12 fevereiro 2010

Ponto Cardinal: terá levado também um cachaço como o Ramalho?


O "bicho" continua por aí. A bem da separação de poderes, dizem, com a capciosa pressão governativa na hierarquia da Justiça. Enquanto leio "Biografia de um inspector da PIDE" (com as suas investigações, esperas, assaltos e torturas, a bem da Nação, claro, sem precisar de tribunais), há poderes que se manifestam de forma tortuosa. Mas também há quem resista.

E se ao Sol, reaparecido neste Inverno frio, as coisas já não se disfarçam, a verdade é que a capa do "Polvo" hoje nas bancas, vai-se vendo, impunemente, no futebol.

Dizem, para quem quer acreditar, que os erros dos árbitros são desculpáveis, em situações de muita dúvida. Mesmo que, como nos casos de fora-de-jogo, a dúvida esteja consagrada como servindo a quem ataca. Se a sombra da dúvida é, pontualmente, distribuída pelas aldeias, vá que não vá e a desculpa "formal" e fácil pode ser encarada de frente. Mas quando é sempre má decisão para um lado e boa decisão para outro lado, então devemos olhar de soslaio e bem desconfiados, como se gato escaldado não tenha medo de água fria...


Assim, pode-se argumentar quando um erro aparece de vez em quando e prejudica vários clubes.

Mas que dizer de um erro sistematicamente repetido contra o FC Porto? E quando é cometido pelos mesmos responsáveis? E quando vários responsáveis o cometem também sempre contra o FC Porto? E os mesmos responsáveis já não os cometem frente ao Benfica, antes podem até atenuar?


Exemplos no que aqui vai da época a enfermar da verdade de Vi-te ó Pereira de que há árbitros actuando com falta de isenção:


O mesmo a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Benfica

José Ramalho, árbitro-auxiliar que habitualmente acompanha Jorge Sousa

- levou um cachaço na Luz no Benfica-Porto de 30 de Agosto de 2008
- assinalou golo do Benfica em jogada duvidosa frente ao FC Porto nesse jogo
- permitiu que o árbitro Jorge Sousa, por intuição já que não via o lance de frente e estava tapado pelos jogadores, marcasse um penálti em Leiria por suposta falta sobre Aimar quando o defesa leiriense jogou apenas a bola e no campo de visão de José Ramalho
- anulou um golo limpo ao V. Setúbal na última jornada, que daria o 2-1 aos sadinos.
- anulou mais duas jogadas por fora-de-jogo inexistente, de dois jogadores sadinos, que se isolariam ante o g.r. do Benfica no Bonfim, em jogo terminado 1-1.


O mesmo a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Benfica

José Cardinal, árbitro-auxiliar que habitualmente acompanha Jorge Sousa
Terá levado um cachaço também na Luz, como o José Ramalho?

- validou dois golos do Benfica em situação-limite de fora-de-jogo no Belenenses-Benfica, da 4ª jornada, os lances que ditaram 0-2 e 0-4, assumindo bem que em caso de dúvida beneficia-se (ou não se prejudica) quem ataca mas num critério que nem sempre respeita
- anulou um golo limpo a Farias, por fora-de-jogo inexistente, frente ao Belenenses (9ª jornada) e o FC Porto acabou empatado 1-1
- anulou um golo limpo ao Nacional, na Luz, por fora-de-jogo inexistente em recente jogo da Taça da Treta que daria 0-1 (resultado final 1-0)
- anulou lance de perigo iminente com Pongolle a isolar-se no recente Sporting-Benfica da Taça da Treta, e que poderia dar 2-2, assinalando fora-de-jogo "assassino".


Vários a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Benfica

O mal não foi distribuído pelas aldeias, mas alguns maus apontaram o mesmo erro contra o FC Porto e outros, vários, não penalizaram o Benfica


- dois golos mal anulados a Falcao frente à U. Leiria, num jogo que acabou 3-2 e podia ter ficado 5-0 (golos forasteiros em falta e canto inexistentes da autoria de Elmano Santos), com erros repartidos pelos auxiliares André Campos e Álvaro Mesquita

- golo mal anulado a Falcao frente ao P. Ferreira, com dois defesas pacenses a "porem" em jogo o avançado, num jogo que ficou 1-1, fruto da má observação de António Vilaça que, não há muito tempo, permitiu um golo escandaloso de Vukcevic pelo Sporting em V. Conde na Taça da Treta que até Paulo Bento reconheceu ter sido "em fora-de-jogo" (0-1 resultado final)

- golo mal anulado a Bruno Alves, agora frente à Académica na Taça da Treta, "culpa" de Sérgio Serrão.

- golo de Saviola precedido de fora-de-jogo evidente de Urreta, ante o FC Porto, desatenção de Venâncio Tomé.

- golo que deu 0-1 do Benfica no Marítimo com fora-de-jogo activo de Ramires mas Pais António, o "Ferrari" de Setúbal anteriormente visto a passar na infame final da Taça da Treta da época passada, permitiu a continuação da jogada irregular.



Em conclusão, como se mais fosse preciso demonstrar:

não há coincidências, nem inocentes, nem só "falta de isenção".

Podem faltar

- líderes na Liga,

- manchetes nos jornais,

- repetições e dossiés nas tv's,

- vontade de discutir o problema que se remete, inocentemente, para as "novas tecnologias" dispensando a moral e a honestidade requeridas aos árbitros.


Sobram os tentáculos do Polvo. Estão aí. Podem não aceder a denunciar, mas não digam que não viram, ó editores de programas desportivos e directores de Informação em televisão!

2 comentários:

  1. Boa posta Zé Luis!

    Ainda que tenha esperança que estes "erros" inocentes nos confiram um sabor mais forte ás vitórias derradeiras, acho muito importante que estejamos atentos a estas repetiçoes de erros pelos mesmos actores.

    Quando há tempos sugeri ao Zirtaev que contabilizasse os penaltis a favor e contra dos três grandes (serviço que este blog presta em quase exclusivo a nível nacional) era exactamente com esta intençao. Nao sería mal visto que se começassem também a contabilizar este outro tipo de "acasos" arbitrários (passe a chalaça).

    Um abraço e continuaçao.

    ResponderEliminar
  2. Este ponto Cardinal, elenca bem com o homólogo Zé Luís (ex colega de estudos em Valongo), cuja orientação nos leva directamente para sul. Quem os seguir, encontrará o "glorioso".

    Ámen

    ResponderEliminar