Desde que me ausentei, apressando a partida com uma falsa partida alegadamente de futebol profissional no Dragão, com o 2-0 do FC Porto ao Setúbal ao intervalo, na 6ª feira passada, que julgava ter ascendido ao fórum das raridades celestiais a minissaia com que a Judite se apresentou, debutante liceal aos 52 anos, ao confundir a emissão do telejornal da TVI com a condução da Casa dos Degredos.
Kim il-Sung e Kim Jong-il, descubra qual é o fundador e o seguidor da dinastia norte-coreana
Afinal, no carro ainda ouvi que Brahimi marcara um golo acabado de entrar, quase no fim, e só no dia seguinte tomei conta que ainda tinha havido outro golo e a coisa fechou em 4-0, no que os sadinos conseguiram resistir, decerto estoicamente, mais do que eu suportei com enfado.
Devia pedir desculpa por esta interrupção. Mas, contudo, no intervalo das peculiaridades tugas, percebi que uma estátua se inaugurara no Funchal, onde já paira um Museu em jeito de epopeia de um rapaz de 29 anos que não é tão imberbe nem modesto, como a Judite, pois quer que em vida todos se ajoelhem perante a sua providencial existência.
Tal como o resultado do FC Porto, só muito tardiamente soube das outras proezas da bola tuga e, pior ainda, apenas hoje acedi à terra dos mortais e das prosaicas falcatruas, não sem um frémito de medo face a tão agonizante visão do Inferno: uma vitória do Benfica maculada na capa da Bolha com um erro de arbitragem. Foi o que me calhou. Por exemplo, podia ter aparecido uma capa do Rascord com um garrafal ROUBO, mas o destaque dado à vitória do 4º classificado retirou espaço ao magnânimo trunfo encarnado que lhe mantém, incólume e porventura inultrapassável, a vantagem de 6 pontos para o 2º lugar.
Entretanto, depois de ter pensado que Capela dirigiria o Benfica-Braga da Taça - afinal, sempre tinha lido algures que o Capela iria arbitrar um jogo do benfas!... -, não resisti a uma pequena pesquisa: quem seria o árbitro-auxiliar? Foi Pedro Felisberto, o artista de serviço. Ainda bem que Tiago Rocha estava do outro lado: seria coincidência que, depois de ter anulado um golo limpo ao Setúbal no 0-5 caseiro com o campeão (4ª jornada), além de o Capela ser o mesmo com o apito, Tiago Rocha se distinguisse por voltar a favorecer o clube da Luz. Ainda nem que não foi com ele desta vez, senão o que se pensaria e, pior, o que se diria...
Entretanto, depois de ter pensado que Capela dirigiria o Benfica-Braga da Taça - afinal, sempre tinha lido algures que o Capela iria arbitrar um jogo do benfas!... -, não resisti a uma pequena pesquisa: quem seria o árbitro-auxiliar? Foi Pedro Felisberto, o artista de serviço. Ainda bem que Tiago Rocha estava do outro lado: seria coincidência que, depois de ter anulado um golo limpo ao Setúbal no 0-5 caseiro com o campeão (4ª jornada), além de o Capela ser o mesmo com o apito, Tiago Rocha se distinguisse por voltar a favorecer o clube da Luz. Ainda nem que não foi com ele desta vez, senão o que se pensaria e, pior, o que se diria...
Tudo isto seria cómico se não fosse trágico ou simplesmente inesperado ou meramente fruto do acaso.
Enfim, no país de capelas, onde presumo que tenham voltado a encarniçar-.se contra um padre em Canelas, é tudo tão trivial e corriqueiro que passa despercebido. Um dia, ao clamarem com o medo do lobo, ninguém vai ligar.
O primeiro a fazer orelhas moucas, sem ligar ao que se passa, é Pinto da Costa. O seu presépio será silencioso, nem tuge nem muge.
Já quanto a estátuas, ouvi na rádio que o comentador António Oliveira jura votar na reeleição de Pinto da Costa. Ter há um mês dito estar absolutamente convicto de que o FC Porto seria campeão esta época, com Lopetegui ao comando, e depois afiançar que se fosse Jesus o treinador já o FC Porto levaria por esta altura 10 ou 12 pontos de vantagem é só um pormenor de somenos.
Já a arbitragem e os seus desmandos, que devem fazer as delícias de uma carroceira Liga da Falsidade que certos pasquins entronizam sem se rirem, não me constou ter sido assoprada por aí aos quatro ventos. Cruzada de Pinto da Costa, que me lembre, só como mais um andor a pedir a libertação do 44 de Évora. Acho que nem o seu, do 44 de Évora, pacóvio advogado, sempre a reinar com os jornaleiros que lhe dão corda ou, no caso da Judite, tentam ludibriar com visão feminina improvável de minissaia num telejornal em que acabará por entrevistá-lo, é capaz e rapaz para ser tão convincente quanto um Oliveira, um presidente ou um juiz de Capela.
Como no caso das Capelas, das estátuas, dos presidentes, dos roubos, melhor do que um só dois. Ou muitos. Mas basta a aparição, a imagem, e todos exercem a genuflexão congénita. Se, afinal, os árbitros andam de minissaia como a Judite em ocasião e contexto improváveis, convém que não se baixem tanto, pode ver-se outra coisa...
Sem comentários:
Enviar um comentário