03 novembro 2016

O que inquieta e NES não arrebita

No jogo com o Setúbal, ver em baixo, fiz uma nota que já é marca da inoperancia ofensiva do FC Porto.
A posição 10 não está defendida, melhor, preenchida, mesmo em 44x4x2 que a favorecerá, apesar do número de Oliver mas que não corresponde às necessidades da equipa. Não se joga entre linhas, forçando a recuar os médios contrários e afligir os centrais também. A inoperância nessa zona do campo, como venho notando e ontem se confirmou, tem a ver com um vazio que se cava quando um dos avançados, normalmente Diogo J, descai para jogar lateralmente, ou alternando o movimento com André Silva. Como os médios sobem pouco à área e chutam ainda menos, é um descanso para o eixo defensivo adversário e um cansaço redobrado para André Silva forçado a sair amiúde de posição de ponta de lança em que amarra os centrais à sua área.
O FC Porto tem largura e profundidade no jogo, ate em excesso pelo contributo dos laterais, muito jogo exterior e menos interior rumo à baliza, mas sem consistência na área de tiro frontal. Lances confusos entre defesas apinhadas tornam-se norma e dificultam marcar golos.
Não sei se consigo resumir o problema n. 1 do momento do FC Porto em vésperas do clássico que tem de vencer ante uma equipa fechada e matreira, mais madura e coesa defensivamente.
Mas este Oliver que não sobe e não remata é o problema. o esforço de Herrera, Danilo e Otávio acaba amiúde traduzido em passes e movimentos erráticos ou isolados sem aparente ligação com o resto da equipa.
Se não é isto, anda lá perto. E faz confundir volume de jogo com o "jogar bem ou mal" e correr como deve ser necessário. o FC Porto trabalha muito, produz pouco e arrecada menos do que devia. Não esquecendo ser de novo uma equipa, além de jovem, em reconstrução, mas aí a culpa não é de NES.

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