*News of the World, em inglês técnico.
Está para fazer em Dezembro 31 anos da morte, nunca esclarecida mas que configurou um assassinato, de Francisco Sá Carneiro.
Fez 42 anos, ontem, que o Homem (Neil Armstrong) chegou à Lua.
Daqui a dois anos vamos levar com a enxurrada de "footage" do assassinato de JFK em Dallas, algo que o Canal História já começou a passar.
Passa-se, agora, o desmantelamento da peregrina ideia de, entre tantas nações tantas vezes beligerantes entre si, fazer os Estados Unidos da Europa e quanto mais alargados pior. Tudo por causa do euro, como se o dinheiro, e o poder, não fossem a causa das guerras ou das zangas diplomáticas e arrufos vários entre os povos, mesmo em Democracia.
Discute-se, muito timidamente por cá, a extensão e a profundidade do que representa o que se passa com o "phone hacking" de um tablóide inglês. Quase envergonhadamente, a TVI e a RTP já têm enviados em Londres mas provavelmente já de volta após a sessão parlamentar de ontem em Westminster.
Toca-se no assunto com luvas de pelica: ontem, Joaquim Vieira tinha quase relutância em falar de casos graves da nossa Imprensa, ele que dirige o Observatório da Imprensa, em Portugal. Foi na SICN e era tanto o pudor como a inutilidade de falar nisto, que queima e mostra o corporativismo existente a esconder a mediocridade latente que afunda as vendas dos jornais e a credibilidade de toda a Imprensa.
Entre muitos fait-divers, dos que esticam os telejornais por mais de uma hora como se valessem ao quilómetro, sabe-se agora que o Nepal vai pedir a medição exacta do pico Evereste, o "tecto do mundo" no coração dos Himalaias e que faz o "postal" daquele país encravado entre os gigantes China (a norte) e Índia (a sul), com o malogrado Tibete de permeio. Outro momento de distração, fora o entretenimento de que falava um jornalista há dias na tv a propósito das contratações de jogadores, foi uma mulher descobrir ao sair da cama que tinha um buraco de 1 metro de largura e 12 metros de profundidade. Foi na Guatemala, onde há poucos anos uma rua aluiu e deixou um buraco ainda mais descomunal, mas proporcional ao espaço exterior num cruzamento de ruas.
Há poucas semanas aconteceu uma explosão num prédio, felizmente sem consequências de maior em humanos com com destruição que arruinou bens de dezenas de pessoas, fora o susto fenomenal e um prédio esventrado. Suspeitou-se de crime, de potencial suicídio, mas a alegada autora acaba de sair do hospital e falou de tudo como se nada se tivesse passado.
Um dia depois, o CM diz que ela esqueceu-se mesmo de tudo, como lhe convém dizer e como o seu assessor de Imprensa prefere limitar os danos, sendo referido que estava com a actriz à saída de um tratamento e não custa aceitar que intermediou todo o acesso da véspera das tv's à figura pública. Na SIC, a repórter falou com Sónia Brazão como se fosse uma admiradora, tu para cá, vive para lá, estamos todos contentes e por aí fora. Na TVI não se tocou no assunto que foi noticiado como configurando um crime, felizmente com consequências muito menos sérias do que o potencial que encerrava para uma tragédia.
Ninguém se revolta com isto, servido diariamente nas tv's que andaram anos a encobrir os desmandos socialistas, como a capa do Espesso "FMI já não vem" do jornal este ano dirigido pelo jornalista agora capaz de desencantar que Manuel Moura Guedes mandou um sms a Pedro Passos Coelho a alertá-lo por causa de um quase desconhecido personagem dos escritórios vedados do poder mediático e, uma semana depois, a dizer que esse tipo, subitamente famoso, foi investigado pela "Secreta", como se isto fosse a saga trotskista do glorioso tempo do estalinismo que vendia os amanhãs que cantam entre os Gulag e a perseguição política fora da Cortina de Ferro.
A queixa na ERC contra a tv dos bimbos não foi noticiada em A Bola online, mas o FC Porto apresenta uma queixa na PJ por A Bola vender cromos em forma de revista de balanço de fim de época, sem ter mexido uma palha institucional para denunciar os desmandos da tv dos bimbos, pelos vistos mais incomodativo para dezena e meia de adeptos, quase anónimos, que viram a Entidade Reguladora condenar, mais uma vez, om conteúdo e a filosofia da emissão benfiquista.
O poder perverso da Imprensa não deixa de ter consumidores, acéfalos, sem se darem conta dos interesses dos magnatas do sector que têm os média como forma de chegarem a outros negócios e influenciarem políticas. É com Murdoch, com Berlusconi, até com Joaquim Oliveira. Assim chegamos à crise do Euro, enquanto o velho dólar resiste a tudo graças à máquina de imprimir dinheiro de Fort Knox. Como chegamos à crise da Imprensa. Pelo dinheiro e o poder. Para influenciar a política. E a má política conduz à guerra, mesmo que mascarada com apelos às russas para se despirem em forma de apoio a Putin.
O mundo continua a girar. Mas um aumento de 15% nos transportes, hoje anunciado, não é o fim do mundo, apenas a consequência de como ele vinha girando, desgovernado na sede do poder e mal escrutinado pelo chamado Quarto Poder, que cada vez mais é o poder na sombra, pelo interesse alargado dos seus patrões, enfraquecendo-se e perdendo credibilidade com os meios reduzidos que se restringem e os fantoches editorislistas que se impingem, e cada vez menos o poder de vigiar o poder.
É só uma sugestão de leitura, de diversas leituras, própria deste tempo estival também ele mal definido.
adenda: já agora, excelente apontamento de Daniel Deusdado (no JN), um jovem que pensa adulto e como sénior e que há muito aprecio e com quem em geral concordo.
Vamos lendo e vamos vendo, enquanto não sabemos se Moutinho e Falcao saem do FC Porto e se Danilo e Alex Sandro valem o que custaram.
Por mim, estou a ler um livro excelente, de extraordinária escrita - seguramente pendente de uma irrepreensível tradução - e maravilhoso enredo baseado em factos reais e históricos, cruzando a Guerra Civil de Espanha, da qual nunca tive interesse e mal sabia os contornos, e as purgas estalinistas em Moscovo, de que muito li desde Soljenitsin, com a perseguição a Trotsky pelo Mundo, de que apenas soube do assassinato. É de um cubano, fala também da Cuba tão livre quanto o restante mundo utópico-socialista/comunista, Leonardo Padura, e chama-se "O Homem que gostava de cães". Sem o Bobby e o Tareco...
Mas não há ursinhos de peluche. Só ursos. Vorazes.
Boa tarde, gostaria de saber como posso contactar o Administrador.
ResponderEliminarCumprimentos.
Zé Luís:
ResponderEliminarJá li Trostky, Lenine ou Engels associado a Marx.Já li isso tudo e enjoei.
-Agora estou a ler uma série de livros que denunciam bem a tecitura do que se passou e passa no Mundo...
Por exemplo, Noam Chomsky, "A Democracia e os Mercados na Nova Ordem Mundial" ou "Iraque, Assalto ao Médio Oriente"- Chomsky professor Universitário Norte- Americano de Filologia sabe muito bem do que fala. E não fala só de Economia, fala da Política Americana, do Imperialismo agressivo que vai subordinando meio Mundo à mítica ideia do "sonho Americano" desde o século XIX...Coisas que vêm de muito longe. Desde que -por exemplo-, os Estados Unidos roubaram Cuba à Espanha ou o Arizona eu o Texas aos Estados Unidos do México...
-Em Portugal, o actual governo "quer repor a Justiça Nacional" tirando aos salários e destruindo a regulamentação laboral para dar "margem de manobra" aos Empresários "nos seus ansiados despedimentos" e liquidez aos Bancos, que curiosamente pagam de Imposto metade daquilo que paga qualquer outra Empresa Nacional...Justiça Nacional, Distribuição Equilibrada dos Sacrifícios...
Mas, como sempre, cada um vê aquilo que mais lhe interessa.
-Até agora -não há muito- eram os Portugueses que -malandros- tinham comprado demasiadas casas, carros e bens mobiliários, os grandes responsáveis pela crise Portuguesa senão pela crise Mundial e Universal.
-Falar dos Mercados(?), chiuuuu, nem pensar!
-Depois juntaram-se-lhe a Grécia -melhor dizendo, os Gregos, "outros grandes malandros"- e que surpresa (!) a longa distância a Irlanda, que até tem uma Dívida Monumental, tão grande ou até superior às de Portugal e da Grécia juntas, mas "muito diferente" na opinião dos "conhecedores"...E descobriram -milagre dos milagres- que o Estado da Califórnia também está na bancarrota...Como? Um estado liberal e Norte Americano, na bancarrota?...Não pode ser, deve ter sido tudo obra do Partido Socialista Estado Unidense!...Mas não as coisas não ficam por aqui a Islândia entrou em colapso - ainda nós não ouvíamos falar em Default- e decidiu Hibernar...E até a China, pasme-se, tem uma série de autarquias à beira de um monstruoso déficit económico para além de um ambiente completamente destruído em nome do Hiper-Desenvolvimento...
Na Cidade de Detroit -pátria da exemplar General Motors-, vive-se em grandes dificuldades.Entrou em colapso...Em Port-Arthur constroem as Refinarias de Petróleo do Tio Sam em cima dos bairros habitacionais e despejam sobre essas populações matérias nocivas em cada um dos dias do ano...Chamam-lhes "transtornos momentâneos"...Tudo em nome do Desenvolvimento e do AmericanDream!
-Vimos bem os bons sonhos que devem ter todas aquelas pessoas.
-Não importa, na maioria até são Negros e Desempregados e vivem das esmolas Sociais, é para arrumar.
-Por aqui já falam da Itália, da Espanha -já falavam há muito, mas calaram, que os Espanhóis "são muito trabalhadores"- da Bélgica???...Pontos comuns? Talvez nesses Países trabalhem muitos Portugueses...Mas também no Luxemburgo e na Alemanha, ou na Suíça, desculpem, não percebo, esses Países não estão muito bem, também?...
Renegociação da Dívida?...Chiuuuu, nem pensar, os Mercados podem reagir mal...
Mas, surpresa das surpresas, em Bruxelas, hoje, dia 21 de Julho a Comunidade Económica Europeia, decidiu avançar com medidas que permitam prolongar os prazos de pagamento das Dívidas e diminuir aos Juros...Renegociação? Nâ, Não, nem pensar...
Ora Fodasse, eu até sou bruxo, não é que estava mesmo certo!
meireles, até agora o mundo habituou-se e gostou de viver assim, agora paga pecados veniais.
ResponderEliminarNão há troca de conceitos (de renegociação): se prolonga o prazo de pagamento, e até com menos custo quando custuma ser o contrário (como saberá quem recorre a um banco para prolongar no tempo o pagamento da sua dívida), parece-me que é uma situação melhor, chame-se-lhe o que se quiser.
Chomsky conheço, um adorador do chavismo na Venezuela que se revoltou há dias contra a detenção de uma juíza que fez o seu trabalho sem atender às recomendações do Poder que quer controlar a Justiça.
Chomsky também deve ter algo a dizer da Coreia do Norte, país do qual acabei há pouco de ler um livro, o último antes deste que leio agora.
Penso que não adianta muito queixar-se ao "Totta". Há dívidas para pagar e toca a pagar. Afinal, o dinheiro sempre teve um custo. Andou-se foi a tergiversar sobre o seu verdadeiro preço. E isso paga-se também. Conceitos ideológicos? Bah...
Em Dezembro, a 4, farão 31 anos da morte de F. Sá Carneiro...
ResponderEliminar...foi em 1980.
Tá corrigido, obrigado, até queria dizer 30 anos, apontava para 1981, mas é certo que foi em 80.
ResponderEliminarZé Luís:
ResponderEliminarRenegociação É renegociação, aceite precisamente um dia depois do projecto do PCP sobre essa matéria ter sido chumbado na Assembleia da República, por ter sido considerado "irrealista"...
"Quer-se dizer" se forem os Comunistas a proporem é "irrealista e pouco oportuno" se forem os Ministros Europeus a decidir -porque consideram indispensável-, é "genial e muito satisfatório"...HIPÓCRITAS Refinados!...
Veja Zé Luís, as notícias de hoje no Público em papel e no pós decisão de Bruxelas:
NOTÍCIA EM PAPEL:
"Governo não assistiu ao chumbo da proposta do PCP de renegociação da dívida"
"Projecto de resolução teve apenas votos favoráveis do PCP e BE. PSD, PS e CDS rejeitaram a proposta, classificando-a como "perigosa", "irresponsável", "facilitista" e "populista"..."
NOTÍCIA ON-LINE:
"Cimeira europeia em Bruxelas
Juros dos empréstimos europeus a Portugal vão cair para 3,5%
As taxas de juro dos empréstimos do fundo europeu de estabilidade financeira (FEEF) para a Grécia e, consequentemente, Portugal deverão ser reduzidas para valores a rondar os 3,5 por cento, enquanto que os respectivos prazos de reembolso serão prolongados de sete anos e meio para, no mínimo, 15 anos.
Estas medidas fazem parte da reforma do FEEF que está neste momento a ser negociada entre os líderes da zona euro durante uma cimeira especial, em Bruxelas, na perspectiva da definição de um novo pacote de ajuda à Grécia.As condições dos empréstimos do FEEF acordados para a Grécia serão igualmente aplicados a Portugal e à Irlanda”, afirma o projecto de acordo que está a ser discutido pelos líderes.
A reforma do FEEF incluirá igualmente a criação de linhas de crédito flexíveis para ajudar de forma preventiva e, se necessário, a Itália e a Espanha, que enfrentam actualmente um agravamento dos seus custos de financiamento no mercado.
Mais importante ainda, os Dezassete deverão dar luz verde à utilização do FEEF para a compra de dívida no mercado secundário, uma possibilidade a que a Alemanha se tem oposto até há pouco. De acordo com um diplomata europeu, esta possibilidade só deverá ser admitida para a Grécia, que poderá reduzir por esta via uma parte do volume da dívida.
A questão mais difícil das negociações, o envolvimento dos credores privados no novo pacote de ajuda à Grécia, está, por seu lado, prestes a ser resolvido no quadro de um acordo que está a ser concebido com os dirigentes dos principais bancos europeus, igualmente presentes na cimeira. De acordo com um diplomata europeu, os bancos propõem assegurar a renovação da dívida grega durante os próximos quatro a cinco anos, num valor de 150 mil milhões de euros, com uma perca de 20 por cento."
meireles, não pretendo dar lições a ninguém, mas é bom abrir os olhos e ver como são os outros, sejam mercados ou investidores, que têm a faca e o queijo na mão. E a expectativa, para Bruxelas, era precisamente que os financiadores cedessem um bocadinho, e assim aliviaram mesmo a Grécia e, por tabela, Portugal e a Irlanda.
ResponderEliminarGoste-se ou não, porque se andou a assobiar para o ar nos últimos 10 anos - a dívida do sector público de transportes TRIPLICOU e vai em 16 800 ME, 10% do PIB, daí não poder espantar que, agora, se adeque os preços ao que foi mandado para debaixo do tapete para que tudo parecesse correr bem cá na parvónia onde o Zé povinho não gosta de dar por nada e aceita ficar na ignorância e também não faz contas de cabeça nem contas à sua vida e no que os serviços custam para o servir! -, as coisas funcionam mesmo assim. Estamos de cócoras, perceba-se de uma vez por todas, e não ditamos nada a ninguém. Agora, quem quiser barafuste, mas saiba com quem e porquê!!!
Esta é a factura, ou uma das muitas, que temos de pagar pelo desnorte e o desgoverno. Fora disto, é DEMAGOGIA. Custa e custa a aceitar, mas é assim.
O Mundo, melhor dizendo a Europa, organizou-se de uma forma completamente diferente no pós Guerra e nomeadamente durante a existência da URSS...Com o desabrochar da "perestroika", que eu também aplaudi, pensei que as coisas seriam ainda melhores que até ali, mas errei, porque as Políticas Sociais na "Europa Ocidental" viviam unicamente dessa necessidade de se mostrarem como contraponto e feitiço ao outro lado do Muro...Caída a URSS e restantes Países do Bloco de Leste na corrupção mais absoluta, o Capitalismo abrandou o seu empenhamento e investimento na Europa Social e mudou em absoluto a sua preocupação para Continentes que já antes experimentara timidamente.
ResponderEliminar-Essa mudança estratégica foi sem nenhuma dúvida a mola real do que está agora a acontecer com tanto estrondo...O Capitalismo, tornou-se totalmente Financeiro, por ausência da necessidade de se mostrar de outra forma e redundou em toda esta bagunçada.
Porque a sua vertigem rondou as raias da loucura e foi a limites eles sim, completamente IRREALISTAS e IRRESPONSÁVEIS...
Mas enfim, "o que é verdade hoje, deixa de o ser amanhã...Cavaco dixit...
Os mercados -os investidores, a Banca- só têm a faca e o queijo nas mãos porque os Estados estão controlados por eles...A Dívida Pública destes Países disparou a partir da sua entrada no Euro.
ResponderEliminarEssa entrada foi condicionada pela troca de soberania -aparelho produtivo e legislação- face ao recebimento de uns Milhões largos de Euros que rápidamente voltaram ao seu lugar de partida, os Países - a Banca de alguns Países - que o emprestaram...
Esta súbita generosidade é apenas testemunho de algum REALISMO Político porque esta posição beneficia TODOS...
Conceitos ideológicos, meireles, além de más perspectivas históricas.
ResponderEliminarA diferença do tecido e da evolução social não era do Ocidente para o Bloco comunista, era o inverso e eles nunca o demonstraram.
De resto, sobre o dinheiro abundante no Ocidente, o impulso social daí decorrente resultou da ajuda americana do pós-guerra (Plano Marshall). Algo que até Estaline quis para a URSS!!!
A diferença, no Ocidente, é que, depois, uns países portaram-se a sério e tornaram-se ricos e outros definharam e permaneceram, coincidentemente com a precisão geográfica, na periferia onde ainda estamos: geográfica, geopolitica e financeiramente.
Quanto à ideologia, essa morreu para todo o sempre, a de que o Estado é que controla. Com o socialismo súcio em Portugal andamos para trás, mesmo com camiões de dinheiro da CEE.
Se coisa aprendi, com a vida prática, depois de ler os livros, é que o Estado não tem que funcionar como funciona em Portugal e nos países que, caindo nessa modorra, se atrasaram irremediavelmente.
E só faltava agora voltarmos à nacionalização da banca e por aí fora. Esse mundo acabou e há-de acabar até no desterro da Coreia do Norte. Nem a China vive agrilhoada nos preconceitos e sabe meter o capitalismo no seu comunismo, profecia de Deng Xiao Ping: para que interessa a cor do gato se é para caçar ratos?
Agora apenas relativamente ao Porto, gostei da primeira parte especialmente dos primeiros 20 minutos, depois daquela falha de todo o tamanho do Fernando -que demonstra que tem alguma dificuldade em domar a bola- o Rio Ave empertigou-se e perdeu o respeito começando a dar nas pernas.
ResponderEliminarO Porto definiu o resultado e depois entrou naquela história das substituições sem fim e sem nexo...Mesmo assim gostei das segundas linhas da linha média, os dois centrais Maicon e Sereno não seguraram a qualidade de intervenção e o trio de ataque foi razoável...Kelvin tem boa pinta, mas Addy também, assim como o Cristhian, parece-me no entanto que os dois últimos, devem tentar ganhar mais experiência rodando noutros Clubes...Porque não na Académica?
Um abraço.
Quanto à soberania, cedendo nos sectores de produção, isso foi antes do Euro, muito antes.
ResponderEliminarDa mesma forma, a Esquerda não pode andar contra a UE e o capitalismo com quem, afinal, quer "renegociar". Ou luta no seu âmbito ideológico, ou só lança a confusão. É para isso que a Esquerda tem servido.
O problema do comunismo sempre foi o capital e a falta dele. Por isso aquele mundo etéreo naufragou: primeiro a URSS, depois os satélites onde se vivia relativamente bem com a ajuda do dinheiro soviétivo.
Até em Portugal se viu o que o PSocialismo faz com o dinheiro: gasta e endivida-se.
Isto não é futuro. E a História provou que a Utopia não tem pés para andar, só mãos para matar.
O problema do Comunismo é o egoísmo dos homens...As intenções nascem bem e distorcem-se depois com o conhecimento das situações e o oportunismo!
ResponderEliminarA destruição do fraco aparelho produtivo Português aconteceu com os subsídios para não produzir -"ipsis verbis"-, Agricultura, Têxteis, Pesca, Construção Naval, para com isso permitir a entrada dos produtos dos Paíse mais fortes nesses sectores na Europa...Nem sei como Viana do Castelo resistiu até aqui, talvez porque aceitou melhor as regras que lhe foram sendo impostas...Foi uma questão de tempo.
Eu próprio já vivi essas situações.Assisti à destruição metódica de muitos lugares de trabalho...Metódica e cínica por razões completamente irresponsáveis e de desvio de capitais...Resisti enquanto pude e fui quase ao limite.
Não tenho nenhumas ilusões, mas quem está na mó de cima, tem que ter a consciência de que tudo isto é muito volátil e facilmente destruível.Não há segurança nenhuma, ou melhor a insegurança tornou-se a regra e esta passividade de quem leva no lombo de forma muitas vezes inconsciente tem limites.Eu acho até que a decisão de hoje é uma tomada de consciência de alguns sectores que até aqui andavam narcotizados...E ainda bem que despertaram.Salvé!
Só a Utopia dos mercados é que tem espaço no mundo, obviamente, com mãos invisíveis e quejandos que tornam os 5% mais ricos a ter 80%do capital.
ResponderEliminarDepois aparecem Grécias, e já vêm tarde.
Quanto aos bancos terem a faca e o queijo na mão, digam-lhes que assim não pagamos e vejamos quem fica com mais medo. Aliás, até o the Economist já disse que os ratings e os juros estão como estão porque é óbvio que os países não vão pagar as dívidas todas. Ai estes comunistas...
Mas ainda há quem ache que este PS tem algo de socialista depois da conquista pelo Soares, e depois não há conversa possível.
nightwish, o "não pagamos" é até precisarmos de dinheiro outra vez... e não termos quem o empreste. Não sei como há quem ainda pense assim, enfim...
ResponderEliminarmeireles, o egoismo, antes do comunismo, já tinha sido assumido pelo Rousseau na teoria do bom selvagem. Depois queixem-se...
ResponderEliminarZé Luís, a Esquerda tem que cumprir o seu papel assim como a Direita faz o seu que é absolutamente contrário àquele.
ResponderEliminar-Uns defendem aquilo a que chamas Utopia, construir um Mundo melhor abraçando todos sem nenhuma excepção, e que é um sonho que só deixa de poder ser pensada e desejada quando o Homem deixar de poder sonhar ou pensar...Outros negam a possibilidade ou a capacidade de sonhar e realizar um Mundo global melhor, embora desejem um Mundo bem melhor e feliz mas só para eles...Podes admitir isso sem problemas.E assim definirmos e aceitarmos melhor os nossos pontos de vista ou divergências.Sem dramas.
Há um ponto em que as duas concepções do Mundo se podem encontrar e encaixar perfeitamente, como numa relação entre duas pessoas.Numa relação entre duas pessoas há sempre uma fatia de domínio que se quer implementar de um lado ou do outro, se um dos lados dominar totalmente o outro perde-se a noção do respeito e com isso a possibilidade de manter uma relação duradoira, produtiva e saudável...É preciso estar aberto a esta realidade e não enveredar por extremismos.
ResponderEliminarNeste momento há pontos de comunhão a seguir e esses pontos comuns passam pelo respeito dos aparentemente mais fortes, pelos interesses e necessidades dos mais dependentes e desesperados.
A isso se chama Contrato Social já que falamos aqui em Jean-Jacques Rosseau...
A imagem apresentada do coitado do Burro é elucidativa, verdadeiro Burro é o dono que lhe pediu mais esforço que aquele lhe poderia dar.Foi atingido o limite da exploração do esforço dos que estão na condição de obedecer e prestar serviço.
ResponderEliminarFoi uma oportunidade para colocar o Animal num nível mais elevado que o Homem...É uma Metáfora.
"Um incêndio de grandes proporções destruiu, quinta-feira à noite, o pavilhão de uma unidade têxtil em Ribeirão, Famalicão. As causas são ainda desconhecidas, mas a vizinhança não ganhou para o susto, tal o aparato de bombeiros que acorreu ao local. Veja o vídeo."
ResponderEliminarJN de hoje 22 de Julho de 2011.
É esta a estratégia produtiva dos nossos empresários...
Não é uma questão de não pagar, é uma questão de que eles também não sobrevivem sem nós.
ResponderEliminarAssim, preferem matar-nos à fome, esquecendo-se que depois ficam sem alimento. É que estes empréstimos não são para pagar como estão, porque tal é completamente impossível, ao contrário do que dizem os papagaios de gravata.
Não sei, pode ser que quando as pessoas ganharam o que ganhe um chinês digam alguma coisa. Será tarde, mas ao menos que acordem.
A imagem do burro conduzido pela burrice do dono à impotência de poder contribuir com o seu esforço, é bem a imagem de Portugal...-Esticou-se demasiado a corda.
ResponderEliminar"Os homens querem contribuir para o interesse geral, mas a incompetência e a estupidez de quem os conduz, invalida esta pretensão...Coloca-os suspensos, sem poderem agir naturalmente."
Boa imagem Zé Luís, obrigado.
Não sei de quem é essa citação, meireles, ms é sempre bom contribuir para a reflexão geral, aliás o meu objectivo primordial.
ResponderEliminarResta saber quem foi o dono que nos conduziu a isto, à sobrecarga do burro.
Importa, mais importante ainda, perceber em que condições nos deixamos conduzir para não incorrer no mesmo fard/encargo.
Acho que melhor lição do que esta não há. E é a 3Ç vez em 30 anos que somos socorridos pelos que têm dinheiro. Além de não cuspisrmos na mão que nos alimenta, era bom que definitivamente não voltassemos a cair neste marasmo.
Creio que partilhamos a mesma ideia. Infelizmente, desde o tempo da outra senhora e por conta de uma sociedade - espelhada na CRP pós 74 - que sempre viveu às custas do Estado e dependente dele, o que ninguém pode contestar.
A História das sociedades comprova as fraquezas dessa opção, mais do que outras opções. É certo que o capitalismo teve sempre problemas sociais e o comunismo problemas capitais. Mas sem estes, o comunismo morreu, é impraticável e foi testado de todos os modos, mais ou menos suaves e/ou humanizados, e por gente do mais diverso calibre e raiz, nos quatro cantos do planeta, e por muito que custe a alguns o modelo capitalista, o gerar dinheiro, riqueiza e sustentabilidade - obviamente excluindo exageros e atentados diversos à HUmanidade e até à Natureza (algo que nem o Comunismo protegeu) - para que as populações sobrevivam. E é incontornável que uns terão sempre de sobreviver, sem chegarem ao desejado patamar de igualdade mas dando-lhes oportunidades, enquanto outros viverão na ostentação, mas a História deu-nos lições e exemplos em abundância para, no século XXI, sabermos perceber as diferenças. Sem prejuízo, de facto, de atendermos a outros pensamentos e filosofias, mas nunca ficarmos condicionados por elas. Como tu também concordarás.
Abraço.
http://aeiou.expresso.pt/presidente-demitida-com-elevada-indemnizacao=f663499
ResponderEliminarO último resquício do socialismo em Portugal.
Eu ainda não percebi o que essa gente tem a ver com socialistas...
ResponderEliminarHá-de ver se o boy q vai para o lugar dela vai fazer da capital da cultura um sucesso a nível mundial. Mas esse já não vai ser por ser socialista, deve ser da crise e dos que ganham acima das suas possibilidades.
A frase é minha.Apenas quis dar-lhe algum destaque.
ResponderEliminarMas estas coisas não têm nada a ver com os Socialistas, são coisas de quem sabe colar-se ao Poder e tirar proveito dele...Veja o que se passa na Madeira, a CGAposentações decidiu exigir -depois de ver alteradas em finais do ano de 2010 as normas de Aposentação- a devolução dos rendimentos de pensões a quem acumulava estas, com outros rendimentos provenientes do Estado ou de empresas a ele ligadas...Já li hoje no Jornal que voltaram atrás, talvez porque estão a mexer com gente importante e levaram uns estalos e aqui, a maioria da gente citada nem é Socialista!
Vejam bem que o Administrador nomeado da CGD é cunhado da recentemente falecida Maria José Nogueira Pinto que por sua vez foi Administradora da Santa Casa da Misericórdia.
O filho do autarca Luís Filipe Menezes já está na corrida -melhor dizendo já lá mora- ao lugar que o pai deixou aquecer...E é um totó de todo o tamanho, até se baba.
Isto é uma verdadeira lotaria rotativa familiar...Cai um, entra logo outro, para os rendimentos familiares não diminuírem nem a sua influência no Poder...Não se vê isto no PC ou no BE, porque estão fora do Poder?, claro, desde 1975!...Os que apenas queriam poleiro saltaram para outros apeadeiros que os pudessem fazer entrar no comboio do sucesso, alguns estão já à frente de estâncias Comunitárias, sem terem sequer mostrado talento em Portugal...Há quem esteja muito preocupado com o facto do nosso PR ganhar apenas 7500 Euros que, somados aos 800 da Maria fazem 8300 mensais, nada mau para as despesas e o trabalho que eles têm, se ele quiser eu troco com ele já!
E eu nem sei se acumula com alguma outra pensão que já receba...