28 agosto 2007

Coroado um dia do Carvalho

A discussão que faz um livre indirecto – se não houver um bentinho de provocação esta semana. Livre e… directo, os pontos nos ii

Obviamente, o Porto-Sporting prometia fazer correr muito palavreado, falado e escrito. Não é precisa a bola de cristal. Depois do “quem começou a provocar”, a propósito do penálti da Supertaça, estamos na fase do acerto de contas a que se entregaram os representantes do regime. Podemos ainda perder pouco tempo até Paulo Bento vir ainda esta semana dizer o que acha do livre indirecto decisivo no Dragão, como fez com a mão de Tonel no pós-Leiria: “Tenho uma opinião diferente”…

Ainda que a maioria das opiniões (cerejas, cerejas…) validem a decisão de Pedro Proença num julgamento técnico absolutamente indiscutível, o rescaldo do jogo foi envenenado com figuras a perorar na televisão e colunas de jornais porque faltava ao árbitro razão técnica para ter julgado assim o lance.

Após o jogo, entre o estádio e a chegada a casa para ver lances na tv e reacções diversas, a breve ordem cronológica que pude seguir foi a seguinte:

TSF, directo da “zona mista” onde um tal Rodrigo Carvalho questionou Bruno Pereirinha:

-- Pereirinha, o que tem a dizer quanto à justiça do resultado?
-- Acho que o árbitro não esteve bem naquela decisão, não se tratou de um atraso de bola ao guarda-redes.
-- Então o balneário leonino contesta a decisão de Pedro Proença?
-- No balneário falamos do assunto e ninguém entendeu a razão de o árbitro decidir assim.

TVI, às tantas da manhã, num programa de estruturação esquizofrénica que banaliza, e tarde e a más horas, o produto futebol que têm para render, Coroado quase despe a camisola que diz ser do Belenenses para assumir uma incontida azia… leonina, com a fama que vem de longe, pelo menos tão longe como Chaves [um Sporting-Chaves que ele não soube apitar bem com alegado prejuízo dos leões num 3-2 ou 2-2 que ficou].

Argumento falso do Coroado
Jorge Coroado, célebre por expulsar Caniggia por um alegado insulto de “hijo de puta” num Benfica-Sporting, sem o argentino ter mexido os lábios, assegurou que o livre indirecto foi mal marcado. E argumentou mais ou menos isto:

-- A FIFA passou a proibir o atraso de bola ao guarda-redes com o pé para ganhar tempo de jogo. Essa nova regra foi instituída em situações de jogo muito claras em que se abusava dos passes para o guarda-redes que podia agarrar a bola nessas condições.

Além de ter sido giro que João Querido Manha ripostasse, de forma igualmente afirmativa e inabalável, ao ex-árbitro, numa parada-resposta que se manteve com o jornalista do mais antiportismo que se pode encontrar até ao Pinhão, o argumento de Coroado não colhe.

Manha defendeu a decisão de Pedro Proença e, entretanto, falhou na data da nova regra: foi 1991 e não 92.

Coroado, já rendido como sucede a quem é fortemente contrariado com factos, derivou para a fase de expulsar não sei quantos portistas, poupando convenientemente os protestos sempre enérgicos e impunes de Liedson (fora as fitas e as faltas), os insultos de Derlei que teriam outra valoração de azul e branco (já com amarelo), uma entrada de Polga (com amarelo) sobre Quaresma (mais uma…), mais protestos de Tonel (com amarelo) a discutir um lançamento lateral. Três leõezinhos mal comportados deviam ter sido expulsos se o árbitro tivesse coragem e Coroado lembrasse que nem ao capitão de equipa é permitido discutir uma decisão do árbitro ou leva amarelo…

FIFA no pós-Mundial-90
Alarmada com a média de 2 golos por jogo, a mais baixa de sempre, no Mundial-90 em Itália, a FIFA cortou a eito. Para a época seguinte 91-92, seria proibido um jogador passar a bola deliberadamente ao seu guarda-redes para este a agarrar com as mãos.

E a nova Lei (Regra 12 – Faltas e incorrecções), sobre o tema, diz só o seguinte sobre os livres indirectos:

“Será concedido um pontapé livre indirecto à equipa adversária se um guarda-redes comete uma das seguintes quatro infracções dentro da sua área de penálti:

(3) [o g.r.] toca a bola com as mãos depois de um jogador da sua equipa a ter passado com um pé”.

É isto e toda a gente o sabe (empirismo). Faltará definir o que é um PASSE, não especificado nas 17 Leis do Jogo. Já temos o significado próprio de um CORTE.

Polga cortou a bola e fez um passe. Coroado forçou a distinção. Pior: aludiu a uma Lei simples e restritiva: só em caso de manifesta intenção de fazer o passe…

Há cortes que são passes!
Mas sabemos que há muitos cortes que são passes para um colega. Aliás, Polga fê-lo para Tonel, este até deixou passar a bola e o passe destinou-se ao seu guarda-redes. Elementar, mas não para Coroado em dia de Santos: sim, o Porto até mereceu ganhar, mas desta maneira é… falso – foi o pretexto para dar uma de moralidade e outra de facada na ética.

No início da nova regra, incorporada nas Leis do Jogo na reunião anual do IFA Board de Fevereiro do ano seguinte para ter efeito na época que se iniciará a 1 de Julho subsequente, público e jogadores reclamaram muito em cada passe ao guarda-redes. Até se entender a coisa de vez. Agora já não há dúvidas.

Cortes de risco e imprevistos
O guarda-redes pode apanhar uma bola interceptada por um colega de equipa em caso de manifesta intervenção de risco, em carrinho, em voo, numa bola dividida com ressalto entre jogadores, um imprevisto efeito que a bola sofra por acção involuntária (um corte em falso, o chamado “espilro” na bola) de um defesa. Essas sim, são as excepções em que o guarda-redes apanha a bola sem sofrer um livre indirecto. A ladainha de Coroado, e um suspeito choradinho, não colhe(m).

Vamos ver se uma situação límpida das Regras do Jogo tem mais tratos de polé do que as bolas despachadas pelos leões sempre à defesa até terem de ir atrás do prejuízo. E, pelo menos, se não tem, este caso, a retumbância do silêncio ensurdecedor que marcou a ausência de comentários adicionais na semana seguinte à já famigerada Supertaça decidida com Paixão.

A lenda leonina no Dragão
Para um dia cheio de emoções, nada como recordar, já agora, a insistência de outro Carvalho, Marco Aurélio Carvalho, no flash-interview da SportTV a que assisti ainda no Bar 29, à saída do Dragão.

O intrépido pé-de-microfone chateou o pobre do Jesualdo não com o mérito de ter assinado como técnico a última e a mais recente derrota do Sporting de Paulo Bento (3-2 pelo Braga, em Janeiro de 2006 e 26 jogos fora sem perder até ao Dragão). Marco Aurélio Carvalho, que abusou da paciência quanto à permanência ou saída de Postiga, lembrou, insolente, ao técnico que “o Sporting esteve para passar o terceiro ano sem perder no Dragão”.

Bem, já o Braga há uns meses chegou rodeado da lenda de ter passado dois anos sem perder no Porto. Adriano matou o mito. Mas estes três anos quase históricos dos leões iam mesmo ser coisa de outro mundo!

Um dia do Carvalho, um na Rádio, outro na Televisão. Coroado das asneiras do costume.

Mas fixem sempre que hoje é dia de sorteio dos malfeitores e pode sempre aparecer um Lucílio Vigarista em Leiria, não tarda…

31 comentários:

  1. Excelente post.

    Já agora:
    http://bolanaarea.blogspot.com/2007/08/epstola-aos-corntios.html

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  2. amigo ... só te faltou escrever na lei o pequeno pormenor do "deliberadamente"

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  3. a verdade é que se não fosse essa falta provavelmente não ganhavam, mesmo. mas já agora gostava de te ouvir falar da entrada do Quaresma ou porque razão o Proença não marcou um livre indirecto na área de um pé em riste do defesa do Porto. Mas aí vais dizer que não viste !

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  4. só para que conste, acho que o joo foi mau. dos dois lados. Parece que o Porto vem jogar ao ataque a Alvalade ...

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  5. E não foi deliberado? Se queres ver porque foi deliberado vai a:

    http://fcmangalhoes.blogspot.com

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  6. Bom dia

    Alguém sabe o que aconteceu ao post sobre a rescisão da LPM?

    Cumprimentos a todos

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  7. Pois é "o maior cego é o que não quer ver"...Já que anda por aqui a tentar fazer-nos cócegas, convido o "zeistbskool" a descer um pouco nas imagens do blogue -Post de 24 de Agosto de 2007- ver as imagens do último Porto/Zporten no Dragão, analisar a que mostra o Polga a entrar de sola ao Pepe -dentro da área do "Zporten" a 3 minutos do fim- e perguntar-se o que é aquilo e qual teria de ser o comportamento adequado do árbitro desse jogo, Lucilinho Baptista? Segundo os critérios amplamente defendidos pelo Córneado na TVI de Domingo, seria entrada perigosa, falta indiscutível dentro da área -Penaltie, ou livre indirecto- e expulsão do "agressivo" jogador lagarteiro!...Ou será que as regras aqui voltam a mudar, tal como mudaram para ele ainda há uma semana, quanto ao jogo de Leiria em que "ele" acha natural -que o árbitro não tenha visto- e que o Tonel defenda um cruzamento com a mão, ao bom estilo do Ricardinho do MOntijo?...

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  8. Relativamente à famosa questão “Foi passe ou corte?”
    Eu examino isto como uma falsa questão. A Lei determina que o árbitro tem o poder discricionário de avaliar a intenção do jogador quando atrasa a bola. Ou seja, o árbitro NÃO ERROU. Podemos não concordar com a avaliação que ele fez da situação mas ele fê-lo no estrito cumprimento da Lei.
    Não temos que opinar sobre o ERRO do jogador (g.redes dos meninos Verde Eufémia). É problema deles e do Paulo Bento…

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  9. Os sportinguistas refugiam-se no DELIBERADAMENTE que supostamente a lei terá escrita. Ora eu, e aproveitando que eles andam aí :-), pergunto:

    Saberá algum sportinguista ou outra pessoa qualquer, a não ser o próprio Polga, se, ao fazer o corte, não o fez com a intenção DELIBERADA de a bola se dirigir para o seu guarda-redes, tranformando assim o lance num passe DELIBERADO?

    Resposta, só o próprio Polga a sabe e assim sendo e como é evidente não podendo o árbitro avaliar intenções, temos que respeitar a decisão do árbitro que, não tendo marcado a falta, também se aceitaria. O árbitro marcou, não errou porque foi assim que leu, numa das duas leituras possíveis do lance e o FCPorto converteu com todo o mérito e assunto arrumado.

    Assunto arrumado num país civilizado e com adeptos minimamente coerentes, algo que não acontece com os adeptos do Sporting. A vitória do FCPorto neste lance, que aceito suscitar algumas dúvidas na sua interpretação para qualquer dos lados, foi o melhor que poderia acontecer aos sportinguistas que assim arranjaram já o bode espiatório para o resto do ano, esquecendo-se como é normal dos numerosos lances que sucederam a seu favor, já este ano nos jogos anteriores, e noutros que irão suceder nos restantes.

    Se a vitória do FCPorto surgisse noutro lance qq, não duvidem que eles reclamariam de outra coisa qualquer, está-lhes no sangue. Para eles os árbitros são sempre os culpados, o que lhes permite poder perder e assim raramente ganhar títulos.

    Qt ao sr. das azias, enfim, terá outra interpretação do lance, o que até se compreende. O que não se compreende é que não dê em instância alguma o benefício da dúvida a quem interpretou de outra forma, e logo ele que era perfeito na sua forma de apitar. Qt aos restantes aziados dos mé(r)dia, o normal na sua senda habitual contra o nosso clube, o melhor é não lhes dar a importância que eles definitivamente não têm.

    Um abraço.

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  10. Não restam dúvidas que a equipa do Sporting pode ser mesmo apelidada de "a mais jovem". Não pela qualidade de alguns dos seus ainda muito jovens jogadores, que a têm, mas sim pela infantilidade dos seus adeptos e dirigentes que não conseguem abandonar a chupeta e o estilo queixinhas: “Aquele menino bateu-me…Buahhhhhh. Eu sou rico, a bola é minha, se não me deixam ganhar ninguém joga!”

    Abandonem lá o beicinho que não vos fica nada bem, pá.

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  11. Já me esquecia, temo, e muito, que a partir deste momento se suceda o mesmo que no ano em que o benfica foi campeão e que, por causa deste lance, os árbitro prejudiquem ainda mais o FCPorto e levem ao colo o clube de Alvalade. É necessário fazer toda a pressão possível para que isso não aconteça.

    Um abraço.
    PS: O post sobre a LPM sai amanhã. Já assim estava programado e apareceu no blog apenas por engano.

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  12. Excelente análise da polémica que não foi (ou não tinha necessidade de ser assim tão polémica)

    Parabéns pelo post!

    Saudações Desportivas do Na Bancada Central

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  13. Ia esclarecer a questão do deliberadamente e dizer, já agora que chamou a atenção, ao zeist b cool que não me ensina regras de coisa nenhuma e eu tenho, sempre actualizada, a brochura da FIFA das Leis do Jogo.
    Digo ao zeist que seja cool.
    Porque a lei NÃO DIZ a expressão deliberadamente. NÃO DIZ, por muito que, por exemplo, o Record o escreva. É MENTIRA. Tenho comigo a brochura da FIFA para esta época 2007-2008, por sinal em espanhol, mas também sei francês e inglês, só me escapa o alemão dos quatro idiomas de trabalho da FIFA.
    O que a lei diz é o que está escrito por mim. Sem tirar nem pôr.
    Agora, há a propósito de cada lei uma série de recomendações que ajudem a esclarecer alguma dúvida ao árbitro. Por vezes até em forma de desenho, para ilustrar uma situação de jogo (fora-de-jogo activo e passivo, por exemplo; ou a bola no quarto de círculo na marcação de um canto).
    Na recomendação aos árbitros, aparece sim a palavra deliberadamente. Só aí, mas isso não é lei, não faz parte da lei e é para o árbitro destrinçar um passe ocasional ou involuntário de um passe deliberado como antes desta regra se fazia: aquele jogo de defesa à entrada da área a passar a bola ao guarda-redes que a agarra num movimento que podia repetir-se.
    Coroado, infelizmente, quis restringir, deliberadamente, o significado da lei a esses momentos que já não deixam dúvidas a ninguém. Coroado, até pela insistência despropositada, agiu de má-fé, intoxicou a opinião pública sem fazer um mínimo esforço de entender - nas suas guerrinhas pessoais com alguns apitos - que estes lances têm sempre um julgamento algo subjectivo da parte do árbitro.
    Tirando as excepções costumeiras dos partidários do regime, que se calam nas boas ocasiões em que o erro pende para o Sporting, não haverá na maioria dos entendidos quem, no mínimo, não dê o benefício da dúvida ao árbitro. É o mínimo que devia esperar-se de um comentador ex-árbitro e que, por exemplo, Paulo Bento teve.
    Não acho que deva cricifixar-se o guarda-redes, que teve um lapso compreensível num lance em que todo o cuidado é pouco e se aconselha a não ter dúvidas nenhumas e bater a bola. Mas é já de mau tom insistir num erro do árbitro que objectivamente não existe, porque não infringiu nenhuma regra do jogo.
    Não é, ao contrário do que algum amigo aqui quis comentar, despiciendo falar de passe ou corte. Porque há cortes que são passes. Não é por ser um corte que, fruto do acaso, deixa de haver um passe. E o caso de Polga enquadra-se precisamente nesta tese.
    Um pormenor que esqueci ainda sobre os argumentos de Coroado: Polga não estaria na posse de bola, logo não teria intenção de fazer um passe. A bola estava solta e até perdida por Postiga, sempre incapaz de a segurar e aguentar os defesas. Polga teve todo o tempo para um corte limpo, sem pressão, bastou esticar a perna e, voltado para um colega, saber que ia endossá-la a Tonel.
    Com as imagens à frente é impossível não descortinar que há intencionalidade de Polga em passar a Tonel que até dá a "deixa" para ela seguir a Stojkovic.
    A intoxicação, pelo visto, só agora começou. Como era de prever.
    E concordo com o Zirtaev: foi por causa da bola que entrou ou não no remate de Petit contra Baía, num Benfica-Porto, que o clamor cresceu e o Benfica foi vergonhosamente beneficiado até final da época, no cavalo do recém-instaurado Apito Dourado.
    Eu também pensei nisso, Zirtaev, e ainda bem que outro levanta esse problema.
    Quanto ao que diz a lei, estejam "descansados" porque não é como a descrevem.
    Quanto à interpretação dada por Pedrto Proença, pois todos podemos colocar em dúvida a permissividade do árbitro nas situações mencionadas que motivariam a expulsão de Tonel, Polga e Derlei por acumulação.
    Aliás, voltando à Supertaça, Bruno Paixão usou critério igual que, então, não desagradou aos leõezinhos queixinhas. Quase toda a defesa do Sporting foi amarelada e por entradas bem durinhas. Abel, até no Dragão o repetiu, gostou de estar em cima de Quaresma, mas a repetição de faltas, mesmo que leves, impõe um amarelo.
    Aliás, em Leiria com Paixão, no Dragão com Proença como foi com este na Luz, as primeiras entradas punidas com cartão foram sempre do FC Porto. O aviso ficou patente: há que refrear os ímpetos. Aos outros é dada corda suficiente para alargarem esta questão arbitrária de sancionar faltas e accionar disciplinarmente.
    Podia citar inúmeros exemplos de discricionaridade da análise dos jornais. O mais recente, no Record, diz-nos que o penálti não marcado a Tonel por Bruno Paixão, e que Tonel decerto não resmungou pelo juizo do árbitro a seu favor, mereceu nota 2, a mesma dada a Proença que não deixou um penálti por marcar mas teve a mesma permissividade disciplinar perante os leõezinhos que gostam de ser durinhos mas acusam as entradas dos adversários.
    O Meireles lembra bem, a propósito de interpretações do árbitro que sabe-se lá para onde vão cair, o penálti de Polga sobre Pepe. No mínimo havia dúvida, mas nos lamuriosos de hoje não se ouviu nada. O árbitro, meireles, é que não foi o Lucílio, mas sim Pedro Henriques.
    Ainda a respeito de discricionaridades, e como o Record vai insistir no "roubo" ao Sporting, lembro dois episódios:
    Moreirense-Sporting, 1-0, uma g.p. alegadamente negada aos leõez mas só vista, de facto, de uma câmara atrás da baliza, Martins dos Santos não podia ver num canto com tantos jogadores na área. Título de Record, sem citar sequer algum dirigente leonino: ROUBO.
    Lembram-se do ASSIM NÃO VALE, no mesmo jornal, no golo de Ronny com a mão na época passada em Alvalade e que João Ferreira, em boa verdade, não podia ver, tal a velocidade do lance na sequência de um canto.
    Mas sabem de memória o título de jornal quando Ricardo defendeu um metro a bola dentro da baliza frente ao Leiria (2-1), com 0-0 no marcador?
    Fala-se do erro do árbitro em letras pequeninas, mas não houve roubo, antes O LEÃO AGRADECE.
    Podia dizer-se o mesmo do Sporting-Nacional (5-1) da época passada, com Duarte Gomes a virar o jogo quando os leões perdiam 0-1, com penálti inventado e golo de Bueno às cavalitas de um adversário. Ou até o leão a agradecer, mais uma vez, a Bruno Paixão na Supertaça.
    E o rol não pararia, tal como o registo factual de ser o Sporting a equipa com mais penáltis marcados a favor e menos penáltis marcados contra, entre os três grandes, nos campeonatos desde 1995-96.

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  14. A ignorancia continua. E como o disparate é apanagio dos aziados, a azia é generalizada e o disparate também, porque a liberdade assim o obriga.
    A capa do Record, nao é surpresa nenhuma, é do mais ridiculo, do mais pobre, do mais redutor que ha no pseudo-jornalismo desportivo portugues:"Um caso Sérvio".

    Nao fica bem maltratar uma pessoa que até teve uma exibiçao segura, por um erro que so demonstra alguma inexperiencia e nervosismo perante um ambiente algo hostil. Se Ricardo fosse ainda o guarda redes do Sporting, escrever-se -ia certamente, um caso Portugues. Pois claro.

    Isto é quase é um caso psiquiatrico. Sempre pela negativa, sempre pelo mediocre. Em vez de analtecer o bom jogo deste ou daquele, eleva-se a importancia do negativo. Porque a azia assim o dita. Porque o "exterior da escrita" encobre a inveja. Porque esta é a cultura...

    Na Bola, o "Porto mereceu o brinde". Mais uma vitoria oferecida, leia-se. Mais um titulo negativo, mais um comentario para reduzir, com o intuito de encobrir o mérito.

    Chamam a isto jornalismo. Eu chamo a isto ignorancia. Incapacidade de libertaçao mental. Incapacidade de enobrecer o jornalismo, de ser imparcial, factual, justo.

    Mas nao se trata de justiça, trata-se de inveja e de pequenez.
    2a circular, centralismo. Nao porque seja o melhor para a naçao, (alias é bem visivel o que a falta de descentralizaçao tem feito ao pais nos ultimos anos), mas alimenta o ego do pobre de espirito, do complexado.

    E é aqui que acabam todas as conclusoes sobre esta casta invejosa que se diz portuguesa. Este povo é complexado. Este povo é triste, é acabrunhado.

    E ao que levam os complexos e a tristeza?... à megalomania. Ao conceito de Dom Sebastiao.

    Todos os dias se enaltecem feitos nunca vistos, feitos nao reais, todos os dias se da favoritismos a quem tem records negativos, todos os dias se elevam a herois ilustres desconhecidos, todos os dias se elevam a Deuses e detentores da verdade os que vestem de Lisboa ao peito.

    Sempre favoritos, sempre melhores, sempre "grandes" nas muitas derrotas. Sempre pequenos na atitude.

    O caso do Benfica é naturalmente diferente do do Sporting.

    Enquanto os feitos fantasma do Benfica enchem o ego da ignorancia geral, os feitos fantasma do Sporting enchem a espaços os do Benfica nao conseguem encher. O Sporting como sempre, continua a ser utilizado, instrumentalizado. Como foi na altura de Salazar.

    Ha coisas que sao genéticas, outras vao-se entranhando no corpo. O habito faz o monge.
    Quando o Benfica se ve relegado para posiçao confrangedora, como tantas e tantas vezes tem acontecido nas ultimas 2 décadas, aparece o Sporting, qual Dom Sebastiao, a defender a uniao nacional, a defender o espirito da naçao, a ocupar o imaginario do triste invejoso.

    ...é uma espécie de memoria colectiva, em que os desgraçadinhos se apoiam uns aos outros, nas horas dificeis, que sao muitas.
    Esta memoria colectiva age como os grupos radicais, com palas e cegueira.

    Por isso, coitados, nao conseguem vislumbrar penalidades no ultimo minuto em jogos no Dragao, golos em fora de jogo nos ultimos minutos em jogos na Luz, nem Preudhomes a tirar bolas de dentro da baliza depois da marcaçao de cantos.
    Mas conseguem ver golos fantasma em lances que depois de vistos e revistos por todas as cameras presentes no local, indiciam precisamente o contrario e agora conseguem também fazer juizos de valor, em relaçao às intençoes deliberadas deste ou daquele, que deitam a bola para tras (atraso) na direcçao do seu guarda-redes, que por sua a vez a agarra (falta passivel de livre indirecto).

    E é isto que estes tristes pseudo-jornalistas desportivos oferecem ao pais, a oportunidade de um imaginario cheio daquilo que a cultura imbuiu no ignorante.

    Que pobreza meus amigos.
    Depois de um empate vergonhoso na Arménia e de mais uma medalha de ouro em campeonatos mundiais de atletismo. A escrita deita-se e acorda infeliz, com a inveja no outro lado da cama.

    Porque os pobres alimentam-se assim, de palmadinhas nas costas, vitorias morais e umas sopinhas de milho. Porque grao a grao enche a galinha o papo e até um gato quando tem fome, come uns cereaizinhos.

    O Porto esse, vai continuando, sofrido mas sereno, atacado mas firme, demasiado forte porque o Timoneiro nao desarma, a ganhar vezes demais. Pelo meio vai representando o pais, com nobreza, e comendo uns bichos papoes por essa Europa fora.

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  15. Porque há cortes que são passes. Não é por ser um corte que, fruto do acaso, deixa de haver um passe. E o caso de Polga enquadra-se precisamente nesta tese.

    Assino por baixo. Objectivamente, Polga faz o corte na direcção dos seus colegas para que eles completem o alívio. Tendo feito dirigir a bola na direcção da baliza, na realidade na direcção que interessava ao adversário não fosse a presença dos seus colegas mais recuados, esta é a única manifestação objectiva de que dispomos da intencionalidade de Polga. Toca as faldas da pesporrência ignorante insistir no contrário.

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  16. Desculpem-me, mas cometi uma imprecisão, levado pela consulta aos livros e lendo o que já estava desactualizado quando pensava estar a ler a versão nova.
    Sobre a regra em apreço, a versão deste ano que eu julguei ter consultado, afinal, era a do ano passado. A versão actual 2007-2008, que tenho comigo em espanhol, já diz na regra o "deliberadamente", ao contrário dos anos anteriores onde a expressão era remetida para as recomendações ao árbitro.
    Faço esta correcção em nome da verdade e porque pensei estar a ler o livro da FIFA actualizado para esta época quando li um atrasado.
    Já não é a primeira vez que, de uma época para a outra, sou apanhado despreveido por uma palavra nova inserida no contexto que eu conheço de cor. Já me sucedeu em questões das competições europeias ainda na época passada.
    Para correcta informação de todos os amigos que aqui consultam e opinam, impunha-se-me este procedimento.
    Não é que altere de forma alguma a interpretação do lance.
    Afinal, eu só quis denunciar que o "deliberadamente" não estava inscrito na regra, como era norma no passado. E passou a estar, deixou de ser recomendação ao árbitro e passou a letra de lei.
    Alertado para isso, fui verificar à versão que tenho em espanhol de 2007-2008 e confirmei, depois, no site da FIFA em inglês, correspondendo, afinal, à tradução portuguesa oficializada no site da FPF.
    Quanto ao que o Polga fez, um passe, deliberado, mediante um corte na jogada, nada se altera mediante a interpretação do árbitro, como devem compreender.

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  17. As desculpas atrás devem ir, antes do mais, ao zeist b skool, já agora, que levantou a questão de faltar o "deliberadamente". Eu é que troquei os papéis, não foi ele.

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  18. Ó meirelesportuense,

    O 'Lucilinho Baptista' já nos fez muitas e era menino para ter feito isso, mas no FCP vs sportem do ano passado no Dragão não foi ele...

    Foi o Pedro Henriques... O seu, a seu dono.

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  19. João Vilas Boas no Leiria-Porto.
    Domingo às 20.30 (e não 21.30) na SportTV2, ratificado pela Liga o novo horário ditado pelo interesse televisivo, claro...
    Já agora, viva a II Liga com 5 internacionais em 8 jogos: Lucílio, o João, Proença, Jorge Sousa e outro que não fixei.

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  20. Não queria brincar com coisas sérias, mas não resisto a esta informação:
    Real Madrid-Sporting, para o Troféu Bernabéu, era para amanhã mas foi cancelado.
    Claro que é por causa da morte do Puerta, do Sevilha.
    Mas não me admirava que o sportem aproveite e volte a gozar o luto pela arbitragem...

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  21. Zé Luis uma lembrança.
    Não me lembro a que minuto foi, mas lembro-me que foi nos instantes iniciais, um lance que parece ser usual não ser assinalado quando um dos intervenientes é Quaresma.
    Tonel deu um estalo a Quaresma, repito Tonel deu um estalo a Quaresma numa arrancada do Ciganito pela lateral direita, depois de passar por Abel levou um correctivo do agora santinho que não sabe interpretar futebol, e se bem me lembro não teve qualquer sanção. E ao que ouvi dizer este ano as simulações serão também admoestadas pelo CD, espero para ver o que se passará com liedson e moutinho.
    Penso que a aula mais concorrida na afamada academia deve ser desculpas e mau-perder; é que até um tal de pereirinha que ainda agora começou a dar uns pontapés na bola diz que foi completamente injusto o resultado.

    Quanto ao senhor adepto verde que apareceu aqui antes gostava de lhe perguntar se alguma vez viu o Porto neste milénio a jogar um clássico preocupado apenas em defender como faz o seu clube desde que tem tão tranquilo treinador.

    Coroado é um pobre coitado que numa semana inventa uma regra nova e na semana seguinte já defende as regras com unhas e dentes, mesmo que a sua interpretação esteja incorrecta. A todos os que falam do lance com desdém gostava de dizer que acredito que polga não quis passar a bola ao guarda-redes, mas é notório que a passou a tonel, e este a ver-se apertado deixou passar para o seu guarda-redes. Logo um passe não concretizado para um jogador não se evapora quando o receptor é outro que não o pretendido, continua a ser passe...

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  22. Vocês escrevem, escrevem, mas a realidade é esta:

    1ª Jornada- Penálti claro escamoetado ao Benfica por agressão a cotovelo sobre Nuno Assis.

    2ª Jornada - Penálti escamoteado ao Benfica por empurrão nas costas de Fábio Coentrão.

    - Expulsão perdoada a Quaresma.

    - Livre indirecto muito, mas mesmo muito discutível (eu nunca tinha visto assinalar falta num lance assim)

    CLASSIFICAÇÃO FORMAL:
    Porto 6
    Sporting 3
    Benfica 2

    SEM ERROS DE ARBITRAGEM SERIA ASSIM:
    Benfica 6
    Sporting 4
    Porto 4


    Mesmo com o Apito Dourado a correr, por vezes parece que tudo continua na mesma.
    Era assim (nas primeiras jornadas) que nos anos 90 ganhavam campeonatos. Tudo parece seguir o mesmo guião, comum desde há 30 anos para cá.
    6 pontinhos (+2 e -4) já lá vão. Assim se constroi um campeão.

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  23. pavlovdoorman, regressaste pá!
    Mas isso da estalada e correspondente sumaríssimo é só quando a cor a punir é azul.
    os rapazes são uns santinhos e têm muito quem reze por eles, coitados.
    lf, são escusadas provocações.
    Vi no Bessa o Leixões-Benfica e confirmei na tv: o Ezequias é mais alto, mais pesado e mais forte do que o meia-leca do Nuno dopado Assis. O defesa está a controlar a bola, o espaço e o adversário, não há falta nenhuma.
    O Fábio Coentrão viu pela tv o pior da escolinha simulão sabrosa. Depois do Mundial sub-20, o Coentrão pensou que aqui pegava porque lá não colou. E será o próximo alvo dos atentos aos simuladores - já que Liedson vai passar o resto da vida impune como até aqui.
    A realidade é outra:
    Vai à vida!

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  24. OK amigos dou perfeitamente a mão à palmatória, terá sido o Pedro Henriques, sei que era de Lisboa ou de Setúbal o que vai dar ao mesmo, são todos feitos do mesmo barro...Esse até é militar, assim ao gosto do Orelhas -um João Ferreira II- que gosta muito de homens fardados, são mais elegantes!...Com aquele simulacro de "penacho" na carola, tipo ninho de cucos mal amanhado, mesmo assim você gosta, Luís Filipe CôrdeRosa?...Porque será, será da G3?...Ou da FBP?

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  25. Olá a todos.
    Este programa da TVI não tem qualificação possível. Dá tarde e a más horas interrompem por tudo e por nada, e o ex- árbitro a ca... sentenças. Lá lhe voltou a azia.
    Espero mas que nos possámos manter longe da "paixão" do futebol.
    E a cara do P.Bento no passe ao gr disse tudo. Substituiram um franguiero por outro mas tótó.
    Saudações Portistas.

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  26. Tenho cá uma ideia deliberadamente simples , que é esta :

    -Se o Raúl Meireles tivesse rematado por cima da barra
    (e o F.C.PORTO não tivesse ganho ), a esta hora , as sumidades do apito estaríam todas de acordo - que o PROENÇA tinha decidido MUITO BEM !

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  27. A questão do corte/atraso será facilmente entendida, até pelo mais impedernido dos "chorões", utilizando o exemplo dado pelo zm anteriormente.

    Imaginemos que o Tonel e o Stojkovic não estavam lá e que, por isso, o Postiga e o Polga seriam os últimos jogadores antes da baliza. Será que o Polga iria cortar a bola da mesma forma, em direcção à baliza, marcando assim auto-golo? Não. Cortaria a bola para o lado, obviamente. Mas não foi isso que aconteceu. Polga endossou a bola DELIBERADAMENTE na direcção da baliza porque sabia que lá estavam o Tonel e depois o Stojkovic para a receber. Ora, se isto não é um PASSE...

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  28. A bola é colocada deliberadamente na direcção do Tonel -para mim só pode ser considerado passe- para que este possa dominar melhor a situação e despachar a bola num melhor sentido. Polga percebe que atrás dele ainda estará o guarda redes, deixa seguir, no fundo remete o passe para o Stojkovic este olha em volta e deve ter tido uma branca momentânea, decide pegar na bola devido à aproximação do Postiga em vez de a despachar como deveria ter feito até por uma questão de segurança e faz falta! Claro que todos os Lisboetas dizem que não é falta e pasme-se -só o Paulo Bento reconhece a leviandade do Stojkovic- o que lhe está a custar ser mimado com acusações do tipo: devia ser mais prudente, não falar no imediato, isto é devia ser tão cínico como os seus críticos estão a ser. Ele percebeu no campo o que estava em causa e pôs as mãos na cabeça ao ver a asneira dos seus atletas, reagiu a quente disse o que sentia, não o que DEVIA dizer e vai pagar por ter sido sincero!

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  29. afinal, o ano passado ficou um PENALTY NO COVIL DO LAGARTO. A SITUAÇÃO ENTRE POLGA E PEPE FOI IDENTICA À DO QUARESMA\E VELOSO

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  30. Umbundo :

    Concordo contigo.

    No ano passado roubaram-nos um penalti claro e a consequente expulsão do Polga . Este ano , não roubaram nenhum penalti ao Sporting !

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