A Espanha ganha outra vez, depois de 2008 e 2010, confirmando-se como a melhor selecção mundial de sempre ao vencer três grandes competições internacionais consecutivas. Não só pela maioria de jogadores na convocatória e no onze habitual, mas ao perfilhar o estilo incomparável de jogo do Barcelona, trata-se de um tributo que deve ser dado ao que tem sido o melhor futebol desde há quatro anos, desta vez sem David Villa e, obviamente, sem Leonel Messi.
Portugal? Ganhou, pois ganhou, mas terá menos destaque do que a derrota do futebol, por muito que se vangloriem de... não terem perdido (milagrosamente) com a Espanha.
E se é preciso corredores de fundo, pois o êxito da Espanha já vem espalhado das camadas jovens quando Simão Sabrosa e outros disputavam um Mundial-99 de sub-20 em que Casillas e Xavi saíram campeões com 4-0 ao Japão e as selecções jovens, até aos sub-21, não deixaram de somar títulos internacionais para Espanha. Um êxito criado nas escolas dos clubes que em Portugal se perdeu quando se julgava ter tudo semeado, um legado que rapidamente muitos passaram a subalternizar, a FPF a menosprezar por conta de um estúpido brasileiro que disse um dia "o chefe sou eu!" (antes do Euro de sub-21 no Minho, em 2006), ficando a episódica passagem pelo Mundial da Colômbia no ano passado como sinal do que devia ser mantido e que os nossos vizinhos fizeram mesmo por manter e fazer crescer ao ponto que se vê agora. Uma lição, mas poucos terão isso em mente enquanto fazem comparações estúpidas com 2010 e o trabalho que devia ser retomado por Carlos Queiroz.
A participação portuguesa, de facto e tal como foi commumente comentada na mesmice patrioteira e de visão futebolística abstrusa (similar, mas sem confundir com avestruz), pode ter um paralelismo aqui::
"Ora, o PS negou a má gestão do programa de requalificação de escolas e negou a existência de luxos. Só que não lidou com os factos. Mistificou-os. Para os socialistas, ter candeeiros Siza Vieira não é um luxo, é querer o melhor para os alunos. Por isso, para eles, não houve desvios. Gastou-se apenas o necessário, e quem afirmar o contrário é inimigo da escola pública. Fica assim claro, para quem tivesse dúvidas, qual a razão para termos chegado ao estado a que chegámos".
Portugal? Ganhou, pois ganhou, mas terá menos destaque do que a derrota do futebol, por muito que se vangloriem de... não terem perdido (milagrosamente) com a Espanha.
E se é preciso corredores de fundo, pois o êxito da Espanha já vem espalhado das camadas jovens quando Simão Sabrosa e outros disputavam um Mundial-99 de sub-20 em que Casillas e Xavi saíram campeões com 4-0 ao Japão e as selecções jovens, até aos sub-21, não deixaram de somar títulos internacionais para Espanha. Um êxito criado nas escolas dos clubes que em Portugal se perdeu quando se julgava ter tudo semeado, um legado que rapidamente muitos passaram a subalternizar, a FPF a menosprezar por conta de um estúpido brasileiro que disse um dia "o chefe sou eu!" (antes do Euro de sub-21 no Minho, em 2006), ficando a episódica passagem pelo Mundial da Colômbia no ano passado como sinal do que devia ser mantido e que os nossos vizinhos fizeram mesmo por manter e fazer crescer ao ponto que se vê agora. Uma lição, mas poucos terão isso em mente enquanto fazem comparações estúpidas com 2010 e o trabalho que devia ser retomado por Carlos Queiroz.
A participação portuguesa, de facto e tal como foi commumente comentada na mesmice patrioteira e de visão futebolística abstrusa (similar, mas sem confundir com avestruz), pode ter um paralelismo aqui::
"Ora, o PS negou a má gestão do programa de requalificação de escolas e negou a existência de luxos. Só que não lidou com os factos. Mistificou-os. Para os socialistas, ter candeeiros Siza Vieira não é um luxo, é querer o melhor para os alunos. Por isso, para eles, não houve desvios. Gastou-se apenas o necessário, e quem afirmar o contrário é inimigo da escola pública. Fica assim claro, para quem tivesse dúvidas, qual a razão para termos chegado ao estado a que chegámos".
É a consagração plena de um tipo de jogo avassalador em campo e arrebatador de títulos. Todos somados, estes jogadores espanhóis, maioritariamente os do Barça, contam mais de 200 triunfos entre si, o que é notável e marca a sua supremacia inegável e incontestável a que nem a Itália resistiu, soçobrando à maior goleada em finais de Europeus e Mundiais (4-0).
Para a final em que devia superar a marca da RFA campeã em 1972 (Europeu) e 74 (Mundial) depois finalista vencida por penáltis em 1976 (Europeu), sempre com o mesmo treinador Helmut Schön, a Espanha jogou ao seu mais alto nível e pegando de novo em Fàbregas para falso ponta-de-lança, o que dá novo triunfo a del Bosque que, ao contrário do alemão Schön, conseguiu ser campeão europeu de clubes (Real Madrid em 2000 e 2002), o que o teutónico nem tentou (não treinava o tricampeão Bayern de Munique que alimentava a sua RFA).
Se já é risível glosar quem não gosta, e já vão tantos anos, do futebol de toque da Espanha copiando o estilo do Barcelona, torna-se anedótico criticá-lo quando ganha sem dúvidas as competições em que tem entrado. A juntar a isso, del Bosque venceu a sua de jogar "sem" ponta-de-lança, o que causou surpresa mas não evitou, ironicamente, que Fernando Torres acabasse como melhor goleador do torneio e o primeiro a marcar em duas finais consecutivas do Europeu (fizera o golo em Viena à Alemanha em 2008). Com menos minutos jogados do que uma série de jogadores com 3 golos no torneio, Torres acabou a marcar o 3-0 e a oferecer a Mata o 4-0, uma assistência que também o distingue de Mario Gomez e Cristiano Ronaldo, que não tiveram passes decisivos para golo.
Torres e Mata, de resto, são mais dois suplentes lançados por del Bosque para juntarem o título de campeões europeus de clubes (pelo Chelsea) e selecções, com o segundo a marcar o último golo do torneio nos únicos minutos que teve em competição. Um toque de midas de del Bosque, sempre um senhor campeão que não teve pejo em assumir o futebol de toque do Barcelona que os outros jogadores do Real Madrid no onze assimilaram de bom grado - para além de comprovarem que as tricas do campeonato e da clubite não interferiam, como se temia, na Roja.
Uma equipa para a História, definitivamente, na esteira do Barcelona, numa altura em que a Holanda, "adepta" desse estilo de jogo, pondera contratar Pep Guardiola para a selecção laranja depois do abandono voluntário de van Marwijk.
E tudo isto sofrendo apenas um golo no torneio, no 1-1 inicial com a Itália, com os "azzurri" desta vez destroçados pela infelicidade de lesões musculares, erros defensivos catastróficos e ineficácia no seu ataque, tudo ao contrário do que lhes sucedeu com a Alemanha.
Parabéns, ainda, a Pedro Proença, árbitro da final que fez bem em não assinalar um cabeceamento de Sergio Ramos contra a mão de um italiano muito próximo e involuntariamente a cortar a bola com a mão.
Tudo extraordinário e nada mais. Até Prandelli achou apenas "excelente" o que a Itália fez, e muito bem.. E Viva España!!! Mas não perdoo a Casillas ter quebrado a promessa de beijar um jornalista, contendo-se agora com a namorada.
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