Considero-o um excelente guarda-redes, ainda não um grande guarda-redes que é, para mim, um patamar superior e indiscutível. Não se põe em causa no FC Porto actual, mas Fabiano já devia ter moldado certas deficiências no seu jogo, porque afecta o jogo da equipa do qual o g.r. faz parte de forma inelutável no futebol moderno. Mas apostava nele e achei uma óptima contratação, de futuro, como se tem provado.
Achei que o golo do Basileia foi mais culpa de Fabiano do que de Alex Sandro, a primeira tentação de muitos mas não de António Sousa na coluna sobre o jogo em O Jogo. Só de Fabiano, numa saída extemporânea quando o adversário estava apertado e já com pouco conforto para rematar bem e acabou a fazê-lo algo à sorte para o que contribuiu a saída indevida de Fabiano.
Ou seja, volta e meia o g.r. tem saídas que já devia ter aprendido a moderar: no Estoril fez gp desnecessária, se nos lembrarmos de uma marcante.
O jogo de pés continua a não ser famoso e dificilmente melhorará porque ele não tem com a bola o conforto que sentia Helton - e eu dizia que Helton jogava melhor com os pés do que vários jogadores na época passada.
Mas é preocupante ver a indecisão de Fabiano a lançar o jogo com as mãos, demorando a repor a bola e atrasando a saída da equipa que tendencialmente é ofensiva e parte para o ataque rápido mesmo que assediada circunstancialmente na sua área. Em Basileia até numa ou outra ocasião pôs a bola num colega com as mãos de forma mais expedita do que o normal de ver no campeonato, mas esta pecha retira fluidez e celeridade da saída da equipa de situação defensiva para contra-ataque desde a área com os jogadores rápidos que tem na frente e nas alas em particular. Como também coloca mal a bola com os pés à distância, para não falar do jogo curto, as coisas não saem.
É dos poucos detalhes que ainda falta limar numa equipa sempre a crescer e que joga um futebol de convicção por saber o que fazer, como e quando. É aqui, até pelo modelo "à Barcelona", que o jogo do g.r. tem de contribuir até decisivamente.
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