Foram 24 horas alucinantes e só poderiam impelir-me a quebrar de novo o jejum da escrita, com tanta coisa fresca relatada mas tudo a cheirar a bedum de velho. Bolor e nojo, sinais da decadência alarmante da desagregação desta sociedade sobrevivente a tanta maldada e mediocridade em Portugal.
A verdade é que, tal como se glorificaram as derrotas do Benfica e se impele o clube do regime a avançar para a Champions na Luz enquanto não se concretizam os anseios de vendas milionárias à Porto (verja-se onde anda a cláusula de 60ME de Empurra-Cardozo-se-não-puxas-a-camisola-do-Proença-e-levas-só-um-jogo-de-castigo) para se chegar à nova época e dizer que se aposta forte na vertente desportiva indo o clube a caminho da falência), agora o espaço me(r)diático, dominado pelas elites pós-25/4 do vermelhismo militante no Futebol e na Política, tornou uma derrota dos professores numa vitória dos que, como já sucede nos transportes e na FP em geral, conseguiram só impedir 20 mil alunos de fazerem exame.
Contudo, a Esquerda reaccionária do "beau monde", está aí em força. É um sinal dos tempos que leva o jose da Porta da Loja a actualizar, para os desmiolados e desmemorizados, o que era o Portugal de há 39/40 anos e o legado que nos deixou, este descrito com boa dose de Lóbi do Chá.. Temos, entretanto, o ex-MRPP convertido a presidente do CE, Durão Barroso, o José Manuel revolucionário estudantil do final dos anos 70, a chamar Esquerda reaccionária aos pategos franceses, tipo António-Pedro Vasconcellos e outros João Botelho subsidiodependentes, que querem proteger o cinema da globalização. E, por cá, os ex-MRPP que ainda subsistem nas Redacções desde esse tempo conturbado e vergonhoso que aos da época não esquece, transformam o êxito, em contexto de greve alargada (90% do universo dos professores, dizem os sindicatos, insuficientes para a eficiência desejada), de 75 mil alunos serem examinados em manchete de 18 mil que não puderam, porque queriam, fazer exame. O Manuel Tavares, um verme do periodismo lusitano, continua a tocar para a frente o bombo vanguardista da decadência do JN antes de Jaqim, "o amigo Joaquim", vender a patacos o império que dominou Portugal desde o Porto.
Já repararam que, da greve dos professores que ao regime de mobilidade se afirmam imobilistas, não há um título coincidente nas capas dos pasquins? É daqueles assuntos que dá para tudo e mais alguma coisa, mas sempre pelo lado negativo e não pela forma pedagógica e séria como o assunto merece ser tratado. É claro que, com sonsas Anas Lourenços na SICN e Clara de Sousa na SIC a rivalizar não em beleza mas em estupidez e ignorância com Judite de Sousa, a coisa só pode dar asneira desinformativa grave.O Zé Povo e a Maria Alice podem conhecê-las da tv, mas ninguém sabe bem as asneiras que debitam. Ficam para a fotografia que a posteridade tratará doutras coisas.
Ao invés, o inquérito "ao modo inverso do de Camarate" sobre as PPP; incriminam a corte de Sócrates que deveria ser alvo de intensa pesquisa judicial, agora que os biombos do regime do sonso Montero e do diminuto Noronha do Nascimento, protectores com a Cândida Almeida, do status quo que afundou Portugal, anda aí pelos fundos das capas onde, para o Marcelino pão e vinho, importante é a fronha do Martins dos Santos, que sempre foi mau árbitro, por causa de um jogo do S. Pedro da Cova.
Aliás, o Pífio Dourado foi sempre isso na origem, as tangas entre Gondomar e Sandinenses nas duas margens do Douro e os voluntaristas aferrados a coisas da arbitragem regional, como os chucialistas a "progresso", "crescimento" e "betão" para o Cavaco PM não se ficar a rir.
Na parte desportiva, com mais uma sessão de água Bento por causa de um chouriço pela Postiga para azedar a vodka russa, temos tido cenas delirantes.
Ontem, em zapping, ainda percebi que, um mês após do fim do campeonato, ainda há aqueles programas idiotas para ignaros sobre futebol palrado, quando não ódio vomitado e palermices recalcadas. Apercebi-me que, tanto quanto o derrotado Benfica continua nos píncaros, também o derrotado Mourinho anda em ombros pelos patetas da TVI. Verifiquei, estupefacto mas não surpreendido, que conseguiram puxar pelo lado "carismático" das conferências de Imprensa de Mourinho num ano em que foi torturado pelos periodistas espanhóis e, claro, à falta de êxitos lá se foi buscar as imagens do título de campeão espanhol dos "100 pontos" que o Barça acabou de igualar com dois meios treinadores em gestão precária. Mais idiota ainda, os galões de Mourinho viram-se em anúncios, "commercials", porque isto do marketing sobrepõe-se às notícias e aos factos para os quais a verdade estraga qualquer estória da treta que queiram impingir.
Entretanto, já passou tempo da inédita reportagem da Marca sobre o FC Porto. Não vão longe os tempos em que, com Nuno saco-de-mijo e soluçante Luz como "corresponsal en Lisboa", a Marca vituperava o Porto em 2008 onde se garantia que desceria de divisão antes de vender Pepe por 30ME e Falcao por 40ME aos dois emblemas maiores da capital espanhola. Nem o tempo de notícias forjadas a par com pasquim equialente de Lisboa em que se suspeitava do árbitro Bjorn Kuipers por causa do Porto-Villarreal. Sempre escarnecido na Marca, o FC Porto viu 2 páginas de consagração como Rei de Portugal em espaço nobre do jornal do regime espanhol. Uma surpresa que alguns dedicaram, estapafurdamente, a acerto do Marketing e Comunicação portistas, da mesma forma que o jornalista espanhol (presumo) acreditou ser novidade o "Team Manager" que o Milan tem desde os anos propulsores de Berlusconi (1988 em diante) e pioneirismo o modo de acompanhar e proteger a vida dos jogadores e seus familiares, algo em prática no Dragão desde os anos... 80. É verdade, a admiração é filha da ignorância e já há 30 anos que jogadores e famílias são acompanhados no FC Porto em termos de saúde, escola, assuntos privados, carro, casa. Aliás, admirados podem sentir-se os ex-Sporting, como Moutinho e os dois estrangeiros chegados em Janeiro vindos de um planeta definitivamente alienígeno...
E prontos, do Planeta Portugal dos Palonços de todas as idades é isto, não ponho sequer os títulos e as capas destas indecências imundas do que se vai fazendo por dar trabalho e não valer a pena, quer estiver atento apercebe-se e retém alguma coisa na catadupa de informações que faz a tal Sobre-Informação de fait-divers - repararam no CR7 de férias em Miami, na histérica SIC onde a vertente feminina dos noticiários não deu para perguntar pelos 3 anos do filho nascido na América com uma empregada de quarto de hotel ou de confeitaria - e a Sub-Informação que subjaz a este modo distorcido de comunicar perante um mundo mais informado e esclarecido onde os pasquineiros perdem credibilidade e vêem o seu sustento perigar, definitivamente ultrapassados e já incapazes de recuperar o passo: cambaleiam até cairem mortos, vão sendo zombies valendo-se de algumas cabeleiras vistosas e, no caso da Judite sem saber o que encontrar de tanto procurar, com visual cada vez mais exotérico em berrantes guarda-roupas em contexto dignos do cabo e não do "mainstream media" que vai pelo cano de esgoto.
Para rematar, mais desconcertante do que o Rascord fazer capa com um suplente do benfas desterrado junto ao Muro das Lamentações, a bolha mete o Porto ao barulho por Rui Patrício para safar o correio da manha que insitiu dois dias com o moço até ser torpedeado com um comunicado à Benfica? Bolas, o Benfica tem de ganhar alguma coisa, ao menos reconhecimento por manter o nível.
Para rematar, mais desconcertante do que o Rascord fazer capa com um suplente do benfas desterrado junto ao Muro das Lamentações, a bolha mete o Porto ao barulho por Rui Patrício para safar o correio da manha que insitiu dois dias com o moço até ser torpedeado com um comunicado à Benfica? Bolas, o Benfica tem de ganhar alguma coisa, ao menos reconhecimento por manter o nível.
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