16 fevereiro 2014

Porsche C'Herrera sem GPS de golo

Salvé!, ao fim de vários meses viu-se um jogo com princípios de jogo no FC Porto, sem tibiezas e sem facilidades. Falharam-se vários lances de ataque prometedores, mas o campo pesado e relva alta não ajudaram. No lamaçal foi possível plantar algumas flores, trocou-se bem a bola, houve disponibilidade e variedade de movimentos dos médios, em particular Herrera, que corre, devora quilómetros mas não tem lucidez e classe na hora de brilhar, é tudo em força do princípio ao fim mas naquele campo e com adversário apostado em jogar com o físico valeu o esforço. Herrera mal sabe onde é a baliza, vá lá que o chip lhe diz para seguir em frente sem GPS para o golo, pois poderia ter marcado por mais de uma vez se tivesse jeito e estivesse programado para isso: digamos que assim teríamos um médio do caraças se fosse aproveitável no último terço do campo e soubesse como visar a baliza contrária.
 
De novo na frente do meio-campo, Josué demonstra de novo a sua falta de técnica para servir de alguma coisa naquele espaço, que lhe é estranho e para o qual não tem habilitações. Fernando esteve bem, os centrais também (o golo sofrido é um acidente, não atribuo responsabilidades e os gilistas aproveitaram bem uma ocasião que surgiu do nada), logo a equipa não tremeu, saiu a jogar, trocou a bola, desmarcou, avançou, atacou pelos dois lados: não brilhou, mas para a miséria franciscana dos últimos meses isto parece um bálsamo para a alma, aparentemente incapaz de se reencontrar e lidar com as suas insuficiências da melhor maneira.
 
É o melhor elogio que se pode fazer, sem deixar de se estremecer ao pensar no slalom com golo de Varela, numa jogada a solo desde o meio terreno portista, comparando depois com uma rotação disparatada, sem calma nem categoria, na marca de penálti a atirar um hat-trick para a bancada.
 
Por fim lá apareceram as substituições da praxe a fazer-se notar o "dedo", estropiado, do treinador. Mas se não fosse assim não seria a mesma coisa de sempre do Preocupações Fonseca, não é verdade?
 
Até ganhou onde tal não foi possível, graças apenas a arbitragens miseráveis, nos últimos dois anos. Já fica na história. Estar a 4 pontos do Benfica até pode favorecê-lo, se não deixar dilatar o avanço do líder. Mas desta vez deu para alguma tranquilidade e não a desordem caótica dos últimos tempos: seria da chuva e veio o sol? Esperança só se for por aqui:

 

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