02 fevereiro 2014

Nem foi suspeito...

Podia recuar um ano, ao Marítimo, 1 - Porto, 1, para lembrar que, a 4 pontos da liderança do Benfica, apenas achei que a renovação do título "é mais difícil". O FC Porto tinha jogadores, tinha comando, tinha treinador, tinha futebol e tinha coragem, tudo o que fez somar vitórias até ao fim e resgatar um campeonato que parecia perdido menos para os que viam haver matéria-prima para dar a volta.
 
Mas não, recuo dois anos, quase dois anos, a 29/1/2012, quando o mesmo treinador portista, o já lendário Vítor Pereira, assumiu o mau jogo da sua equipa numa derrota inenarrável em Barcelos sem deixar de dizer o suficiente sobre arbitragem:
"Nós não estivemos bem, mas esta arbitragem foi uma vergonha".
 
Pois, comparar os dois penáltis que a arbitragem de Bruno Paixão sonegou ao FC Porto em Barcelos e verificar os dois penáltis que, dois anos depois, no mesmo palco, o árbitro do Caixão marcou a favor do Benfica é algo digno de qualquer manual de jornalismo, já não digo de investigação, mas de memória mínima, o mínimo divisor comum num profissional que se preze e tenha honra, ou vergonha, do que faz. Só hoje vi as imagens do 2º penálti de Barcelos e fiquei convencido, tal como convencido ando do naufrágio absoluto do futebol portista.
 
É claro que há penálti sobre Gaitan, atingido nas costas por um defesa gilista. Como houve de um gilista a esmurrar a cara de Defour, que ficou a sangrar.
 
Agora, o penálti marcado aos 90+5 e que Cardozo desperdiçou, com dois gilistas a protegerem a bola e um benfiquista a atirar-se para o chão, é um penálti que nada tem a ver com a carga do g.r. gilista sem tocar a bola mas derrubando Kléber, num segundo penálti por marcar para o FC Porto nessa infame derrota de Barcelos que A Bola titulou, apenas, cinicamente, como "Galo deu azar ao Dragão".
 
Para o Rascoird, nem o tempo de jogo nem um penálti inexistente foi suspeito. Ainda bem, tudo segue na santa paz do senhor e o andor vai rodeado de flores do jornalismo tuga que vive horas de amargura pelas denúncias não feitas e aviltando a Herdade Desportiva.
 
O FC Porto, depois de Barcelos-2012, ficou a 5 pontos do Benfica, numa jornada em que o FC Porto perdeu em Barcelos e o Benfica ganhou, à custa da arbitragem de Rui Costa, em Santa Maria da Feira, no dia anterior. Foram cinco pontos mal ganhos, mas que depois se tornaram para os do costume como mal perdidos.
 
O FC Porto de hoje é uma anedota tão grande que só por imposição das mentiras alheias se torna "desculpável" como Pinto da Costa fez, como a avestruz, há dias no canal da casa que não serve nem para assoar o nariz. Hoje, o FC Porto está borrado de medo na atitude cobarde do presidente que não despede o treinador. Os outros pasquins do regime, com os quais o FC Porto esperava contar para denunciarem as tropelias da arbitragem, seguem apenas a sua marca histórica indelével, ao contrário do timorato timoneiro portista que permite a nau azul-e-branca ir ao fundo com toda a banda a tocar, dissimulada...

Sem comentários:

Enviar um comentário