18 abril 2016

O livro vermelho que o Politburo do Dragão deve ler (1)

Mais uma entrevista de Pinto da Costa e ainda tantas pontas soltas. Muitas boas intenções e outra vez uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Os basbaques ficam com o que gostam de ouvir, como lêem o que gostam de ler e confiam em quem se habituaram a confiar. Nada de novo, apenas o recuo em vários aspectos e a confirmação de não ter trunfos na manga, apenas a velha caderneta de cromos.
Parece que quer emendar alguns erros, mas a verdade é que são erros repetidos: orçamentos elevados sem retorno desportivo e conversas da treta à volta do aleatório que implica o futebol - mesmo as cadeiras da arbitragem são o que são porque há muito o FC Porto se retirou de cena e diz que não quer voltar, regozijando-se por Vítor Pereira sair quando João pode vir o João Ferreira está para entrar com Fontelas Gomes... 
Já os erros de gestão, de relapsos dirigentes pagos para não os repetirem se não conseguem melhorar os seus resultados, ficam sem responsáveis, enquanto caiu mais umas palavrinhas sobre Lopetegui... ainda vamos saber o que tomou ao peq alm no dia do último jogo!
A afeição a práticas políticas e de gestão do PCP, sobre Banca e fiabilidade histórica de gerir dinheiro público nos paraísos socialistas reduzidos a pobreza bolivariana apesar das trombetas esganiçadas da Catarina Martins, numa simpatia de vinco socialista mais abrangente, não é digna de um chalaceador de almanaque, mas confirma os tiques ditatoriais impostos e já infeliz marca da casa. Não surpreende o regime censório instalado e a prática eleitoral seguida, com vigilância pessoal do acto na primeira pessoa. Não acerta uma, por muitas entrevistas que dê só reafirmam a sua incapacidade. Daí ser oportuno sugerir o que indico e já tinha escrito ontem. 

Podem estranhar a cor, até por ser rara nos muitos livros de Peter Drucker, um pensador de Gestão que influenciou muitas das grandes empresas americanas e Bill Gates himself... Se Philip Kotler reina no marketing, Drucker é um must sem ser formado em Gestão, tão só ciência política e relações internacionais como até Miguel Relvas deva conhecer... 
Este é só uma compilação de reflexões e um apanhado da bibliografia de Drucker, feita por um antigo associado. Volta e meia trouxe aqui um ou outro tópico ou frase de Drucker. Quando falta tanta coerência de gestão no FC Porto, trarei por estes dias aspectos que comprovam a falência do regime norte-coreano instalado no Dragão.  O vermelho acaba por ser irónico sinal de perigo que o decrépito Pinto da Costa não entende, porque práticas sadias na SAD é algo inexistente e razão do fracasso actual. 
Pinto da Costa passou a criticar O Jogo, como atazanou a sua existência desde o primeiro momento, salvo quando precisou combater o off Record vai fazer em Outubro 20 anos. Por alguma razão acolheu o então director Tavares como se o FC Porto seja uma misericórdia para inválidos, para mais num sector de me®dia que expõe o atraso atavico do clube na era imparável da Informação e conhecimento que nenhum ditador controla mais a cem por cento - mas com mais recursos gastos, financeiros, técnicos e humanos, sem resultados e com suave intenção de responder agressivamente (uiuiuiui...) como se vá pôr alemães a tremer das pernas, sem forçar a nota no FB... Patético.
As duas páginas de Manuel Queirós de domingo, mais o par das de sábado motivaram mais um ataque e um toque a rebate do velho caudilho. E, contudo, apesar da sua integridade também patente por não beliscar velhos amigos hoje instalados no Dragão, MQ encheu um chouriço para contar pouco do que foi chegar a este ponto de contestação aberta e indisfarçável a Pinto da Costa.
Se MQ quiser desenvolver mais duas páginas a partir do seu último parágrafo, também pode esforçar-se por compreender o que é economia social, em que podem integrar-se e comparar-se os clubes, perceber mecanismos básicos e acessíveis de gestão e aprofundar seriamente as razões do fracasso organizacional que afundou o FC Porto e sem sinais de se recompor usando velhas fórmulas, usados colaboradores e truculentos instrumentos de repressão informativo e obscurantismo ideológico de caducas formas de vitimizaçao.
A verdade que MQ não percebe ou não ousa aprofundar , é que os factos provam que o FC Porto ficou refém de velhos métodos e não avançou ( na verdade, aflora, diz isso, mas não concretiza) não se agilizou e, pior, falhou no autocontrolo e baniu assim a autocrítica para que todos os erros sejam escalpelizados - internamente. 
Com excertos deste livro pode perceber-se melhor como o FC Porto não evoluiu. E o tacanho e passadista modelo eleitoral, vergonha numa democracia, é o último retrato e relato fiel da caducidade do regime autocrático, autofagico e censório instalado na nomenklatura ditatorial que aniquilou o crescimento do clube no auge do seu poder para expor a limitação da SAD usando o Princípio de Peter.
Não tenho entrado nas questiúnculas das bolas nos postes, das gp, das arbitragens, porque os veículos informativos da SAD são pagos para fazê-lo sem o fazerem numa falha que o presidente admite superfluamente, nem sequer das comissões. Uma análise aos anos de gastos excessivos, de volume de comissões em carradas de jogadores aos orçamentos sobredimensionados, bastaria aos 90M€ de 2000 até aos 100M€ de agora para nenhum campeonato ganho reprovar qualquer CA/CEO. Mas é tudo muito mais profundo do que isso. E sem nada vislumbrar-se de mudança de rumo e compensação de perdas, sem capacidade de campeões à vista. 

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