05 abril 2013

O espaço me(r)diático IV

Enquanto estes confundem alhos com bugalhos, apesar da pequena diferença de um "s" não ser despecienda por um ser jornal e outro revista e de países diferentes, tal como a mistura em tantos processos com Relvas e rastejantes infectantes, é de crer que o ex-ministro, afinal, se ajudou, ao que dizem, Sótraques a voltar via RTP agora possa confrontá-lo e também optar pelo comentário político. O Alberto da Ponte, que tratou de cervejas, deve adorar combinar falsos licenciados como, na gestão de F&B que deve conhecer bem melhor do que transumantes televisivos, tal como em vez de porco ou vaca os enlatados trazem ADN de cavalo, quando não asno.
 
Isto se resistir à hipótese de enveredar por alegada Filosofia em Paris ou, mais commumente, assumir como outros negócios pelo Brasil; ou quiçá voltar ao País através do futebol e acabar a servir o seu  Sporting como entendido em coisas me(r)diáticas. Em termos de FC Porto sobra a dúvida maior, existencial, de saber se voltará a uma gala no Coliseu para um espectáculo deprimente que também lhe assenta como uma luva.
 
Entretanto, o Sporting, claro, muda tudo e também a parte da Comunicação, assumindo uma agência do ramo na gestão me(r)diática, o que é de enaltecer, resta saber que ênfase dará ao projecto da tv do clube. Digo de enaltecer porque, como se sabe mas muitos ignoraram este tempo todo, o FC Porto chegou a assumir um contrato com a LPM, depois teve vergonha e permitiu que a própria se retirasse alegando retaliações do poder político-me(r)diático em Lisboa, para, afinal, vir a saber-se que trabalhou para o clube mais ou menos secretamente. Se trabalha ou não é tão irrelevante como saber se aquilo funciona ou vale alguma coisa.

Do espaço me(r)diático da semana, notável a forma como a nova Direcção do Sporting apareceu a debitar como os vulgares papagaios mais identificados com o circo do outro lado da Segunda Circular. Não é que um juiz e constitucionalista, agora empossado no CF do Sporting, um tal Bacelar Gouveia, veio falar de arbitragens e ainda só esteve um jogo oficialmente no cargo? Notável como os juizes, mal vistos mais no campo das questiúnculas constitucionais por defenderem os seus interesses regimentais acautelando reformas douradas, metem logo faladura mal chegam à bola da qual nem sabem porque pincha...

Ah, numa semana em cheio, a série:
Aqui trata-se da cegueira do costume. digna do Público do Belmiro.
Nesta é só mais uma chamada de atenção para a ética de quem a proclama acima dos outros e sendo só sua.
É claro que as licenciaturas só certas criaturas podem comentar, com saber académico e um salário superior a ministro, com carro de empresa e sem corte no cartão de crédito. Marcelino Pão e vinho, à Benfica. O Relvas, afinal, não privatizou a RTP e já se sabe que o lacrau mata a vítima mesmo a meio da travessia do deserto...