Há dias completaram-se 15 anos de uma remontada histórica do Barcelona, ainda que tenha sido uma noite de pesadelo de Vítor Baía, objectivamente mal batido em dois dos três golos com que o Atlético de Madrid ganhava em Camp Nou ao intervalo, na Taça do Rei. Quase no fim, outro jogador que jogaria no FC Porto, Pizzi, marcou o 5-4 que deu a qualificação ao Barcelona e lhe permitiu seguir para revalidar o título "de Copa".
Baía chorou e perderia a titularidade na baliza para Ruud Hesp, protegido de van Gaal. Na época anterior o Barça, com Robson ao comando, ganharia tudo, menos o campeonato perdido para o Madrid de Capello que não disputara as provas europeias e descansava todas as semanas. O troféu europeu do Barça foi só a Taça das Taças (1-0 ao PSG), com Baía, Figo e Fernando Couto titulares.
Isto para dizer que, passado tanto tempo e ainda que evocado na data pelo Mundo Deportivo, Baía ainda é considerado um guarda-redes lendário do Barcelona. Numa altura em que Valdés anuncia que não renovará, o Barça tem à venda o antigo equipamento do ex-g.r. do FC Porto, da época de todos os títulos menos um, a 1ª de VB em Cap Nou depois da transferências mais cara de sempre para um guarda-redes no futebol mundial, avaliada em 1 milhão de contos.
Há coisas que não sucedem por acaso.
Messi, entretanto, num mau momento do Barça, acaba de bater mais um recorde mundial. E foi maravilhoso ver a finalização num 1x2 com Tello no 2-0 ao Deportivo Corunha, depois de saltar do banco nos 30' finais, um golo tão simples quanto belo no Messi que vai em 17 jornadas consecutivas a marcar.