01 outubro 2017

Uma equipa ganha, dois pontos perdidos

O FC Porto perdeu a oportunidade de distanciar-se com autoridade inquestionável na liderança que soube manter firme, sem conseguir ganhar em Alvalade pela primeira vez desde 2008, fruto de muito bom jogo, equipa sólida e competente mas incapaz de finalizar muitas ocasiões de golo.
Na cara de Patrício por 3 vezes, Aboubakar falhou. Fora o resto, de outras falhas em cima, mais uma bola na barra. Desta vez, com o Sporting a fazer o 1° remate aos 44 minutos sem perigo, nem em recargas a bola entrou.
A equipa foi brava e boa, agarrando a partida desde o início e deixando Casillas com o clássico mais sossegado da sua carreira.
Certo que as duas defesas estiveram muito bem, mas perdulário foi o ataque portista numa equipa ciente de todas as tarefas a fazer mas sem golos não se ganham jogos.
Quando, a essa falta de qualidade finalizadora, há que substituir Herrrera por Otávio e Aboubakar por Soares, percebe-se as limitações actuais do FC Porto, mesmo superior em todos os aspectos do jogo.
Soube a pouco e, de resto, numa partida com o árbitro Xistra a roçar a excelência, o que não é só merecedor de destaque, como a única vez em que não apitou para prejudicar o FC Porto.
Liderança firme, equipa ganha e processos consolidados aos quais outra qualidade de definição daria outra dimensão ao seu futebol maduro, sereno e consciente de todos os detalhes que definem as grandes equipas.
Atendendo às limitações conhecidas, o nível vai subindo e a confiança crescendo. Não parece mais a equipa infantil e desatenta dos últimos anos, mas quando jogadores como Corona e Oliver são suplentes não faz propriamente bem esse destaque, antes acentua o défice de reforço que se sabe para esta epoca
Sérgio Conceição meteu mesmo Sérgio Oliveira e só não repetiu a equipa do Mónaco porque Layun, em nível alto e atento, teve de render Ricardo. O treinador repetiu e ganhou. Tem a equipa na mão, o balneário solidário, um campeonato para ganhar a manter esta competência, não aquela do bacoco Jesus que começou a partida em casa em modo defensivo expectante à altura da sua bazófia.
Dois pontos perdidos com alguma frustração, mas muitas coisas ganhas ou pelo menos consolidadas, com créditos e confiança. Foi de líder que merecia mais: o comandante incontestado do campeonato e o treinador que demonstra saber o que fazer. Aplausos na amargura, por fim.

1 comentário:

  1. Acho que ao Xistra ainda faltou um bocado para roçar a excelência. A distribuição de cartões nem sempre foi coerente e perdoou a expulsão ao William Carvalho.

    ResponderEliminar