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04 setembro 2007

Auto-transfusão

Após a polémica edição da volta a França em bicicleta 2007, toda a gente ampliou os seus conhecimentos técnico no que diz respeito a diferentes técnicas de dopagem, nomeadamente a auto-transfusão. Retirar umas quantas unidades de sangue, após estímulo de eritropoietina, repor o plasma e guardar os glóbulos vermelhinhos para serem injectados poucos dias antes das corridas, tornou-se prática quase corrente e muito eficaz (miúdos: não façam isto em casa). Estes glóbulos vermelhos fresquinhos e fortalecidos são altamente eficientes nas trocas gasosas e aumentam consideravelmente a resistência do atleta. Mas vamos, por escassos momentos, esquecer os trâmites legais da coisa e a estimulação hormonal indevida: na essência, trata-se de nos reforçarmos com o nosso próprio corpo. Foi em auto-tranfusão que eu pensei quando, há algumas semanas atrás, instalada na areia e com o mar como horizonte, li num jornal diário que o FCP tinha comprado a metade que lhe faltava do passe do Lucho Gonzalez. Reforçarmo-nos com o nosso próprio corpo, sim.

Luis Oscar Lucho González nasceu em Buenos Aires, na Argentina, corria o ano de 1981. Formado nas escolas do CA Huracán, foi lá que cresceu como futebolista, tendo-se transferido para o River Plate em 2003, onde haveria de jogar mais de 100 jogos que o lançariam para a fama internacional. Em Abril de 2005, o Porto pagava 3,6 milhões de euros por metade do seu passe, e no início da época 2005/2006 o Lucho desembarcava no Francisco Sá Carneiro para o início da sua aventura europeia.

A adaptação de Lucho ao novo clube foi rápida e indolor: rapidamente conquistou o estatuto de titular indiscutível. O seu toque de bola, a sua extraordinária visão de jogo, as suas aberturas espantosas, a sua capacidade organizacional, a sua postura em campo, a sua influência sobre os colegas, a sua seriedade e concentração intocáveis, tudo deslumbrou técnicos e adeptos, que se renderam sem resistência ao encanto daquele tango suave mas apaixonante. Sóbrio, inteligente, de poucas falas mas olhos sonhadores, foi este o nosso Lucho de 05/06, que aliás viria a ser eleito como o melhor jogador da liga portuguesa na sua posição. A chamada, no Verão de 2006, à selecção argentina, foi o culminar do mais que justo reconhecimento do seu enorme talento. Ninguém podia adivinhar que, após este extraordinário ano de glória, se seguiria uma quase interminável travessia pelo deserto.

Há jogadores que nos habituam a determinadas performances acima da média. Para eles criámos um trono, mas também uma exigência e uma pressão a que não submetemos nenhum outro: já não chega jogar “normalmente”, há que deslumbrar. Tive essa noção, de uma forma muito clara, durante o último Porto-Sporting. Vi o jogo com uns amigos meus escandinavos, dos quais apenas um sabe o que é o futebol mas desconhece quase por completo a Liga portuguesa. Aproveitei para me calar que nem um rato e deixá-lo falar: queria ouvir uma opinião de fora, isenta, limpa de preconceitos. Estariam 5 minutos jogados quando ele comenta, atónito: “o vosso número 7 é extraordinário”. Ao que eu reclamo, confusa: “mas ele não fez nada de especial... (ainda)”. Ao que ele abre muito os olhos azuis, passa a mão pelo cabelo louro-quase-branco duas vezes, e responde:“mas tem um toque de bola... é diferente, sabes? Vê-se que é diferente. Toca na bola como se dominasse cada cm daquele couro, como se a bola fizesse parte dele, sei lá, como se estivesse acima do relvado... olha, não sei, é qualquer coisa, não consigo explicar!”. Faço esta pequena introdução para explicar: não creio que algum dia tenha visto o Lucho a jogar mal. Teve falhas, é certo, mas nunca deixou de ser um profissional competente. Simplesmente... da parte dele, estávamos habituados a muito mais do que simples competência. 2006/2007 foi, sem dúvida, um ano apagado: cansado depois de uma jornada esgotante pelo mundial, que lhe terá deixado algumas lesões mal curadas, provavelmente algo desanimado pelo seu fraco desempenho na equipa, assim como pelos altos e baixos da mesma, Lucho não deslumbrou. Repito: não jogou mal. Mas também não deslumbrou. Pelo menos não de uma forma constante. E do Lucho, esperamos deslumbramento. Sempre. Eu espero, pelo menos.

Estava algo expectante relativamente ao Lucho que iríamos ter este ano... a 7 de Agosto, quando vi o Porto comprar a metade que lhe faltava do passe do médio, fiquei feliz, mas não eufórica. E, no entanto... em três jogos oficiais, três exibições magníficas. Rendo-me, portanto: creio que temos de volta o enorme Lucho de outros tempos. Capaz de deslumbrar, jogo após jogo, minuto após minuto. Capaz de lançar a equipa, aguentar a defesa, estar em todo o lado e ver o que mais ninguém vê. Calmo e correcto, o mesmo jogador que, antes de chegar a Portugal, nunca tinha sido expulso (e quando eu me lembro da injustiça da expulsão dele já em terras lusas...).

Quando fechou o mercado suspirei de alívio: não obstante as especulações em torno do Valência, Real Madrid e Everton, o El Comandante fica connosco. O tal que, quando marca um golo, festeja-o com a mão na testa, como quem observa um longínquo mas apetecível horizonte.

08 agosto 2007

Postiga ou a Síndrome do Sucesso Imediato

É, inquestionavelmente, humano: não há nenhum de nós que não admire, de uma forma mais ou menos assumida, o sucesso imediato.

Aquele surto de luz repentina que transforma um mero mortal num ser superior. De um forma limpa, objectiva, directa: como a maçã que caiu na cabeça de Newton e o despertou para a gravidade.
Quase um truque de magia: atenção, meus senhores, muita atenção – podem ver, nada nas mangas, nada nas mãos – e nisto ouve-se um pufff e sai uma pomba branca do interior de uma nuvem de fumo.

Sim, faz parte da nossa dimensão humana (e portanto limitada) admirar aquilo que nos é inacessível, como o sucesso imediato e indolor. Mais grave é quando alguns incautos incorrem no erro de o querer para si, de o julgarem, efectivamente,
possível. Não é. O sucesso é fruto de um caminho duro, de muitos erros, de muita luta, de muita insegurança, de muito (e porque não?) medo.
Não surge do nada, não é incons
equente e, acima de tudo, nunca é repentino. A não ser quando é um sucesso vazio, feito de êxitos tão ocos quanto momentâneos. O verdadeiro sucesso dá trabalho: muito. E os que pensam que o podem atingir sem ele são de uma inocência tão comovente quanto ingénua. Na verdade, a culpa até nem é deles, mas daquilo em que os fazem acreditar. Das histórias de sucessos imediatos que lhes contam, e em que eles acreditam, sem conseguir ler nas entrelinhas o pano de fundo do trabalho.

Deixem-me partir numa um breve incursão pela minha área para vos ilustrar as minhas palavras com um exemplo muito significativo.

Toda a gente já ouviu falar de Darwin, o autor daquela que é, na minha opinião, uma das mais belas teorias formuladas no âmbito das ciências biológicas. Grosso modo, também toda a gente conhece a história dele: embarcou num barco como naturalista, chegou às Galápagos, maravilhou-se com a diversidade dos tentilhões e das tartarugas gigantes num espaço tão pequeno e... pufff: tal qual maçã que lhe caiu sobre a cabeça, ali mesmo lhe surgiu a teoria da selecção natural. Ou assim reza a lenda, assim é contada a história.

A realidade é um pouco diferente. Darwin era, na verdadeira acepção da palavra, um falhado: incapaz de concluir o curso de medicina (na altura, julgava-se que a nata da sociedade eram os médicos, sendo que aqueles que não conseguiam ou não queriam sê-lo eram considerados seres inferiores... ainda bem que a sociedade evoluiu nesse aspecto), o pai empregou-o a bordo do Beagle como naturalista, provavelmente para se ver livre do traste durante 5 anos.

Quando entrou no barco Darwin era, assumidamente, um criacionista (que, por oposição aos evolucionistas, acreditava que todas as formas de vida eram imutáveis e haviam sido postas na terra tal qual se encontram na actualidade por uma entidade superior). A sua tarefa era fazer um diário de bordo em que descrevia todas as espécies que lhe eram desconhecidas.

Fê-lo, ao longo de 5 anos. É verdade que parou nas Galápagos, é verdade que apanhou alguns tentilhões (eram tão bonitos... e precisava de amostras para o diário) e é verdade que apanhou algumas tartarugas gigantes (sopa de tartaruga, naquela altura, era um pitéu para os marinheiros).

Quase 5 anos depois, quando desembarcou em Inglaterra, Darwin era, assumidamente, um criacionista. Foi preciso muito tempo, muita dedicação e muitas pestanas queimadas para juntar as peças do que tinha visto e formular a teoria da selecção natural. Não, temos pena mas não foi um rasgo de inteligência momentâneo, não lhe surgiu de repente enquanto caminhava pela ilha: surgiu-lhe aos poucos, debruçado na secretária, de olhar fixo nos seus inúmeros apontamentos.

O Postiga. Eu gosto dele, palavra que gosto. Admiro o seu porte quando entra em campo, o jeito levezinho de pegar na bola, a maneira felina e silenciosa como avança no terreno, a decisão na hora de rematar. Sigo a sua carreira há já algum tempo, e reconheço-lhe capacidades fabulosas: daí que me irrite tanto a sua teimosia em pura e simplesmente não jogar bem à bola.

Convenhamos: já não há paciência para o ver marcar um golo bonito e ficar o resto do jogo sentado na grande área adversária com o polegar esquerdo enfiado na boca à espera que passe a repetição do golo no ecran gigante. Quem me conhece há já algum tempo, e está habituado a ouvir as minhas opiniões, comenta: “mas tu admiravas tanto o rapaz...”. E admiro. Continuo a admirar. Mas não lhe consigo perdoar esta súbita altivez, este excesso de desdém em campo que já vai durando desde o início do ano. Vejo-o jogar e interrogo-me. Não lhe falta técnica, know-how, capacidade física. Muito pelo contrário: quando ele está para aí virado, tem um toque de bola que delicia qualquer adepto da modalidade. Trata o esférico com um jeitinho carinhoso, quase como se lhe fizesse festas, é capaz de se fundir com ele, como se ele não fosse mais do que um prolongamento do seu corpo que ele domina na perfeição.

Já o vi correr 90 minutos e rematar aos 91 como se tivesse acabado de entrar em campo. Se existe alguma entidade superior que abençoa uns seres com capacidades acrescidas em determinadas áreas, Postiga foi um dos sortudos iluminados. E no entanto... não chega.

Repito: não lhe falta técnica. Faltar-lhe-à, então, dedicação e capacidade de trabalho. E isso dá cabo de mim: aquele jeito mole de se passear pelo campo como quem já cumpriu a sua missão, aquele passar ao lado do jogo como se não fosse nada com ele... dá-me vontade de saltar para o meio do campo, agarrá-lo pelos colarinhos e gritar-lhe: “usa a enorme capacidade que tens!”.

Não obstante o meu mau-feitio, só há duas coisas neste mundo que eu não consigo de todo suportar: uma é o grão-de-bico; outra é ver um enorme talento ser desperdiçado por falta de dedicação e trabalho. Lembro-me sempre da admiração humanamente inata pelo sucesso imediato, o eterno confiar que a capacidade basta e o resto vem por si.

Lembro-me sempre da história de Darwin. Se eu não gostasse tanto do Postiga, se não admirasse tanto aquilo que ele teima em não querer mostrar, não me ralava nada. Assim ralo-me. E chateio-me. E irrito-me. É certo que é o melhor marcador da pré-temporada... da mesma forma que na época passada fez uma boa primeira volta. E desta vez, quanto tempo até ele se aconchegar no seu puf de estrela da bola e deixar os créditos por mãos alheias?

E então, ralada, chateada, irritada e acima de tudo cansada, é minha opinião que o Postiga deve sair do Porto, pelo menos um ano. Aprender a lição the hard way, já que parece que de outra forma não vai lá. (Outra maneira de ele aprender a lição era fecharem-no comigo numa sala durante 3 horas: um sermão bem trabalhado e duas ou três anestesias de contacto – vulgo estalos – bem aplicadas para vincar firmemente a minha posição, e o rapaz ia ao sítio. Não sendo possível, voto no empréstimo.)

Gostava muito de o ver voltar daqui a um ano, renovado e capaz de lutar pelo tal sucesso que não cai dos céus aos trambolhões. Gostava de o ver dar o melhor dele, em cada jogo, em cada minuto, independentemente de já ter marcado 7 golos e ter assistido outros tantos. Daqui a um ano. O rapaz precisa de arejar as ideias, precisa de morder a vida pelo lado errado e de sofrer o azedo. E depois, quando aprender que a luta constante é a única estrada que se pode percorrer, que volte. Fico à espera. Neste momento, olho para ele e vejo um enorme talento desperdiçado. E, não sei se já aqui o tinha dito, isso irrita-me como o caraças.

Curiosamente, no final da sua vida enquanto escrevia as suas memórias, Darwin quis acreditar ele próprio no seu sucesso imediato. Quis acreditar na história que contavam dele, quis esquecer anos de estudo e transmitir no seu livro essa versão relâmpago-de-inteligência. É. Todos admiramos o sucesso fácil, todos o queremos para nós. Mas ele não existe. Pura e simplesmente, não existe.

PS: quando lerem esta crónica, provavelmente já não estarei no Porto. Tal como o Zirtaev, parto para território hostil, onde espero repôr as baterias depois de um ano esgotante e festejar a conquista da Supertaça. Até ao meu regresso.

02 agosto 2007

eu, catarina.

Teria os meus 6, talvez 7 anos? Não sei bem. Sei que o meu avô, o meu pai e o meu irmão se preparavam para ver mais um jogo e eu, de mansinho, esgueirei-me pela porta, puxei uma cadeira de braços, e instalei-me. Assim, à laia de aqui-estou-aqui-me-têm, sem admitir contraditórios. O meu avô, pouco habituado a intrusões femininas naquele mundo que considerava tão protegido, olhou-me de esguelha, entre o surpreendido e o trocista: “o que é que a catraia está aqui a fazer?”. Depois distraiu-se com o jogo, decerto pensando que era apenas uma fase, que eventualmente me passaria a rebeldia e me recolheria serena à dimensão dos meus cromossomas Xs. Não sei onde estás, vovô, ou se me consegues sentir à distância que existe entre a vida e a morte, mas ouve: nunca passou. Hoje, quase 20 anos depois, aqui-estou-aqui-me-tens: sócia do teu clube do coração, portadora de lugar anual, orgulhosamente capaz de entender, viver e sentir o Futebol.

Em (quase) 20 anos, algumas coisas mudaram. (De repente, quase sem eu dar por isso, os craques passaram a ser mais novos que eu. Como eu me recuso liminarmente a acreditar que envelheci, prefiro convencer-me a mim própria que os clubes contratam miúdos cada vez mais novos. Não foi o Manchester que contratou esta semana um puto de 9 anos? Pois então.) Dizia eu que, em (quase) 20 anos, algumas coisas mudaram: vi o meu Porto crescer, tornar-se Enorme, maior do que os mais altos sonhos prometiam. Chorei a saída de jogadores, exultei com a vinda de novos. Insultei, ralhei, desanimei, e voltei a acreditar (eventualmente, volto sempre a acreditar). Mudei-me de armas e bagagens das Antas para o Dragão. Assisti de longe a polémicas&casos obscuros que pouco ou nada me interessam, mas que começaram sub-repticiamente a invadir os relvados e a condicionar quem lá actua. Em 2003/2004, a conquista da Europa: lágrimas, abraços, uma alegria imensa que explodiu no peito e se estendeu até um sorriso que não soube (nem quis) apagar durante vários dias. (Viena, em 87? lembro-me, mas muito vagamente: os quase 20 anos não chegam até lá. falta a parte do “quase”.)

Uma vez por outra, alguém passa os olhos pelas minhas estantes (que oscilam entre impossíveis calhamaços de ciências da vida e poesia/literatura a rodos) e pergunta, com um olhar perdido entre o pasmo e o desgosto: como é que alguém como tu perde tanto tempo com o futebol? Eu corrigo: Futebol, se faz favor. Escreve-se com maiúscula. E depois sorrio e encolho os ombros. Penso nos meus passos enquanto caminho para o Dragão: a emoção rasgada contra o cimento surdo da VCI. Penso na visão do relvado, intenso e brilhante, que me surge belo sempre que subo as escadas para o meu lugar. Penso nos apertos doridos do peito, nas lágrimas que já fiz morrer na manga da camisola, nas vezes em que olhei teimosamente para o chão para não ver determinado lance. Penso nos saltos em que me ergui, nos abraços emocionados que troquei, nas palmas das mãos unidas uma à outra a fazer estalar a minha alegria. E volto a sorrir e volto a encolher os ombros: a paixão não se explica. Vive-se (ou sobrevive-se).

Muitas vezes ao longo da minha vida me fizeram sentir que esta minha dedicação ao Futebol tinha algo de errado, quase pecaminoso: ou porque sou demasiado nova, ou porque sou demasiado mulher, ou porque gosto demasiado de cinema de autor e de Sophia de Mello Breyner. O Zirtaev não partilha dessas opiniões (preconceitos?), e de uma forma muito lisonjeira convidou-me a dar a voz neste blog. Eu hesitei: admiro demasiado o trabalho de análise e comentário que aqui tem sido desenvolvido para me julgar capaz de o integrar. Ele insistiu. Eu cedi. Tem piada: às vezes olho para mim e continuo a ver a mesma catraia de 6/7 anos afundada numa cadeira de braços, algo corada e de olhar fixo e sério na televisão. Pois que seja, então: parece que aqui estou, parece que aqui me têm.

PS: As negociações foram difíceis, já se arrastavam há longos meses, mas finalmente o Portistas de Bancada conta com mais este reforço. E que reforço! Acho que o painel de convidados, apesar de nunca poder dizer que está completo, sentia falta de uma voz como a da catarina, aliás, acho que toda a blogosfera, pelo menos a azul-e-branca, sente a falta de mais vozes como a da catarina, vozes femininas que podem demonstrar, num mundo predominantemente dominado por homens, que o futebol é um desporto cada vez mais unisexo e que pode ser belo aos olhos de qualquer um. Acho que este blog quebra assim mais um tabu deste mundo do futebol, cabe à catarina materializar, ao longo do tempo e conforme puder, esta minha intenção. Sê bem vinda ao Portistas de Bancada!