Dizia eu, aí em baixo, que o FC Porto, agora concentrado no campeonato, ajudava a Liga num outro sentido, mais a ver com a instituição e a outra prova, e recurso "judiciário", pendente, a taça da treta. Com o afastamento da Europa, deixa de haver entraves à realização de uma meia-final Porto-Rio Ave, se o FC Porto vir confirmada a sua presença na instância disciplinar da Liga, antes da final prevista para 14 de Abril, salvo erro.
Com a paragem do campeonato a partir de domingo, regressando a competição dia 30, havia depois semanas consecutivas de Champions e sem data para a semifinal que falta disputar.
O presidente da Liga foi interrogado esta manhã pelos pés-de-microfone, não tanto pela questão das datas que estavam fechadas, porque ninguém olha para factos e calendários, mas por causa da decisão que não surje. Porventura, se surgisse e o FC Porto continuasse na Europa, datas é que não haveria, porque sobrava apenas 27 de Março livre mas Portugal joga no Azerbaijão a 26. É natural, consumado o facto, que o prsidente da Liga diga haver tempo e não ser necessário adiar a final.
O FC Porto pondo-se fora da Europa ajudou a Liga, resta saber se esta não irá atraiçoar o FC Porto com uma eliminação na secretaria que se mantém como possível.
É claro que os portistas de vitórias também não pensaram nestas coisas, ainda digerem a eliminação em Málaga e com o conforto opinativo dos benfiquistas de que não há melhores do que eles e os nossos são todos bons. Como frisei, não só não percebem a diferença de ter grandes flanqueadores como Isco e Joaquín, talvez por terem sido inconsequentes no Dragão e julgarem que não valem um chavo, e poderem optar entre três avançados para jogarem em 4-4-2 ou 4-2-2-2 escolhendo à vontade entre Saviola, Santa Cruz e Julio Baptista, ex-jogadores de clubes como Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, Roma e Real Madrid...
Portanto, os portistas estão descansados nas análises em que só jogam os seus e os dos outros não contam. E, contudo, não viram como eu fiz por ver o Málaga ganhar na Liga espanhola ao Real Madrid por 3-2 com bis de Santa Cruz a entrar por Saviola, e fazer tremer o Barcelona na Taça do Rei, com 2-2 no Camp Nou e 2-4 em casa mas sempre com tudo tremido: estiveram a vencer por 2-1, depois Messi e Cª impuseram a sua ordem como tinham imposto no campeonato (1-3). Isto foi em Janeiro, mas alguém ficou convencido que não davam mais e há cinco jogos não venciam e nem um remate fizeram à baliza no Dragão.
Há muitos ditados populares e trocadilhos para explicar esta ausência de razão que as emoções do futebol não justificam tudo. Eu fico pelo enrodilhar da língua como no título e como o FC Porto fez à bola na Rosaleda.