18 março 2013

Eppur...

... a renovação do título ficou difícil,  repito, mas isto está muito longe de ter acabado. Fiquei admirado com o pico de jogo em Guimarães, do FC Porto, como do afundanço a seguir com o Olhanense. Há um ano, depois da vitória na Luz, uma quase derrota caseira com a Académica. Este jogo com o Marítimo fez-me lembrar o deslize de Paços de Ferreira, também uma partida dominada, ocasiões por converter, pe´náltis por assinalar e um golo oferecido miseravelmente. Não sei se a história está para repetir-se da mesma maneira ou de forma inversa. De momento, há algo na mística que não faz corrente, mas a coisa ainda não acabou, apesar das dificuldades menos previstas para a equipa nesta fase mas que, no fundo, acabam por trazer à tona erros de princípio na estruturação do plantel. Parecia que dava para muito e não dá, a Champions mostrou limitações no ponto certo, a Taça de Portugal foi um desastre como na época passada, e o campeonato um palco de altos e baixos, de novo, que não fazem bem ao moral e à confiança. A equipa, outra vez, baralhou muito os conceitos e as oportunidades entre Campeonato e Champions, sendo que a Taça de Portugal foi simplesmente desprezada nestes dois anos. A outra não serve para nada, seja como for.
 
É claro que, sem olhar friamente para as situações que decorrem numa época, cai-se num extremo ou noutro. É normal, consoante se bajule a SAD ou não. Eu também prefiro pensar assim, sem deixar de apontar os erros nem cair no endeusamento (confessei que o jogo de Guimarães me espantou, foi realmente fora do normal e até parece que o Benfica obtendo o mesmo resultado joga igual mas segue apenas com uma série de estrelinhas que poderão fundir subitamente) nem desesperar e anunciar o cataclismo.
 
A paragem só poderá fazer bem, ainda que na idioticie generalizada há quem equacione que Moutinho possa ser utilizado na selecção. Seria só mais um "Fenómeno do Entroncamento", mas o futebol é uma caixinha de surpresas e reduto de poucas-vergonhas e miserabilismos cobertos do manto diáfano da fantasia. Se Moutinho voltar em força e a ascensão metódica de Maicon for premiada como era suposto depois das melhorias (ao contrário do desconcentrado Otamendi) de quem passou por uma lesão - e as lesões abalaram um plantel com menos opções que o habitual - a retoma pode ser garantida. Ou não. Mas está ainda por ver-se.