15 abril 2013

Espaço me(r)diático VII

Este resultado da sondagem é a consequência directa dos telejornais das anas lourenços, dos josés albertos carvalhos e das marias de são josé, na rádio pública. E de toda uma plétora de comentadores avulsos que aqueles convidam para os seus jornais de notícias. Não há dia algum que os syryzas do BE ou os estalinistas do PCP não tenham antena aberta para dizer o que querem e pretendem. Mas não dizem tudo porque para o jornalismo caseiro tipo para quem é bacalhau basta, isso não interessa nada. Nunca lhes perguntam as alternativas reais que pretendem como medidas e contentam-se com proclamações propagandísticas para "mudar de políticas". É um chavão que serve para tudo e contenta este jornalismo pindérico.
´O PS do Seguro, do Sócrates e do Soares também querem o que a sondagem revela e pelas mesmas razões exclusivas: acesso ao pote de nomeações de apaniguados.Só e apenas.

A democracia em Portugal funciona assim: a oposição tem todo o tempo de antena, sem contraditório equivalente porque a Esquerda é dominante no país, principalmente nas tv´s.


 Aqui e a propósito de uma (euro)sondagem do ROC que nem é revisor oficial de contas nem acerta uma que seja em termos de... sondagens, mas tem sempre as encomendas dos amigos do costume.

Isto ainda do famoso Espesso que, dois anos e três meses depois da celebérrima manchete, faz outra do género o FMI já não vem:

Mas há sempre cretinos, sócretinos, lunáticos, déspotas e sumamente perigosos, não por acaso os maiores chuchialistas de sempre, a vender banha da cobra aos ignaros que julgam não pagando deixam de ser pobres e passam a ricos. De resto, Chulares é e será sempre Chulares, mesmo caquético. O gordo bonzo Jaime Gama disse de AJ Jardim ser o Bokassa da Madeira. Imagine-se o que se pode pensar de um dos muitos alegados "pais da demo... cracia" à moda iraquiana de Saddam.

Eu bem digo que esta mentalidade do pessoal das barracas é uma e toda igual.


A corrupção, em França

Em França, a percepção do fenómeno da corrupção não tem paralelo com o que nós temos como norma mediática e até de costumes.
Perante a emergência do caso Cahuzac, cuja essência lida com questões éticas que por cá são mato grosso, eventualmente pior que no Brasil, o que fizeram os franceses, a começar pelos media reputados como "de referência"? Assinalaram todas as questões que se envolvem nestes casos, mesmo as mais subtis mas relevantes para mostrar a raiz e base da corrupção que envolve figuras de "Estado". Por cá, tal coisa soa a surrealismo tipo dali.

A revista Le Nouvel Observateur desta semana é eloquente no elenco dessas razões que um cretino director de jornal de referência português não topa porque nem tem a noção educativa que a tal conduziria e por outro lado nunca o quereria fazer porque lhe estragaria irremediavelmente a vidinha confortável.

Temos por isso um problema específico, em Portugal: os media de referência não topam casos de corrupção como estes, nem se interessam demasiado em investigar seja o que for a esse propósito, ao contrário do que se faz na Europa civilizada. Qual a razão profunda de tal fenómeno? Não esperemos que um ISCTE, madrassa das esquerdas bem-pensantes o venha a estudar como deve ser, porque é daí, desse local mesmo que saem as larvas do bicho careta que corrói as demais instituições democráticas.
Não foi aí que um inenarrável cursou, durante quatro trimestres, um cursilho para possuir um «Diploma de Pós-Graduação em Gestão de Empresas com a designação de MBA», o que corresponde à parte curricular do mestrado em Gestão" ? Alguma vez tal instituição se deu ao cuidado de esclarecer que tal cursilho acelerado teve essa duração e não os dois anos proclamados e muito menos o valor de um verdadeiro "master business administration", como é uso nos
MBA´s a sério e a valer?
Alguma vez os media, dirigidos por esses cretinos se deram ao cuidado de o sindicar e analisar quando tal questão se colocou?

Portanto, qual a razão profunda de tal condescendência corruptiva? Quanto a mim adianto uma explicação: a mediocridade contagia e topar excelência em lugares de onde a mesma se ausentou há muitos anos, será impossível. Por isso, os pares cooptam-se nas redacções e o ambiente geral reflecte o nível de cima que é demasiado baixo. E tem outro, porventura mais relevante: ganham bem onde estão, precisamente para fazer esse trabalho de sapa intelectual e portanto seriam duplamente estúpidos em levantar questões que aparentemente não existem. A RTP paga uma ninharia relativa aos cabeças falantes dos telejornais para escolherem as notícias que entendem mais convenientes e nunca as mais incómodas para o poder que está e arranjou um estratagema genial para os arreatar ao hábito: paga-lhes um suplemento que só subsiste enquanto dirigem a redacção das notícias. Se deixarem de redigir o que os cabeças falantes dizem, acaba-se-lhes a mama da teta gorda que lhes rende o triplo ou quádruplo do habitual e da tabela.

De novo, aqui, a porta da loja.

Enfim, se os portistas consideram sistema e regime o que se passa no futebol, mal olham para o lado político das coisas e uma corrente de pensamento, precisamente plasmado na Imprensa do regime tal qual no futebol tuga, para todos saberem a cartilha que se sabe e lê.


E, ainda, na reposição do Nobel nóvel comentador que ontem regressou ao ecrã do regime, cujo primeiro episódio agora é apresentado aos flashes a falar de "orçamentos inconstitucionais" como se a duplicação da despesa pública nos seis 6 anos de reinado fosse condizente com a CRP, um oportuno esclarecimento sobre licenciaturas e coisas que um jornalista vulgar deveria saber há vários anos pelo homem que denunciou a fraude de Estado que a PGR atirou para debaixo do tapete.
Deste, é preciso ter topete. Porque vergonha na cara não tem.

E por falar em noticias que se fazem ou são omitidas...

Para rematar a faena, ontem ao final do dia, domingo, os três telestarolas abriram com a ausência de um ministro na tomada de posse de dois novos ministros quando faltaram outros ministros... Enfim...

--- para perceber a agonia da Imprensa do Porto, só sendo da estirpe da de Lisboa: especulação, demagogia, populismo, periodismo de caserna ou regimental. Surpresos?