tal não foi possível, graças apenas a arbitragens miseráveis, nos últimos dois anos. Já fica na história. Estar a 4 pontos do Benfica até pode favorecê-lo, se não deixar dilatar o avanço do líder. Mas desta vez deu para alguma tranquilidade e não a desordem caótica dos últimos tempos: seria da chuva e veio o sol? Esperança só se for por aqui:

 

Este ano ganha o Porto mas não deve ser pela bola

 
Quanto ao futebol mesmo, O Jogo continua na senda do Preocupações Fonseca a ver se acerta na n x y + (c2-1)/{também aliás por isso mesmo}. Consta que em Barcelos vamos ter novo meio-campo, garantindo-se, pateticamente, que este é que é, o melhor, o tal e o que o Preocupações Fonseca imaginava, como se não fossem jogadores que conhece desde Julho e não tenha feito pré-época nem ostracizado metade deles, além de atrapalhar Fernando com uma muleta que não faz bem ao brasileiro.
Não sei quando o ridículo matará, mas talvez ao levarem no toutiço do Benfica se apercebam da merda que é tudo isto e com tanta gente doida varrida e ignorância sentida a aplaudir e a pensar que, com jeitinho (não há!) será um Tri de títulos resgatados ao benfas. Sem futebol não é possível e a lição da época passada não foi aprendida pelos burros velhos e ajudantes autocratas na esteira da dinastia que se eterniza a afundar o FC Porto (salvo os últimos campeonatos, graças a Vítor Pereira, o FC Porto é um desastre, incluindo modalidades!)

E por falar dos últimos campeonatos, para os quais se perceberam sinais e aqui deixei notas várias e avisos sobre o perigo de iminente (re)caída, nem há sequer o espírito da equipa que havia e muito menos o futebol consistente e programado porque o treinador era diferente mas, acima de tudo, muito competente e que sabia lidar com a pressão de ganhar. Era gente de outra cepa, aquela, o que significa que a gente que sobrou perdeu a noção de raiz, a começar, ironicamente, por cima, a "estrutura" que tem sido uma boa merda e é a causa da queda no plano inclinado. O Produções Fictícias pode achar o que quiser, cada vez se enterra mais e perde toda, se tem alguma, credibilidade: não se diz mal e por ser fácil que a equipa não joga nada, é que não joga um corno e há muitos meses digo isto e desde Setembro disse que não tínhamos treinador. Não existe mesmo e o apelo a ganhar os 12 jogos que faltam é tão forte como o "estamos preparadíssimos" para a Luz e nºao sei quê para a Madeira...

Mas se ainda lograr o título cá estarei, como prometido desde o início da época em que manifestei a minha desconfiança, para lhe dar os parabéns. Sem retirar uma vírgula do que está para trás. E sem acreditar que ele consiga ganhar alguma coisa ante a pasmaceira da inútil e incompetente SAD que é a origem do descalabro, repito, só mitigado pelos dois títulos de Vítor Pereira.

15 fevereiro 2014

A táctica do Bill deixou a calculadora de Mourinho com zero remates e David Luiz de braço no ar...

Mourinho, esse sim, é um mestre da táctica, um catedrático do futebol. Como tal, e bem, foi incensado na vitória do início do mês no Etihad, um pragmático sempre a defender e com toda a sorte do jogo apesar de ter enviado três bolas aos postes (mais para fora do que para dentro), duas delas em lances de bola parada.
 
Ora, um mestre da táctica, que ouvi muito elogiado por Gary Neville e Jamie Carragher na Sky Sports no jogo do campeonato, afastando David Silva do jogo e penalizando o eixo defensivo do City com remendos num central (Nastasic) e num trinco (Demichelis), pode ser virado do avesso porque deixou de ser mestre da táctica ou a táctica, amiúde, é um artefacto que pode ser como foguete num céu estrelado ou rebentar-nos nas mãos? A verdade é que, muito por falhas de Nastasic, o Chelsea venceu os dois jogos do campeonato ao City, o primeiro em casa num erro inacreditável já nos descontos de um jogo que o City dominou.
 
Essa dicotomia remete-nos sempre para Jorge Jejum, o catedrático mestre de tudo e mais alguma coisa, incluindo o facto de ser, mais do que novo, um técnico superior a Mourinho, em 2010 assim apodado. Na verdade preparam bem os jogos, se eles correrem bem à sua feição. Caso contrário, dificilmente as suas equipas saem dos blocos de partida.
 
De volta a casa do Man. City, depois de ter glosado a táctica do massagista Bill no jogo do campeonato, o Chelsea apresentou, por seu lado, um novo trinco (Mikel em vez de David Luiz) e um novo central (David Luiz em vez de John Terry). Matic esteve longe de controlar Yaya Touré, antes pelo contrário; e numa equipa brilhante e de jogadores acima da média até Javi Garcia passa despercebido, fazendo desta vez a posição que foi do "desambientado" Demichelis.
 
Foi, agora, Mourinho, melhor o massagista Bill, que perdeu os papéis e o City aproveitou as falhas no seu eixo defensivo?
 
Ou o golo inicial do City (Jovetic, 16m), que podia ter sucedido há duas semanas, obrigou o Chelsea a fazer algo mais pelo jogo?
 
Não, o Chelsea foi igual a si próprio no 0-0 e medíocre a perder. Não sei se o massagista Bill deu a táctica, mas ela não rendeu nenhum (zero) remate à baliza do City: Pantilimon (em vez de Hart) limitou-se a defender dois ou três cruzamentos, no primeiro andou aos papéis mas o Chelsea também não metia mais de três/quatro jogadores no ataque.
 
Esta é a táctica de Mourinho, merdoso, retranqueiro, especulativo. O Chelsea saiu da FA Cup sem fazer um só remate à baliza. Ao invés, o City que joga do melhor futebol na Europa com Bayern, Barça e Madrid, jogou sempre para a posse e o ataque, Yaya Touré fugiu do raio de acção de Matic e David Silva também escapulia-se nas marcações defensivas do Chelsea, sempre com quatro na defesa inamovíveis, enquanto o City simplesmente não cedeu a bola de forma tonta e rápida e não deixou espaços para Hazard, Ramires e Willian explorarem no apoio ao isolado Eto'o - os únicos do Chelsea que se abeiram da área contrária.
 
Entretanto, com o City sempre à procura de mais um golo sem nunca se desequilibrar e não deixando o Chelsea jogar no seu erro, chegou ao 2-0 com David Luiz de braço no ar a pedir um fora-de-jogo enquanto Nasri foi buscar a tabela com David Silva, significando que o Chelsea andou sempre atrás da bola e a pedir algo que não lhe existia. Ironicamente, numa equipa que sofreu várias lesões no último mês, Jovetic e Nasri estão a voltar de paragens na enfermaria, tal como Negredo e ainda falta Fernandinho.
 
Não admira que Pellegrini, o sereno e educado treinador chileno, pedisse um central (Mangala) e um trinco (Fernando) no mercado de Inverno.
 
Não foi a Sky Sports que transmitiu a desforra, mas a transmissão da Fox Sports, dos americanos, foi clara na visão dos acontecimentos: Chelsea "outplayed" e contaram dois remates, que não vi, dos londrinos para fora...
 
Resta dizer que, à boa maneira benfiquista, David Luiz e Matic, como no jogo do campeonato, viram amarelos por faltas típicas da escola onde aprenderam, enquanto Javi Garcia também foi amarelado mas numa falta profissional que lhe cabia fazer.
 
Os azuiz claros não foram anjinhos e os azuis do Chelsea caíram num buraco negro de ineptidão e cura em divã de psiquiatra - se o massagista Bill não voltar à sua função primordial e Mourinho deixar de usar a calculadora para imaginar resultados e prever tantas vicissitudes num jogo.

ah, ah, ah...

Nada como este ano ganhar tudo e calar os detractores - o Porto do Preocupações Fonseca e de uma SAD atávica já deram ajuda suficiente e podes tirar a barriga de misérias!


Não foi passar do 80 para o 8

Acho que está mais em 0,8...

14 fevereiro 2014

Reforçará a solidariedade? (e controlo de danos)

No início deste processo, mais um, de trauliteirismo social, confessando-se inocente e dizendo que não bateu em ninguém, chamei-lhe Madre Teresa de Calcutá, ele e o seu "mentor" com nome de escritor/filósofo. Pois tão contente em pagar 25 mil euros a duas instituições de solidariedade, ouvi há pouco nas "notícias", já endeusado por tão generosa e não forçada contribuição, já só falta dizer que, continuando impune como outro cidadão não ficaria ou estaria livrando-se de uma condenação em tribunal limpinha, limpinha, o homem vai voltar a bater, a enxovalhar o futebol e a incendiar as mentes mais volúveis só para duplicar, voluntariamente, a sua espantosa dose de solidariedade.

Entretanto, vi agora, o controlo de danos noutra vertente, sempre a fazer as coisas por outro lado.


A tanta generosidade pode juntar-se um pouco de humor, graças ao Vermelhices.com

Nos grandes clubes a Comunicação nunca deixa ninguém satisfeito e presidentes não se eternizam

Agora é Toni Freixa a deixar de comunicar pelo Barcelona. Ainda há menos de dois anos o clube catalão mudou de director de Comunicação, descontente com o trabalho feito e a invisibilidade que afectava o clube. Nos clubes grandes estes pormenores não são descurados. Nem no tocante a treinadores. Nem na presidência sequer.
Quando removem este galheteiro completo do Dragão?
 
Freixa, curiosamente, há dias comentou no Twitter que o 2-0 do Barça à Real para a Taça valeu pelo resultado, não pela exibição. Teve de retractar-se. Talvez esta saída seja consequência disso, mas o mal-estar existia. Entretanto, a afluência ao Camp Nou vem descendo acentuadamente. Não é a melhor forma de entusiasmar, mas vemos exemplos aterradores à nossa volta.
 
Eu continuo sem ver melhor exemplo do que o Barça em muitos domínios. Porque há, de facto, coisas a melhorar e por ali não descansam nem poupam os eleitos às suas responsabilidades. Deve ter sido por isso que, depois de quase 24 anos de Nuñez, o Barça começou mesmo a ganhar à sua dimensão.
 
Um presidente longevo - veja-se Lendoiro no Deportivo - arrasta sempre o clube para baixo, sem perceber que o pico da sua actividade já passou e nada mais tem a dar, muito menos a orientar as coisas para o futuro.
 
Vai passar a semana e a última oportunidade de Pinto da Costa mudar de treinador para estimular a hipótese, arredia, de ganhar o campeonato, já nem digo competições menores, e sob o risco altíssimo de ser trucidado pelo Benfica em três competições e sempre no Dragão.
 
Há gente que não sabe sair de cena. Pinto da Costa esgota o seu tempo com o treinador medíocre que "inventou", do nada, enquanto outros que eram mais falados para o FC Porto dão cartas, como Leonardo Jardim (se inventou na Luz, inventou uma vez só) e Marco Silva.

No FC Porto, voltando à vaca fria, temos a idiossincrática Comunicação do FC Porto e o inenarrável não-evento do Torto Canal para o comprovar por palavras, imagens, actos e omissões.

13 fevereiro 2014

Houston, we have a problem (*): O Jogo escondeu sondagem sobre Preocupações Fonseca


Esperei por ontem para verificar e confirmar, ao fim e ao cabo, a minha suspeita da véspera. O Jogo escondeu a sondagem que dava quase 60% de responsabilidade ao treinador do FC Porto pelo mau futebol e a descaracterização da equipa esta época.
Não me canso de bater nesta tecla: a época é má e o desastre iminente com os responsáveis bem identificados.
 
Calhou eu ter visto, aliás antes do diário desportivo, a sondagem com todos os itens no JN. Era a abertura do Desporto, o mau futebol portista e os "culpados" segundo os adeptos auscultados.
 
Nas centrais de O Jogo, a abertura era sobre o futuro de Benfica e Porto na Liga Europa, depois tudo o que o JN mencionara. Menos a parte relativa ao FC Porto e ao seu treinador.

Pior: onde vinha as sondagens, precisamente nas centrais, estava um texto eloquente de André Viana, cujas duas últimas crónicas de jogos do FC Porto têm deixado o Produções Fictícias sem fita para mais tretas. O texto recentra os problemas no treinador. Mas a sondagem sobre o treinador não apareceu, aproveito o serviço público da Ana para verem o texto, que o resto das páginas não traz o essencial a não ser todas as partes da sondagem, menos uma...
 
Isto da concentração de meios tem destas coisas: a sondagem, pelo visto da Eurosondagem, foi encomendada para os dois diários do Porto, não sei se o DN trazia alguma coisa porque não vi nem percebi se trazia o assunto na edição online. A sondagem foi feita, como noutros meses, praticamente todos os meses ou em periodicidade trimestral, para o JN e O Jogo. A única coisa que não era comum era a alusão à responsabilidade no futebol portista.
 
Já agora, se não deram conta, retive apenas de memória os números do JN: os "jogadores" eram os mais responsáveis depois do treinador, cerca de 21%. Mas logo a seguir, com cerca de 20%, a responsabilidade era atribuída à SAD.
 
Esclarecedor quanto à percepção que os adeptos têm sobre o desastre que está a ser esta época e que terminará, estou em crer, em tragédia, até porque o FC Porto voltou a desbaratar a oportunidade de substituir o treinador e, quase certamente, submeterá os seus adeptos a várias vergonhas em compita com o Benfica.
 
Já quanto às motivações de O Jogo, se não for um fenómeno do Entroncamento, especule quem quiser.
 
Eu até tenho mais consideração por este jornal por considera-lo o mais isento e equilibrado, na medida do possível, em comparação com os pasquins rivais na matéria.
 
Se não visse não acreditava, calhou ter os dois jornais à mão num café. E tinha quase a certeza que o eventual lapso, escondendo a sondagem desagradável para o treinador e a SAD do FC Porto, não seria corrigido, ou desculpado, no dia seguinte. Como ontem não foi.
 
De resto, em O Jogo vinha lá, com naturalidade, as perspectivas de quem seria o campeão, o Benfica de forma destacada.

(*) - como estou numa de aprender alemão, mais depressa do que PF ensinar a equipa a jogar, diria (foda-se) que sou algo ingénuo e pensei que já tinha visto tudo no futebol e nos jornais:
"Wenn ich es nicht gesehen hätte, würde ich es nicht glauben" (se não tivesse visto, não acreditaria)


Em tempo: isto dos jornais é cada cavadela cada minhoca. Alguém, muito atento (porque só atento não basta...), viu que a (primeira) crónica do jogo de Lisboa publicada pelo Sporting no seu site e replicada no DN online, do "amigo Marcelino", foi retirada, tal como o Sporting também modificou a versão inicialmente posta a correr. Onde se comprova que os amigos (dos jornais e a tal "boa Imprensa" são para as ocasiões e, enfim, os sites dos clubes, e os jornais e as tv's dos clubes, são o que são e merecem pouco respeito, dificilmente o granjeando dos seus próprios adeptos. Pelo menos os desatentos... porque o profissionalismo é aquilo que os clubes querem que seja, para "seu bem", e compra-se bem no mercado onde os "profissionais" pavoneiam fatos bonitos com o emblema do clube.

Da insanidade em vez da impunidade

Agora queixa-se dos adeptos, depois de o site do Sporting ter publicado duas crónicas do jogo de merda na Luz. A primeira, logo retirada, quase punha o Spórtém a empatar, eram jogadas atrás de jogadas e que tenderia a acreditar porque não vi o jogo.

 
Vá lá, já não é só do Porto que se queixa. O problema é que tantas lágrimas só contribuem para o clima húmido que se detesta por estes dias. De resto, o circo continua.
Aliás, o circo parece que passou para um programa da tv, onde Jorge Gabriel, menos púdico do que o arcanjo homónimo da Luz, disse "morreu o caralho" ao ouvir Manuel José dizer que o "estado de graça de Jardim morreu um bocadinho" (com as invenções do dérbi).

12 fevereiro 2014

Sorry about that: como se cancelam jogos em Inglaterra a tempo e horas

The Premier League games Manchester City and Everton were scheduled to host on Wednesday were postponed amid safety concerns caused by high winds.

City's meeting with Sunderland was called off by the club's safety officer and the local police "due to exceptional and escalating weather".
Police advised Everton to reschedule their match with Crystal Palace because of nearby building damage.
 
BBC online, esta noite: reparem quem actuou e quem ponderou as circunstâncias de segurança. No problema, as pessoas não precisaram de molhar os pés ou ter a cabeça em risco por lá de vidro e porcos a voarem

Podia-se acabar com a impunidade, mas não seria bem a mesma coisa