02 julho 2008

O FC Porto está com a Espanha


Futebol rendilhado e ofensivo como em 1984 numa equipa à FC Porto. Os títulos jovens que se perderam no caminho dos interesses do “chefe”. E o avanço dos espanhóis em cuja realidade os dragões infelizmente não podem competir

Já muitas vezes se aludiu, aqui e noutros fóruns, à faculdade técnica-profissional e uma habilitação competitiva intrínseca de o FC Porto poder competir na Liga espanhola. Dizemo-lo por brincadeira, porque é irrealizável (FIFA não o permite nos seus regulamentos, tout court), mas somando todos os factores, constatando a mediocridade cá da terrinha e a mentalidade saloia arreigadas pelo menos por mais uma geração, o FC Porto jogar em Espanha passou a representar como um paradigma da seriedade e capacidade futebolísticas em campo a par do que melhor se faz na Liga vizinha.

Vem a propósito do fantástico triunfo espanhol no Euro-2008, aquele onde Portugal foi o pior dos vencedores de grupo (não ganhou todos os seus jogos) e o pior dos eliminados nos quartos-de-final (único que não resistiu até ao prolongamento e só em cima da hora pôde aspirar a empatar e forçar os 30 minutos suplementares).

Excessos do parolismo alegadamente patriótico
O parolismo nacional ressaltou, de novo: a bandeira à janela; os adereços do Modelo aos ombros dos consumidores de ocasião que se lembram de festa quando o rei faz anos e aderem ao futebol porque, subitamente, o hino lhes cria pele de galinha; o cérebro desta sem distinguir um adereço nacional com outro patrocinado pelo BES num cantinho do vermelho reservado a publicidade; the last but not the least, a já famosa bandeira invertida, com o vermelho à esquerda (por “dentro” ou do avesso) – tudo no rol das parvoíces do costume: os jogadores acharem-se os melhores do mundo e um deles dizer que “não tenho de provar nada a ninguém”; o treinador voltar a fazer a sua selecção sem critério técnico perceptível e muito menos percepção táctica do conjunto onde um dado convocado pode ser inserido; a Imprensa do regime bajular; os cronistas de serviço não renegarem a oportunidade profissional de assinalarem a hora da saída do autocarro do hotel, do estádio, do aeroporto; os celebérrimos treinos a pagar pelos emigrantes.

Uma excursão à portuguesa, com certeza, à qual não faltou, após duas vitórias, o famoso “senhor chófer, por favor, carregue mais no acelerador!”. Até se perceber que o condutor perdeu-se no caminho porque não sabia que rumo tomar nem ler uma carta de estradas.

Ganhou, e de que maneira, a Espanha jogando, como eles dizem, “de puta madre”. Estou certo, agora, que muitos amigos meus espanhóis já deixaram para os portugueses a sua máxima de “jugamos como nunca, perdemos como siempre”.

Marcos Senna e Paulo Assunção, Maniche e J. Ribeiro, Miguel e Silva
Vimos a Espanha jogar como supusemos que Portugal poderia jogar. Mas não pode, como nunca o fez: Portugal poderia ter feito um meio-campo de luxo, a rivalizar com Xavi e Cª, mas preferiu-se manter Petit que fez meia época à discussão, que muitos preferiam não adiantar, terrível sobre a eventual chamada de Paulo Assunção, enquanto a Espanha mostrou um grande Marcos Senna que o parolo de serviço da TVI, rebuscando sempre um exemplo que metesse o Benfica no linguarejar bacoco e vazio, nunca associou ao grande golo do Villarreal na Luz naquele famoso frango de Rui Nereu que Deus lhe deu e foi desculpado na Imprensa do regime…

Optou-se pela exclusão de Maniche, como se tivesse feito mal de novo que o levasse à excomunhão definitiva após a redenção na Alemanha-2006, preferindo o irmão Jorge Ribeiro que levou o pagode do hotel para o campo frente à Suíça (só se ria, parecia maluquinho); e Scolari juntou ainda o Miguel que foi a imagem, à falta também do caquético Caneira, da diferença entre Portugal e a Espanha pela presença nesta dos valencianos Marchena e Silva.

Mas nós achamos que somos bons, como o Benfica acha que é e o Sporting também capaz de rivalizar com o FC Porto. Consumada a eliminação mas não abatida a fé naquilo que não se viu de Portugal, chegaram as semifinais – mesmo depois de vermos Rússia, Espanha e até a Turquia que enganou Portugal naquela derrota inicial jogarem como nunca Portugal jogou – e até a final com idiotas a suspirarem que “esta noite Portugal devia estar a jogar”. Mas não esteve. E o balão scolariano a esvaziar, de 2º em 2004 a 4º em 2006 e 8º em 2008, apesar da “consciência tranquila” de quem resolve as coisas a murro, lá tivemos de suportar a patranha que nem Leonor Pinhão a descrever, João Botelho a filmar e António-Pedro Vasconcelos a realizar poderiam argumentar melhor do que o Scolari: ai eles têm 1,97m, e mais 1,93m, e mais 1,85m?; então eu ponho os meus 1,20m, o outro de 1,15m. O burro não é ele?

Mas fazemos das derrotas vitórias e para isso o exemplo do Benfica está arreigado na selecção portuguesa que, como no campeonato, dominou por décadas ao ponto de, até 1977, ainda ser Humberto Coelho a dizer: “Mas vai jogar Portugal ou o FC Porto? (in Polónia-Portugal, Chorzow, qualificação para o Mundial da Argentina).

FC Porto no França-1984
O que a Espanha fez em 2008 já Portugal fez em… 1984. Meio-campo dinâmico, todos óptimos condutores da bola, três ou cinco médios mediante os flanqueadores fecharem, muitas saídas de jogo com Frasco, Jaime Pacheco, Sousa e Chalana endiabrado, uma selecção votada ao FC Porto que nesse ano mostrou-se à Europa na final de… Basileia, para a Taça das Taças. Além dos centrais Eurico e Lima Pereira, mais o lateral-direito João Pinto e até Gomes no ataque, quebrada a teimosia de Diamantino ganhar lugar no onze e mesmo Carlos Manuel não ter certa a posição mas contar entre os cinco médios mais utilizados nessa operação em França.

O dinamismo e entendimento do meio-campo espanhol, parece incrível, não resultou no Barca, onde Xavi e Iniesta nunca tiveram Deco por lesão e o futebol blau-grana se ressentiu e fracassou. Ver a forma como Deco jogou e apreciar os Xavi e Iniesta de sempre, capazes de abrir linhas de passe, foi do melhor que se viu no Europeu, à parte as diabruras de Arshavin que também não surpreendeu ninguém: já há dois anos se viu o moço de faces rosadas frente ao V. Guimarães. Mas só passamos os anos a ver C. Ronaldo ou J. Mourinho em Inglaterra e retiramos pouco do que no resto da Europa se faz…

Feita a triste despedida do que muitos julgam ser o período dourado da selecção portuguesa que raramente ganhou os jogos mais importantes e os que conseguiu fê-lo por sorte (grandes penalidades) sem disfarçar as gritantes carências colectivas e soluções no seu seio devido a más escolhas de jogadores, falta ainda cobrar a Scolari o que não foi deixado para o futuro. Apesar de se gabar da renovação da selecção, que era inevitável mas ele iludiu ainda em 2006 virando as costas aos sub21 quando se armou em “chefe”, a verdade é que há mais meia selecção pronta a mudar por veterania (Petit, Nuno Gomes) ou teimosia/aselhice (Ricardo) e poucos valores emergiram das selecções jovens em que, anos a fio, sustentou o sonho português de ter uma equipa de ouro mesmo, aquela capaz de ganhar títulos em vez de os perder em casa e por duas vezes com a Grécia…

Geração dourada sem títulos e valores perdidos pelo caminho
Quando a geração dourada conseguiu títulos mundiais e europeus, nos anos 80 e mesmo 90 eram uma planície fértil a que não deram tempo devido, nomeadamente a Carlos Queiroz para a melhor colheita. Fez-se o primeiro Euro-96 com uma ideia do que podia ser, melhorou-se em 2000 mas apesar dos resultados não se progrediu… enquanto um título apenas em sub-16 foi o pecúlio dos jovens no novo milénio. Isto com o “chefe” comodamente instalado em Cascais e a FPF apenas a contabilizar as receitas das fases finais, deixando aos Violante, Carlos Diniz e até Couceiro o desfazer da feira, retirando o elan das vitórias dos mais pequenos que foram o primeiro orgulho nacional.

Se Queiroz voltar, no que não acredito, vai pegar num trabalho de base destruído, sem alma de vencedor. A última equipa jovem com jogadores aproveitáveis foi a do Mundial de sub-17 de 2003 na Finlândia, com Violante ao comando a sofrer cinco golos por jogo… Mas tinha lá muito bom jogador, algum já perdido pelo caminho, só que nada ganharam mais, nem nos seus clubes.

Entretanto, vemos a Espanha campeã europeia com jogadores que ganharam títulos jovens como Xavi e Iniesta, Casillas e David Silva, Fernando Torres e David Villa.

Mas como somos invejosos vamos dizer que tivemos Figo e Rui Costa, tivemos Eusébio e teremos Cristiano Ronaldo. Mas nunca um troféu digno de jeito ao mais alto nível.

O contexto de Portugal está definido. A Espanha, que praticamente açambarca todos os títulos europeus de sub-16 e sub-18, ano após ano, avança. Infelizmente, o destino do FC Porto é sobreviver acima da mediocridade nacional a que está confinado.

p.s. – mas o poderio português já permite recrutar em Espanha: fala-se muito de jogadores que vêm do lado de lá da fronteira. Um deles, com nome de boxer num filme, chegou e, apreendi-o tardiamente num título rascord (só podia), lá veio dizer que “o FC Porto também o queria”. Há coisas que não passam de moda, apesar de estarem desfasadas no tempo. Esteve escondido em Madrid com medo do papão português. Faz-me lembrar quando íamos a Vigo comprar caramelos…

24 comentários:

  1. Zé,

    No que te foste meter. Já arranjaste mais uns inimigos aqui no reino.

    Ainda te vão mandar para a Legião Estrangeira, mesmo não sendo francês.

    O parolismo nacional não está preparado para entender aquilo que lhe ultrapassa.

    O parolismo nacional sabe lá qual o lado esquerdo ou direito da bandeira.

    O parolismo nacional sabe lá porque a bandeira é verde e vermelha.

    O parolismo nacional sabe lá porque existe na bandeira uma esfera armilar, um escudo branco, sete castelos e cinco quinas.

    O parolismo nacional sabe lá o que representa a bandeira nacional.

    O parolismo nacional só sabe que é um pedaço de pano que até fica giro (dizem eles) na janela quando a selecção joga em Europeus e Mndiais.

    O parolismo nacional funciona numa base bem mais simples: "Contra os canhões, marchar, marchar."

    Numa interpretação mais literal, só gostava de saber quem se atrevia a marchar contra os canhões. Não o filho do meu pai.

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  2. Numa interpretação mais literal, só gostava de saber quem se atrevia a marchar contra os canhões. Não o filho do meu pai.

    phoenix, nem eu e garanto que enquanto lá cumpri a tropa e mesmo muito tempo depois,, ainda hoje me questiono se seria capaz de dar o corpo por esta gente.

    Mas o que interessa é o futebol e para mim a bravura desta gente esteve em ter medo de discutir a inserção do Paulo Assunção que já tinha tempo suficiente no país para se naturalizar... com naturalidade.

    De resto, continuo a achar que Europeus e Mundiais sem Portugal é muito melhor. Conseguimos apreciar os outros devidamente - veja-se o progresso das equipas e como as preferências e até vaticínios modificaram quase de dia para dia, hoje a Turquia, depois a Croácia, a Espanha, claro, por fim a Rússia e até já se admitia que a porcaria da Alemanha, afinal, é competitiva até ao tutano e de qualquer monte de jogadores arrisca-se a fazer uma equipa que luta pelos títulos.

    Mas com Portugal de for é outra loiça. Mesmo se um jogador seja referenciado pelo cronista tvi como tendo jogado contra o Benfica, outro que jogou em Alvalade. Mas o Zhirkov? Eh, pá!, o Zhirkov é que é bom, com o maior espanto do mundo.

    É claro que a admiração é filha da ignorância.

    Zhirkov impressionou-me pelo CSKA já em 2004, frente ao FC Porto (0-0 no Dragão) e anos a fio confirmou-se como um dos pilares da equipa de Moscovo. Aliás, nessa época, como noutras, o CSKA até era acessível, ao ponto de o FC Porto depois ter ganho em Moscovo. Era uma equipa tão fácil que, reenviada para a Taça UEFA, logo eliminou o Benfica (2-0 e 1-1, com dois golos roubados na Luz aos russos) e acabaria a ganhar o caneco em Alvaade ao Sporting virando o marcador.

    Aquela jogada de 1-3 na final da UEFA em Alvalade foi fabricada pelo Zhirkov, em fuga de baliza a baliza pela eaquerda e cruzamento para a emenda frente à baliza.

    Curiosamente, os croniqueiros da memória selectiva, quiseram ficar pelo frango de Ricardo só no 3-1 da Alemanha. Mas Ricardo teve culpas no 2º golo (Klose) e mais uma vez não saiu da baliza no 1º golo (Schweinsteiger) - exactamente um golo como o do CSKA em Alavalde: cruzamento de Zhirkov/Podolski que era esperado para a frente da baliza, mas na final da UEFA o Ricardo saiu mal e não chegou à bola, receoso como sempre, permitindo a emenda de Vagner Love (salvo erro), e frente à Alemanha deixou-se ficar na baliza.

    Mas o palerma balde mar da TVI é assim. Um dia contaram-me uma história, de Neuchâtel, em que o falecido Juca, então seleccionador, lhe perguntou se ele sabia o que era um ponta-de-lança...

    Quanto ao essencial, usa-se a bandeira até para tapar as mamas das meninas que fica giro e da próxima vez compra-se o kit dos magníficos falhados a 1 euro em qualquer continente/modelo.

    De qualquer maneira, a mim impressionou-me tanto ver a bandeira na disposição vermelho/verde (portanto do avesso) como um cantinho verde claro com a publicidade do BES.

    Mas já ninguém se indigna. É tudo porreiro, pá!

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  3. Essas bandeiras nacionais com publicidade do BES são... de encantar. Seremos todos BEStas?

    Questiono-me em que país é que estamos. Dizem-me, Portugal. Importa-se de repetir?

    Qualquer dia, a bandeira do BES é assumida como a única bandeira nacional.

    Hoje em dia, os símbolos nacionais estão quase todos vendidos. Qualquer dia, até o hino nacional, depois de marchar contra os canhões, vamos ter mais uma estrofe: "Quem sabe, sabe e o BES sabe."

    E não é que sabe mesmo?

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  4. Mudando a agulha para o futebol.
    Falei do Zhirkov, mas já o conhecia.
    Sinceramente, a surpresa a lateral-esquerdo, para mim, foi Pranjic, da Croácia. Este nem eu nem os outros conheciamos. Pranjic não era lateral-esquerdo para o FC Porto? Nem deve ser caro.

    Marcos Senna, uma referência obrigatória, também só será desconhecido para os parolos que fingiram não ver o frango do Nereu quando ele chutou a 40 metros - ali só se lembram dos livres do Eusébio...

    Nos melhores do Euro haverá gente para todos os gostos.

    Por exemplo, não gostei especialmente do Bosingwa, acho que confirmou no Europeu não estar no seu melhor, à imagem dos últimos tempos do Dragão. Foi bem vendido, a tempo, para valer e o Scolari que se amanhe.

    Deco foi claramente o melhor português. Curiosamente, Pepe foi outro "melhor português", este com a "agravante" de disputar a sua primeira fase final. pepe está justamente na lista dos melhores do Europeu, onde falta Deco porque, por muito bom que tenha sido, pagou a factura de muitos outros médios terem emergido com toda a sua qualidade na prova. Praticamente todos os médios espanhóis estão referenciados. Xavi acabou por ser o melhor de todo o Europeu, o que aceito porque sempre reconheci nele um encanto no trtato da bola que nunca se desfaz.

    Confiei muito na Itália, mas Pirlo e Gattuso fizeram um péssimo Europeu, em minha opinião, e da sua (in)capacidade resultou uma permissividade defensiva italiana que fez os azzurri andarem sempre de calças na mão. É curioso, porém, como a sua falta frente à Espanha quase banalizou a campeã mundial. Em contraponto, a capacidade dos médios espanhóis exponenciou.

    A qualidade e a falta dela no adversário são faces da mesma moeda. Mesmo assim, a coisa foi a penáltis.

    p.s. - uma correcção, David Villa nunca esteve nas selecções jovens espanholas em Mundiais, mas sim Pepe Reina. as outras presenças estão confirmadas.

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  5. Quanto ao parolismo e ao socolarismo tipo pastor de Igreja Maná estamos de acordo. Assino integralmente por baixo.
    Não se permitiria a outro todas as diatribes que aconteceram na selecção e que estão branquadas com empresários, contratos, assinaturas e afins.
    Não sendo eu um amante do país vizinho ( sou sim da Galiza e da Catalunha )também gostaria de ver o meu Clube medir forças no campeonato vizinho pois cada vez menos me revejo no meu País - com imensa pena - a todos os níveis.E seria uma forma de melhorarmos ainda mais a Excelência com melho competição e livres destes abutres.
    E sempre seria, podendo, uma forma de ir a essa fantástica Barcelona ou aqui a Vigo ou Corunha apoiar a equipa. E porque não comprar uns caramelos e encher o depósito, mais uns quantos jerricans...
    Quanto a jogadores do Euro também concordo que em vez de andarmos pela américa do Sul deveríamos virar a Leste que há muito jogador bom e dentro das nossas possibilidades além de uma melhor prospecção no mercado Nacional.

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  6. A situação actual do plantel:

    Guarda-redes:
    Helton (Brasil, 29 anos)
    Nuno (Portugal, 34 anos)
    Ventura (Portugal, 20 anos)

    Defesas:
    Jorge Fucile (Uruguai, 23 anos)
    Pedro Emanuel (Portugal, 33 anos)
    Rolando (Portugal, 22 anos) ex-Belenenses
    Bruno Alves (Portugal, 26 anos)
    Milan Stepanov (Sérvia, 25 anos)
    João Paulo (Portugal, 27 anos)
    Bernardo Tengarrinha (Portugal, 19 anos)
    Nelson Benítez (Argentina, 24 anos) ex-Lanús
    Lino (Brasil, 31 anos)

    Médios:
    Mario Bolatti (Argentina, 23 anos)
    Fernando (Brasil, 21 anos) após empréstimo E.Amadora
    Raul Meireles (Portugal, 25 anos)
    Lucho Gonzalez (Argentina, 27 anos)
    Tomás Costa (Argentina, 23 anos) ex-Rosario Central
    Kazmierczak (Polónia, 26 anos)

    Extremos:
    Ricardo Quaresma (Portugal, 24 anos)
    Tarik Sektioui (Marrocos, 31 anos)
    Mariano Gonzalez (Argentina, 27 anos)
    Cristian Rodríguez (Uruguai, 22 anos) ex-Benfica
    Alan (Brasil, 28 anos) após empréstimo V. Guimarães
    Daniel Candeias (Portugal, 20 anos) após empréstimo Varzim
    Bruno Gama (Portugal, 20 anos) após empréstimo V. Setúbal

    Avançados:
    Lisandro Lopez (Argentina, 25 anos)
    Ernesto Farías (Argentina, 28 anos)
    Rabiola (Portugal, 18 anos)

    Por resolver: Marek Cech, Leandro Lima, Ibson, Paulo Machado, Hélder Barbosa, Cláudio Pitbull, Adriano, Bruno Moraes e Renteria.

    Equipa técnica: Jesualdo Ferreira, Rui Barros, José Gomes, João Pinto e Will Coort.

    Fonte:
    http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?id=968193&div_id=1304

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  7. Crónica de um comum abutre na primeira pessoa:

    «Um pequeno momento de Lucidez.

    Vou pela primeira vez falar um pouco sobre mim e tentar, com uma lucidez até aqui nunca demonstrada explicar a razão pela qual dedico todo o meu espaço a destilar ódio ao FCP mais concretamente ao seu presidente Pinto da Costa.

    Comecei desde cedo a gostar do Benfica. Como qualquer adepto de futebol, sempre vibrei com as vitórias do meu clube e fico triste com as derrotas... Até aqui tudo normal.

    A questão torna-se mais preocupante, quando me apercebo que começo o dia a pensar no Benfica e acabo o dia a pensar no Benfica.

    A simples paixão por um clube de futebol foi-se tornando ao longo do tempo numa obsessão. Com o passar dos anos esta obsessão foi crescendo até ao ponto de o meu humor estar invariavelmente, dependente das vitórias/derrotas do meu clube.

    Esta obsessão foi-se tornando doentia à medida que tudo o resto na minha vida pessoal foi desabando. Os insucessos profissionais acumulados e a completa desintegração na sociedade, provocaram-me profundos desequilíbrios psicológicos. E uma ausência de alternativas faz centralizar toda a minha vida no Benfica e em tudo o lhe diz respeito.
    Para além de todos os problemas anteriormente citados, o meu maior trauma tem a haver com a minha vida amorosa, ou antes, a falta dela. Todos os meus encontros com o sexo oposto redundaram em humilhantes desastres. E talvez não tenha ajudado nada o facto de passar os meus encontros a tentar explicar às minhas apaixonadas que Pinto da Costa é o grande cancro da sociedade e que nem mesmo Hitler, Pinochet ou Estaline fizeram tão mal à humanidade como faz o Presidente do FCP. Falo-lhes também dos seus problemas de flatulência, dos seus vícios privados, chego mesmo a ler-lhes em voz alta o livro da Carolina!

    A verdade é que os pequenos momentos de felicidade de que desfruto ficam desta forma dependentes daquilo que o Benfica me consegue proporcionar.

    Acontece que há já muitos anos que o Benfica me proporciona muito pouco. Muito por culpa do FCP, que desde Pinto da Costa, tem ganho a maioria das competições nacionais. Até mesmo no plano internacional o Benfica deixou de brilhar acabando por ser completamente ofuscado pelas vitórias do FCP.

    Perante isto, resta-me criar uma realidade alternativa onde me convenço que o meu SLB será sempre muito melhor do que os outros e que só com recurso a manobras de bastidores é que o FCP poderia alcançar tamanho sucesso. Nesta realidade sou obrigado a ignorar que nos últimos 25 anos, muito raramente o meu Benfica teve um plantel melhor do que o FCP e que nunca teve uma organização ao seu nível. Ignoro também que as glórias do FCP além fronteiras são a prova inequívoca da sua superioridade. E minimizo o facto de o FCP conseguir colocar jogadores nos colossos europeus por valores astronómicos e de os conseguir substituir por outros com o mesmo nível. Nunca admiti antes que têm o melhor modelo de gestão da Europa, tendo em conta a realidade financeira do clube. Sendo isto comprovado, por nenhum clube ter vencido a liga dos campeões com um orçamento inferior ao do FCP.

    Nesta realidade, ignoro a incompetência de todos os presidentes do Benfica, que tão mal fizeram ao meu clube. Tanto por gravíssimos erros de gestão como por politicas de contratações completamente erradas – para confirmar isto basta contabilizar o número de jogadores que foram vendidos para os grandes clubes da Europa. Esqueço-me que os constantes discursos megalómanos que davam sempre a ideia de bastar vestir a camisola do SLB para alcançar vitórias transmitiram sempre aos jogadores falta de humildade que sempre contrastou com a garra que se vê nos clubes mais a Norte.

    Em relação aos actos menos lícitos que os dirigentes do SLB cometeram, à falta de coragem da justiça cível e desportiva em investigar, ao branqueamento que os média fazem a estes casos… LIMITO-ME A NÃO RESPONDER.

    E é assim que se explica o meu ódio a Pinto da Costa. Pois este é afinal o grande responsável por uma vida insípida e sem sentido.

    Resta-me o consolo de saber que HÁ MUITOS COMO EU, que de tanto quererem ver um panorama diferente, acabam por acreditar naquilo que lhes dá jeito e fecham os olhos a tudo o que não lhes interessa.

    Esta dissertação não passará de um pequeno momento de lucidez que jamais se voltará a repetir.»

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  8. lol...esse post nao é para ser levado a serio. surgiu para caracterizar uma personagem no Relvado, acho.

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  9. Muito bom este blog, com muitos dados e informações do Porto, um grande clube. Faço um convite a vocês que visitem o meu blog, www.blogdacomunicacao.com.br - o Blog da Comunicação. Lá falamos de futebol também.
    Saudações brasileiras,
    Guilherme Freitas
    www.blogdacomunicacao.com.br

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  10. Claro que essa crónica é uma sátira aos abutres.

    Mas se eles fossem capazes de ter um momento de lucidez, a crónica descreveria a realidade.

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  11. Caros PORTISTAS

    Tantas VITÓRIAS do F.C.PORTO se avizinham , que eles acabarão por ter esse MOMENTO de LUCIDEZ...

    Abraços

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  12. Patético Zé Luís:
    Portugal em 1984 teve um grande guarda-redes chamado Bento. E uma notável asa esquerda formada por Álvaro Magalhães(não o cromo que escreve ao domingo no JN) e Chalana, além de Jordão como avançado que marcava golos. E depois, bem depois, houve um grande senhor do futebol mundial: Michel Platini!
    Quanto à Espanha, é no mínimo estranho, sendo essa potência formadora que efectivamente é, que não tenha mais títulos... Talvez a verdadeira formação esteja em Clairefontaine.

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  13. He he he!!!
    Bento um grande guarda redes!!!
    ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah.

    Alvaro Magalhaes, (notavel, na meia esquerda, note-se). Ah ah ah ah ah ah aha ah ah ah.

    Este maneca é demais.
    Ja nao me ria assim ha muito tempo.
    Fabuloso.

    Depois admiram-se que ganham um titulo em 15 anos (por sinal o mais corrupto apos Salazar).

    Maneca és o maior. Obrigado.

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  14. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  15. Quando me pagam as revisões que eu fiz aos textos do burro do emigra?

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  16. Mano aristides, felizmente em 1984 não precisamos o guarda-redes, pelo menos no sentido de estarmos dependentes dele. Sem dúvida que Bento era o indiscutível, ao contrário do Ricardo actual.
    Quanto a Álvaro, idem aspas.
    Patético é querer isolar um defesa e um guarda-redes que eram do Benfica de uma defesa que era a do FC Porto, mais o meio-campo onde, apesar da categoria de Carlos Manuel e, em menor grau, de Diamantino, o pulmão, o músculo e a criatividade eram do FC Porto.

    Aliás, nesse Europeu as duas grandes linhas de força, na verdade, foram uma só: a saída de jogo do meio-campo, com variedade de escapatórias com a boa condução de bola ora da esquerda, ora do meio, ora da direita.

    E Portugal só teve, como sabemos, a França como rival. O seu famoso quadrilátero Tigana, Giresse, Platini e Fernandez tiveram mais força do que os nossos e ganharam no prolongamento.

    Patético é não ter a noção de colectivo, antes refugiando-se no antigo, estafado argumento de meia equipa do Benfica. Aliás, o exemplo que cito, de Humberto Coelho no apuramento para 1978, foi precisamente o sentir benfiquista que o FC Porto aparecia e, gradualmente, impôs-se com uma maioria de jogadores na selecção nacional. Do FC Porto ou formados nas Antas. E tal como em 1984, também em 2000 havia grande preponderância portista nas selecções, curiosamente até com Humberto a seleccionador na competição realizada na Bélgica e Holanda.

    Essa mania de que o Benfica mandava, como resmungava Humberto, na selecção ainda habita as vossas mentes mesquinhas e quezilentas que já não vêm o essencial na escolha dos jogadores para uma selecção portuguesa:
    - capacidade técnica
    - disciplina táctica
    - agilidade do ponto de vista individual para se desembaraçar nos momentos de jogo em que cada um deve saber o que fazer
    - espírito de conquista
    - em suma, um jogador competitivo

    Como, a partir de certa altura, essas qualidades resumiam-se ao FC Porto - de resto espelhadas nas conquistas internacionais do clube, que não são obra do acaso e suplantam a indiferença com que da Luz fraquinha olham para elas - é natural que a selecção portuguesa tenha sido, quase invariavelmente, constituída pelos jogadores do FC Porto.

    Já agora, como achega, o espírito competitivo criado no Bessa, de repente, em 2001, levou de uma assentada 3 jogadores do Boavista à selecção, sem favores de ninguém. Algo que não se pode dizer de 3 jogadores do Benfica ou do Sporting, que raramente coincidem no onze de Portugal a não ser na preparação esquizofrénica de Scolari rumo ao 2004 e que tanto foi aplaudida pelos invejosos do costume que, como ele, tiveram de dar a mão à palmatória. Lá tivemos de montar uma equipa de Portugal com o FC Porto para fazer alguma coisa.

    Por mim, aliás, depois do desastroso ensaio com a Itália em Braga (1-2), onde sofremos um golo de canto directo, em Março de 2004, o Scolari tinha ido à vidinha dele. Com o FC Porto na selecção e Mourinho a treinador, Portugal teria sido campeão europeu. Enfim, mesmo com Scolari, bastaria ter trocado o grande Vítor Baía - melhor guarda-redes da Champions que o FC Porto venceu - pelo frangueiro do Ricardo, invejoso como tantos outros toscos de espírito, e Portugal teria sido campeão europeu, apesar de Scolari...

    Isto só para te responder calminho, apesar das patetices com que ornamentas a tua cabecinha de vento.

    Mas como quiseste uma troca de ideias com mínimo sentido de crítica, apesar de deploravelmente seleccionada e uma ínfima parte da equipa de 1984, fica bem.

    Já teria de me dar a muito trabalho se recuperasse os onzes utilizados em França. Onde a constatação óbvia era a substituição de Diamantino, quase sempre, ou Carlos Manuel. E como o regime benfiquista imperava ainda, as confusões que a comissão técnica de 4 cabeças teve de enfrentar radicaram precisamente na incomodidade dos benfiquistas em aceitarem que havia mais gente com categoria para jogar de início. Por fim, até Gomes jogou ao lado de Jordão na semifinal.

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  17. mais um excelente post...
    pelos vistos ate os espanhois concordam...
    tive d erasmus em espanha e os espanhois so me diziam que as pessoas do norte eram as de melhor caracter...

    e mais, qd fui a barcelona fiquei admirado qd me dizem que admiram o porto e as suas gentes...e q s tivessem um presidente como o nosso eram o maior clube do mundo (e nao dakeles do guiness e dos kit´s dos palermos)

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  18. Até faz algum sentido a bandeira estar de pernas para o ar, então não é assim que anda o País?...Um pormenor, repararam que hoje todo o cão e gato "comentadeiro" estava de gravata azul?...Até o Pinóquio Benfiquista veio de gravata Azul...Sintomático. É o que está a dar!
    Meus amigos, a partir de agora vamos arrasar a concorrência. Se até aqui ganhávamos, a partir de agora vamos terraplanar as hostes inimigas...Vamos fazer como os Cristãos em Córdova!

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  19. Viva !

    Claro que a esfera armilar está de pernas para o ar na bandeira ! Não as cores !

    Não sei o que dizem os Espanhóis sobre o Porto. Em contrapartida sei o seguinte : O departamento ibérico da Sorbonne tentou tudo para tirar uma vaga de catedrático aos estudos de língua Portuguesa.

    Sei também que aceitam e favorecem que se diga que no Brasil se fala Brasileiro. Mas é claro, para eles, que na Venezuela, Nicarágua, Argentina se fala o puro castelhano de Madrid !

    Sei também que aconselham a optar pelo catalão e não pelo Português porque no Brasil e Angola fala-se Brasileiro e Angolano !

    Pois é !

    Penso que o meio campo do Porto em 1984 era muitíssimo superior ao da actual Selecção Espanhola. O meio campo Espanhol nunca teve, durante o euro, que saber jogar xadrez, já que não havia adversários à sua altura. Não foi o caso do meio campo do Porto !

    Hoje um colega, meio irónico meio sério, disse-me que a melhor selecção do euro foi Portugal. Fizeram todo aquele percurso só e sempre com nove jogadores contra onze: Sem guarda-redes e sem avançado centro !

    E Viva o Porto !

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  20. E ja agora Portomaravilha, sem defesa esquerdo.

    Scolari, para mim, começa a perder o Euro quando deixa as suas disputas pessoais sobreporem-se ao interesse da equipa.
    Recuperou o odio antigo a Maniche, desde esse célebre jogo em Guimaraes, em que Maniche foi corrido da selecçao, para servir de exemplo à falta de entrega que foi geral, perante ao humilhante 3-0 frente à Espanha.

    O odio a Maniche continuou, mas olhando para as alternativas e para as sucessivas lesoes de Deco, Scolari utilizou-se de Maniche para se apurar para o Euro.

    Deixou de fora um jogador, que foi muitas vezes utilizado na posiçao de trinco por Mourinho (sempre que Costinha nao podia jogar), e que fazia de resto sempre exibiçoes excelentes nessa posiçao. E deixou-o de fora para cumprir as cotas "galinha". Colocou Petit a trinco. E é aqui que se começa a perder o Europeu. Um meio campo com Maniche e Deco, "batidos" e Moutinho ou Meireles conforme o adversario, seria outra loiça.

    Sobre Petit nem vale a pena falar. Moutinho jogou constantemente amarrado para lhe tapar os "buracos". Lento, duro de rins, sem capacidade para transportar a bola. Mau demais para ser verdade.

    Depois, o seu outro amor de estimaçao: Simao. Falta de explosao, jogador de 15 minutos como sempre foi, sem força, nem pulmao. Presa facil. Foi utilizado para ajudar Paulo Ferreira a defender como Nani nao pudesse fazer muito melhor.

    Sao estas duas decisoes que aliadas a uma gritante falta de cultura tactica e flexibilidade a ler o jogo, garantem fracasso total.

    Fora do campo foi o que viu. Nao havia ordens para os jogadores dizerem o que deviam dizer nas conferencias de imprensa. Parecia um pagode. Pouca seriedade, pouca maturidade e nenhum profissionalismo. Dias inteiros a falar de Reais Madris e jogadores a apanhar avioes para Barcelona para tratar de "assuntos pessoais".
    Quando o exemplo vem de cima, nao se pode esperar melhor.

    A questao do ponta de lança esta por demais debatida.

    Quanto às comparaçoes com a equipa de 84, sao justas mas acho que equipa de 84 era bem superior, à excepçao do guarda redes, que foi provavelmente o unico que conseguiu ser ainda mais inseguro a sair dos postes que o Ricardo. Uma anedota. Jogava porque era do Benfica e porque Damas e Zé Beto eram de "pancada". Quando engatavam, defendiam tudo. Quando nao engatavam era cada frango que Deus Nosso Senhor nos ajude.

    Ja passaram umas horas e ainda nao me consigo parar de rir com a estoria do Bento. De partir a rir. O guarda redes anao que passava a vida aos papéis. O maior frangueiro da historia do futebol portugues. O Ricardo jogou mais fases finais e os seus frangos deram mais nas vistas. Foram provavelmente mais decisivos.

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  21. Acórdão do CJ mantém punição a Pinto da Costa





    Relator do recurso valida as escutas. CJ divide votos
    Que se mantenha o castigo aplicado pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga a Pinto da Costa, suspenso por dois anos por tentativa de corrupção à equipa de arbitragem do jogo FC Porto-Estrela da Amadora... Segundo apurou o DN, esta é a decisão, ou melhor, o projecto de acórdão do relator do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) João Carrajola Abreu, que ficou com um dos dois recursos do presidente portista à pena aplicada pela CD, a 9 de Maio último.

    O projecto de acórdão poderá ser analisado e votado na reunião do CJ que se realiza amanhã, sendo que a prioridade do encontro são os recursos que têm implicação directa na classificação do campeonato, como é o caso dos três processos do Boavista, condenado à descida de divisão.

    As conclusões de João Abreu vão ser apreciadas pelos outros seis conselheiros - entre eles o próprio presidente do órgão, António Gonçalves Pereira - que irão votar favoravelmente ou contra o acórdão. E o DN sabe que não há unanimidade de opinião no Conselho de Justiça.

    João Abreu - indicado para o CJ pela Associação Futebol de Setúbal e que subiu de suplente para vogal efectivo daquele órgão no passado mês de Abril, após a demissão de dois elementos - não reconhece razão aos portistas, que argumentam que as escutas telefónicas não poderiam ter sido usadas em processo disciplinar.

    O conselheiro valida as escutas, concorda com os procedimentos da CD, pelo que não aceita o recurso de Pinto da Costa, defendendo dessa forma a manutenção do castigo: suspensão de dois anos, por tentativa de corrupção. Por este mesmo ilícito, o FC Porto foi punido com a perda de seis pontos, não tendo o clube recorrido. Uma situação que, recorde-se, provocou, numa primeira decisão da UEFA, a exclusão dos portistas da Liga dos Campeões, o que foi posteriormente rectificado, tendo ficado o organismo europeu à espera da resolução do caso no CJ da FPF. Desta forma, o que vier a ser decidido no órgão federativo terá implicações numa futura apreciação do processo por parte da UEFA.

    Na elaboração do projecto de acórdão, o relator não foi influenciado pela decisão do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, que segunda-feira decidiu arquivar o processo relativo ao mesmo jogo, o tal que ficou conhecido pelo "caso da fruta para dormir" (alegadas ofertas de favores sexuais à equipa de arbitragem liderada por Jacinto Paixão). Nesse despacho judicial, o magistrado considerou que as intercepções telefónicas não poderiam ter sido utilizadas. É que, como salientou o juiz, estando em causa no encontro FC Porto-Estrela um crime na forma tentada, a moldura penal é inferior a três anos de prisão e o uso das escutas só é possível quando ao crime corresponde uma pena de prisão superior. Outro assunto deste processo que esteve na origem da decisão de arquivamento por parte do TIC do Porto foi o depoimento de Carolina Salgado. O juiz colocou em causa a veracidade das declarações e pediu mesmo uma investigação do DIAP. Já para a condenação aplicada pela CD da Liga as declarações da ex-companheira de Pinto da Costa foram um importante contributo. |

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  22. Patético Zé Luís, respondo-te apenas em consideração à tua inegável, embora involuntária, capacidade de fazer rir. Quanto ao teu estilo "literário" não vale a pena adiantar mais nada: basta teres como "discípulo" um soren que escreve barbaridades para ficar tudo dito. Nem há necessidade de referir o Meireles- cuja única marca distintiva é o facto de "ir para a praia de gravata"(sic). Estamos no reino da fantasia. Com muita medicação, é certo.
    Passando a futebol, actividade da qual tu nada percebes, o que eu, ao contrário de ti, refiro, são factos, não opiniões demagógicas.
    Em 1984 , o Bento, apesar de sofrer 4 golos, fez um Europeu bastante bom. Com um bocadinho de esforço podes confirmar isso. Facto.Em relação ao Ricardo e, sem precisar de dizer que existem muitos guarda-redes não tão maus quanto ele- embora, para mim, não seja o caso do Quim, claramente-, só faço uma pergunta: quem deveria ter sido o keeper titular de Portugal no Euro 2008? O Helton? O Eduardo do Setúbal? Pergunta difícil...
    Em 1984, o jogo português baseou-se num meio campo regular e interessante em termos defensivos essencialmente- exemplar, apesar de tudo, o trabalho de Pacheco sobre um Platini extraterrestre-, e a classe de Chalana com o apoio que derivava de alguns "automatismos" com Álvaro Magalhães, bem aproveitada por Jordão. Patético, demagogo Zé Luís , é sonegar isto!
    Demagogia também, embora hilariante, é ver-te a salientar o "espírito competitivo criado no Bessa, em 2001". Não podia estar mais de acordo contigo! Grande Jaime Pacheco!
    Rdículo Zé Luís, mais uma vez me divertes quando, confirmando que não percebes nada de futebol, demonstras contudo, que és uma notável pitonisa.Professor Bambo? Alcina Lameiras? Quem és tu, na realidade, inefável Zé Luís? A demagogia, resulta com "sorens" e outos frequentadores deste blog, mas é facilmente rebatível: qualquer sibila de trazer por casa dir-te-á que com Vítor Baía na baliza em 2004, talvez não chegássemos, sequer, à final...
    Só mais um facto: o 2ª lugar no Euro 2004 é o melhor resultado de Portugal. Facto. E, sem má-fé, é dificilmente desvalorizável: quem, de entre os organizadores de Europeus- com excepção da França de Hidalgo-, conseguiu ir à final?

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  23. Helton – Era uma excelente oportunidade de venda. Afinal o Gomes, do PSV, foi vendido aos SPURS! E o sérvio do SCP ate servia para trocar com algum dos nossos excedentários.

    Nuno- É um bom suplente em fim de carreira. Mas não façam dele um grande GR. Seguro entre os postes, fraquinho nos cruzamentos. Voz no balneário.

    Ventura – O melhor dos 3 GR. Tenha ele a sorte que teve o Baía, o melhor de sempre. Claramente o melhor que vi passar nas camadas jovens do FCP nos últimos 15 anos.

    Fucile – garra e determinação. Finalmente na sua posição de origem, … ou não!

    DD – ??

    Pedro Emanuel – o capitão, a voz de comando, o chefe da defesa. E parem de embirrar com a idade. Sem lesões graves, tem uns bons anos pela frente a capitanear o FCP.

    Bruno Alves - o significado de ser dragão. Por 30 milhões, out. Merece o topo.

    Stepanov – não me admiraria se começasse a época a titular no lugar do capitão. É o 3º da hierarquia mas tem de justificar o investimento. Trocava-o pelo Manuel da Costa para a Fiorentina. Até podia ir mais algum excedentário.

    Rolando – chega para aprender. É o 4º e ocupará a vaga de suplente do João Paulo. Não acredito muito. Mas também não acreditava no Bruno Alves …

    Benitez – incógnita. Era no DE que hipotecava o dinheiro do clube para esta época. Era para DE que comprava o que de melhor houvesse. Veremos…

    Lino – Porque se dispensamos o Cech?

    Fernando – Não sei se tem estaleca para o FCP. Mas é novo e pode aprender.

    Bollati – Tem de mostrar muito mais do que na época passada. Lento e pouco agressivo para quem joga como trinco. Era um dos argentinos que despachava. Faria parte da lista para trazer Banega ou Manuel Fernades do Valência.

    Lucho – El comandante. O melhor. A qualidade da equipa. Merece o topo também. E em Espanha podemos aproveitar Matias Fernandez do Vilarreal ou os acima referidos do Valência. Dinheiro fresco vale 30 milhoes.

    Meireles – O relógio desta equipa. Merece ser visto de outra forma. Não se pode menosprezar quem é discreto mas eficiente. Meireles bem, equipa bem.

    Tomas Costa – boas referencias, mas incógnita.

    Ibson – Serás assim tão mal comportado para não mereceres a confiança do Professor?

    Rodriguez – O melhor do SLB. Com outro estilo fará esquecer Quaresma. 10 golos na 1ª época de Dragão. Mas o que fez a um, faz a qualquer outro. No futuro não nos podemos queixar. Assunção traiu o SCP, traiu o FCP.

    Diogo Valente – o esquerdino mais consistente que temos por aí a rodar. Merece uma oportunidade, claramente. Melhor que Vieirinhas, Brunos Gamas e afins.

    Tarik – a surpresa da época passada. Qualidade técnica. Velocidade. Chega bem como 2º avançado de área. Pena passar tanto tempo “fora” do jogo.

    Pitbull – outro cujo comportamento tem de ser questionado. Caso contrário, alguma razão para ficar de fora, Professor?

    Lisandro – Como este não há igual. Mais um ano ou dois e depois podes ir para melhor. Queremos a tua garra, o teu empenho, o teu suor nos nossos jogos. Queremos festejar contigo mais umas dezenas de golos, grande Licha!

    Farias – é um jogador de área. Frágil mas astuto. É preciso correr mais, apenas isso. Quiçá por os olhinhos no companheiro do lado.

    Renteria – Se o foram buscar… Para 3º avançado não é preciso gastar mais dinheiro. Este já foi pago e é assalariado do clube.


    Opções por esse mundo fora:

    João Pereira – parece impossível o FCP negociar com o Sr. Salvador. Mas há por ai uns para trocar tipo Ivanildo, Ezquias, Bruno Vale.

    Manuel da Costa – Stepanov, Bollati

    Pedro Mendes – Cech para Inglaterra?

    Manuel Fernandes, Hugo Viana, Banega – Se quiseres Espanha Lucho! (e podemos incluir Bollati no pacote!)

    Matias Fernandez – outra vez Lucho e Bollati! Ou tu Farias?

    Pelé – 30 milhões pelo Quaresma + Pele? Negocio do século! Quanto muito 20, o que é pena…


    Micolli – só se for para aguçar a mouraria! Bollati? Farias?

    E porque não conseguimos vender Kaz, João Paulo, Adriano, Bruno Moraes e Leandro Lima? O benfas acabou de vender o Fonte!! Para o Crystal Palace…

    Paulo Machado, Castro e Rui Pedro são para manter debaixo de olho. Era bom para o 1º seguir parao PAOK!

    Porque não emprestar ao Boavista? Para aprenderem com um técnico com a mística do dragão? Que os colocaria a correr como ninguém? A darem tudo em campo como nunca?

    Porquê ter Tengarrinha na 1ª equipa e deixar de “fora” André Pinto e Stephane? Ou , pior um bocado, Graça e Tiago Cintra?

    Porque 3 milhões pelo Mariano? Mais um esforço e atenção e sacava-se o Giovani dos Santos ao Barcelona!! Para isso fica-se com o brasileiro mais tosco que vi jogar, o Alan!

    Só na posição de médio-defensivo continuo apreensivo. Isto claro senão tiver que jogar o Lino!

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