22 fevereiro 2010

Do Ordinário Benquerença ao "Circo" Cardinal


O árbitro-auxiliar ultimamente tão em destaque como o José "do cachaço" Ramalho fez-se logo notar nos primeiros 10 minutos do jogo do Dragão
Enquanto o José Correia aponta (http://reflexaoportista.blogspot.com/2010/02/os-criterios-disciplinares-de-olegario.html) as discrepâncias de critério do Ordinário Benquerença - dando amarelo a Luisão após pontapear com tanta violência quanta raiva um jogador do Nacional na Taça da Liga, para dias depois expulsar João Pereira na 1ª falta mais aparatosa sobre Ramires na mesma competição -, eu confesso que, vendo bem os ziguezagues do árbitro-esticadinho como se tivesse um apito espetado nalgum lado mais recôndito do corpo sempre hirto, foquei a minha atenção num inimigo público de quem há dias discorri o seguinte:
"O mesmo a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Benfica
José Cardinal, árbitro-auxiliar que habitualmente acompanha Jorge Sousa
Terá levado um cachaço também na Luz, como o José Ramalho?
- validou dois golos do Benfica em situação-limite de fora-de-jogo no Belenenses-Benfica, da 4ª jornada, os lances que ditaram 0-2 e 0-4, assumindo bem que em caso de dúvida beneficia-se (ou não se prejudica) quem ataca mas num critério que nem sempre respeita
- anulou um golo limpo a Farias, por fora-de-jogo inexistente, frente ao Belenenses (9ª jornada) e o FC Porto acabou empatado 1-1
- anulou um golo limpo ao Nacional, na Luz, por fora-de-jogo inexistente em recente jogo da Taça da Treta que daria 0-1 (resultado final 1-0)
- anulou lance de perigo iminente com Pongolle a isolar-se no recente Sporting-Benfica da Taça da Treta, e que poderia dar 2-2, assinalando fora-de-jogo "assassino".
É que, no domingo, logo ao minuto e tal de jogo já tinha feito vista grossa a uma falta rude de um bracarense e, pelos 10 minutos, num derrube ostensivo a Fucile que fez o uruguaio rebolar como uma bola mesmo, o árbitro não auxiliou o Ordinário chefe de equipa e este mandou jogar.

Por o "circo" Cardinal, desta vez, ter decorrido à minha frente, decerto ouvindo os meus berros que objectivamente lhe eram dirigidos pela identificação do apelido, não deixei de o invectivar durante todo o jogo. Não para espanto meu, porque a admiração é filha da ignorância, um adepto atrás de mim ficava perplexo por eu xingar o homem. Um daqueles adeptos que não sabem que esta equipa de arbitragem esbulhou o FC Porto frente ao Belenenses em casa (1-1) precisamente pelo golo mal anulado a Farias e da responsabilidade de Cardinal.

A sua folha de serviço, de resto, elenquei-a, mas os adeptos esquecem os roubos de catedral e preferem dizer que perdemos porque jogámos mal, cedemos pontos que não devíamos ceder e tal. Quanto ao Cardinal, pois fez parte, com o Pais "Ferrari de Setúbal" António, da equipa do Lucílio Vigarista capaz de, a roubar com todos os dedos da mão, marcar aquele penálti-fantasma da final da taça da treta que deu a caneca ao recreativo no confronto com o desportivo. Sim, entre a omissão de Cardinal, não indicando que Pedro Silva jogou a bola com o peito, e a acção do outro auxiliar a sugerir ao árbitro um penálti de regime, o Benfica lá se safou mais uma vez.
Quando eu era miúdo, em boa verdade, espantava-me que os meus amigos mais velhos soubessem os nomes dos árbitros e, pior, dos fiscais-de-linha. Eles lá sabiam porquê... E durante muitos anos ignorei-os, até compreender, já com tv nos jogos e diários desportivos, que foras-de-jogo "assassinos" e omissões de ajuda ao chefe de equipa vituperavam os resultados - precisamente quando o International Board lhes confiou algumas prerrogativas, mais intervenção no jogo e dever de assistir o chefe de equipa para validar as melhores decisões em que pudessem opinar na sua área de jurisdição.
A cada golo, até na baliza contrária fora da sua área de jurisdição, ontem, eu gritava sempre para o Cardinal "anular mais este". Quase no fim, a ignomínia: Cardinal marca pontapé de baliza para o FC Porto e o Ordinário assinalou canto, lá longe de onde ele não viu um corno, desautorizando o seu auxiliar. E vão estes dois ao Mundial...
Mas o coro do Dragão, com décadas de repugnância arbitrária, ainda não aprendeu a fazer o que recomendava Paulo Bento (e aí sempre lhe dei razão): deixar de ser simpáticos para esses ladrões de coro.
Os portistas que, genericamente, parecem mostrar uma predilecção para engrossarem os comentários de blogues alheios e antiportistas, devem gostar disto que respigo do Google numa entrada dedicada ao próprio Cardinal:
"Apesar de internacional, não é de todo um auxiliar em quem se possa confiar de olhos fechados. São muitos os escândalos em que se deixa envolver e a maior deles devido a erros que deixam transparecer uma determinada tendência. José Cardinal nasceu em Massarelos no Porto e é um dragão de bandeira e cachecol assim como toda a sua família. Fez escola com Paulo Paraty de quem foi assistente durante vários anos".

Dizer que o Cardinal é dragão só mesmo na teoria da conspiração de artistas bem consabidos. A família não sei, nem me interessa. E não se pode lembrar que Cardinal tenha favorecido o FC Porto, pelo menos tanto quanto já prejudicou. E se tendência tem havido, muito depois destas linhas escritas em 28/9/2007, é a que cito em cima com dados desta época. E eloquentes.
Podia ser do ogre sem génio Queirós, mas esse perfil foi tirado do não menos abominável Marinho das Neves subitamente desaparecido da blogosfera com o seu "Blog da bola". Um e outro, aliás, conhecedores dos meandros da arbitragem e sempre de agenda actualizada para descrever alegados actos em favor do FC Porto, omitindo tudo o resto: tendências... Só que o circo deste Cardinal faz-se com outras pantominices. E há muito passei a conhecer também os árbitros-auxiliares.

1 comentário:

  1. Não deixas escapar nada, Zé Luís.

    Aquela do Cardinali assinalar pontapé de baliza e o Vigário Bem Crença assinalar canto - é de memória de elefante!!!

    Eu também lá na "minha" cadeirita encosta ao muro dos C95, também me indignei, mas... pouca gente me acompanhou!!!

    Sei que também o fazes como eu, simplesmente "cago" para todos os indignados à minha volta!

    Talvez devido à "nossa" memória de elefantes como os de Carlos valentes e etc...

    Mas é "engraçado" esta nossa "fixação" para com as equipas de arbitragem.
    Em todos os jogos, a "família" que me rodeia na dita cadeira, a quem pergunta quem é a equipa de arbitragem???

    A mim, claro!!!

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