11 agosto 2011

Mercado parado por um dia

Nem vale a pena mostrar as capas dos pasquins de hoje, já quase todos as viram e batem no mesmo, à excepção da edição Norte de O Jogo que optou por não trazer a este reduto a goleada da selecção do grande Luxemburgo em jogo amigável lá no Algarve, tão esfusiantemente celebrado como se valesse a conquista do Europeu.

Para quem sabe ou apenas tenha memória, há 10 e, pior, há 15 anos, nem sequer se dava manchete a um 5-0 ao Luxemburgo em jogo de qualificação. Era impossível fazê-lo para um jogo amigável, então...


O que revela a crise de ideias que por aí vai, e o que lhe corresponde na queda vertiginosa das vendas, associada à da credibilidade.



De resto, com o mercado de transferências em efervescência, não há uma notícia de mercado de transferências. A que há, em O Jogo/Porto sobre Mangala, é só questão de pormenor, uma diferença de um milhão de euros para garantir, penso eu de que, o jogador do St. Liège. E o que é um milhão para quem, descobrindo Petróleo no Dragão, anda a gastar às dezenas de milhão, várias dezenas?...
Mangala seria notícia num clube lisbonense, nem que fosse para atar... as botas, já nem digo o contrato, de resto anunciado como inevitável lá para o clube das promessas todas.
Estranhamente, após 80ME em compras pelos três principais clubes, parece que já compraram o que tinha de comprar e agora só resta vender, a bem ou a mal, porque tem de ser. Mas nem nada de saídas, esgotadas já todas as entradas.
É só um sinal dos tempos, vários sinais deste tempo.
Da mesma forma, a Opinião Pública que poderia estar a ferver para comentar, como de costume, tudo como se disso soubesse, está de férias, talvez com os produtores e os opinadores encartados, os tudólogos. Hoje de manhã, à hora que devia ser de discussão de algum tema, nem que fosse o Portugal-Luxemburgo amistoso que fez as capas dos pasquins, havia um documentário "Toda a Verdade", amiúde remetido para as tantas da noite e com reportagens excelentes que nos mostram o mundo como ele é e não como gostaríamos que fosse e propagandeiam nos jornais da paróquia. Reportagens que nos fazem lembrar o que é o Jornalismo, a diversidade de coisas a tratar e o modo como são vistos por esse mundo fora, tão longe desta pacóvia terrinha.

10 agosto 2011

Apostas... e a identificação

actualizado:



Ouvi ontem na Antena 1 que os capitães das equipas da I Liga apostavam todos (*) no FC Porto para campeão nacional. E para aqueles que gostam de dizer mal de tudo no cenário mediático, o Fernando Eurico que editou o Desporto ao fim da tarde deixou a pergunta no ar e... colocou o hino... do FC Porto. Uma casa de apostas também dá as "odds" com o Porto campeão, o que é normal atendendo à filosofia de operação destas agências.


A Imprensa do regime, porém, vai aproveitando algumas dicas para entusiasmar o clube protegido, apontando-lhe melhoras - que não vi em jogos oficiais com o 'tarantantanspor' - e prometendo "dar mais luta"... ao principal favorito. Também, ficar a mais de 21 pontos outra vez é difícil. E voltar a ficar a 35 pontos, noutro concorrente alegadamente directo, também. Até porque dificilmente o FC Porto vencerá 27 jogos outra vez.



Se me pedissem apostas para as nomeações de árbitros não sei se apontaria Olegário Benquerença para Guimarães, como fez o Vítor Pereira "deles". Mas tinha quase a certeza de que o João "Pode vir o João" Ferreira seria nomeado para Barcelos, porque como o jornal de caserna anuncia o Benfica não pode dar passo em falso a abrir o campeonato, chegou o que chegou na época passada e em casa, não dá para arriscar fora.



Ah, também apostava certinho no Xistra em Alvalade. Embora o temesse em Guimarães, onde no ano passado fou mauzinho no primeiro empate portista da época.


E prontos, a força das equipas é tomada a pulso por estes pormenores.


(*) não é relevante para o caso que não tenham votado os dos três grandes e o do Marítimo. Parece que nos três grandes, incluindo os treinadores quando chamados a opinar, não têm opinião, têm medo de a dar e porventura estará ligada a ter de dar como favorito um dos concorrentes directos. Já o Marítimo, como o seu presidente, nem para guardanapo serve.

Entre tantos, ficamos a saber que http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1949441 o agressor de Pedro Proença já era referenciado pela Polícia lisbonense, pois causara desacatos no último dérby alfacinha. Nada de mais, pois quem faz um cesto faz um cento. E lá fazem-se aos montes.

Mas, na notícia a que acedi agora, alertado por outras leituras transversais, noto que o agressor apresentou-se como "sócio do Benfica e cativo", conquanto no dia da ocorrência a PSP lisbonense se tenha recusado a dizer de que clube o agressor se dizia adepto.

É curioso, porque às vezes identifica-se de menos, como é o caso. Noutras identifica-se de mais ou de forma ostensivamente ofensiva, de mera afronta que nem sequer foi disfarçada mas também não foi criticada. Jamais me esquecerei da forma como um superintendente da PSP, Costa Ramos salvo erro, se referiu "à claque lá de cima" antes de o FC Porto jogar na Luz. O correio da manha, alvoroçado de cada vez que há um crime no Porto, agora não dá no online o que faz parte da sua capa em papel, com foto do energúmeno e tudo. E conhecido, alegre mas apenas chateado porque, diz, "o Proença anda a roubar o Benfica".

09 agosto 2011

Lampião que bate em ladrão tem 100 anos de perdão?

É o que nos fica depois de saber http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/benfica/benfiquista-agride-arbitro-pedro-proenca de uma história infeliz que nos faz jogar com significados e significantes de um velho provérbio popular. Afinal, é uma outra versão de violência doméstica, de resto nas imediações do antro dos malfeitores e onde a Polícia costuma montar guarida por causa de local muito mal frequentado e amiúde alvo de várias notícias do foro criminal que vão desde armazem de droga a catacumba de armamento.
Mas há um efeito positivo nesta versão de três lados que, como diz Jesus, formam a quadratura do círculo: um árbitro, dois dentes partidos e três penáltis negados, quatro em minha opinião e uma quinta situação de jogo, por sinal a primeira de todos os lances polémicos que não redundaram em polémica alguma nos fóruns diz...portivos, passível de penálti.

O efeito, aliás, é duplo: o Benfica saiu a terreiro a condenar a situação, como a limpar as mãos e aliviar a consciência pesada que remonta a um cachaço num árbitro ali perto do Centro Comercial Colombo e mais junto à linha lateral próximo da baliza sul onde corria José Ramalho e o Diabo de Gaia lhe "alembrou": "Toma que é para veres melhor!" (sic).
Ou não tivesse, de resto, o Caientrão pedido um suplemente de "alma" para a nova época quando se despediu da massa assobiativa pelos 21 pontos de atraso e quatro vergastadas no lombo, embora dizendo que não era despedida e gostava daquilo como o Eusébio de tremoços que achava o "melhor marisco".

E, no final, pelo menos desta vez não tivemos Manuel Machado a zurzir a arbitragem, da forma incoerente e desfocada da realidade como analisou o Porto-Guimarães da 2ª volta do campeonato onde aquele "diamante autenticamente bruto" de um central africano distribui lenha para queimar uma aldeia inteira e acabou expulso no Dragão. Desta vez, com o complacente Bruno Paixão, João "Pode vir o João" Ferreira, Carlos Xistra, Pedro Proença amarelou o N'Diaye apenas por uma vistosa "gravata" a Fucile e no meio campo portista!...

Deixemos de lado a bonomia desse lobo de vistas largas que acha o N'Diaye como achava Binya, cheio de qualides mas com uns excessos que contrariam as recomendações benfazejas salpicadas em cada início de temporada pelos mais diversos clubes e nas mais distintas sinecuras desses aerópagos da bola e supra-sumos dignos da Catedral da Cerveja.
Pedro Proença foi atacado e nem foi pelos penáltis negados ao FC Porto ou perdoando a expulsão ao mesmo N'Diaye que cortou com o braço uma jogada que deixava isolado um portista; as notícias divergem tanto no timing (ouvi às 21h, na tv, e leio que foi às 22h no CM acima citado) como no propósito da agressão, assim como a modos de Rui Gomes da Silva levar nas trombas, alegadamente, por um encapuzado ou dois homens de cabeça coberta... Depois, o agredido diz no CM que "foi um benfiquista" e no JN que o agressor "disse qualquer coisa do Benfica".
Pelo que devemos relativizar estas coisas, porque há um anito e tal houve quem não gostasse que na capa do "i" pusessem que "o violador de Telheiras [ali na mesma zona, mais ou menos periférica mas grande e perigosa] é adepto benfiquista", dito por um cromo da TVI de nome apropriado de Bandarra...
É que, no fim de contas, lendo os pasquins, O Jogo nem mencionou na crónica lance algum de penálti, o JN apontou dois penáltis por marcar e o Record conseguiu o máximo de três penáltis sonegados ao FC Porto. Eu, que ainda poderia deixar passar a carga na 1ª parte sobre Kléber mas vi faltas claríssimas de João Paulo sobre Hulk, de N'Diaye sobre R. Micael primeiro e sobre Falcao depois e ainda uma mão deste a jogar a bola no solo dentro da área assediado pelo colombiano, acabo por perceber que, no fim de contas, a Supertaça é apenas a abertura oficial da época caça ao árbitro para que não se melhore o registo de 27 vitórias e 3 empates da última temporada que o Cospe Cosme Machado negou com um fora-de-jogo quilométrico a dar um golo pacense que impediu mais uma e o pleno de vitórias no Dragão no 3-3 do último jogo em casa.

É esta a moral da história: sem polémica porque os pénáltis favoráveis ao FC Porto foram eufemisticamente aliviados de pressão sobre o árbitro pela leveza das declarações de Vítor Pereira sobre "lances duvidosos" sem especificar sequer em favor de que equipa. E o interesse efectivo a que não se dá, da mesma forma leve e leviana, o devido destaque: a pressão sobre os árbitros já começou e o primeiro jogo da época envolveu apenas o Guimarães e o FC Porto com o prejudicado do costume...

E como todos temos deslizes e atenuantes no início de época, foi lindo deixar para o painel de árbitros em O Jogo a avaliação de mestres da coisa como Pedro Henriques que viu N'Diaye atirar-se apenas para as costas de Falcao mas acha que só quis jogar a bola e Paulo Paraty dizer que viu "N'Diaye estático" com a perna esquerda estendida para travar Ruben Micael que se tornou o culpado da queda por chocar contra uma perna estática.

Logo o N'Diaye a fazer-ne lembrar outro africano, um tal Djikiné que abriu o nariz a Belluschi, cometeu dois penáltis enormes, distribuiu bordoada a dar cum pau e Pedro Henriques nem um amarelo lhe mostrou num Porto-Setúbal de há dois anos (1ª volta, 2-0) que não lhe evitou a descida de divisão e o empurrão para fora dá arbitragem que ele mesmo voluntariamente assumiu.

Há coisas que têm um significado profundo e um alcance enorme que a leviandade mediática prefere manter debaixo do tapete caso não seja o FC Porto o beneficiado de erros de arbitragem ou um agressor de árbitro identificado como dragão. Amanhã nem se fala mais nisso.

Mas, convenhamos: mais clamoroso seria riscar a Supertaça deste ano por não ter sido jogada segundo o compêndio das Leis do Jogo e o capítulo relativo a penáltis só empregue em forma de versículos satânicos que justifiquem uma "fatwa" ditada pelos talibãs de Lisboa: o Pinto da Costa é o culpado mailos árbitros, claro.

O Rascord, entretanto, garante que o "Benfica condena" a agressão a PP, mas o cãomunicado só fala em "lamento", que nos faz voltar aos significados, significantes e outros quadrantes como, por exemplo, reputar de "bárbara agressão" aquilo que não se conhece ou, então, o agressor seria a Bárbara, que é o mesmo que dizer mais vale ficar calado e o silêncio é de ouro mas ali não há tesouro, só tesouras, facas e alguidares, além de petardos e camionetas incendiadas porque o hábito faz o monge e até Saddam dizia pugnar por um mundo mais livro, justo e humano.

08 agosto 2011

Ver a História e aprender números

A História faz-se de factos, documentados e oficiais, conquanto possa ser sempre reescrita, actualizada à luz de novos e palpáveis progressos e evidências. O FC Porto chegou aos 70 títulos oficiais e a sério. Em imagens, junta-se o agradável ao útil e dá-se a projecção do mais pujante e brilhante clube português.




Ao invés, quando se quer reinventar a História moldando os factos a gosto, a nova versão é canhestra e cheira a mofo. Quem, subitamente, entre os tentáculos do regime como o da manipulação mediática sob forma de pressão ilegítima de asfixiar títulos e jornaleiros, quis passar dos 68 a mais um, lá inventou o que apelidei de taça latrina, que não consta de rol oficial de troféus em momento algum da História do futebol. Dá, como resultado, o achincalhamento consequente para um já de si clube tornado pequeno pelas pequenas e até tristes prorezas que fazem a sua fama actual. E sai isto, somando as parcelas e obtendo o resultado.




A taça latrina no historial













Este triste em baixo faz uma envergonhada referência rasteira na capa à disputa numérica e desafia o seu próprio arquivo onde até há pouco nenhuma taça latrina constava.

Este fala no 70º título mas tem a vergonha maior de não falar em quem vem atrás...

Em letras pequeninas, a condizer com a dimensão da mediocridade e a revelar o sítio onde mais lhes dói...
A idiotice nacional e o parolismo mais pacóvio eram inimagináveis 15 anos depois da universalização no pobre panorama jornalístico lusitano com os diários ditos desportivos. Mas é o que há e se calhar não poderíamos viver de outra forma. Aqui e ali com capaz azuis, mas sempre sob a mancha vermelha de títulos démodé, vencidos pela História.

Bis de Rolando dá o tri em Aveiro

Já tinha aberto o caminho para a vitória um ano antes, frente ao Benfica, mas Rolando acabou por carimbar com outro golo a vitória sobre o V. Guimarães, servindo um inédito tri de conquistas da Supertaça em Aveiro, a 18ª em 33 edições.

E o jogo pode resumir-se a isso mesmo, um triunfo normal da melhor equipa e sobre o qual não há muito mais a dizer.

O V. Guimarães não criou qualquer oportunidade de golo, marcou de um canto tal como fez dois golos assim na final do Jamor e nada disto é normal no FC Porto mas aconteceu por três vezes em dois jogos com os minhotos. O único sinal de preocupação para o próximo embate com o mesmo adversário, agora em Guimarães, a abrir o campeonato.

Os dois golos de Rolando praticamente eclipsam o cruzamento de letra de Hulk depois de bem desmarcado na direita com um magistral passe de calcanhar de João Moutinho. Rolando finalizou muito bem de cabeça, tal como desviou de primeira no segundo golo a cruzamento largo de Hulk que passou por toda a defesa minhota.

Ficaram vários penáltis por marcar para o FC Porto, mas isso deve enquadrar-se no que Vítor Pereira designa para a próxima época de "trabalho muito difícil" a exigir "mais colectivo" e "união da equipa". Três frases lapidares sem que tenha tocado nos penáltis, quatro, por assinalar e que tornaram a Supertaça algo equilibrada, para não ser "estragda" como no 5-2 da 1ª parte da Taça de Portugal.

Mas o treinador do FC Porto realçou um aspecto importante que acho igualmente marcante neste jogo com a sua "assinatuira" como técnico: a equipa teve ânsia de atacar, jogou demasiado rápido e criou muito espaço na retaguarda. Chegou a dar jogada, quase sempre de bola longa e jogo directo, dos vimaranenses sem o trinco Souza estar diante da linha defensiva portista. Muito balanceamento ofensivo não pode dar azo a ataques rápidos de adversários com mais qualidade, algo que o V. Guimarães não tem como lhe apontei após ver o seu jogo europeu a meio da semana: muito jogo físico, encontrões permanentes, bola longa, sprints, jogo de choque constante, homens rápidos e possantes na frente mas pouca bola a meio campo e daí prescindir-se de tratadores da bola como João Alves e Pedro Mendes...

Foi a única coisa de importante que notei no discurso do treinador portista que, talvez pelo poderio físico do opositor, preferiu Maicon a Otamendi ao lado de Rolando no eixo defensivo, de resto numa equipa sem alterações de maior face ao onze mais trabalhado e visto na pré-época: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon, Fucile; Souza; R. Micael, J. Moutinho; Hulk, Varela e Kléber, entrando Guarín e Falcao claramente sem ritmo por Ruben e Varela, respectivamente, para jogarem na frente Kléber sobre a esquerda, Hulk à direita e Falcao mas uma solução algo coxa e quando Djalma poderia preencher melhor a faixa por Varela.

A única nota de realce, repito, das declarações de Vítor Pereira mas que passará despercebido aos que fogem da análise concreta do jogo e buscam o rendilhado dos "equilíbrios" para justificarem uma dúvida na partida que na verdade não existiu, sem chegar-se ao descalabro do Jamor com uma goleada, graças a Pedro Proença que qualquer João Ferreira, Carlos Xistra ou Bruno Paixão não desdenhariam subscrever tão clamoroso somatório de erros.

E ninguém perguntar pelos penáltis na conferência de Imprensa diz bem de duas coisas: nenhum pé de microfone, que nem arriscou dar uma espreitadela às imagens em repetição, se atreve a lançar polémica e nenhum assessor do FC Porto, numa escala hierárquica preenchida, achou por bem dar o toque para se lançar um lamiré sobre um assunto que não pode ser tabu.

05 agosto 2011

Também acho

Vítor Pereira diz que

"o FC Porto tem tudo para garantir o sucesso".



A começar pela Supertaça, domingo em Aveiro.




Quanto ao Xónas, era tão fácil ganhar em Portugal que foi daqueles que ficou a uma dezena e tal de pontos do FC Porto. Também não vale a pena gastar cera com treinador tão fraco.




Vi o V. Guimarães em grande parte do jogo de ontem, com os toscos dinamarqueses com maioria de nigerianos do Midtjylland. Tiveram sorte, os afonsinos, pois o 1-2 rondou perigosamente Nilsson. Tiveram sorte no 2-1, de resto com um empurrão de Edgar num defesa que poderia ter sido sancionado, depois o remate do brasileiro desviou num jogador levando a bola a um poste e o ressalto para Targino marcar, ele que, como de costume, virou o jogo, porque tem qualidade para isso. E não desaprendeu.




Mas os vitorianos são um estorvo, jogaram no físico, empurrão, divididas, forte e feio, não vi qualidade, mas em 90 minutos nunca se sabe. Tal como o treinador portista, estou convicto de que a vitória não nos fugirá. Se será como a do Jamor, retumbante, mesmo sem James hat-trick Rodriguez, não sei, mas há Hulk, que fez assistências para outros tantos golos e marcou um.



MERCADO. Só não concordo com Vítor Pereira no fecho da janela de transferências. Porquê 15 de Agosto? Porque não 5, ou 1? Afinal, há campeonatos que começaram e muitos vão arrancar este fim-de-semana. É desestabilizador para qualquer clube poder perder jogadores depois de começar a competição a sério. Aliás, as eurotaças implicam com o futuro de eventuais transferências, pois há jogadores que podem ver fechadas as portas de outros clubes mediante joguem uma competição em que o potencial interessado esteja presente mais à frente da prova... Julho devia servir para fazer o mercado: afinal, não há competição alguma e apenas arranca a pré-época. Os jogadores podem sair de férias e ir para o novo clube, em vez de andarem em suspense sobre o seu futuro.

Bater no ceguinho

Ignorante e sem uma ideia são atributos e adjectivos com que desde sempre mimoseei o tasqueiro que reinou na taberna da Liga e permitiu os desmandos com que, ocasionalmente, o Benfica consegue ganhar um campeonato vilipendiado.

http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futesclarecimento_040811_63236.asp aqui o FC Porto bate no ceguinho sem dó nem piedade. Mas valerá a pena gastar cera com defunto tão fraco?
Hermínio Loureiro é uma nódoa que só num país de medícores pode ter uma palavra a dizer, e tem uma coluna num diário da Imprensa Destrutiva e amiúde é chamado a falar numa tv da treta cá da parvónia. A cara e o corpo, anafado e balofo, da mediocridade reinante no País pode ser esta.
Ou este que também é uma boa peça:
o 2º com foto da 1ª página de hoje, o Kim il-Sung da terrinha santa destes medíocres de pacotilha:

Só mais um...



And now, something different...

Foi sorteado hoje o calendário do campeonato de hóquei em patins. Dez campeonatos depois sob a liderança de Franklim Pais, agora boss da secção, o FC Porto tentará o 11º título consecutivo mediante este quadro:


Também teremos primeiro a Supertaça, com a Oliveirense do agora nosso treinador Tó Neves e que nos afastou das meias-finais da Taça de Portugal.



04 agosto 2011

Mou, mou...

Não vou falar de Mourinho, que me interessa pouco e nada na pré-época. O tema é Moutinho e a notícia da recompra de parte do passe que antes tinha sido alienada (37,5%, agora retomados 22,5% dessa parte) pode confirmar muitas das suspeitas que anda(va)m no ar: a possível venda do médio. Mas, entretanto, faz levantar muitas dúvidas sobre estes pouco transparentes métodos de alienar, vender e, por fim, transferir tout court, jogadores. Moutinho, enfim, estará mesmo de saída. E face a essa possibilidade, mau, mau...
Abstive-me de comentar a notícia de ontem e ainda agora tenho dúvidas se não meterei, ou meterão todos os que tentarem compreender a coisa, o pé na argola. Porque não temos todos os dados do problema e alguns podem ter várias interpretações. Preferi esperar por alguns pormenores dos jornais e, para já, fico-me por este que me parece o mais fiável e esclarece mais qualquer coisinha que tem suscitado muitas sentenças divergentes, nomeadamente o que cabe ao Sporting numa futura venda de João Moutinho pelo FC Porto. Esta notícia de O Jogo vem de encontro ao que entendo sobre o tema, também nessa particularidade do acordo de transferência do jogador de Alvalade para o Dragão há um ano. Diz:
Dragões passam a ter 85 por cento do passeANDRÉ MORAIS
A SAD do FC Porto informou ontem a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) da (re)aquisição de 22,5% do passe de João Moutinho, recuperando, assim, parte dos 37,5% que alienara em Outubro de 2010 à Mamers V.B.
Confuso? As etapas são simples: três meses depois de ter adquirido a totalidade do passe de João Moutinho ao Sporting, por 11 milhões de euros, o FC Porto alienou 37,5% dos direitos sobre o jogador à Mamers B.V., a troco de 4,125 milhões de euros. Esta, por sua vez, cedeu esses direitos ao Soccer Invest Fund, que foi quem (re)vendeu agora os 22,5% aos dragões pelos mesmos quatro milhões e ainda conservando os restantes 15%. Feitas as contas, o FC Porto é dono de 85% do passe de Moutinho.
Na altura da alienação dos 37,5% dos passe de Moutinho, o encaixe portista de 4,125 milhões foi proporcional aos 11 milhões que custara a compra do jogador. Agora, ao readquirir apenas 22,5% desses direitos pelos mesmos quatro milhões, fica a indicação clara da valorização do jogador. Aplicada a essa fatia a mesma regra da proporcionalidade, significa que Moutinho estaria agora avaliado em 17,8 milhões de euros. Em apenas uma época desportiva, o jogador viu o seu valor de mercado crescer em mais de 60%. De 11 para 17, 8 milhões. Em todo o caso, este não é um exercício de consideração relevante porque a cláusula de rescisão é bem superior: 40 milhões de euros.
A operação dos dragões surge numa fase em que muito se especula(va) sobre a hipótese de João Moutinho ser vendido, com o Chelsea de André Villas-Boas à cabeça dos supostos interessados. Refira-se ainda que, numa eventual venda, agora ou noutra qualquer altura, o Sporting terá direito a 25 por cento das mais-valias obtidas acima dos 11 milhões de euros.
Ora bem, também me parece que o Sporting tem direito a mais-valias numa venda do FC Porto acima de 11ME e só assim (a mais-valia é isto mesmo, mais acima do valor pelo qual se fez o primeiro negócio). Creio que o Jorge não teve http://www.porta19.com/2011/08/contas-de-moutinho/screenshot_1-5/ isso em consideração, a fazer contas a 25% do total da operação que pode ser eventualmente vender Moutinho pela cláusula de rescisão cifrada em 40ME, o que significaria que o Sporting teria 10ME aproximadamente.
O FC Porto neste momento tem 85% do passe de Moutinho, cabendo à Mamers os 15% restantes que ainda lhe sobram da recompra de ontem por parte do FC Porto dos tais 22,5% do total de 37,5% que tinha vendida àquela sociedade do Benelux (presumo). Para já, para já, quem ganhou foi esta sociedade, pois mantém 15% de um passe de um jogador muito valorizado. A notícia integra os ingredientes correctos para ser entendível: Moutinho é um jogador valorizado em 60%, pois agora valeria uns 17,8ME. E tão valorizado que os 22,5% que o FC Porto retomou ontem custaram praticamente (4ME) o mesmo que os 37,5% que a Mamers tinha comprado ao FC Porto (4,125ME). E numa venda potencial por 40ME, a Mamers ganha 6ME, o que recompensa o seu investimento e aqui nada de mais, pois o mercado funciona mesmo assim.
Comprova-se, antes do mais, que o FC Porto está com liquidez, gasta forte e não parece acusar a crise. Há um ano, três meses após gastar 11ME por Moutinho, a SAD portista alienou os tais 37,5% do passe à Mamers. Claramente, mais do que a componente de auxílio no risco da contratação por valor recorde em Portugal, havia problemas de tesouraria a suprir no Dragão. Agora parece que não há. O FC Porto ganhou a Liga Europa mas com um benefício financeiro (6ME) que é sensivelmente 40% do que rende uma participação normal na Champions (12 a 15ME).
Fica a ideia de que, como na renegociação da cláusula de Falcao em 50% (30 para 45ME), o FC Porto está a precaver-se para uma eventual venda de Moutinho. E pagando a cláusula (40ME) é inevitável a saída. Nesse caso, serão potencialmente 34ME para o FC Porto e 6ME para a Mamers. Mas dos 34ME há que pagar 25% da diferença de 34-11=23ME que cabe ao Sporting e 1/4 dos 23ME são 6ME aproximadamente, portanto nada do que tem sido veiculado de 8 a 10ME para os leões.
Tenho dúvidas, reitero, sobre se as coisas serão assim, embora me pareça líquido que sim. A notícia acima confirma a minha "suspeita" e dá "garantia" de que a parte leonina é mesmo só da venda acima de 11ME e não pelos 40ME da cláusula. Aliás, não faria sentido que o Sporting beneficie do total da venda com os tais 25% (10ME) se é o FC Porto que paga a Moutinho e negoceia em conformidade a cláusula de rescisão.
Isto tudo no pressuposto de que Moutinho será vendido. Pinto da Costa não quer vender, a não ser que seja obrigado perante um avantajado clube que pague a cláusula. Esta é a dúvida, como para Falcao e Cª, pendente até final do mês, o fecho do mercado.
Agora, sobre os boatos como este:
"O negócio vai ser com Chelsea e o Moutinho vai no mesmo pack. Os dois jogadores estão prometidos por 70 milhões ao Abramovich, Pinto da Costa pediu para aguardar um pouco e conseguir a maior fatia no passe de Falcão. Assim, em vez de ser 30 (Antiga cláusula do Falcão) + 40 (cláusula do Moutinho)passará a ser 45 (cláusula do Falcão) + 25 (Moutinho será vendido a baixo da cláusula). E isto porquê? Se João Moutinho sair mesmo para o Chelsea pela cláusula de rescisão o Sporting é a parte que mais tem a lucrar. Os lagartos ainda têm 7,5 milhões € para receber da transferência de há um ano (dos 11 milhões ainda só receberam 3,5)e as mais-valias realizadas para o FC Porto significariam mais um encaixe de 7,25 milhões. Depois, há ainda a acrescentar os direitos de formação do atleta: 1,9 milhões de euros para o Sporting e 100 mil euros para o Portimonense. Feitas as contas, em 12 meses, os lagartos garantiam um encaixe de 20,15 milhões e isso o Pinto da Costa não quer. Receberá 15 milhões "limpos" a mais no Falcão para vender o Moutinho mais barato e pagar menos aos lagartos" A ser verdade, é uma boa jogada do presidente, mas um rombo grande na equipa. Até nas tertulias encornadas tiram o chapeu a PC a ser verdade. Danilo já disse que gosta mais de jogar no meio campo. Pode ser o substituto natural do moutinho A ver vamos Um abraçodo Donnie Darko, há dias, na caixa de comentários.

Com este cenário, tudo é possível. E verosímil, exequível. Mas seria a consequência da venda dupla Falcao-Moutinho e nisso já acredito menos, da mesma forma que Pinto da Costa praticamente garante que o colombiano não sairá tal como quer manter todos os principais jogadores, Moutinho incluído.
Note-se, ainda, que Falcao, Moutinho e outros poderão valorizar-se ainda mais com a Champions aí a começar, além do que suceder em Agosto e, fora o mercado, no tocante à Supertaça com o Barça que em caso de vitória traz mais do que glória ao clube e aos jogadores: muita cobiça, exasperada tentação de levar jogadores da moda. Esta época tem o FC Porto como cabeça-de-série da Champions e um Europeu-2012 que, para Moutinho firme na Selecção, pode ser motivo de valorização extra.
Como a generalidade dos portistas não acha que a SAD anda a "dormir na forma" e habitualmente joga por antecipação, acreditamos que as coisas são conduzidas com o volante nas mãos e um rumo definido e sem solavancos. Essa estratégia tem sido a garantia dos melhores negócios, da maior rentabilidade e do super êxito desportivo associado que faz honra à SAD e projectou o FC Porto para um patamar de qualidade e reconhecimento internacional ímpares em Portugal e quase sem paralelo no Mundo!
Pelo que ficam aí as minhas ideias e o balanço que penso sobre o assunto, afinadas depois de ler o que se diz por aí com uma maioria de afirmações que me parecem incorrectas. A vertente do negócio a que não se pode fugir, que projectou o FC Porto para níveis nunca antes alcançados, mesmo deixando alguns adeptos tristes por não ver consolidar uma equipa e os recalcitrantes capazes de julgar que isto são trafulhices tão comuns no Benfica.
Compare-se o que se diz e escreve a respeito deste caso Moutinho com o de Roberto e tire-se a diferença, mais uma vez, do branco para o preto. Não só dos estratagemas encobertos com o ex-g.r. do Benfica, mas da valorização de um tipo em crise como a restante Ibéria, tudo ao contrário de um craque se ganhou tudo e jogou ao mais alto nível, fora o estatuto dos clubes pretendentes de um e de outro, ou da luta pela permanência ou de luta por títulos.

03 agosto 2011

Porto-Benfica à distância, para recomeçar

Li agora a meio da tarde, com a surpresa de pela primeira vez lá ter visto outro jornal que não o habitual JN (que se mantinha no seu "posto"), o Rascord no barbeiro que ocasionalmente frequento. Registei três coisas, o que é um recorde ao folhear aquele jornal de caserna.




Não sei se o caso merecerá mais delongas, mas o facto de Weldon ter começado a jogar no Cluj (Roménia) e ainda não estar livre de compromisso com o Benfica é outro facto que distingue, para o mal e apesar do nome do clube sugerir o bem, aquele clube de mafiosos da lisura nas relações e tratamento negocial do FC Porto, de que nenhum jogador ou director adversário se queixa. Weldon estava não só dispensado por Jesus, que mal contou com ele nas últimas épocas apesar de ter ajudado ao título e de ser mais um escolhido pelo mestre das tácticas mas que mal calçou de encarnado, como foi-lhe dito para se desenrascar e procurar clube. Fiando-se em quem não deve, Weldon lá foi para a equipa de Jorge Costa confiante que se desamarrava do Benfica. Na Máfia não se sai assim tão fácil. O Benfica, por fim, accionou uma preferência para reter o jogador e agora este está encalacrado. Ironicamente, ou talvez não, como se uma coisa destas nunca se tenha passado com o FC Porto, Weldon pediu a ajuda de um advogado que trabalha na SAD portista, Daniel Pereira. Não sei se, face ao antagonismo histórico entre os dois clubes, fez bem, mas logo notou que precisava de ajuda contra aqueles que "fazem as coisas por outro lado". Mas este é um caso que nenhum comente-artista abordará nas calúnias semanais em que se entretêm.











O segundo aspecto é que, descobrindo a pólvora há uns mesitos, o Rascord agora obriga a Redacção do Porto a respeitar a ordem de serviço do livrinho vermelho que manda dizer que Benfica e Porto têm 69 troféus cada um. Para lançarem a Supertaça, domingo em Aveiro com o V. Guimarães, a rapaziada do Porto lá teve de arranjar mão de, mais uma vez, voltar a evocar a supremacia portista que se espera seja consumada domingo à noite com mais um troféu. Lá aparece na página o 69-69 e a taça latrina na coluna do "haver" dos coitados que continuam com esqueletos nos armários e macaquinhos no sótão.










Ah, a terceira nota apareceu por acaso, um relambório estrambólico do cabotino director a falar de sites e copianços, numa algaraviada que nenhum leitor entende nem lhe diz respeito. Alguma concorrência que copia no site o que se faz no do Rascord, por sinal o melhor dos três desportivos online, há que reconhecê-lo, e nem é pelas gajas em que insiste - e agora já dá capa de jornal, digno de tablóide e da espécie de "24 Horas" em que se tornou ainda o defunto existia - ou bacoquices típicas da casa. Mas alguém alguma vez entendeu o que o careca quer dizer?






ENTRE TANTO, vi na RTPN "Benfica vence" (Nolito fez o golo do triunfo) e vejo na net que 1-1 foi o resultado. Glorigozo... o costume.